sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Dieta é primeira defesa contra AVC, mas insegurança alimentar aumenta risco

Com dieta do brasileiro ameaçada durante a pandemia, especialista alerta para o problema do descontrole de doenças relacionadas ao AVC


O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda principal causa de mortes no Brasil, mesmo com o Ministério da Saúde registrando uma redução no número de casos de 205.070 em 2019 para 192.681 em 2020. Diante disso, a nutricionista Maíra Azevedo destaca a importância de usar a alimentação como estratégia de prevenção.

Como ela ressalta, o desequilíbrio no colesterol, sobrepeso, obesidade, consumo excessivo de álcool, além de diabetes e hipertensão são só alguns dos grandes fatores de risco do AVC que estão diretamente associados aos hábitos alimentares do paciente.

 

Alimentação na contramão

Contudo, as restrições da pandemia e outros impactos na economia das famílias brasileiras acabaram levando a dieta do brasileiro no sentido contrário. Um estudo recente constatou uma redução drástica no consumo de carnes, frutas, hortaliças, legumes e outros grupos. Em casos mais graves, a queda chegou a até 85%.  

Como explica a nutricionista, quando associada à mudança no estilo de vida de jovens adultos - que envolve ainda um incremento no sedentarismo -, isso tem contribuído para mais casos de doenças relacionadas ao AVC.

“Quando falamos em saúde, ter uma alimentação saudável é fundamental. No caso das doenças cardiovasculares, sabemos que obesidade, diabetes e hipertensão são fatores de risco. Isso significa que pessoas que apresentam alguma dessas doenças têm uma chance maior de ter AVC,  quando comparado a indivíduos saudáveis”, argumenta.

 

O que não pode faltar?

Embora o controle de doenças cardiovasculares dependa de uma série de fatores, o equilíbrio da dieta é fundamental. Diante disso, alguns alimentos não podem faltar como cereais ricos em fibras, abacate, peixes ricos em ômega 3, nozes, cacau, azeite de oliva, tomate, açafrão e outros.

Mais do que isso, Maíra Azevedo reforça que é importante que haja uma mudança relevante tanto em hábitos alimentares como em relação ao estilo de vida. “Como prevenção, tenha uma alimentação rica em frutas e vegetais, dando preferência aos grãos integrais, alimentos ricos em fibras, peixes, carnes magras e produtos lácteos com baixo teor de gordura”, aconselha a especialista.

Por fim, ela recomenda que alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras devem ser evitados. Entre eles, ela lista carnes com alto teor de gordura, frituras, temperos prontos, embutidos (salsicha, presunto, peito de peru) enlatados, doces em geral, bolachas, biscoitos, quitandas e bebida alcóolica.


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