O controle da doença depende da prevenção e dos cuidados
adequados que você dever ter com seu amigo
Leishmaniose nas
grandes capitais? Sim, pode acontecer. Por isso, preparamos um artigo para você
entender o que é a doença, o que ela causa e também como prevenir que ela
acometa seu cachorro ou gato.
O que é leishmaniose
A leishmaniose é uma
doença que pode ser desenvolvida em animais e humanos, causada pelo protozoário parasita
chamado Leishmania.
Em raríssimos casos,
ela também pode se desenvolver em gatos, sobretudo se eles estiverem com o
sistema imunológico enfraquecido.
Esse parasita é
transmitido por meio da picada do flebótomo, mais conhecido como
mosquito-palha.
No ciclo da doença, o
mosquito atua como vetor. Ele se alimenta do sangue infectado pelo protozoário
e dissemina para outros hospedeiros. A única forma de contrair leishmaniose é
pela picada do mosquito.
Dependendo da forma como ela se desenvolve, a
doença pode ser de dois tipos:
Leishmaniose tegumentar- causa lesões em forma de nódulos e
úlceras na pele. Pode atacar principalmente as mucosas do nariz e da boca, mas
pode acometer qualquer região da pele do animal
Leishmaniose visceral - afeta as vísceras, ou seja, os
órgãos internos, como fígado, baço, gânglios linfáticos,
rins, olhos e medula óssea.
Sintomas em cães
Nem sempre os
sintomas surgem assim que o animal contrai a doença. O cão infectado pode levar
meses ou até anos para apresentar indícios da doença. Geralmente, os primeiros
sintomas são o emagrecimento e lesões na ponta das orelhas e perto dos olhos.
Alguns animais apresentam descamação cutânea,
o que pode dificultar o diagnóstico porque pode ser confundido com algum tipo
de dermatite causada por fungo.
Outra marca muito
característica da leishmaniose é o crescimento anormal das unhas. Os animais
infectados também podem apresentar artrite, identificada, principalmente pela
dificuldade de locomoção por meio das patas traseiras.
Febre, anemia,
insuficiência renal e hepática, feridas que não cicatrizam e perda de pelo
também são sinais da doença.
Diagnóstico
Existem vários exames
que são complementares para o diagnóstico preciso da leishmaniose. Geralmente,
ao desconfiar que o cão pode ter contraído a doença, o médico veterinário
realiza o teste rápido no próprio consultório.
O teste, conhecido
como triagem, é feito com uma pequena amostra de sangue e o resultado fica
pronto em 20min. Caso o resultado seja positivo, é necessário que sejam feitos
outros exames.
A avaliação
citológica da medula óssea, biópsia da pele, hemograma e avaliação das funções
renais e hepáticas são capazes de revelar com maior precisão a presença da
doença e o quanto ela se desenvolveu.
O veterinário é o
único profissional que tem competência para confirmar ou descartar a doença
após todos os exames terem sido feitos.
É importante mencionar que, nem sempre, o
teste de triagem pode revelar se a doença foi instalada porque isso depende da
carga parasitária no organismo. Por isso, a avaliação global do paciente deve
ser levada em consideração.
Tratamentos
As formas de
tratamento para combater a leishmaniose e proporcionar melhor qualidade de vida
ao pet atuam, principalmente, na diminuição da carga parasitária.
O tipo de tratamento
depende das condições em que o cão se encontra e da maneira como ele vai reagir
à medicação. Pode ser que um conjunto de
remédios que se complementam seja prescrito para tratar os sintomas.
Assim, remédios para
combater anemia, shampoos específicos, medicamentos para estimular a
cicatrização da pele, vitaminas e medicamentos para artrite podem ser
receitados a depender do quadro do seu amigo.
Além desses
medicamentos, existe um remédio que foi criado para tratar a leishmaniose em
cães e que foi liberado para comercialização no Brasil em janeiro de 2017.
Independente da
origem da medicação, é importante lembrar que ela só pode ser prescrita por
orientação do veterinário. É
extremamente necessário que ele acompanhe o animal ao longo de toda a sua vida.
Exames para
quantificar a carga parasitária, identificar as funções renais e hepáticas e
hemograma devem ser feitos periodicamente e fazem parte do tratamento.
Proteja seu amigo
Combater a leishmaniose deve ser uma prática
coletiva e todos nós, independente de possuirmos ou não cães, somos
responsáveis. Veja algumas atitudes que você pode tomar para criar um ambiente
seguro:
Isole seu lixo- Mais importante do que barrar o mosquito, é
impedir que ele se reproduza. A matéria orgânica é o ambiente ideal para a
multiplicação do mosquito-palha.
Mantenha o lixo
sempre tampado, caixas de compostagem bem fechadas e quintal limpo, sem
resíduos de fezes de animais ou restos de alimentos.
Telas de proteção- O mosquito-palha é translúcido, quase
imperceptível e minúsculo. Mantenha portas e janelas protegidas com telas
ultrafinas.
Além disso, mantenha
seu amigo dentro de casa entre 16 e 20h, esse é o horário em que o inseto vai
em busca de alimento.
Coleiras específicas- Existem no mercado pet algumas opções
de coleiras que são destinadas a repelir o mosquito-palha. Ao realizar exames
na clínica
veterinária, converse com o médico que ele te orientará para que
você adquira a que é melhor para seu cão.
Inseticidas e sprays- Estudos têm demonstrado que a
inseticidas que possuem cipermetrina em sua fórmula são eficazes contra
flebótomos.
Vacinação- Ela é feita após ser constatado que os exames
clínico e sorológico forem negativos. O cachorro deve ter mais de quatro meses
de vida. O protocolo é de três doses da vacina num intervalo de 21 dias. A
repetição é anual. Muito embora ela não dê 100% de proteção, ajuda bastante.
Repelentes naturais- Se você gosta de cultivar plantas, uma
dica é plantar o capim citronela em seu jardim. Ele repele os mosquitos que
encontram nos adubos um lugar para reprodução.
É possível que a
leishmaniose seja controlada se integrarmos essas medidas de combate ao
mosquito. O diagnóstico precoce possibilita melhor qualidade de vida ao seu pet
porque evita que ela avance e deixe sequelas.
Nunca deixe de cuidar
com todo amor e carinho de quem só proporciona alegria em sua vida.
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