ONG Beco da Esperança participa quinzenalmente de feiras de adoção promovidas pelo pet center HiperZoo Crédito: HiperZoo/Beco da Esperança |
Segundo dados da
Central 156, número de denúncias subiu mais de 50% nos três primeiros meses de
2019 em comparação ao mesmo período do ano anterior
No Brasil, a Lei Federal 9.605/98 classifica como
crime ambiental atos de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação de animais,
sejam eles silvestres, domésticos, domesticados, nativos ou exóticos. Com o
objetivo de alertar sobre a importância das causas animais, a Sociedade
Americana para a Prevenção da Crueldade contra os animais (ASPCA) criou, nos
Estados Unidos, o chamado Abril Laranja. A ONG fundada em 1866, quando não
existiam leis de proteção animal no país, promove diversas ações ao longo do
mês visando à conscientização.
Dados da Central 156 de Curitiba mostram que foram
contabilizadas 1.428 denúncias por maus-tratos no primeiro trimestre deste ano,
número 52,24% maior que no mesmo período em 2018, quando foram registradas 938
denúncias. “Possivelmente, não foram apenas os números de casos que aumentaram,
mas sim o número de pessoas que passaram a ter consciência da importância de
denunciar. Hoje, o cidadão pode fazer a denúncia pelo telefone ou pelo site da
Central 156”, explica Ozires de Oliveira, coordenador de atendimento ao cidadão
do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).
Por outro lado, organizações sem fins lucrativos e
empresas se unem para tentar reverter essa situação. “A resposta para o fim dos
maus-tratos animais está na conscientização: é preciso entender que adotar é
uma responsabilidade adquirida por no mínimo 15 anos”, afirma a protetora
animal e vice-presidente da ONG Beco da Esperança, Helena Lemos Coelho. Desde
2006, a entidade atua em Curitiba como abrigo de animais, acolhendo atualmente
cerca de 600 gatos e 140 cães. “Nossa capacidade de espaço não permite que
resgatemos mais animais, por isso nossa prioridade é cuidar de bichos em
situação de maus-tratos e incentivar ao máximo feiras de adoção”, diz Helena.
A ONG participa quinzenalmente das feiras
promovidas pelo pet center HiperZoo: só em 2018, foram mais de 440 animais
adotados no local. “Recebemos também doações de ração, antipulgas, vermífugos e
medicamentos que estejam dentro do prazo de validade, e encaminhamos para ONGs
que atuam na causa animal”, explica a sócia-proprietária do HiperZoo, Patrícia
Maeoka.
Para adotar um pet, o candidato deve cumprir alguns
pré-requisitos: ser maior de 21 anos, responder a uma entrevista sobre os
motivos da adoção, aceitar receber a visita de um voluntário da ONG, e
apresentar RG, CPF e comprovante de endereço. Para incentivar a adoção, o
Hiperzoo oferecerá a partir de maio algumas vantagens para quem aumentar a
família: ao adotar um bichinho, o cliente ganha alguns descontos e brindes,
além de uma avaliação do novo pet.
ICI – Instituto das Cidades Inteligentes
HiperZoo
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