Passar
muitas horas nas redes sociais pode ser um forte indicativo de depressão e, em
alguns casos, agrava o quadro da doença em pacientes diagnosticados. “As
pessoas publicam apenas as coisas boas de suas vidas, como viagens, idas a bons
restaurantes e momentos de festa com os amigos. Isso gera sentimentos de
frustração, insegurança e pode desencadear depressão em quem acompanha a vida
dos outros nas redes sociais, uma vez que a pessoa passa a acreditar que a sua
vida é menos interessante que a dos outros”, explica a psicóloga do Complexo
Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Ana Luíza Martins.
Segundo
estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos
Estados Unidos, que entrevistou 1.787 adultos com idades entre 19 e 32 anos, os
“heavy
users” (usuários que passam grande parte do tempo na Internet) têm
quase três vezes mais chance de sofrer de depressão do que aqueles que conferem
suas redes sociais com menos frequência.
Considerada
uma doença silenciosa, a depressão é, muitas vezes, ignorada pela falta de
conhecimento. Mas, segundo Ana Luíza Martins, familiares e amigos próximos
podem observar sinais de que algo errado está acontecendo. “É importante
ficarmos atentos às pessoas que estão ao nosso redor. Mudanças em hábitos, como
comer, beber ou dormir, oscilações de humor como mais tristeza e/ou mais
irritabilidade, forçar um semblante feliz, falar de maneira mais filosófica do
que o normal, sentir as coisas de forma mais intensa e ter um ponto de vista
menos otimista são alguns sintomas”, explica.
Segundo a
OMS, a doença afeta 4,4% da população mundial. O Brasil é o país com maior
prevalência de depressão da América Latina, afetando 11,5 milhões de
brasileiros (5,8% de sua população). Também somos recordista mundial em
prevalência de transtornos de ansiedade: são 18,6 milhões de pessoas,
representando 9,3% da população.
Fatores
sociais e políticos, como a crise econômica e o crescimento da taxa de
desemprego, influenciam diretamente o comportamento das pessoas, causando
aumento da ansiedade e da depressão. “Fazemos parte de uma sociedade feita de
competitividade, de estresse e de consumismo, o que deprime ainda mais as
pessoas”, explica a psicóloga.
Conversar
sobre a depressão também é o melhor caminho para a prevenção e tratamento da doença.
“É uma maneira de acabarmos com o estigma de que a pessoa que sofre deste mal é
‘preguiçosa’, ‘incompetente’ ou está com ‘frescura’. Com o devido conhecimento,
passamos a validar o sofrimento deste indivíduo e, então, podemos ajudá-lo a
buscar um tratamento adequado”, afirma a especialista.
De acordo com Ana Luíza Martins, pequenas ações
diárias podem ser consideradas pílulas para a prevenção do mal do século. “É
importante que cada um viva sua própria vida, faça aquilo que gosta ao invés de
fazer as coisas apenas para agradar aos outros. Também não se comparar aos
demais, pois as pessoas são únicas e vivem histórias diferentes”, afirma a
especialista. “Redes sociais são importantes no mundo moderno, mas estar
rodeado de pessoas que se ama, separar um tempo para si mesmo, praticar
exercícios e fazer atividades prazerosas trazem muito mais benefícios”,
finaliza.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul
de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV
Tel. (11) 5080-4000
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV
Nenhum comentário:
Postar um comentário