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quarta-feira, 29 de abril de 2015

RSM Brasil: O Brasil e o déficit público




O que pode ser feito para solucionar este problema endêmico no Brasil? A solução mais fácil e já proposta pelos seus antecessores FHC e Lula, são agora repetidos pela presidente Dilma Rousseff – aumentar impostos e reduzir investimentos.
Segundo Wesley Figueira, sócio da RSM Brasil, empresa membro da RSM International, a 7ª maior rede de empresas de contabilidade e consultoria independentes do mundo, presente 118 países, as ações são “um nó perfeito que está levando o país à exaustão financeira”.
A tarefa não é nada fácil, mas há que se criar um movimento nas direções corretas. A RSM Brasil que atende mais de mil clientes no país e vivencia o momento delicado pelo qual passa a economia brasileira lista as principais e mais importantes ações que acredita ser a base para um avanço significativo para o problema:
a)     cortar as despesas atuais - mais de 25 mil “posições de confiança”, basicamente nominações políticas entregues como presentes pelo suporte em campanhas políticas;  b) realinhar e reduzir impostos - sabendo que menos impostos podem representar mais dinheiro, para o governo, já que a base tributária quando aumentada, por vezes, não resulta em aumento de arrecadação – deixar a atividade econômica rodar acaba por representar mais, e não menos tributos, no médio e longo prazo; c) flexibilizar as relações de contratação, com a possibilidade de realocação de pessoal e até redução de salários (em oposição a simplesmente deixar a CLT “imexível” como está, engessando a economia); d)diminuir o número de ministérios, do presente número de 39, para somente o necessário – menos de 20 (mais ministérios, mais “posições de confiança”, mais burocracia, mais corrupção, etc).
Encontramos ainda um enorme empecilho no que se refere ao crescente exército de funcionários públicos, em todas as esferas. Esse exército não pode ser reduzido, exceto com “justa causa”, e depois de um longo processo legal. O orçamento não tem flexibilidade, portanto, em sua parte mais substancial. Isso no Brasil é considerado dogma – um monstro autodefendido. A nova lei da terceirização teria sido um bom passo nessa direção, para o setor público, mas infelizmente foi retirada (e curiosamente por ação do PSDB) a possibilidade de que autarquias e estatais pudessem contratar terceiros, o que seria uma belíssima forma de dar algo de flexibilidade aos custos com salários e encargos, do poder público. Pelo menos o setor privado se beneficiará da lei de terceirizações, o que certamente aumentará a oferta de empregos.
O momento atual exige mais ousadia do governo e menos cautela, mais ação e menos protelação. “Dilma começou seu segundo mandato como Benjamin Button – do final”, avalia Wesley Figueira, “da maneira como o governo tem conduzido as coisas ele só pode contar com a sorte” conclui. 
RSM Brasil  - www.rsmbrasil.com.br

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