Data é comemorada em 26 de abril
Em 26 de abril é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a
relação entre pressão arterial (PA) e a quantidade de sódio ingerido é
heterogênea, sendo esse fenômeno conhecido como sensibilidade ao sal. Apesar
das diferenças individuais, mesmo modestas reduções na quantidade de sal são,
em geral, eficientes para controlar a pressão arterial. Tais evidências
reforçam a necessidade de orientação a hipertensos e limítrofes quanto aos
benefícios da restrição de sódio na dieta.
Segundo a cardiologista Adriana Junqueira, que integra o corpo
clínico do Bronstein Medicina Diagnóstica, o excesso provém, em grande parte,
dos alimentos processados, já que eles contêm sal na forma de seu princípio
ativo, o sódio. A necessidade diária de sódio para os seres humanos é a contida
em 5 gramas de cloreto de sódio ou sal de cozinha. O consumo médio do
brasileiro corresponde ao dobro do recomendado.
A hipertensão arterial acontece quando os níveis da pressão estão
acima de valores de referência para a população geral. Apesar de o valor ótimo
de pressão arterial ser de 120x80 mmHg, considera-se alteração de pressão
apenas quando essas medidas forem superiores a 140x90mmHg. No caso das
crianças, esses números variam de idade para idade e são sempre mais baixos do
que a referência nos adultos. “Há muitas crianças hipertensas; a hipertensão
arterial não é uma exclusividade dos adultos”, ressalta a médica.
Qualquer indivíduo pode apresentar esporadicamente níveis de
pressão arterial altos sem que seja considerado hipertenso. “Somente a
manutenção dos valores permanentemente altos em múltiplas medições, em
diferentes horários, em várias posições e condições (repouso, sentado ou
deitado) caracteriza a hipertensão arterial. A medida da pressão arterial deve
ser realizada apenas com aparelhos confiáveis”, afirma Adriana.
A médica dá dicas sobre como diminuir o consumo de sal: retirar o
saleiro da mesa; controlar o uso do sal no cozimento; preferir sempre alimentos
frescos; substituir o sal por temperos e ervas frescas ou secas (como alho,
cebola, salsa e pimenta vermelha); evitar os temperos prontos; temperar a
salada de outras formas (com azeite de oliva, limão, vinagre, vinagre balsâmico
e ervas, por exemplo). Também fazem parte das dicas evitar sopas prontas e
embutidos, conservas salgadas, salgadinhos, frios salgados e queijos gordos.
“Não se esqueça também de sempre ler os rótulos dos alimentos e escolher as
versões com pouco sódio”, enfatiza a cardiologista.
Ela também sugere que se consumam adoçantes como estévia,
sucralose e frutose, já que os mais comuns têm sódio. Para as comidas
enlatadas, como milho e palmito em conserva, a dica é remover o excesso de sal
deixando-as de molho em água fresca por uma hora.
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