Especialista do Lavoisier Medicina Diagnóstica alerta para os
riscos de diarreia infecciosa e hepatite A. Atenção deve ser redobrada com
crianças e idosos
Água cristalina nem sempre é sinal de água saudável. De acordo com
o Dr. Alberto Chebabo, infectologista do Lavoisier
Medicina Diagnóstica, é preciso estar atento até mesmo às
características da água tratada, já que ela passa por diversos lugares antes de
chegar à torneira ou garrafa do consumidor.
A água não tratada ou contaminada por infiltrações no encanamento
pode trazer prejuízos à saúde em vários aspectos. “Além dos riscos de diarreia
infecciosa, há também a possibilidade de a pessoa adquirir hepatite A e cólera.
O perigo ainda é maior quando os infectados são crianças e idosos, que
geralmente possuem o sistema imunológico mais frágil”, afirma o
especialista.
Segundo o médico, a diarreia infecciosa, que é mais comum em
crianças, é causada por bactérias e vírus, normalmente transmitidos por meio da
água não tratada ou alimentos mal lavados. Ela pode até levar à morte se houver
um quadro crítico de desidratação.
Já a Hepatite A atinge o fígado, por meio de uma inflamação
causada por um vírus transmitido pela forma fecal-oral, ou seja, as pessoas
podem adquiri-la por contato com água e alimentos contaminados com fezes.
“Quando pega na infância, a hepatite A costuma ser mais amena, tanto que muitos
pais nem percebem que os filhos a contraíram. Na fase adulta, ela requer mais
atenção”, aponta o Dr. Chebabo.
Tanto a diarreia infecciosa, como a hepatite A costumam afetar
pessoas durante viagens. Segundo o médico, o hábito de nadar em locais
desconhecidos e comer alimentos sem saber a sua procedência e higienização são
comuns durante estes períodos fora de casa.
Outra enfermidade transmitida por meio da água não tratada é a
cólera, doença infecciosa que ataca o intestino humano causando náuseas,
vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Como a perda de líquido é muito intensa
nos infectados, chegando até um litro por hora, há riscos de complicações
devido à desidratação. No Brasil, não existem casos de cólera relatados
recentemente, mas a doença está presente em vários países, inclusive no Caribe.
Com a crise da água vivenciada em alguns estados do Brasil, a
atenção deve ser redobrada. “A conservação da água em poços artesianos e o
fornecimento dos caminhões pipas podem aumentar a contaminação, pois muitas vezes
o líquido não é bem armazenado”, conclui o médico.
Em casos de suspeita de infecção, recomenda-se a procura de um
especialista da área médica, que vai indicar exames para o diagnóstico do
quadro e tratamento correto. Para aqueles que desejam se antecipar e redobrar a
atenção a fim de evitar as contaminações, alguns hábitos podem ser adotados.
São eles:
1- Transparente, incolor, inodora
e insípida: a água não pode estar turva, tampouco com coloração alterada.
Embora alguns processos físicos e químicos possam trazer coloração diferente ao
líquido sem prejudicar sua qualidade, é recomendado evitar o consumo quando não
se tem certeza da sua procedência, já que apenas laboratórios credenciados
podem atestar a sua qualidade;
2- Água da torneira: a
água proveniente das empresas de abastecimento nos grandes centros urbanos é
própria para consumo humano, sem necessidade de filtro. Porém, caso não haja
cuidado na limpeza e desinfecção nos locais para estocagem nas residências,
como cisternas, poços artesianos e caixas d'água, pode haver contaminação
nesses locais, tornando-a imprópria para consumo;
3- Uso de filtros: existem
diferentes tipos de filtros. Alguns são capazes de eliminar até bactérias. Mas
é importante atentar-se ao potencial de cada um. O filtro de barro, por
exemplo, retira algumas impurezas, mas não consegue desinfetar a água, caso ela
esteja contaminada com micro-organismos;
4- Alta temperatura: em caso
de dúvidas sobre a procedência e qualidade da água, colocá-la para ferver é uma
alternativa. Recomenda-se que o líquido seja mantido sobre alta temperatura por
até um minuto após o início da fervura.
Lavoisier
- www.lavoisier.com.br
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