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sexta-feira, 17 de abril de 2015

Água contaminada: como reconhecer os sinais e evitar prejuízos à saúde




Especialista do Lavoisier Medicina Diagnóstica alerta para os riscos de diarreia infecciosa e hepatite A. Atenção deve ser redobrada com crianças e idosos

Água cristalina nem sempre é sinal de água saudável. De acordo com o Dr. Alberto Chebabo, infectologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, é preciso estar atento até mesmo às características da água tratada, já que ela passa por diversos lugares antes de chegar à torneira ou garrafa do consumidor.
A água não tratada ou contaminada por infiltrações no encanamento pode trazer prejuízos à saúde em vários aspectos. “Além dos riscos de diarreia infecciosa, há também a possibilidade de a pessoa adquirir hepatite A e cólera. O perigo ainda é maior quando os infectados são crianças e idosos, que geralmente possuem o sistema imunológico mais frágil”, afirma o especialista. 
Segundo o médico, a diarreia infecciosa, que é mais comum em crianças, é causada por bactérias e vírus, normalmente transmitidos por meio da água não tratada ou alimentos mal lavados. Ela pode até levar à morte se houver um quadro crítico de desidratação.
Já a Hepatite A atinge o fígado, por meio de uma inflamação causada por um vírus transmitido pela forma fecal-oral, ou seja, as pessoas podem adquiri-la por contato com água e alimentos contaminados com fezes. “Quando pega na infância, a hepatite A costuma ser mais amena, tanto que muitos pais nem percebem que os filhos a contraíram. Na fase adulta, ela requer mais atenção”, aponta o Dr. Chebabo.
Tanto a diarreia infecciosa, como a hepatite A costumam afetar pessoas durante viagens. Segundo o médico, o hábito de nadar em locais desconhecidos e comer alimentos sem saber a sua procedência e higienização são comuns durante estes períodos fora de casa.
Outra enfermidade transmitida por meio da água não tratada é a cólera, doença infecciosa que ataca o intestino humano causando náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Como a perda de líquido é muito intensa nos infectados, chegando até um litro por hora, há riscos de complicações devido à desidratação. No Brasil, não existem casos de cólera relatados recentemente, mas a doença está presente em vários países, inclusive no Caribe.
Com a crise da água vivenciada em alguns estados do Brasil, a atenção deve ser redobrada. “A conservação da água em poços artesianos e o fornecimento dos caminhões pipas podem aumentar a contaminação, pois muitas vezes o líquido não é bem armazenado”, conclui o médico.
Em casos de suspeita de infecção, recomenda-se a procura de um especialista da área médica, que vai indicar exames para o diagnóstico do quadro e tratamento correto. Para aqueles que desejam se antecipar e redobrar a atenção a fim de evitar as contaminações, alguns hábitos podem ser adotados. São eles:
1- Transparente, incolor, inodora e insípida: a água não pode estar turva, tampouco com coloração alterada. Embora alguns processos físicos e químicos possam trazer coloração diferente ao líquido sem prejudicar sua qualidade, é recomendado evitar o consumo quando não se tem certeza da sua procedência, já que apenas laboratórios credenciados podem atestar a sua qualidade;
2- Água da torneira: a água proveniente das empresas de abastecimento nos grandes centros urbanos é própria para consumo humano, sem necessidade de filtro. Porém, caso não haja cuidado na limpeza e desinfecção nos locais para estocagem nas residências, como cisternas, poços artesianos e caixas d'água, pode haver contaminação nesses locais, tornando-a imprópria para consumo;
3- Uso de filtros: existem diferentes tipos de filtros. Alguns são capazes de eliminar até bactérias. Mas é importante atentar-se ao potencial de cada um. O filtro de barro, por exemplo, retira algumas impurezas, mas não consegue desinfetar a água, caso ela esteja contaminada com micro-organismos;
4- Alta temperatura: em caso de dúvidas sobre a procedência e qualidade da água, colocá-la para ferver é uma alternativa. Recomenda-se que o líquido seja mantido sobre alta temperatura por até um minuto após o início da fervura.

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