Prevenção, sintomas e contaminação da gripe
são os mesmos na terceira idade; o que muda é a possibilidade de complicação da
doença
A
partir dos 65 anos, é preciso ter um cuidado especial com a saúde para evitar
que pequenos problemas se transformem em grandes complicações, como gripes que
evoluem para pneumonia com mais facilidade. No 1º de outubro foi comemorado o
Dia Mundial do Idoso e, em função da data, o pneumologista Mauro Gomes dá
algumas dicas sobre cuidados necessários durante a terceira idade para evitar
complicações decorrentes de gripes e resfriados.
“A
gripe e os vírus são os mesmos independentemente da idade. O que modifica no
caso do idoso é a maior possibilidade de complicação. A principal é a
pneumonia, infecção dos pulmões por bactérias ou pelo próprio vírus da gripe.
Por isso, o indivíduo que está com 65 anos ou mais deve se cuidar e estar
atento aos sintomas para tratar rapidamente”, explica Mauro Gomes,
pneumologista, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa/SP e
chefe de equipe de Pneumologia do Hospital Samaritano.
É
possível que um idoso adquira o vírus da gripe por meio da tosse, espirro e
fala de pessoa para pessoa, diretamente pelo ar ou por objetos que foram
manipulados pelo doente. O indivíduo é contaminado quando inala as partículas
do vírus ou quando toca os objetos contaminados e leva sua mão aos olhos, nariz
ou boca. Mesmo o idoso tendo sido vacinado contra a gripe, isto não impede que
ele tenha um quadro gripal, mas sim, reduz a chance dele ter um quadro gripal
grave.
Se por
acaso o idoso apresentar os sintomas da gripe, é importante que a família não
hesite em procurar ajuda médica, de preferência o médico que já acompanha o
idoso. “Apesar da fragilidade de uma pessoa com 65 anos ou mais, os
acompanhantes não devem deixar de levá-la ao hospital por receio de sofrer uma
nova infecção. É uma oportunidade de cuidar precocemente e evitar uma
complicação mais grave”, diz o pneumologista.
Ainda
segundo o Dr. Mauro, além do auxílio de um especialista, é essencial que o
idoso informe todos os medicamentos de uso rotineiro e também se ele possui já
alguma outra doença prévia.. “O tratamento da gripe é muito semelhante para
todos.. Porém, na terceira idade, normalmente outros medicamentos já são
tomados e a somatória deles podem gerar efeitos colaterais.. Além disso, é
necessário saber se as funções do rim e do fígado estão normais, pois são os
órgãos responsáveis por metabolizar os medicamentos”.
Ainda
vale ressaltar que o envelhecimento da população continua sendo uma tendência
no Brasil. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o país tem mais de 20 milhões de idosos¹ e, até 2060, a expectativa é
que esta faixa etária represente 26,7% da população - 58,4 milhões de idosos em
uma população com 218 milhões de pessoas².
Fonte:
MultiGrip®, fabricado pela Takeda
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