Em 24
de abril é comemorado o Dia Internacional da
Conscientização sobre o Ruído, uma data importante para refletirmos
sobre a agitação e o barulho alto que cada vez mais nos rodeiam. O
silêncio é um ilustre desconhecido não só nas metrópoles e
capitais, mas também em grandes e médios municípios do interior do país.
O barulho
causado por obras, bares, casas de shows, pelo tráfego pesado nas avenidas ou
mesmo aquele proveniente dos carros de som tem tirado a tranquilidade
das pessoas. Até mesmo no período em que o silêncio deveria prevalecer, os
sons urbanos estão lá, agitando a madrugada.
Perturbar
o sossego é crime previsto em lei federal. E, para assegurar o direito ao
silêncio, muitas cidades país afora já implantaram o Disque Silêncio. O nome
pode variar, mas o objetivo é um só: combater a poluição sonora que
perturba os moradores de centros urbanos. O serviço está
disponível pelo telefone ou pela internet, em cidades como São Paulo; Rio
de Janeiro; Florianópolis; Belo Horizonte e Governador Valadares
(MG); Vitória, Vila Velha e Guarapari (ES); Cuiabá; Belém;
Fortaleza e João Pessoa, entre outras.
“Infelizmente a poluição sonora ainda não é percebida por
todos os indivíduos como uma agressão. O barulho é um poluente invisível
que, contínua e lentamente, agride as pessoas, causando danos, principalmente
auditivos”, lembra a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções
Auditivas.
Fortaleza
saiu na frente. Além do Disque Silêncio, é a primeira cidade brasileira a criar
o “Mapa do Ruído”, que mostra à população e às autoridades registros
e curvas de intensidade de barulho em diversas áreas da cidade.
Trata-se de uma importante ferramenta de monitoramento do som que
ajuda no planejamento urbano – criação de novas vias, implantação de
indústrias, shoppings –a fim de preservar e até mesmo melhorar a qualidade de
vida dos moradores. Já em Cuiabá, registros do setor de Poluição Sonora da
Secretaria de Meio Ambiente apontam que o barulho em residências é o que mais
incomoda.
Os
especialistas alertam: o barulho faz mal. De acordo com critérios da
Organização Mundial de Saúde (OMS), ruídos constantes acima de 55 decibéis
durante o dia e 40 decibéis durante a noite são nocivos.
“Já se
constata que a perda auditiva está começando a surgir mais cedo entre moradores
de grandes cidades. O excesso de ruído piora a cada dia e sabemos que o barulho
intenso e prolongado pode causar perda de audição ao longo dos anos”, explica a
especialista.
A
Sociedade Brasileira de Otologia estima que 30% a 35% das perdas
de audição são consequência da exposição a ruídos comuns do dia-a-dia. E
a ideia de que nos acostumamos com o barulho é um mito. Mesmo quando
parece que ele não incomoda, biologicamente continua a nos fazer mal. São
buzinas a qualquer hora do dia ou da noite; obras; trânsito, carros de som;
ronco de caminhões; gritos e algazarra nos prédios e condomínios, ruas e até
nas escolas; festas e música alta em casa ou no vizinho; boates e outras
incontáveis formas de ruído.
“A
perda auditiva é tão gradual que muitas vezes não se tem certeza se ela está
ocorrendo ou não. Por isso é preciso estar atento aos sinais que podem
indicar o início do problema, como o zumbido nos ouvidos”, comenta Isabela
Carvalho. Segundo ela, é comum o indivíduo só procurar tratamento quando o caso
já está mais grave.
A “Perda
Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados”(PAINPSE) pode
acontecer após um som de breve duração, porém muito intenso (explosão) ou
devido à exposição frequente a ruídos ao longo da vida. Quanto mais o
barulho afeta uma pessoa no cotidiano, maiores são as chances
de ela ter perda auditiva mais cedo.
Para
proteger a audição, o ideal é utilizar atenuadores, mais conhecidos como
protetores de ouvidos. Eles são leves e diminuem o impacto dos sons. “Os
atenuadores, como o nome diz, reduzem o volume excessivo, mas quem os usa não
deixa de ouvir o som ambiente”, explica a fonoaudióloga. “Os atenuadores
são moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, e os da Telex,
por exemplo, diminuem o barulho entre 15 decibéis e 25 decibéis, conforme a
necessidade do usuário”, completa.
Os protetores
auriculares, confeccionados em silicone, e que tem como objetivo proteger os
ouvidos contra a entrada de água, também são usados por muitas pessoas para
reduzir o barulho ambiente, já que também diminuem a intensidade do som.
Se
houver suspeita de problemas de audição, o melhor é procurar um
otorrinolaringologista. É ele quem vai indicar o tratamento mais adequado. Na
maioria das vezes a indicação é de uso de aparelho auditivo, essencial para que
o indivíduo resgate os sons e sua autoestima.
“Atualmente,
há uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, como os da
Telex, que são discretos, com design moderno, alguns até mesmo
invisíveis no ouvido (intraauriculares), adequados para diferentes graus de
perda auditiva e que não ofendem a vaidade de quem usa”, conclui a
fonoaudióloga.
Telex
Soluções Auditivas - www.telex.com.br
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