Por meio de Audiências Públicas e encontro com
parlamentares em diversas regiões do País, Federação pede mais atenção à causa
Hoje, dia 29 de abril, é o Dia
Nacional de Combate ao Câncer de Mama. A data é uma oportunidade para se
colocar em foco a necessidade de formulação de políticas públicas de atenção ao
câncer de mama avançado. O alerta é da FEMAMA - Federação Brasileira de
Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – que, em parceria com suas
ONGs associadas, tem liderado Audiências Públicas em algumas regiões do País, a
fim de buscar alternativas para tornar acessíveis a todas as pacientes os
tratamentos mais modernos para o câncer de mama avançado na rede pública de
saúde.
Os encontros tratam da possibilidade
de estados e municípios fornecerem gratuitamente às pacientes locais os
medicamentos para tratamento do câncer de mama avançado que não estão
disponíveis no Sistema Único de Saúde. Atualmente, a única saída para que essas
pacientes obtenham os tratamentos mais modernos se dá através de ações
judiciais.
“O diálogo com os deputados estaduais
é um importante caminho para fortalecer ações necessárias e efetivas para o
controle da doença”, comenta dra. Maira Caleffi, mastologista e presidente
voluntária da FEMAMA.
No Rio Grande do Norte e no Amazonas
os encontros já aconteceram. As próximas audiências agendadas ocorrerão nos
estados de Mato Grosso do Sul, Sergipe, Santa Catarina, Paraná e Distrito
Federal, podendo ocorrer ainda em outros estados.
“Nossa intenção é buscar aliados,
gerar o debate e reunir todos os esforços para que sejam implementadas as
políticas públicas necessárias para que o acesso ao tratamento adequado, de
fato, seja uma realidade para as pacientes de câncer de mama, com ênfase, neste
caso, para o câncer de mama avançado, em que nossa política atual é totalmente
deficitária”, explica dra. Maira.
Câncer de mama avançado no Brasil
O câncer de mama ainda é um grave
problema de saúde pública. É o tipo de tumor mais comum entre as brasileiras,
excluindo os casos de câncer de pele não melanoma, responsável por mais de 57
mil novos casos por ano, conforme dados do Ministério da Saúde para 2015.
Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), cerca de metade das
usuárias do SUS diagnosticadas no país em 2010 já estavam em estágio avançado.
Além das Audiências Públicas
mobilizadas ao redor do Brasil, a FEMAMA também realiza outras ações para que
os tratamentos mais específicos e atualizados para o câncer de mama avançado
estejam disponíveis na rede pública de saúde. São exemplos desses esforços os
Ciclos de Debates sobre Câncer de Mama para Parlamentares – encontros para
fornecer informações técnicas aos congressistas a fim de estimulá-los a
buscarem alternativas, dentro de suas áreas de atuação, que facilitem a
implementação de políticas de acesso aos tratamentos – e a campanha intitulada
“Para Todas as Marias”, que visa envolver a sociedade na discussão sobre a
necessidade de lutar por direitos para as mulheres que vivem com a doença em
estágio avançado. A campanha conta com uma petição on-line para mobilizar a
população pela inclusão de um dos tratamentos mais modernos para o câncer de
mama avançado no Sistema Único de Saúde.
Para assinar a petição, basta
acessar: http://goo.gl/ZgFydB
Sobre a FEMAMA
A FEMAMA é uma associação civil, sem
fins econômicos, presente na maioria dos estados brasileiros por meio de ONGs
associadas que buscam reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama no
Brasil. Desde a sua fundação, em julho de 2006, a FEMAMA, por meio de sua
intensa atuação de advocacy, vem lutando pela formulação de políticas
públicas de atenção à saúde da mama, a fim de garantir maior acesso e qualidade
no diagnóstico e tratamento da doença. Entre suas conquistas estão o 1º Prêmio
Excelência Latina concedido à FEMAMA pela American Câncer Society (ACS), a
implementação do Outubro Rosa no Brasil, as Caminhadas das Vitoriosas, a
articulação para aprovação da Lei 12.732/12 que determina que o tratamento de
pacientes diagnosticados com câncer seja iniciado pelo SUS em até 60 dias, o
apoio à aprovação da Lei 11.664 que regulamenta a mamografia a partir dos 40
anos pelo SUS, as campanhas de conscientização e os projetos de fortalecimento
das organizações filantrópicas associadas.
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