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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Dieta do TDAH: saiba como a nutrição pode melhorar a qualidade de vida


O dia 13 de julho é conhecido como o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), e as dietas desempenham um papel crucial na saúde física e mental, e isso inclui o tratamento do transtorno. 

A abordagem alimentar pode ser uma aliada poderosa no manejo dos sintomas do TDAH, ajudando a promover a concentração, reduzir a impulsividade e melhorar a função cognitiva.  

Embora a dieta por si só não seja uma cura definitiva para o TDAH, pode complementar outras intervenções terapêuticas e proporcionar uma base sólida para a saúde geral. É importante ressaltar que cada pessoa é única e pode responder de maneira diferente à dieta do TDAH. É fundamental buscar orientação individualizada de um profissional de saúde, como um nutricionista, para adaptar a dieta às necessidades específicas de cada indivíduo. 

Ao combinar a nutrição adequada com outras intervenções terapêuticas, como terapia comportamental e medicamentos, é possível criar um plano abrangente e holístico para o manejo do TDAH. Com conhecimento e orientação adequados, a dieta pode ser um componente valioso no caminho para uma vida mais equilibrada e produtiva para aqueles que vivem com o transtorno. 

De acordo com as pesquisas, a relação entre alimentação e o TDAH é muito importante por ser uma questão do desenvolvimento desde a infância.  

Géssica Ortiz, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), se especializando em nutrição esportiva pela Universidade VP, responde algumas perguntas voltadas para a prática nutricional na dieta do TDAH, confira:

 

Quais alimentos são recomendados para ajudar a melhorar a concentração e reduzir os sintomas do TDAH? 

São recomendados alguns alimentos para ajudar a melhorar ainda mais a concentração e reduzir os sintomas, que são: 

·         Peixes ricos em ômega-3: salmão, sardinha e atum são boas fontes de ácidos graxos ômega-3, que têm sido associados a melhorias na função cerebral. Esses alimentos podem ajudar a melhorar a concentração e reduzir os sintomas do TDAH. 

·         Frutas e vegetais frescos: frutas e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, que são essenciais para uma função cerebral saudável. Opte por variedades coloridas, como espinafre, brócolis, laranjas, mirtilos e morangos. 

·         Proteínas magras: alimentos ricos em proteínas magras, como frango, peru, ovos, feijões e lentilhas, fornecem aminoácidos que são importantes para a produção de neurotransmissores, como a dopamina, que desempenham um papel no TDAH. 

·         Grãos integrais: alimentos como arroz integral, aveia, quinoa e pão integral contém carboidratos complexos que liberam energia de forma mais lenta e constante, ajudando a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e proporcionando um fornecimento de energia mais sustentado. 

·         Nozes e sementes: amêndoas, castanhas, nozes, sementes de abóbora e chia são boas fontes de ácidos graxos ômega-3, vitaminas do complexo B, zinco e magnésio, que podem ajudar a melhorar a função cerebral.

 

Quais são os principais nutrientes que desempenham um papel importante na dieta? 


Pensando em visar alimentação no tratamento, existem alguns nutrientes que desempenham um papel importante. Aqui estão alguns dos principais: 

·         Ômega-3: ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes como salmão, sardinha e atum, têm sido associados a benefícios no TDAH. Esses ácidos graxos são importantes para a função cerebral saudável. 

·         Proteínas: as proteínas são essenciais para o funcionamento adequado do cérebro. Inclua fontes de proteína magra, como frango, peixe, ovos, feijões e lentilhas, em sua dieta. 

·         Vitaminas do complexo B: vitaminas B, como a vitamina B6 e B12, desempenham um papel importante no metabolismo cerebral. Alimentos ricos em vitamina B incluem carne, aves, peixe, ovos, laticínios, grãos integrais e vegetais de folhas verdes. 

·         Minerais: minerais como ferro, zinco e magnésio podem ser importantes para pessoas com TDAH. Esses minerais podem ser encontrados em alimentos como carnes magras, peixes, nozes, sementes, legumes e grãos integrais.

 

Existem alimentos específicos que devem ser evitados ou limitados?

 

Embora não haja alimentos específicos que devam ser completamente evitados na dieta, algumas sugestões podem ajudar a minimizar os sintomas e promover um estilo de vida saudável. Aqui estão algumas considerações: 

·         Açúcares refinados: alimentos açucarados, como doces, refrigerantes e sucos adoçados, podem levar a picos de açúcar no sangue e subsequentes quedas, o que pode afetar a concentração e a energia. É recomendado limitar o consumo de açúcares refinados. 

·         Cafeína em excesso: embora a cafeína possa proporcionar um impulso temporário de energia e concentração, o consumo excessivo pode causar agitação e dificuldade para dormir. É recomendado limitar a ingestão de café, chá preto, refrigerantes cafeinados e energéticos. 

·         Alimentos processados e fast-food: esses alimentos geralmente são ricos em gorduras saturadas, aditivos alimentares e baixos em nutrientes essenciais. Opte por alimentos frescos e não processados sempre que possível. 

·         Corantes e aditivos artificiais: se atentar aos rótulos na hora em que for comprar um alimento, pois certos corantes e aditivos alimentares podem afetar o comportamento em crianças com TDAH. 

 

A dieta do pode ser adaptada para atender às necessidades alimentares individuais, como restrições alimentares ou preferências pessoais?

 

Géssica diz que sim, pode ser adaptada para atender às necessidades alimentares individuais, como restrições alimentares ou preferências pessoais. Embora existam diretrizes gerais de alimentos benéficos para o TDAH, é importante considerar a individualidade de cada pessoa ao criar um plano alimentar.

 

Caso o indivíduo tenha algum tipo de restrição alimentar, como alergias, intolerâncias ou escolhas dietéticas específicas, um nutricionista ou médico pode ajudar a ajustar a dieta, garantindo que todas as necessidades nutricionais sejam atendidas.

 

Além disso, considerar as preferências pessoais é essencial para tornar a dieta do TDAH mais sustentável e agradável para ajudar ainda mais na adaptação da dieta de acordo com as necessidades individuais, garantindo que os alimentos adequados sejam incluídos, ao mesmo tempo em que se respeita as preferências pessoais.

 

Quais são as recomendações gerais para a implementação e manutenção da dieta a longo prazo?

 

A nutricionista indica algumas recomendações gerais: 

·         Procurar um profissional da saúde: é fundamental consultar um médico ou nutricionista especializado em TDAH para obter orientações personalizadas. Eles podem ajudar a criar um plano alimentar adequado às necessidades individuais, considerando restrições, preferências e metas específicas. 

·         Planejamento e organização: planeje suas refeições com antecedência e faça uma lista de compras com alimentos saudáveis. Ter alimentos adequados disponíveis em casa facilita seguir a dieta. Experimente preparar refeições em lotes e congelar porções para facilitar durante a semana. 

·         Foco em alimentos integrais: priorize alimentos frescos, naturais e não processados. Isso inclui frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras, peixes ricos em ômega-3 e gorduras saudáveis, como abacate e nozes. 

·         Equilíbrio nutricional: certifique-se de obter uma variedade de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes. Inclua alimentos ricos em ômega-3, proteínas, vitaminas do complexo B e minerais importantes, como ferro, zinco e magnésio. 

·         Monitoramento dos sintomas: observe atentamente como a dieta afeta os sintomas do TDAH. Faça anotações sobre os alimentos consumidos e como eles podem influenciar a energia, concentração e bem-estar geral. Isso pode ajudar a identificar quais alimentos são mais benéficos ou problemáticos para cada indivíduo. 

·         Estilo de vida saudável: lembre-se de que a dieta é apenas um componente do tratamento do TDAH. É importante adotar um estilo de vida saudável, incluindo atividade física regular, sono adequado, gerenciamento de estresse e outras estratégias complementares recomendadas pelo médico. 

·         Acompanhamento regular: agende consultas regulares com um profissional de saúde para monitorar o progresso, fazer ajustes na dieta, tirar dúvidas e receber apoio contínuo.

 



FONTE:
Géssica Ortiz, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais (@NutrindoIdeais), se especializando em nutrição esportiva pela Universidade VP Centro de Nutrição Funcional RJ. CRN: 22102674.




REFERÊNCIAS:

Viudes, D. R., & Brecailo, M. K. (2014). Nutrição no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). REVISTA FUNEC CIENTÍFICA-NUTRIÇÃO-SEM CIRCULAÇÃO, 2(3), 16-31.

Araújo, A. K. F. P., Marques, S. J. S., Bezerra, K. C. B., & Ibiapina, D. N. F. (2020). Consumo alimentar e as implicações de deficiências nutricionais em escolares com déficit de atenção e hiperatividade: uma revisão. Research, Society and Development, 9(10), e6399108974-e6399108974.

Curado¹, H. T. A. M., Melo¹, J. S., Silva¹, K. A., Luiza, M., Brandão¹, M. L. B., & de Oliveira, R. R. (2019). As implicações da alimentação e seus distúrbios no TDAH em crianças.

Rodrigues, G. M., Souza, D. A., Pimentel, L. C., Ferreira, K. D., & Perônico, J. L. (2023). AS IMPLICAÇÕES DA ALIMENTAÇÃO E SEUS DISTÚRBIOS EM CRIANÇAS COM TDAH. Revista Liberum accessum, 15(1), 37-43.



Lesões de joelho são mais propensas a ocorrer em determinados esportes

Futebol e atividades que demandam giro de joelho são as principais causas  


A lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é um dos problemas mais comuns no joelho.  O rompimento tem relação direta com entorses, principalmente associados ao futebol e esportes que tenham giro de joelho como um dos movimentos mais frequentes, como handebol, tênis, basquete, futebol americano e lutas marciais. 

O médico Lúcio Ernlund, ortopedista especialista em cirurgia de joelho e ombro, do Hospital VITA, explica que esse tipo de lesão tem se tornado cada vez mais comum entre os atletas - profissionais e amadores - devido aumento no número de pessoas que praticam esportes, impulsionados pelos benefícios oferecidos pela prática de atividades físicas, na busca por saúde e bem-estar. 

O especialista relata que o ligamento cruzado anterior do joelho é o mais importante ligamento, é responsável por garantir a estabilidade da articulação do joelho e quando rompido ocasiona várias consequências para a estabilização da articulação do joelho, levando os pacientes a sentir falseios, inchaços e dores fortes. 

De acordo com o médico, a lesão do LCA ocorre com um estalo forte do joelho, dor intensa e inchaço que transcorre em minutos. Normalmente há dificuldade de andar sem mancar, apoiar o pé no chão, e movimentar o joelho.

A dor e o inchaço normalmente melhoraram nas primeiras semanas, podendo inclusive parecer que houve resolução completa da lesão. Porém, segundo o especialista, a instabilidade pela falta do ligamento permanece, resultando em sensação de joelho frouxo, saindo do lugar, ou até nova torção. Os sintomas de instabilidade podem ocorrer tanto em atividades esportivas quanto em cotidianas.

“Geralmente o tratamento é cirúrgico, utilizando alta tecnologia, e que permite, na maioria dos casos, um retorno do atleta à atividade esportiva”, destaca o Dr. Lúcio. Ele explica que a técnica utilizada é minimamente invasiva por videoartroscopia, a qual é realizada por meio de uma pequena incisão na pele do paciente, por onde o cirurgião insere o artroscópio - equipamento de alta precisão, que é conectado a um monitor de TV, propiciando ao médico visualizar todo o procedimento cirúrgico com imagens aumentadas e de alta resolução de toda a articulação. “O mecanismo apresenta excelentes resultados, tanto para o retorno ao esporte quanto para uma melhor qualidade de vida a partir do tratamento”, complementa o médico. 

O ortopedista ressalta ainda que o período de recuperação é individual, varia para cada paciente. Após a cirurgia, o processo de reabilitação envolve fisioterapia e o retorno às atividades esportivas é gradual.


Compartilhando o conhecimento 

Em junho, entre os dias 6 e 8, o Dr. Lúcio foi convidado para ministrar palestra sobre cirurgia do ligamento cruzado anterior do joelho por videoartroscopia, na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. O congresso científico contou com a presença de palestrantes de 17 países, dos cinco continentes.

 

Hospital VITA
www.hospitalvita.com.br


Bulas digitais: Norma aprovada pela ANVISA traz inovação e acessibilidade

As bulas digitais são modernas, acessíveis e podem apresentar conteúdos audiovisuais.
 

Em 2022, por meio da lei 14.338/22, ficou estabelecido que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regulamentaria a bula digital dos medicamentos. Essa regulamentação ocorreu na Reunião Pública da Diretoria Colegiada da ANVISA na quarta-feira (10). A bula, que hoje é apresentada somente na forma impressa, é um documento legal sanitário com informações técnico-científicas e orientações necessárias para o uso seguro do medicamento e tratamento eficaz. 

A Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC), assim como outras associações do setor, defendem a coexistência dos dois formatos de bula. Ao mesmo tempo em que medicamentos selecionados pela ANVISA fornecerão a bula digital por meio de códigos QR nas embalagens, as bulas impressas continuarão à disposição e poderão ser solicitadas nas farmácias, assim como já é hoje com medicamentos comprados apenas em cartela (blister), pelos pacientes ou profissionais de saúde. 

“A ALANAC é a favor de um regulamento bem construído pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que permita a implantação de forma gradual e progressiva das bulas digitais. A bula física impressa continua disponível para os pacientes e toda a população, garantindo o acesso às informações que possibilitam e facilitam a utilização de medicamento”, afirmou o presidente executivo da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC), Henrique Tada. 

Dos benefícios da bula digital é possível citar o formato em audiovisual, que possibilita a disponibilização de informações em áudio, vídeo e aumento da fonte do texto. Além disso, permite também a fácil atualização das informações, como a inclusão de eventos adversos e novas indicações terapêuticas, e também explicações mais detalhadas sobre a forma de usar o medicamento, como os medicamentos que precisam de diluição, por exemplo. 

Outros pontos positivos são a possibilidade de acesso à bula antes mesmo da aquisição do medicamento e a prevenção de buscas sobre informações em buscadores da internet, que muitas vezes desinformam a população. 

A ANVISA definiu também para quais tipos de medicamentos a bula digital será permitida. São eles: embalagens de amostras grátis de medicamentos; medicamentos com destinação a estabelecimentos de saúde, exceto farmácias e drogarias; medicamento isento de prescrição (MIP), comercializados em embalagens múltiplas e medicamentos com destinação governamental, acondicionados em embalagens que contenham as marcas governamentais próprias do Ministério da Saúde. 

Quanto à segurança da hospedagem das bulas digitalmente, a ANVISA tem trabalhado para que a regulamentação agregue todos esses detalhes, tendo atenção e cuidado quanto às possibilidades de ataques hackers ou invasão e alteração, bem como para garantir que o serviço esteja sempre disponível. 

“A bula digital e sua coexistência com a bula impressa são importantes para o Brasil e acreditamos com o papel da ANVISA, que além de já ter know-how na área de supervisão de sites, trará mais uma forma de acessibilidade, inovação e qualidade comprovados por meio de estudos e observações de comportamento da população” concluiu Henrique Tada.


Não há moda quando o assunto é saúde


Sibutramina, orlistat ou semaglutida, canetinhas diversas e por aí vai. As medicações caíram – literalmente – na boca do povo, mas além de servirem de tratamento da obesidade ou do sobrepeso, também tratam doenças como pressão alta, diabetes mellitus ou colesterol alto. Por isso, a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, especialista em emagrecimento da capital paulista, explica os prós e os cuidados com as medicações que estão cada vez mais em alta.

“Medicações precisam ser devidamente prescritas de acordo com a necessidade de cada paciente e são muito bem indicadas quando a perda de peso não está surtindo efeito apenas com a prática de atividades físicas e com uma alimentação saudável e equilibrada, mas como servem para aumentar a sensação de saciedade ou bloquear a absorção de parte da gordura dos alimentos, por exemplo, precisam ser utilizados com cautela”, alerta a especialista.

Dra. Ana explica que as medicações são indicadas para pacientes obesos, ou seja, com IMC superior a 30 Kg/m² ou para pacientes com sobrepeso com IMC superior a 27 Kg/m² associado a doenças como diabetes, colesterol alto ou pressão alta. “Após uma avaliação criteriosa do estado de saúde, realização de exames e avaliação dos hábitos de vida é que as medicações são prescritas e começam a fazer afeito benéfico o organismo”, diz.

Como eles agem diminuindo o apetite, naturalmente há uma redução do número de calorias consumidas ao longo do dia e aumento da sensação de saciedade, assim, a pessoa começa a comer sem exageros. “Os remédios ainda ajudam a acelerar o metabolismo e a queima de gordura já que bloqueiam a absorção de parte da gordura dos alimentos e as elimina pelas fezes”, explica a especialista que alerta: “Mesmo com tantos benefícios, quando utilizados de forma indevida, as medicações podem resultar em dependência química, efeito sanfona e efeitos colaterais indesejados, como alterações gastrointestinais, insônia e alterações cardíacas, por exemplo”.

Dra. Ana ainda alerta para pessoas que não se enquadram na necessidade de tomar medicações, mas fazem isso de maneira insegura, apenas pela busca da perda de peso mais rápida. “Com auxílio de medicação ou não, emagrecer tem que ser sempre de maneira saudável e de modo eficaz, caso contrário, a perda de peso pode ser apenas temporária e o efeito rebote vir à tona”, finaliza.




FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Atualmente, dedica-se à frente da sua clínica especializada em emagrecimento, para melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.
draanaluisavilela


Como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes?

Foto: Camila Hampf
Hospital Pequeno Príncipe
Com alguns cuidados simples é possível fazer o uso equilibrado e responsável dessas tecnologias 

 

Segundo um levantamento realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, aproximadamente 89% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos (24,3 milhões) do país está conectada em sites e aplicativos diariamente. E a maioria, cerca de 95%, usa o celular como principal meio para esses acessos. 

O uso excessivo de celular e redes sociais pode ter diversos efeitos negativos na saúde mental, física e social dos adolescentes. Por isso, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, dá dicas sobre como promover a utilização equilibrada e responsável dessas tecnologias, para minimizar os malefícios e garantir o bem-estar. Ainda mais em uma fase que já é marcada por muitas mudanças significativas, como a puberdade e formação do cérebro adulto. 

A psicóloga e coordenadora do Serviço de Psicologia do Hospital Pequeno Príncipe, Angelita Wisnieski da Silva, pontua que a satisfação imediata gerada pelo uso das redes sociais pode levar a um mecanismo cerebral de dependência. Ou seja, gera uma desordem neurológica que afeta o sistema de recompensa do cérebro, que necessita cada vez mais desse consumo. “Se os pais notarem perda de interesse pelos estímulos reais e cotidianos em um nível que só as redes sociais parecem satisfazer, precisam buscar ajuda especializada”, alerta.

 

Geração ansiosa

Estudos indicam que a exposição excessiva às telas está correlacionada com o aumento da ansiedade entre adolescentes. O uso frequente de dispositivos digitais gera um excesso de estímulos, sobrecarregando o cérebro em desenvolvimento. Além disso, interfere em atividades essenciais como brincar, socializar, descansar e alimentar-se adequadamente. 

De acordo com a psicóloga Marjorie Rodrigues Wanderley, do Hospital Pequeno Príncipe, dois principais fatores estão relacionados ao aumento dos casos de ansiedade. São eles: a frequência e o modo de uso. 

Quanto à frequência, uma exposição a telas por um tempo excessivo acaba gerando um excesso de estímulos com os quais o cérebro não está preparado para lidar. Já o modo de uso diz respeito ao conteúdo. Por exemplo, jogos digitais e redes sociais oferecem estímulos visuais e sonoros intensos e recompensas frequentes, o que pode levar a uma produção excessiva de dopamina no cérebro. Embora seja conhecida como neurotransmissor da felicidade, a substância em excesso pode causar ansiedade devido ao ritmo acelerado no qual se dá o mundo digital. 

O psicólogo americano Jonathan Haidt, autor do livro “A geração ansiosa” destaca quatro soluções urgentes. Primeiro, não liberar smartphones antes dos 14 anos (no máximo, disponibilizar um celular só para chamadas e SMS). Segundo, adolescentes entrarem nas redes sociais apenas após os 16 anos. Além disso, não permitir o uso de celular na escola, para incentivar os aprendizados, brincadeiras e interações de forma integral. Por fim, proporcionar uma infância mais independente.

 

Como o celular e as redes sociais afetam os adolescentes?

O uso excessivo e sem ponderação pode afetar o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, gerando problemas como:

  • dificuldades de aprendizado, atenção, concentração e comunicação;
  • interferência na capacidade de criatividade e na solução de problemas;
  • problemas de autoestima, autoimagem e autoconfiança;
  • quadros de ansiedade, impulsividade, depressão e isolamento;
  • alto risco de golpes e cyberbullying (intimidações e agressões no ambiente virtual);
  • privação do sono e atividades físicas, bem como alimentação inadequada;
  • problemas de visão e de postura.


Dicas para pais e cuidadores

Segundo Angelita, não há consenso entre os estudiosos sobre a maneira ideal de evitar e prevenir as consequências do uso de telas e redes sociais para a saúde mental. Porém, falar a respeito dos riscos do excesso é uma necessidade primordial. Ela também destaca algumas estratégias, como:

  • seja um bom exemplo e fique atento ao próprio tempo de exposição às telas;
  • deixe o celular de lado em momentos de convivência para dar atenção às interações reais;
  • proporcione interações reais em diferentes ambientes e com pessoas de outras gerações;
  • proporcione estímulos atrativos, como jogos e desafios, que geram satisfação, diversão e fortalecimento dos vínculos;
  • ajude o adolescente a desenvolver estratégias para lidar com a realidade, como o vazio e o tédio. Afinal, o cotidiano não é sempre satisfatório e divertido;
  • incentive e apoie o adolescente a encontrar propósitos, motivações e satisfações com a vida real;
  • mantenha e estimule relações de afeto e vínculos de confiança para que o adolescente reconheça seu lugar de pertencimento fora das redes sociais;
  • estabeleça limites de uso de telas, supervisione e priorize jogos e filmes com fins educativos, com o intuito de estimular o desenvolvimento cognitivo;
  • monitore as redes sociais do adolescente, tanto observando com quem ocorrem as interações quanto perguntando e conversando a respeito.

VITÓRIA ANIMAL: Governador Tarcísio sanciona lei que proíbe venda de cães e gatos em vitrines no estado de São Paulo

Animais poderão ser comercializados somente após castração e microchipagem; emenda do deputado Rafael Saraiva alterou o texto final e ressaltou a importância do controle populacional de animais com referências ao Rio Grande do Sul 

 

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) sancionou nesta quinta-feira (12) a lei que proíbe a venda de cães e gatos em vitrines em todo estado de São Paulo e que reconhece os animais como "seres sencientes" (que têm sentimentos como dor, tristeza e alegria).

De autoria do Executivo, o projeto de lei foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), há um mês, com modificações apresentadas em uma emenda aglutinativa pelo deputado Rafael Saraiva (União/SP), referência na causa animal no estado.

Pela lei regulamentada, os cães e gatos só poderão ser comercializados após o processo de castração e microchipagem. O texto determina ainda a proibição da exposição de animais em vitrines de pet shops ou em condições exploratórias que os causem desconforto e estresse.

Os criadores/tutores deverão manter os animais em alojamentos compatíveis ao tamanho e seguir normas de boas práticas determinadas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV - SP), em ambientes de condições sanitárias adequadas e livres de parasitas.

Na última semana, o governador Tarcísio fez diversos gestos ao deputado Saraiva e o elogiou.

"Um deputado dedicado a causa animal, que tem feito muito pela causa animal e graças ao projeto dele, São Paulo vai para a vanguarda ao que diz respeita a causa animal", disse o governador durante entregas de moradias no interior.

O parlamentar comemorou a sanção.

"Estou muito feliz! Demos o primeiro passo pela saúde e bem-estar dos animais. Hoje é um grande dia para a causa, para o estado de São Paulo e para todos aqueles que acreditam que a política pública do bem, pode salvar vidas. Animais não são objetos e não podem ficarem expostos em prateleiras com coleiras e rações, sofrendo estresse e maus tratos. Esse é o nosso compromisso, lutar pela causa animal e acredito que a lei coloca, novamente, São Paulo, na vanguarda do que se trata de proteção animal", disse o deputado.

 

Relembre o caso

O PL 1.477/23 foi enviado pelo governador Tarcísio de Freitas  à Alesp em outubro do ano passado, após pressão de empresários e vetar, integralmente, o projeto de lei que proibiria a venda de animais em pet shops em todo território paulista.

O deputado Rafael Saraiva apresentou a emenda aglutinativa que estabeleceu o texto final do PL, que foi aprovado pela Alesp no dia 12 de julho.

Referência na causa animal, o parlamenta esteve no Rio Grande do Sul junto aos membros do Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), por diversas vezes, realizando o resgate de animais. Ele ressaltou da importância do controle populacional de animais com a castração.

"Vimos a ausência do controle populacional e de saúde animal no Rio Grande do Sul, com a quantidade exacerbada de animais que, ainda, estão sendo resgatados. São animais órfãos de tutores vivos, da falta de políticas públicas de castração, microchipagem e controle populacional. Mas agora, no estado de São Paulo, isso deverá ser diferente", disse. 

 

Veja como ficou a lei:

* Venda somente após a castração de filhotes de até quatro meses de idade, exceto os cães de trabalho nas atividades de cão-policial, cão-farejador, cão de resgate, cão-guia e cães de assistência terapêutica, que deverão castrados até os 18 meses de idade;

* Proibição da venda por pessoas físicas;

* Proibição da exposição dos animais em vitrines fechadas ou em condições exploratórias que os causem desconforto e estresse;

* Garantir que filhotes convivam com suas mães pelo período mínimo de seis a oito semanas;

* Fornecimento de laudo médico veterinário que ateste a condição de saúde regular dos animais no ato da comercialização;

* Microchipar e registrar o animal em banco de dados;

* Cães e gatos domésticos só poderão ser comercializados ou doados com idade mínima de 120 dias, castrados, microchipados e todas as vacinas previstas no calendário aplicadas.

* Instituído o mês de maio como o “Mês da Saúde Animal” no calendário de São Paulo              

 

Evento de sanção:

O governador Tarcísio de Freitas e o deputado Rafael Saraiva, conversam sobre um evento simbólico de sanção, com convite aberto a Ongs, protetores e, principalmente, animais, para que estejam no Palácio dos Bandeirantes e participem desse grande avanço no tema de proteção, saúde e bem estar aos animais.

 

Fonte: Assessoria de imprensa do deputado Rafael Saraiva


Planejamento prévio deixa sucessão patrimonial mais fluida e econômica

Advogado especializado explica os maiores desafios do tema no Brasil e como evitá-los


A sucessão patrimonial é uma estratégia fundamental para organizar a divisão de bens e direitos entre herdeiros ou outras pessoas, visando evitar disputas judiciais e conflitos familiares. Casos recentes, como os do apresentador Gugu Liberato e do ex-treinador de futebol Zagallo, ganharam destaque na mídia, mostrando as complicações que podem surgir. No Brasil, o tema ainda é um tabu, levando muitos a evitarem o planejamento, causando consequências emocionais e patrimoniais desastrosas para os herdeiros.

De acordo com Paulo Akiyama, advogado especializado em direito de família, o custo para a família vai além da depreciação do patrimônio, impactando os laços afetivos e causando desgaste emocional durante longos processos judiciais, como inventários ou anulação de testamentos. “Planejar a sucessão em vida permite uma divisão mais justa e harmoniosa, além de uma redução relevante nos custos de sucessão. É uma maneira eficaz de evitar longos e custosos processos de inventário”, explica.

Além disso, a falta de planejamento sucessório pode engessar a administração do patrimônio familiar, tendo em vista que a venda de imóveis ou o levantamento de valores aplicados dependerá de autorização judicial. Isso resulta na deterioração dos bens e na impossibilidade de os herdeiros usufruírem do legado construído pelo sucedido.

Atualmente, segundo o Conselho Nacional de Justiça, o tempo médio de tramitação de inventários é de um ano e nove meses, mas pode se estender por muitos anos, prejudicando especialmente as empresas familiares, que representam mais de 90% das pessoas jurídicas no Brasil e 65% do PIB nacional. De acordo ainda com a consultoria PwC, 64% das empresas familiares no país fecham após a sucessão, devido à falta de planejamento adequado para substituir o fundador e harmonizar as expectativas dos herdeiros. Este mesmo raciocínio aplica-se às famílias não empresárias que possuem patrimônio a ser partilhado.

Para o especialista, o planejamento patrimonial e sucessório é essencial para evitar conflitos familiares, reduzir a carga tributária e proteger o patrimônio. “A análise da dinâmica familiar, das uniões afetivas, regimes matrimoniais, relações estabelecidas entre os membros e características individuais é fundamental para adequar os desejos e possibilidades às recomendações legais, garantindo uma sucessão livre de crises. A consultoria adequada facilita o diálogo familiar sobre o tema sensível, explicando os aspectos legais e apresentando soluções baseadas no direito brasileiro”, diz.

A discussão sobre a reforma tributária no país, que afeta o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), torna o planejamento sucessório ainda mais relevante. A alíquota do ITCMD é estadual, com um teto de 8% definido pelo Senado, mas pode variar conforme o volume patrimonial e o estado.

Akiyama aponta que a falta de cultura de planejamento sucessório no Brasil está mudando, impulsionada por casos de sucessão desastrosa de figuras públicas e pela perspectiva de aumento na carga tributária. “A adoção de um planejamento sucessório cresce entre todas as classes sociais, demonstrando sua importância para a proteção patrimonial e a harmonia familiar”, conclui.



Paulo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.


Akiyama Advogados
Para mais informações acesse o site

 

Marketing digital para pequenas empresas: quando vale a pena investir?

Vários proprietários de pequenas empresas se perguntam se já estão em um período de maturidade suficiente para começar esforços no âmbito do marketing digital. Realmente, essa é uma pergunta válida, mas, antes de questioná-la, é importante considerar quais são os pontos benéficos de um trabalho de marketing para esses negócios, colocando na balança os benefícios e custos deste serviço para avaliar se essa é, de fato, uma boa estratégia a ser seguida.

Um dos principais pontos de vantagem do marketing digital é a possibilidade de conseguir traçar uma estratégia que trabalhe com a otimização de investimento. Como o digital apresenta muitos tipos de ferramentas para os profissionais do ramo, é possível selecionar e filtrar canais que conseguem um bom trabalho mesmo com baixos orçamentos. Outro ponto a ser considerado é que, por conta do amplo leque de opções, uma empresa, além de não ficar refém de um único canal para prospecção de novos clientes, consegue, juntamente da agência ou assessoria, planejar os meios nos quais atuará para ter um melhor Retorno por Investimento (ROI), mesmo que comece investindo R$ 10,00 por dia.

Outro benefício que essa ação traz para esses negócios é o crescimento do número de leads advindos de canais digitais e, principalmente, de leads qualificados, o que, consequentemente, aumenta muito a chance de conversão para uma ou mais vendas. É necessário entender que trazer pessoas para a porta de entrada do local, como se fosse o trabalho de um Uber, é justamente o trabalho do marketing – porém, o que irá acontecer depois dependerá, principalmente, do grau de desenvolvimento da empresa, bem como de seus processos internos. Isso pode ser sentido muito bem através da porcentagem de clientes que se tornam fiéis à marca e compradores regulares.

Tendo esse crescimento de leads e levando em conta que o negócio está bem estruturado, isso permitirá que a maioria dos clientes consigam um ROI positivo. Por vezes, a falta de estruturação interna dos parceiros acaba não aguentando todo o fluxo de pessoas que são levadas às suas portas e, com isso, começam a surgir problemas como a impossibilidade de se fazer uma comunicação decente com todos os leads levados até ali, o que causa a desistência da compra ou contratação do serviço. Mas, aqui, falamos de uma empresa organizada.

Dentro do marketing digital e, principalmente, para pequenas empresas, já podemos utilizar estratégias interessantes como tráfego pago, inteligência de redes sociais, humanização de conteúdos, criação de conteúdo útil, tom de voz definido e comunicação que dialogue com a persona da marca, criação de LPs ou sites, parcerias com benefícios mútuos, SEO local, presença no Google Meu Negócio, utilização de micro influenciadores etc. O leque de estratégias não é curto.

Contudo, o que mais importa é quais dessas opções funcionam para o seu negócio em específico. Afinal, não adianta uma empresa do ramo de joias, como exemplo, fazer somente uma Landing Page quando, no caso, deveria ter um site de e-commerce ou, até mesmo, um site institucional; isso a depender do seu tamanho e receita.

Nesse sentido, não há dúvidas de que o marketing proporciona enormes benefícios para pequenas organizações. Contudo, é essencial ter claro em mente o fato que nem todas as estratégias são recomendadas para todos os tipos de serviços que são oferecidos por essas entidades. Na prática, isso irá variar de empresa para empresa,

Assim, a partir do momento em que o negócio consegue uma margem de lucro que já pode usar para contratar profissionais da área e tem seus processos estruturados, ele já está em uma maturidade onde o marketing pode auxiliar seu crescimento sustentável de maneira proveitosa.

 


Renan Cardarello - CEO da iOBEE, Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.


iOBEE
https://iobee.com.br/

 

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