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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Mudanças Climáticas devem agravar mais da metade das doenças infecciosas no mundo

Embaixador da Inspirali alerta para os problemas de saúde causados pelo aquecimento global

 

Cada vez mais, o mundo vem enfrentando acontecimentos catastróficos de forma desordenada e sem precedentes, e muito próximo de nós atingindo várias regiões do Brasil, vide as atuais enchentes no Rio Grande do Sul. Mesmo com o Acordo de Paris, assinado por 196 países, em 2015, com o objetivo de estabelecer uma série de ações a serem seguidas para reduzir as emissões dos gases do efeito estufa, ainda há muito o que ser feito. 

Segundo o Dr. Evaldo Stanislau, embaixador nas áreas de imunologia, infectologia, OneHealth e Medicina de precisão da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, o aumento da temperatura coloca a vida em risco e traz consequências muito sérias. “As mudanças climáticas trazem alterações na estrutura de todo o ecossistema terrestre, nas águas dos oceanos, na diversidade das espécies, e, infelizmente, impacta negativamente também nas doenças. Está se formando um ambiente nocivo para a saúde de todos. Um exemplo é o aumento da poluição, que só vai fazer aumentar casos de problemas cardiovasculares, alergias e câncer”, declara. 

Dr. Evaldo explica que com o calor aumentando desde 2019, os países já vêm sentido este impacto com 5 milhões de mortes associadas ao extremo calor e extremo frio. Segundo o embaixador da Inspirali, os jovens são os que mais devem sofrer com estas alterações. “Quem nasceu nos anos 2000 vai ter muito mais exposição a alterações climáticas. Meus filhos e netos vão sofrer muito mais, com sete vezes mais exposição a estes eventos”, relata. 

O médico também alerta para o aumento de doenças infecciosas e transmissíveis. “A temperatura quente colabora para a migração de agentes, que estão cada vez mais resistentes. Doenças que já foram consideradas extintas estão voltando a aparecer, como malária, cólera, sarampo, entre outras. Enfrentaremos a chegada de novos agentes, novas pandemias. Todo o movimento causado pela crise climática potencializa a transmissão de doenças. Gases de efeito estufa aquecem oceanos, derrete gelo, aumenta nível do mar, gera eventos climáticos extremos como furacões, seca, inundações, calor. A infusão de água salgada onde só tinha doce, a migração de pessoas e animais, a cadeia de produção de alimentos. Tudo isso favorece o aumento e criação de novos agentes”. 

“Quando aumenta a temperatura, aumenta também a capacidade de replicação e transmissão destas doenças do vetor. Nestas temperaturas mais altas, eles conseguem se replicar melhor, aumentando o ciclo de vida, a voracidade e o comportamento. Temos como exemplo as mutações sofridas pela dengue. Quanto mais calor, mais vetores e mais doenças”, alerta. 

Porém, Dr. Evaldo acredita que há esperança se juntarmos esforços e muito o que conquistar com o avanço da tecnologia. “Já estamos acostumados a vencer desafios na saúde. Com saneamento, vacina e antibiótico, tivemos um aumento significativo na expectativa de vida, que antes era de 40 anos, e agora são 80 anos. As pessoas morrem menos de doenças infecciosas, tirando Covid que desiquilibrou. É preciso criar uma resiliência climática, pois já é possível prever o que esta por vir. E nós, da saúde, somos agentes de mudança. Temos o poder de convencimento usando nossa credibilidade para falar sobre mudança climática e saúde. Precisamos sair da posição de inércia e espectadores porque somos protagonistas”, complementa. 

Dados mostram que o setor de saúde é responsável por 5% das emissões globais. Algumas medidas podem contribuir para mudar este cenário, como descarte correto de materiais, manuseio do lixo hospitalar, otimização de processos e compromisso com fornecedores conscientes. “Educar profissionais pode levar a práticas clínicas mais sustentáveis e só teremos ganhos recorrentes disso. Dentro da Inspirali, já iniciamos um movimento de introdução do conceito de One Health na matriz curricular e temos flexibilidade para que os alunos das nossas 14 escolas de Medicina vivenciem práticas reais e contribuam para a saúde local e global”, finaliza Dr Evaldo.

 

O tempo seco e as alergias

Com uma nova onda de calor chegando aliada ao tempo seco, comum nesta época do ano, as alergias respiratórias ganham força. Asma e rinite estão entre as mais prevalentes. A redução da umidade do ar, que geralmente fica abaixo dos 30% nessa época do ano, aliada a condições de menor dispersão atmosférica de gases e de materiais particulados, irritam as vias aéreas, predispondo a quadros infecciosos. No Brasil, o padrão de sazonalidade varia entre as regiões, sendo mais marcado naquelas com estações climáticas mais bem definidas, como no Sul, Sudeste e Centro Oeste.

 

A Dra. Maria Cândida Rizzo, membro do Departamento Científico de Rinite da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica abaixo quais as doenças mais recorrentes nessa época do ano, os tratamentos disponíveis e como prevenir as alergias de inverno.


 

Quais doenças são mais recorrentes nesses períodos?

 

A gripe é o exemplo típico da maior transmissibilidade nos meses de inverno, e por isso as campanhas de vacinação se iniciam nos meses de outono. Além do vírus influenza, todos os outros vírus de transmissão respiratórias incluem-se neste contexto, como os rinovírus, adenovírus, coronavírus, bocavírus, metapneumovirus e outros.


 

Qual a faixa etária mais suscetível a essas doenças?

 

São os as crianças e os idosos. Na criança há uma imaturidade imunológica proporcional à faixa etária e no idoso as respostas tendem a ser mais lentas e, muitas vezes, insuficientes. Isso tem se aplicado à maioria dos agentes infecciosos virais e bacterianos com exceção do novo coronavírus, onde se observou um menor número de agravos em crianças saudáveis. A explicação advém do fato de que a criança apresenta uma boa resposta imunológica inata (que já está pronta desde o nascimento), importante na defesa ao coronavírus. Quanto aos imunodeficientes (primários ou secundários a tratamentos), trata-se de um grupo extremamente vulnerável a complicações clínicas quando infectados, por falta de defesas imunológicas.


 

E doenças respiratórias alérgicas, quais podemos ressaltar?

 

Ressalto a rinite e asma. A rinite alérgica é mais comum após os 2 anos de idade e atinge cerca de 26% das crianças brasileiras. Em adolescentes, esse percentual vai a 30%, de acordo com dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância), aplicados em vários estados brasileiros.

 

Os sintomas da Rinite são caracterizados por coceira frequente no nariz e/ou nos olhos, espirros seguidos, principalmente pela manhã e à noite, coriza (nariz escorrendo) frequente e obstrução nasal, mesmo na ausência de resfriados.

 

Ressalto também a asma, que acomete cerca de 10% da população brasileira e é a causa de morte de aproximadamente duas mil pessoas por ano. É uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode ser causada ou intensificada por diversos fatores como ácaros da poeira, mofo, polens, infecção respiratória por vírus, excesso de peso, rinite, refluxo gastroesofágico, medicamentos e predisposição genética. Da criança até o adulto jovem, as alergias são fatores importantes como causadores de crises de asma.


 

É possível prevenir essas doenças respiratórias de Inverno?

 

A forma mais eficaz de prevenção é estar com a carteira vacinal atualizada. Também podemos prevenir das infecções tentando evitar ambientes mal ventilados e com muitas pessoas.

 

Outra recomendação importante é o controle de doenças crônicas, respiratórias ou não. Como exemplo a asma e a rinite, que tendem a apresentar maior agravo nas épocas frias do ano e se não estiverem sob controle, os vírus e bactérias certamente causarão um maior processo inflamatório, levando, muitas vezes, a quadros respiratórios graves.

 

Outras doenças crônicas como a hipertensão arterial e o diabetes também devem estar controladas para evitar o agravamento dos processos infecciosos respiratórios. Durante a epidemia no novo Coronavírus, este fato foi evidenciado e muitas mortes ocorreram nestes pacientes com comorbidades, em especial os não controlados. 



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Professores da rede estadual de São Paulo têm até amanhã (24) para se inscrever no concurso de remoção

Podem participar do processo docentes das 91 Diretorias Regionais de Ensino; resultados serão divulgados em julho

 

Termina nesta sexta-feira (24) o prazo para inscrições no concurso de remoção exclusivo a professores efetivos da rede estadual de São Paulo. O processo é aberto a docentes do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio interessados em mudar de unidade. O edital com as regras foi publicado na edição de 14 de maio do Diário Oficial do Estado

 

As inscrições são on-line no site portalnet.educacao.sp.gov.br. Além do cadastro, o prazo máximo para entrega dos documentos nas escolas também se encerra amanhã. Os resultados serão divulgados até 30 de julho. 

 

Serão aceitas solicitações por motivo de união de cônjuge (civil ou estável) e por títulos (aperfeiçoamento, especialização, mestrado e doutorado). Em caso de desempate, serão considerados o tempo de trabalho no serviço público, número de filhos e idade. 


A expectativa é que os docentes removidos participem da atribuição de classes e aulas válida para o ano letivo de 2025 já nos novos endereços. Hoje, mais de 85 mil dos docentes que atuam na rede estadual são efetivos.



Abralimp orienta população sobre limpeza adequada em áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul

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 Associação Brasileira do Mercado Limpeza Profissional destaca a importância da higienização correta e uso de EPIs na limpeza para evitar doenças e contaminações em residências atingidas 


Após semanas de intensas chuvas e alagamentos que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, muitas famílias estão retornando às suas casas que ficaram submersas pela água. Diante desse cenário, a Associação Brasileira do Mercado Limpeza Profissional (Abralimp) alerta para a importância da realização de uma limpeza eficaz nas residências, a fim de evitar a proliferação de doenças e contaminações.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a limpeza e desinfecção adequadas são fundamentais para prevenir a propagação de vírus, bactérias e fungos, que podem se proliferar em ambientes úmidos. O uso de produtos de limpeza específicos para cada tipo de superfície e a utilização de equipamentos de proteção individual são essenciais para garantir a eficácia do processo e proteger as pessoas que estão cuidando da limpeza. 

A Abralimp recomenda que, ao retornar para suas casas, as pessoas sigam algumas dicas importantes para a limpeza:

  1. Descarte de objetos e alimentos danificados pela água: jogue fora alimentos, roupas, utensílios e outros objetos que ficaram em contato com a água suja, pois podem estar contaminados por bactérias e fungos.
     
  2. Escolha um cômodo para iniciar a higienização, isso ajudará a acomodar móveis e utensílios que estão em bom estado.
     
  3. Sequência da higienização: da superfície mais alta para a mais baixa. Teto e piso, sempre do fundo em direção à porta.
     
  4. Limpeza pesada: utilize produtos de limpeza específicos, como detergente para limpar paredes, pisos, móveis e demais superfícies que foram atingidas pela enchente e, posteriormente, desinfetar utilizando desinfetante de uso geral.
     
  5. Ventilação: mantenha as janelas abertas para permitir a circulação de ar e a secagem mais rápida dos ambientes.
     
  6. Proteção adequada: utilize luvas, máscaras e botas para se proteger durante o processo de limpeza, evitando o contato direto com substâncias nocivas.

A Abralimp ressalta a importância de seguir essas orientações para garantir a segurança e a saúde das pessoas que estão lidando com os impactos das enchentes. Além disso, associados da entidade estão doando produtos, equipamentos de limpeza e EPIs para as vítimas.



Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional – Abralimp
Abralimp


25 de maio: Dia Nacional da Adoção, um marco de Avanços e Desafios

A Adoção no Brasil enfrenta entraves
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Data é importante para a conscientização sobre a Adoção e traz um alerta para o número de crianças maiores, adolescentes, grupos de irmãos e com deficiências, que aguardam por Adoção, entre outros desafios explicados pela Angaad

 

Dia Nacional da Adoção, celebrado em 25 de maio, marca um momento crucial na luta pela Adoção no Brasil. A data surgiu durante o 1º Encontro Nacional de Grupos de Apoio à Adoção, em 1996, e foi oficializado pela Lei nº 10.447 em 2002. Visa conscientizar e refletir sobre a Adoção de crianças e adolescentes, além de estimular a busca por soluções para os desafios ainda enfrentados pelos que permanecem vivendo em situação de Acolhimento. "A data nos convida a direcionar nossa atenção para crianças e adolescentes que aguardam por famílias, e a pensar coletivamente em maneiras de fortalecer o instituto da Adoção, garantindo o direito às convivências familiar e comunitária para todos os jovens”, afirma Jussara Marra, Presidente da Angaad (Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção). 

De acordo com Jussara, desde a instituição do Dia Nacional da Adoção, pela Lei nº 10.447, de 2002, alterada em 2022 pela Lei nº 14.387, aconteceram algumas mudanças significativas no panorama da Adoção no Brasil. A legislação avançou, estabelecendo foco, critérios e prazos relativos diretamente à proteção de direitos de crianças e adolescentes, seja no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), seja em regramentos orientados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Esse movimento ampliou as discussões e as ações, proporcionando uma abordagem mais abrangente e inclusiva sobre o tema”, destaca.


Mitos e Dilemas Persistentes 

Apesar dos avanços, ainda existem muitos mitos e dilemas que rondam o imaginário coletivo sobre a Adoção. “Entre os mais comuns estão as preferências por Adoções de bebês e crianças pequenas, sob a premissa equivocada de que seria mais fácil ‘moldar o caráter’”, aponta Jussara. Além disso, há o mito de que a burocracia e a demora injustificada no processo de Adoção sejam um dos entraves que ainda afastam os pretendentes à Adoção. Não há como negar que a Adoção e o sistema Jurídico ainda são vistos como um tabu no Brasil, porém, muitas vezes, isso diz mais sobre a falta de preparação dos adotantes. “É essencial compreender a Adoção do ponto de vista da criança e do adolescente. Para construírem seu futuro de maneira segura, necessitam de um sistema ágil e eficiente de preparação dos futuros pais e mães,”, conclui.

 

Atuação dos Grupos de Apoio 

Os Grupos de Apoio à Adoção (GAAs) desempenham um papel crucial na quebra dessas barreiras. Segundo José Wilson de Souza, Diretor Financeiro e de Relações Institucionais em exercício na Angaad, os GAAs oferecem suporte às famílias adotivas, fornecendo informações, orientações e preparação, além de promoverem trocas de experiências e assistência pós-Adoção. Realizam projetos em áreas específicas, como Psicologia, Serviço Social, Pedagogia e Direito. “Dois importantes desafios para a Adoção no Brasil ainda são a idealização e o imediatismo por parte das famílias, além da falta de estrutura e equipes técnicas especializadas para trabalho exclusivo na solução da situação de crianças e adolescentes acolhidos”, evidencia.


Psicologia é uma aliada fundamental no processo de Adoção,
 ajudando a preparar emocionalmente tanto crianças e
 adolescentes quanto os futuros pais. O acompanhamento
psicológico facilita a superação dos desafios emocionais
e ajuda a criar vínculos saudáveis e duradouros 
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Contribuição da Psicologia para o processo de Adoção 

Vários profissionais têm atuação fundamental no processo psicossocial da Adoção. Começam no apoio prévio à família de origem, para evitar a retirada temporária ou definitiva da criança ou do adolescente em risco ou sob violência naquele lar. Passam pelo acompanhamento nos serviços de Acolhimento, pela preparação para o retorno à família biológica ou para o encaminhamento à Adoção. Enfim, a atuação interprofissional chega à preparação e ao acompanhamento da família adotiva.   

Um desses importantes profissionais é o Psicólogo. De acordo com Mayra Aiello, Psicóloga, doutoranda em Psicologia pela UNESP Bauru e membro da Diretoria Técnica da Angaad, a Psicologia desempenha um papel essencial no auxílio às pessoas para superarem os desafios relacionados à parentalidade via Adoção. Aqui estão algumas maneiras pelas quais ela pode ser útil: 

·         Apoio Emocional: A Adoção pode envolver uma ampla gama de emoções, incluindo ansiedade, medo, alegria e tristeza. Os Psicólogos fornecem um espaço seguro para que os indivíduos expressem e compreendam essas emoções, ajudando-os a lidar de forma saudável com os desafios emocionais que surgem ao longo do processo de Adoção. 

·         Autoconhecimento: O processo psicoterapêutico realizado por um Psicólogo pode auxiliar cada membro familiar no processo de autoconhecimento no que se refere à sua história de vida, em relação a perdas, mudanças e processos de transição ao longo do ciclo vital. Além disso, o Psicólogo especialista em parentalidade e Adoção pode auxiliar na transição da parentalidade desse indivíduo, compreendendo traumas, marcas, lacunas e frustrações, e ampliando seus recursos emocionais ao lidar com o outro. 

·         Avaliação e Preparação: Antes de iniciar o processo de Adoção, os profissionais de Psicologia ajudam os futuros pais a avaliar suas motivações, suas expectativas, seus lutos, suas frustrações e suas capacidades para exercerem a parentalidade via Adoção. Essa avaliação garante que eles estejam preparados para enfrentarem os desafios que a Adoção pode trazer, ampliando os recursos a serem acionados frente a esses desafios. 

·         Orientação Parental: Durante todo o processo de Adoção, a orientação parental/familiar pode ser benéfica, para garantir que todos os membros da família estejam alinhados, compreendam as necessidades uns dos outros e estejam preparados para as mudanças que a parentalidade e a Adoção trarão ao ambiente familiar. 

·         Preparação para a Criança e o Adolescente Adotivos: Os Psicólogos também ajudam os futuros pais a se prepararem para a chegada do filho ou da filha adotiva, abordando questões relacionadas à Adoção e à história de vida, a como lidar com possíveis marcas ou desafios comportamentais e a como criar um ambiente acolhedor e seguro. 

·         Suporte Contínuo no Pós-Adoção: Mesmo após a Adoção ser finalizada, os desafios podem continuar surgindo, à medida que a família se ajusta à nova dinâmica Interna. O puerpério emocional na Adoção envolve um complexo processo de ajustamento multidimensional. Os Psicólogos oferecem suporte contínuo, com escuta qualificada e ampliação dos recursos emocionais, auxiliando nos conflitos familiares e nas questões de identidade da criança e do adolescente adotivos. Também fornecem estratégias para promover um ambiente adequado para relações familiares positivas e sustentáveis.

 

Conselhos para Interessados na Adoção

 

Para aqueles interessados na Adoção que buscam se preparar bem para o processo, Mayra listou alguns conselhos importantes. Considerando que é crucial buscar informações, participar de grupos de apoio e estar aberto ao processo de preparação oferecidos pelos órgãos competentes, ela sugere: 

·         Informe-se nos Órgãos Oficiais e se eduque sobre o Processo Judicial de Adoção: Procure o fórum/comarca da região em que mora, para buscar informações práticas para dar entrada no processo de habilitação à Adoção. Entenda as diferentes etapas do processo de Adoção, os requisitos legais, as expectativas e os prazos envolvidos. 

·         Participe de Grupos de Apoio à Adoção: Junte-se a Grupos de Apoio à Adoção e participe de eventos e reuniões educativas, informativas e reflexivas. Conheça outras pessoas que estão passando pelo mesmo processo, compartilhe experiências e obtenha conselhos valiosos. As rodas de conversa ajudam a diminuir a solidão e a construir uma rede de apoio. 

·         Prepare-se Emocionalmente: A Adoção é um processo emocionalmente intenso. Esteja preparado para lidar com sentimentos como ansiedade, expectativa, medo e alegria. Considere buscar apoio emocional para lidar com motivações, expectativas, lutos anteriores. Busque capacitar-se em letramentos que envolvem questões raciais, culturais e de cuidados com portadores de deficiência, crianças de várias faixas etárias e adolescentes e grupos de irmãos, entre outras que poderão estar presentes na ampliação da família. 

·         Prepare-se para o Puerpério Emocional Adotivo: Enfrente o desafio de se adaptar à nova rotina, às mudanças de humor e à ambivalência. Resgatar suas transições anteriores pode ajudar a acessar os recursos necessários e a investigar novos que precisa adquirir. 

·         Trabalhe a Resiliência Emocional: Paciência de esperar e aprender a lidar com o tempo e as frustrações são fundamentais. Busque parcerias e espaços para ter os sentimentos validados, essenciais para um crescimento individual e familiar saudável. 

·         Conheça as Necessidades da Criança e do Adolescente Adotivos: Eduque-se sobre as necessidades emocionais, físicas e sociais das crianças e dos adolescentes que estão aptos à Adoção. Isso inclui entender possíveis marcas e traumas, histórias de vida e desafios específicos que eles podem enfrentar. 

·         Prepare-se para a Próxima Fase: Busque práticas e ações profundas, que facilitem seu processo de autoconhecimento. Práticas meditativas, psicoterapia, atividades manuais e confecção de um álbum de fotos da gestação afetiva são algumas atividades que possibilitam esse mergulho. 

·         Não Romantize a Adoção: Evite a ideia redentora de Adoção como um ato de caridade. Entenda que quem vai transformar sua vida será seu filho ou sua filha. Desfazer o imaginário coletivo da Adoção associada ao abandono e à caridade é essencial. 

·         Envolva a Família Extensa, os Amigos e os Colegas de Trabalho: Converse abertamente com sua família extensa sobre seu desejo de adotar, formando uma rede de apoio desde os primeiros passos. Envolva-os em cada fase do processo e promova o aprendizado sobre a Adoção contemporânea. 

·         Confie no Processo e na Equipe Técnica Judiciária: Dependendo do perfil escolhido, pode levar mais ou menos tempo para seu filho ou sua filha chegar. Saiba que, na hora certa, ele ou ela estará em seus braços e que o apoio no pré e no pós-Adoção é fundamental para a construção dessa parentalidade e da relação afetiva.

 

Mudanças no Comportamento e na Consciência

 

Nos últimos anos, a ANGAAD tem notado um aumento nas chamadas "Adoções prioritárias", que englobam grupos de irmãos, adolescentes, crianças maiores e aquelas com problemas de saúde. Segundo o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), em 2019, o ano anterior à pandemia, houve um total de 3325 adoções, das quais 766 foram de grupos de irmãos, 79 de crianças e adolescentes com problemas de saúde, 429 com mais de 10 anos de idade, 12 de crianças e adolescentes com deficiência intelectual e 6 com deficiência física.

 

Os números de 2023 representam um aumento significativo. Em comparação com 2019, foram realizadas 5032 adoções em todo o Brasil, representando 51% a mais que em 2019. Foram 2395 de grupos de irmãos (aumento de 126%). Para crianças e adolescentes com problemas de saúde, esse número chegou a 559, um aumento de 607%. Para os que tinham mais de 10 anos de idade, foram 556, representando 29,6% de adoções a mais, enquanto 109 foram de crianças e adolescentes com deficiência intelectual (808% a mais) e 48 com deficiência física (aumento de 700%).

 

Esse resultado reflete uma série de fatores atrelados à pandemia, mas acontece também devido à maior proximidade e à interação com grupos de apoio, que têm contribuído para a desmistificação da Adoção. A atividade acaba também transformando o perfil dos adotantes, promovendo uma aceitação e uma disposição para adotar crianças e adolescentes com diferentes necessidades. “Os números são positivos. No entanto, em meio ao aumento do número dessas adoções, vemos ainda muita idealização e romantização. É preciso falarmos cada vez mais de Adoção, em todos os espaços, para trabalharmos efetivamente a quebra de tabus”, afirma Jussara.


 

Celeridade e Eficiência Durante o Período de Acolhimento 

 

A implementação da Lei nº 13.509, em 2017, estipulou em 3 meses o prazo para reavaliação e permanência nos serviços de Acolhimento. Também limitou a permanência nos serviços de acolhimento a 18 meses. É um movimento positivo em direção à maior celeridade dos processos de avaliação da possibilidade de retorno às famílias de origem ou extensa (tios, avós, padrinhos, entre outros) ou o encaminhamento à família adotiva.

 

Esses são chamados prazos ‘impróprios’, ou seja, seu descumprimento não gera qualquer sanção, o que faz com que muitas vezes eles não sejam observados, até mesmo em virtude da falta de equipes técnicas especializadas e de Varas de Infância exclusivas, nas Comarcas com população condizente com tal demanda”, destaca Jussara.

Preferência de famílias por crianças mais novas, brancas
 e sem grupos de irmãos está diminuindo 
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Perfil de Adotantes e Adotados

 

O perfil dos adotantes e dos filhos adotivos no Brasil evoluiu, mas ainda apresenta grandes discrepâncias. Enquanto muitas crianças maiores, adolescentes, com deficiências e em grupos de irmãos aguardam por Adoção, a preferência dos adotantes geralmente recai sobre bebês, crianças mais novas e sem problemas de saúde. Além disso, problemas como o racismo estrutural, presente na sociedade brasileira, ainda dificultam a Adoção de crianças e adolescentes não-brancos, os quais são maioria nos serviços de Acolhimento. 

 

Segundo o SNA, atualmente, 4.794 crianças e adolescentes aguardam por Adoção. Dessas, 52,6% são pardas, 29,4% são brancas e 16,4% são pretas. Cerca de 58,74% dos acolhidos que aguardam por Adoção são crianças com mais de 10 anos de idade ou são adolescentes. Entre as crianças e os adolescentes com deficiência intelectual, 14,3% estão na lista de espera, enquanto 1,7% têm deficiência física. Além disso, 20% das crianças e dos adolescentes têm problemas de saúde e 49,72% pertencem a grupos de irmãos.

 

Em 2023, segundo o SNA, 38,3% das crianças e dos adolescentes adotados são brancos, 48,6% são pardos e 11,2% são pretos. Crianças com até 2 anos representaram 45,48% dos adotados no período. A preferência por crianças e adolescentes sem problemas de saúde e sem deficiência foi marcante, representando 96,2% e 88,9%, respectivamente. Além disso, os dados mostram que 52,4% dos adotantes preferiram crianças e adolescentes sem irmãos.

 

Essa disparidade requer ações contínuas, que começam no apoio da rede de proteção à família de origem, para que a criança e o adolescente possam permanecer em segurança ali. Quando o acolhimento é inevitável, as ações passam pela necessidade de agilizar, de forma equilibrada, a avaliação da situação da criança e do adolescente. Isso evita que eles fiquem muito tempo no serviço de Acolhimento, sem saber para onde vão, ampliando os problemas psicológicos decorrentes da falta de convivência familiar. Por fim, “as ações também passam por promover uma melhor preparação dos adultos pretendentes, para que a Adoção seja inclusiva, segura e para sempre”, conclui Jussara.

 

As disparidades nos perfis revelam que os obstáculos para garantir que todas as crianças e os adolescentes tenham uma família são diversos, incluindo a falta de equipes técnicas especializadas e Varas da Infância e Juventude. 




Angaad - Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção
www.angaad.org.br
e-mail: angaad@angaad.org.br
Instagram: @angaad_adocao

Aceita um cafezinho?

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Hoje, de cada três xícaras de café consumidas no mundo, uma delas é dos cafés produzidos no Brasil. Esta paixão pela bebida tem estimulado não só bons negócios, como benefícios para nossa saúde, devido às suas propriedades nutracêuticas, eficazes para melhorar a atenção, concentração, memória e aprendizado, além de ser um agregador social nos encontros entre amigos e familiares.

Segundo dados divulgados pela ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café – somos o segundo maior consumidor de café no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Por aqui, entre novembro de 2022 a outubro de 2023, foram consumidos 6,40 kg/ano de café cru e 5,12 kg/ano de torrado e moído.

O Prof. Dr. Durval Ribas Filho - Médico Nutrólogo, Fellow da Obesity Society FTOS – USA e Presidente da ABRAN – Associação Brasileira de Nutrologia lembra que os cafés não são iguais. A composição de cada tipo depende da maneira como a planta foi cultivada, as alterações durante o processo de fabricação e até mesmo o modo que a bebida é preparada e servida.  

“Reconhecida por contribuir com várias funções do nosso organismo, a cafeína - principal substância do café não é 100% inofensiva. É um estimulante do sistema nervoso central, que pode interferir no funcionamento do cérebro e do resto do nosso corpo, de forma positiva ou negativa, dependendo da dose ingerida.  A substância não está apenas na xícara de café, mas faz parte da composição de outros alimentos, como refrigerantes tipo cola; bebidas energéticas; chás verde, mate e preto; chocolate; suplementos alimentares para treinar e até remédios, além da própria cafeína como um suplemento em pó”, alerta.

Confira as  10 dicas do especialista para aproveitar todo o prazer de degustar um cafezinho.


1.Por que o café faz bem para saúde?

Além da cafeína, é rico em antioxidantes, substâncias químicas que ajudam a proteger nossas células. São minerais, vitaminas e flavonoides, importantes na circulação sanguínea. Os ácidos clorogênicos, por exemplo, são responsáveis por parte da atividade antioxidante da bebida, com potencial ação antibacteriana, antiviral e anti-hipertensiva.


2.É um aliado do cérebro?

Sim. Auxilia o cérebro na liberação de estimulantes naturais, como a adrenalina (hormônio relacionado com a disposição e euforia) e a dopamina, conhecida como o “hormônio da felicidade”, que está associada com a motivação.


3.Traz energia e menos fadiga?

Das evidências científicas sobre os efeitos fisiológicos do café, e talvez o mais conhecido, é o ganho de energia extra, um aumento da disposição que ocorre graças à cafeína, alcaloide estimulante para o sistema nervoso central e, por isso, capaz de combater aquela sensação de fadiga, após um dia muito exaustivo de estudos ou trabalho.


4.Pode se tomar café sem limites?

Apesar dos benefícios para saúde, o consumo de café deve ser moderado. O excesso de cafeína pode desencadear irritação, ansiedade, nervosismo, agitação e arritmias.  A qualidade do sono pode ser afetada, com crises de insônia, prejudiciais à qualidade de vida e regulação do metabolismo. Em casos mais graves e raros pode se chegar a uma overdose de cafeína com aceleração cardíaca, tonturas, descontrole muscular e dificuldade para respirar.


5.Qual a dose certa?

A tolerância à cafeína é variável em cada pessoa, de acordo com a idade, altura, peso e hábitos de consumo diário da bebida. É importante não contabilizar apenas a cafeína do café, mas do consumo geral, incluindo as fontes de cafeína de outros alimentos. Para um adulto saudável, com cerca de 70 kg, de 300 a 400 miligramas, como dose diária de cafeína, segundo a European Food Safe Authority.


6.Há um horário ideal para o consumo de café?

O ideal é consumi-lo até o meio da tarde. Por interferir no sono, para algumas pessoas, pode causar um prejuízo de atenção e concentração no dia seguinte. Mas dependerá do tipo de café: grãos com maior teor de cafeína ou menor ou se é expresso ou coado.

A bebida também possui substâncias que atrapalham a absorção de certos nutrientes. Por isso, se consumido logo após o almoço, pode dificultar a absorção de ferro presente nas carnes, vegetais e feijões e a combinação com o leite pode interferir na quantidade de cálcio absorvida pelo organismo. O recomendado é tomar café duas horas antes ou após as principais refeições.


7.Quem não pode tomar café?

De forma geral, a bebida não é a ideal para gestantes, mulheres que estão amamentando, pessoas com distúrbio de sono, indivíduos que sofrem com crises de ansiedade e pânico, menores de 12 anos e pessoas com refluxo. Portadores de problemas cardíacos ou glaucoma devem evitar ou consumir com orientação médica.


8.Há um tipo melhor de café?

O café expresso tem o triplo de cafeína que o coado. Enquanto apenas 30 ml de café expresso, tem 60 mg de cafeína, 125 ml (meia xícara) de coado tem 85 mg. A melhor opção é escolher o coado.  Já o solúvel e o descafeinado passam por várias etapas no processo industrial. Pesquisa realizada no Reino Unido sugeriu que, embora prático, o café instantâneo pode acelerar o envelhecimento. Quanto ao descafeinado, alguns produtos usados no processo de descafeinação podem oferecer riscos à saúde, como o cloreto de metileno, que pode afetar o sistema nervoso central.  Porém, nem todas as indústrias utilizam esta substância.


9.Posso tomar café amanhecido?

O café não deve ser consumido 30 minutos após o preparo, pois além da alteração no paladar e aroma, ocorre o início de um processo de oxidação, gerando a degradação das substâncias da bebida, o que pode gerar efeitos prejudiciais para saúde, como náuseas e até problemas gastrointestinais.


10.Cafeína é uma droga e vicia?

A cafeína é um composto que pode ser classificado como droga, se considerarmos seu poder estimulante do sistema nervoso e, portanto, favorecer um estado de alerta, com um aumento da concentração, atenção e até euforia, com um consumo em excesso. Estes efeitos no organismo não são iguais para todas as pessoas. Fatores como idade, peso e a própria capacidade do fígado de digerir a cafeína interferem na sua ação.

A necessidade exagerada de consumo pode sinalizar certo “vício”. Porém, no caso do café, muitas vezes o que se tem é uma dependência mais psicológica do que biológica, ao se fazer a associação que a bebida pode proporcionar maior disposição e energia, em um momento de stress, por exemplo. A rápida absorção da cafeína traz esta sensação de bem-estar e mais energia. Quando não se consume, a sensação passa a ser de abstinência.


ViaMobilidade promove campanha de prevenção a acidentes de trânsito na estação Graja


Ação, relacionada ao projeto Maio Amarelo, tem como objetivo a conscientização sobre a segurança e conta com parceria da Escola Proz

A ViaMobilidade, em parceria com a Escola Proz, promove nesta sexta-feira (24/5), na estação Grajaú, na Linha 9-Esmeralda, a campanha “Prevenção de Acidentes de Trânsito”, que acontece dentro do projeto Maio Amarelo, que completa nesta edição 11 anos em prol da conscientização pela segurança nas vias públicas. 

 

A ação, que acontece das 10h às 15h, tem como objetivo alertar sobre os altos índices de acidentes no trânsito na capital paulista e as graves consequências à saúde. Os alunos do curso de enfermagem da Escola Proz vão oferecer gratuitamente aos passageiros aferições de pressão arterial e glicemia capilar. Neste dia de ação também serão entregues folhetos explicativos abordando os temas da campanha.

 

Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), no Brasil uma pessoa morre a cada 15 minutos por causa de acidentes de trânsito. Outro dado alarmante é que a cada 2 minutos uma pessoa sofre sequelas por causa dos ferimentos. As causas mais comuns das ocorrências são: falta de atenção, excesso de velocidade, ingestão de álcool e uso do celular ao conduzir.

 

Criado pelo ONSV, o Maio Amarelo é um movimento internacional que tem por objetivo conscientizar a população sobre a redução de acidentes no trânsito e incentivar comportamentos prudentes, que prezam pela segurança nas vias.

 

 

Serviço – Campanha de Prevenção de Acidentes de Trânsito

Dia: 24/05/2024

Horário: Das 10h às 16h

Local: Estação Grajaú – Linha 9-Esmeralda



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