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terça-feira, 4 de dezembro de 2018

WRBR 2018: bancos devem responder às expectativas dos clientes e a ameaça das BigTechs e FinTechs

Consumidores estão cada vez mais abertos aos players não tradicionais e os bancos de varejo precisam colaborar com seus competidores para personalizar a experiência do cliente

 
Paris - Além dos desafios tradicionais, os bancos de varejo em todo o mundo agora enfrentam o impacto pesado de novas formas de concorrência, tais como o ecossistema dos bancos abertos, as tecnologias emergentes e as crescentes expectativas dos clientes. Estes são os principais destaques do World Retail Banking Report 2018 (WRBR2018), tradicional Relatório Mundial de Bancos de Varejo, cuja nova edição foi lançada pela Capgemini e a Efma.

O relatório revela também que:

• A satisfação é baixa: apenas a metade dos clientes afirmou ser positiva a experiência nos diferentes canais do seu atual banco – 51,1% nas agências, 46,9% pelo smartphone e 51,7% pelo Internet banking -, apesar dos investimentos contínuos realizados pelas instituições;

• Os consumidores estão abertos às BigTechs: quase um terço dos clientes (32,3%) considera comprar produtos e serviços financeiros das BigTechs, incluindo-se aqui os 43% dos entrevistados pertencentes a Geração Y, 53% dos tech-savvy[1] (consumidores intensivos de tecnologia) e 70,2% daqueles que já estão propensos a mudar seu provedor principal;

• A personalização é a chave: a satisfação é nitidamente maior entre clientes que pró-ativamente receberam experiências digitais personalizadas (49,1%) em comparação com aqueles que não as receberam (39,5%).

A pesquisa também ouviu executivos do setor bancário em relação às principais causas da disrupção da indústria. O fator mais citado foi o aumento das expectativas dos clientes, com sete em cada dez executivos (70,8%) afirmando que experiências positivas em outras atividades fazem com que os clientes, agora, esperem mais de seus bancos. A maior parte dos executivos (58,3%) também disse que a pressão regulatória é uma importante causa da disrupção, enquanto 54,2% identificaram a crescente demanda por canais digitais como um fator relevante.

E, conforme os negócios entre indústrias tradicionalmente diferentes começam a se fundir, os bancos passam a enfrentar uma concorrência cada vez maior, especialmente de companhias não tradicionais que focam áreas de nicho da cadeia de valor do setor bancário. Além disso, o aumento da digitalização e a explosão de novas tecnologias estão mudando rapidamente os modelos de trabalho das instituições bancárias.

“Com FinTechs, BigTechs e outras companhias não tradicionais do setor financeiro encontrando seu lugar no mercado, o termo “banco de varejo”, hoje, se refere a tudo o que trata da experiência do cliente ao interagir com sua instituição financeira”, explica Anirban Bose, CEO da Unidade de Negócios Estratégicos de Serviços Financeiros da Capgemini. “À medida que um novo ecossistema aberto - composto por clientes, bancos tradicionais, companhias não tradicionais, reguladores e desenvolvedores - toma forma, há uma clara oportunidade para que os bancos alavanquem a transformação digital, de modo que sejam capazes de manter seus relacionamentos com os clientes ao reinventar a jornada do usuário e criar novos fluxos de receita”.

Apesar da realidade de regulamentação crescente, concorrência não tradicional, tecnologias emergentes e expectativas do cliente, os bancos não estão impotentes no que se refere a usar a mudança em proveito próprio. Uma significativa maioria dos executivos do setor bancário (70,8%) acredita que pode "gerar receitas não tradicionais" por meio da colaboração com os provedores FinTech e BigTech, seja para desenvolver um novo serviço ou para distribuir produtos de terceiros por meio de uma plataforma de mercado. A maior parte dos bancos acredita que há oportunidades inexploradas para se fazer um uso mais estratégico dos dados, visando à melhoria da experiência do cliente. Os executivos planejam usar tais informações para criar jornadas de usuários mais tranquilas (87,5%), desenvolver preços baseados em relacionamentos (75,0%), recompensas de fidelidade (58,3%) e criar produtos e serviços para o ciclo de vida de clientes (54,2%).

“A indústria de bancos de varejo está em um ponto de inflexão e precisa determinar seu papel, avançando no ecossistema das FinTechs. Há oportunidades para inovar por meio da colaboração e da reinvenção. É um momento empolgante para o setor, já que a regulamentação, a inovação, a concorrência e a colaboração se fundem para criar o banco do futuro”, afirmou Vincent Bastid, Secretário-Geral da Efma.


Metodologia do relatório

A edição deste ano do World Retail Banking Report traça as perspectivas atuais e a evolução potencial dos bancos tradicionais em meio ao contínuo surgimento de novos agentes, tais como as BigTechs e as FinTechs, no setor de serviços financeiros. O Relatório apresenta dados de uma pesquisa global que reúne entrevistas de mais de 10 mil clientes de varejo em 20 países, além de entrevistas com 60 executivos seniores de grandes bancos, em 23 mercados.
www.worldretailbankingreport.com.



Capgemini
https://www.capgemini.com/br-pt/. People matter, results count.
 


  



[1] Clientes que frequentemente usam canais on-line e móveis para realizar transações como compras de produtos eletrônicos, roupas, alimentos e mantimentos, para pagar contas, etc. São classificados como intensivos usuários de dispositivos tecnológicos. Os tech-savvys cruzam todas as gerações.


O que fazer para diminuir o consumo de combustível no seu seminovo? especialista ensina 5 truques


 Preço médio chegou a atingir recorde de R$ 4,72 nos postos do Brasil, mas diminuiu para cerca de R$ 4,55 nas últimas semanas, valor que ainda assusta motoristas

Especialista de carros afirma que maus hábitos ao volante podem fazer o carro “beber” mais, além de diminuir a vida útil do veículo


O preço da gasolina caiu 3,5% nas últimas semanas de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e dos Biocombustíveis (ANP). O valor médio por litro passou de R$ 4,72 em setembro para R$ 4,55 nas últimas semanas, mas ainda afeta o bolso dos motoristas brasileiros.

Em razão disso, os motoristas estão cada vez mais em busca de novas formas para economizar - seja com gasolina, etanol, diesel e até gás gnv. De acordo com Fabio Pinto, especialista em carros e CEO da Carflix (www.carflix.com.br), startup que conecta compradores e vendedores de seminovos selecionados, não existe mágica na hora de economizar o combustível, mas alguns maus hábitos e a falta de cuidado pode fazer o carro “beber” mais. “Dirigir de maneira correta, ter a manutenção em dia e tomar cuidado ao escolher o combustível na hora de abastecer são regras básicas, mas acima de tudo quem dirige precisa conhecer seu carro. É sempre importante destacar que cada modelo de carro possui características próprias e o motorista precisa ficar atento a todas eles”, explica.

O especialista separou 5 truques que podem ajudar os motoristas a pouparem dinheiro nas próximas paradas no posto. 


Cheque a calibragem dos pneus

Pode parecer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, porém, o consumo de combustível está relacionado também com a calibragem errada dos pneus. É necessário ficar atento já que o seu carro pode não estar com a pressão recomendada pelo fabricante. Se você roda por estradas em mau estado de conservação, o ideal é conferir a calibragem pelo menos a cada 15 dias ou semanalmente. Pneus com pressão 10% abaixo do recomendado podem aumentar o consumo de combustível entre 6% e 10%, dependendo das características do veículo.

Além disso, muito peso também colabora para o consumo de combustível. Se o seu carro está pesado com bagagens e passageiros é essencial calibrar os pneus.


Mantenha o filtro de ar limpo

O uso do ar condicionado é um dos principais vilões do consumo de combustível. É importante verificar se o filtro de ar está sujo ou se precisa ser substituído. Em alguns casos, a falta de manutenção do filtro é o que reduz o fluxo de ar, gerando uma compensação que injeta mais combustível - esse aumento no consumo pode chegar a até 8%. Siga a quilometragem indicada pelo fabricante para a substituição do filtro de ar.


Fique de olho no local que abastece

A adulteração de combustível pode provocar graves danos no motor do seu carro e também aumentar o consumo de combustível do veículo. Dependendo do tipo de adulteração, o motorista só vai perceber algum problema ao checar a média de consumo no computador de bordo ou quando for abastecer novamente. Abasteça apenas em postos de confiança. Nem sempre o menor preço é a melhor opção.


Verifique a bobina de ignição

A bobina é responsável por gerar a corrente para as velas, que produzem a faísca que dará início a queima de combustível. Quando está com defeito, esse acessório pode causar perda de potência e consumo exagerado. O consumo aumenta porque não há tensão suficiente para queimar o combustível, e para compensar isso mais combustível será injetado.


Fique atento ao seu hábito de dirigir

Procure trocar a marcha em rotações mais baixas, sem forçar o motor em situações desnecessárias. A prática de andar com em ponto morto não é uma das formas de economia. Ande sempre com o carro engrenado, mesmo em descidas, para melhorar o consumo.






Carflix



Brasil tem 2.796 obras paradas e o setor de infraestrutura é o mais afetado


De acordo com o estudo Grandes obras paradas: como enfrentar o problema, feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil possui 2.796 obras paralisadas. Desse total, 517 são referentes ao setor de infraestrutura e já custaram R$ 10, 7 bilhões.
Segundo a CNI, entre as principais razões para a interrupção de obras estão problemas técnicos, abandono pelas empresas e dificuldades orçamentárias/financeiras.

Para evitar que situações de paralisações continuem acontecendo pelo Brasil, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 6814/2017. O PL em questão pretende regular a alienação e a concessão de direito real de uso de bens; compras, locações, concessões e permissões de uso de bens públicos e prestação de serviços.

Para o deputado federal Edmar Arruda (PSD-PR) a aprovação da lei de licitações garantirá mais qualidade nas entregas e evitará a paralisação de obras pelo país.

“No caso das obras de engenharia, está havendo um avanço grande que é incluindo o seguro de uma forma facultativa para obras de até R$ 200 milhões e acima de R$ 200 milhões passa a ser obrigatório o seguro. Isso faz com que a gente vá diminuir o número de obras paralisadas e não entregues. Além disso, nós estamos fazendo uma lei onde o próprio poder público tenha que ter a previsão orçamentária e financeira, para que na hora que ele contrate uma obra, ele tenha os recursos e não deixe de pagar a empresa, e com isso também a obra sofrer paralisação.”

O advogado e especialista em direito público, Henrique Frizzo, acrescenta que esse PL oferece mais segurança nos processos de licitação pública.

“Ao invés de você procurar a lei de licitações, a lei do pregão, a lei do pregão eletrônico, você teria um instrumento único, uma lei única que rege as contratações públicas. O que deveria trazer um pouco mais de segurança jurídica dentro desse contexto”, afirma.


Trâmite

O texto do projeto de lei 6814/17 é de autoria do Senado Federal e foi apensado a outro PL, o 1292/1995. Atualmente a matéria aguarda para ser discutida na comissão especial da Câmara que trata do tema.

Se aprovada pelos deputados, a matéria segue para votação no Senado. Caso os senadores aprovem a medida sem alteração no texto, ela é enviada para sanção presidencial.

Se o projeto em questão for de fato aprovado, as obras orçadas acima de R$ 100 milhões teriam a obrigatoriedade de contratar um seguro de 30% do valor estipulado na licitação. No caso das demais obras, serviços e fornecimentos de bens, o seguro seria de 20%.

Além disso, o PL sugere que a modalidade de pregão, por exemplo, não se aplique às contratações de serviços técnicos especializados, como serviços de engenharia e obras de grande porte. No entanto, permite a utilização de pregão para obras e serviços comuns de engenharia estimados em até R$ 150 mil.






Tainá Ferreira


Fonte: Agência do Rádio Mais 


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