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terça-feira, 6 de novembro de 2018

Hábitos simples e saudáveis como boa higiene, não beber e não fumar podem ajudar a reduzir incidência da doença. O SUS oferece prevenção e tratamento do câncer de boca em todo o país



De 5 a 9 de novembro acontece a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal no país. O período, previsto na Lei nº 13.230/2015, é realizado sempre na primeira semana de novembro. O  objetivo da data é estimular junto aos gestores e à população, ações preventivas, campanhas educativas, debater políticas públicas, apoiar atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil, entre outros. Durante toda esta semana, o Ministério da Saúde irá realizar ações de comunicação, nas redes sociais, tv e rádio, para informar o que é a doença, como preveni-la, e orientar sobre onde e quais os serviços de saúde bucal estão disponíveis à população no Sistema Único de Saúde (SUS). A pasta também criou página exclusiva sobre a doença em seu portal.

O câncer de boca está mais presente entre os homens e 70% dos casos são diagnosticados em indivíduos com idade superior a 50 anos. Afeta os lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas), além da região embaixo da língua. O câncer do lábio é mais comum em pessoas brancas e ocorre mais frequentemente no lábio inferior. A estimativa de novos casos de câncer de boca para 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é de 14,7 mil, sendo 11,2 mil homens e 3,5 mil mulheres.

Atitudes simples como abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em até 25% até 2025.


ATENDIMENTO NO SUS

No Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Política Nacional de Saúde Bucal, são desenvolvidas ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal da população brasileira. Hoje, o Brasil é referência mundial na oferta de saúde bucal pública. Nos últimos 12 anos, foram criados  mecanismos de ampliação desse acesso de forma universal e integral, por meio de ações coletivas e individuais, inserindo-se simultaneamente na atenção básica, especializada e hospitalar. 

A coordenadora de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Lívia Maria Almeida de Souza, ressalta que o país tem muito a comemorar com os resultados obtidos com a Política Nacional de Saúde Bucal, que neste ano completou 14 anos de existência. “Conseguimos implantar o programa na atenção básica, secundária e terciária. O indivíduo que necessitar de tratamento odontológico poderá ser atendido nesses três níveis de atenção. Na atenção especializada, ele pode ser atendido em um Centro Especializado Odontológico (CEO) para tratamento de canal, por exemplo. Temos 1.121 CEO que atende cinco especialidades mínimas obrigatórias. Caso esse paciente necessite, poderá ser atendido nos hospitais públicos que oferecem a rede de cuidado para as pessoas com deficiência. Desta forma, temos um quantitativo que abrange toda a população brasileira em termos de atendimento odontológico”, disse Lívia.



O atendimento bucal, no SUS, começa na Atenção Básica e é realizado pelas equipes de Saúde Bucal, que integram as equipes da estratégia Saúde da Família. O primeiro passo a ser dado por quem precisa de atendimento bucal é buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua residência. O SUS conta ainda com 302 Unidades Odontológicas Móveis, sendo que destas, 33 são Unidades Odontológicas Móveis (UOM) nos Distritos Sanitários Indígenas (DSEI) e 7 são Unidades Odontológicas Móveis (UOM) em Consultórios na Rua (CnaR). Esses serviços permitem ampliar o acesso de saúde bucal a populações específicas e vulneráveis.

A partir da avaliação inicial do dentista, o paciente pode ser encaminhado à atenção especializada, nos CEO. Essas unidades especializadas realizam serviços de diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer de boca; periodontia especializada; cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros; endodontia; e atendimento a portadores de necessidades especiais. Hoje são 1.121 CEO em todo o país.

As equipes de Saúde Bucal podem ser compostas por: cirurgião-dentista; técnico ou auxiliar em saúde bucal ou pelo cirurgião-dentista; e técnico em saúde bucal + auxiliar ou técnico em saúde bucal. Toda equipe é responsável por um território que, em geral, concentra de 3 mil a 4 mil pessoas. As equipes, que atuam na Atenção Básica, são responsáveis por realizar minimamente, ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e  manutenção da saúde, buscando resolver pelo menos 80% das demandas apresentadas pelos cidadãos.

Há ainda, no âmbito do SUS, 1.921 Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPD), que realizam o serviço de prótese dentária total, prótese dentária parcial removível e/ou prótese coronária/intrarradiculares e fixas/adesivas.

Atualmente são  26.655 Equipes de Saúde Bucal presentes em 5.043 municípios brasileiros. Desta forma, cerca de 90,53% dos municípios do país têm, ao menos, uma das principais linhas de ação da Política Nacional de Saúde Bucal.

Em 2017 foram realizados pelo SUS 626.910 procedimentos de próteses dentárias. Entre janeiro a maio de 2018 já foram 243.937. Já as atividades de diagnóstico bucal, periodontia especializada, cirurgia e endodontia ofertadas nos CEO somaram 836.964 procedimentos. Nos estabelecimentos especializados que atendem a pessoas com deficiência foram registrados 734.800 procedimentos.


OUTRAS AÇÕES

Também por meio da saúde bucal do SUS, atualmente, 111,7 milhões de pessoas, que moram em 5.060 municípios, dispõem de fluoretação regular da água para consumo humano.
O Ministério da Saúde conta ainda com articulação intersetorial envolvendo o Ministério da Educação (MEC). O Programa Saúde na Escola estabelece ações voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira. Entre as ações, estão medidas como incentivo à aplicação do flúor, escovação supervisionada e rodas de conversas com alunos, pais, responsáveis e professores. Atualmente, 18,3 milhões de estudantes de 78.934 escolas participantes são beneficiados pela iniciativa.






Zinda Perrú
Agência Saúde


segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Precisamos falar de saúde masculina!


Empresas investem em programas de saúde para incentivar rotina saudável, melhorar qualidade de vida da população masculina e reduzir índices de doenças graves


Novembro é considerado o mês de conscientização do câncer de próstata, considerado o segundo tipo de câncer mais prevalente entre os brasileiros. Estimativas do INCA – Instituto Nacional do Câncer – apontam 68.220 novos casos da doença neste ano. Mas, não é apenas os casos de câncer de próstata que precisam de atenção. Em geral, a saúde ainda muito negligenciada quando se fala em prevenção.

Dados da Sharecare Brasil apontam que a alimentação inadequada (80%), seguida de atividade física em excesso (34%) e eventos estressantes (21%) são os principais vilões dos homens quando o assunto são hábitos de risco. Outro dado preocupante, somente 35% dos usuários da Plataforma Sharecare buscaram realizar o exame de câncer colorretal, já quando apresentavam algum risco.

Por isso, muitas empresas passaram a investir em informação e em programas de saúde para melhorar a qualidade de vida da sua população e reduzir índice de doenças.  Um dos programas oferecidos pela Sharecare neste sentido, é o de coaching preventivo, que provê por meio do acompanhamento telefônico, dicas de saúde por e-mail, SMS e plataforma Sharecare, orientação aos usuários, estimulando a mudança de comportamento, manutenção dos resultados e o esclarecimento de dúvidas sobre saúde e bem-estar. Desta forma, os participantes podem ter apoio constante para reconhecer e atuar sobre os fatores de risco por meio de ferramentas e alertas personalizados.

“Um dos principais desafios das empresas é engajar verdadeiramente as pessoas a criarem hábitos mais saudáveis. Normalmente uma atitude real de mudança só acontece quando há uma situação limite que o leve a novas escolhas. E o que as empresas precisam fazer para mudar este cenário é criar um ambiente favorável para essa mudança. E é isso, o que nós da Sharecare nos propomos,  ajudar empresas e pessoas a criar uma rotina saudável todos os dias, usando conhecimento e tecnologia para isso”, explica Dra. Ana Cláudia Pinto, médica endocrinologista e diretora de Produtos e Soluções Digitais da Sharecare Brasil.
  

Prevenção sempre!
A plataforma Sharecare disponibiliza diariamente uma série de informações científicas com alertas para cuidados sobre a saúde e dicas para o bem-estar. Listamos abaixo alguns sinais e sintomas aparentemente inofensivos que podem indicar risco de câncer. Fique atento para eles:
  • Perda de peso não intencional
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia, um dos sinais de câncer pode ser um emagrecimento sem motivo aparente. Parte desta perda de peso pode derivar de redução muscular e fraqueza do corpo que está tentando combater a doença. Isso tende a ser mais indicativo de cânceres pancreáticos e do esôfago. 
  • Mudanças nas fezes
Diarreia, constipação, mudanças no tamanho e estreitamento das fezes. Todos são sintomas que devem ser investigados. Outro sinal é a presença de sangue. Embora esses sinais possam indicar outros problemas intestinais, eles também podem apontar para o início de um câncer de cólon.
  • Febre
Um episódio de febre é muitas vezes a resposta natural do corpo a uma infecção ou enfermidade. Embora raramente um episódio isolado indique câncer, a recorrência da febre é muito comum em pacientes com a doença, especialmente se for um câncer que ataca o sistema imunológico.

Os médicos não sabem ao certo por que alguns cânceres causam febre e outros não. Acredita-se que ela seja causada pelas toxinas que existem no tumor. A febre pode surgir todos os dias ou você pode passar semanas sem ela. Além disso, ela também pode aparecer com suoresnoturnos.

Quando relacionada ao câncer, pode ser um sinal inicial de cânceres hematológicos, como leucemia ou linfomas.
  • Tosse persistente
Durante a temporada de gripes e resfriados, uma tosse persistente pode parecer normal, mas se você não apresentar nenhum outro sintoma, é preciso investigar.

Outro sinal preocupante pode ser a utilização de medicamentos e nenhum efeito, ou ainda uma tosse acompanhada de sangue. Uma tosse de longa duração ou inflamação da garganta pode ser, por exemplo, um indicador de câncer de pulmão. 
  • Dor ou incômodo sem explicação
Dor geralmente é um sinal de que algo está errado com o corpo, e isso pode significar várias coisas. Mas uma dor que não passa, mesmo sendo tratada com medicamentos, pode também ser um sinal de câncer. Por exemplo, dores de cabeça contínuas podem ser causadas por um tumor cerebral, enquanto dores consistentes nas costas podem ser um sinal de câncer de cólon, reto ou ovário.
  • Fadiga
De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia fadiga também pode ser um indicador clínico do câncer, porém não isoladamente. Uma fadiga ou exaustão extrema que não melhora com descanso é um dos sintomas de câncer mais comuns. Nos cânceres de cólon ou estômago, essa exaustão pode derivar da perda de sangue que não é notada. Outros sinais de fadiga relacionada à doença incluem cansaço extremo para realizar as atividades do dia a dia, dificuldade de concentração e sensação de fraqueza, irritação e tristeza.



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