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quinta-feira, 28 de julho de 2022

19% das brasileiras desconhecem o processo para engravidar, diz estudo

 Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 22% das participantes.

 


Para que uma gravidez ocorra, os espermatozoides precisam chegar até as Trompas de Falópio, onde acontece a fertilização, após a fecundação. Porém, conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 19% das brasileiras não sabem que só é possível engravidar quando os espermatozoides permanecem dentro do colo do útero. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 22% das entrevistadas. Já entre os homens, 26% não sabem sobre esta informação.

Os dados por estado demonstram que, no Distrito Federal, 31% das mulheres não sabem que só é possível engravidar quando os espermatozoides permanecem dentro do colo do útero. Já no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, 25% e 21%, respectivamente, não sabem sobre esta informação. E em São Paulo, o percentual cai para 18% das entrevistadas que não sabem sobre este fato.

Portanto, para as mulheres que estão tentando engravidar, existem alguns recursos que ajudam a segurar o esperma dentro do colo do útero, como é o caso do SpermiFica. Ele atua como um promotor da fecundação, permitindo que os espermatozoides se movam em apenas uma direção: o óvulo, dando uma ajudinha para quem busca engravidar. Conforme demonstra um estudo publicado no Journal of Pregnancy and Newborncare, na Holanda, um auxiliar para concepção aumentou as chances de concepção para 48% das participantes.


10 mitos e verdades sobre câncer de mama

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina no Brasil. No combate a esta doença, a informação tem um papel fundamental por auxiliar nas medidas preventivas, no diagnóstico precoce e na adesão ao tratamento, para aumentar as chances de cura e sobrevida, além de melhorar a qualidade de vida das pacientes. 

Para entender mais sobre a doença, a médica oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães, tira as principais dúvidas.
 

O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar

Mito. Apesar de pessoas que possuem histórico de câncer de mama na família apresentarem maior risco de desenvolver a doença, medidas preventivas são fundamentais para qualquer mulher. Segundo o INCA, apenas 5% dos casos estão relacionados a fatores hereditários.


Amamentar pode proteger contra o câncer de mama

Verdade. Existem evidências de que quanto mais prolongado for o período de aleitamento, maior a proteção, principalmente se a gestação ocorrer antes dos 30 anos de idade. Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar associados ao surgimento de tumores, como é o caso do estrógeno. Assim, um mecanismo postulado para o efeito protetor da amamentação é que ela pode retardar o restabelecimento dos ciclos ovulatórios.

Uma grande análise agrupada que incluiu dados individuais de 47 estudos epidemiológicos (aproximadamente 50.000 mulheres com câncer de mama invasivo e 97.000 controles) estimou que, para cada 12 meses de amamentação, houve uma redução de 4,3% no risco relativo de câncer de mama.


Quem faz o auto-exame não precisa de mamografia

Mito. O chamado “caroço” não é o único sintoma do câncer de mama. Além dele, existem alguns nódulos não palpáveis que só podem ser detectados por meio da mamografia. Este exame tem papel fundamental na detecção de calcificações, que podem surgir antes mesmo da imagem de um nódulo.


O uso de desodorante pode causar câncer de mama

Mito. O câncer se origina da mutação do DNA celular herdado ou adquirido por fatores ambientais. Nenhum tipo de desodorante causa essa modificação. O que pode acontecer com o uso deles são alergias e irritações.


Mulheres mais velhas têm mais chance de desenvolver câncer de mama

Verdade. As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Isso não significa que os exames de prevenção não devam ser realizados em mulheres de outras faixas etárias. Dados do INCA mostram que a faixa etária que mais se beneficia do rastreio de câncer de mama é entre os 50 e os 69 anos. É nesse grupo que o custo-efetividade da mamografia é adequado.


Atividades físicas ajudam a prevenir o câncer de mama

Verdade. A prática de atividades físicas traz benefícios à saúde em geral e ajudam a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. A obesidade e o sedentarismo aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama.


Todo nódulo na mama é câncer

Mito. Ao longo da vida, nosso corpo apresenta uma multiplicação desordenada de células que podem formar nódulos nas mamas, mas nem sempre eles trazem risco para a mulher. A maioria dos nódulos é de origem benigna e não apresenta risco de evoluir para câncer de mama.


O câncer de mama não tem cura

Mito. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura. Por isso, existe tanto empenho em torno da conscientização para o diagnóstico precoce, como ocorre na Campanha Outubro Rosa. No entanto, é sempre fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também. Os avanços nos tratamentos garantem altos índices de sucesso dos desfechos clínicos.


A quimioterapia é indicada para todas as pacientes com câncer de mama

Mito. O uso deste tratamento é bem frequente, mas em muitos casos não é necessário. A decisão em relação ao uso ou não de quimioterapia é baseada em vários fatores: tamanho e características do tumor, dados do estudo imuno-histoquímico (tipo de câncer de mama) e condições de saúde da paciente, entre outros. Terapias conjugadas com uso de medicamentos biossimilares vem ampliando as opções de tratamento de combate ao câncer de mama e contribuindo para desfechos clínicos bem-sucedidos.


É possível estar com câncer de mama e não apresentar sintomas

Verdade. Existem alguns sintomas do câncer que não estão relacionados a “caroços” nos seios. São eles: pele com escamação, irregular ou inflamada; vazamento pelo mamilo, inchaço da mama; dor nas costas e no pescoço; e perda de peso inexplicável. Além disso, o rastreio com mamografia anual a partir dos 40 anos é extremamente importante para os casos em que a paciente não possui sintoma.
 

Biomm


Menopausa E Terapia Hormonal. Fazer Ou Não Fazer? E Se Eu Fizer, Terei Câncer De Mama?

A Dra. Gabriela Iervolino, Médica Endocrinologista, Titulada Pela Sociedade Brasileira De Endocrinologia E Metabologia (SBEM) Também Fala Sobre Os Sintomas Da Menopausa E Quando Ela Ocorre


Infelizmente não há como fugir, uma hora ela chega para todas nós. Estamos falando da menopausa.

A menopausa é o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Ela ocorre entre os 40 e 55 anos. Antes dos 40 é chamada de menopausa precoce e depois dos 50, tardia; na mulher brasileira ela ocorre por volta dos 48 anos. Lembrando que o diagnóstico da menopausa deve ser percebido quando a mulher fica um ano sem menstruar. Os sintomas são mais fortes no primeiro e no segundo ano pós menopausa.

Nós nascemos com uma quantidade pré-determinada de folículos, que são as células do nosso ovário. Quando esse número de folículos acaba aí entra a menopausa. Como o ovário é o órgão em que se produz o hormônio, ao acabar os folículos, ele para de produzir hormônio, deixando as mulheres com essa deficiência – Explica a Dra. Gabriela Iervolino

Os sintomas da menopausa são:

Ondas de calor, que ocorrem mais ou menos na região do tórax, com a duração de 2 a 3 minutos em média, mas podendo chegar até 10 minutos. Essas ondas de calor acontecem em períodos do dia, mas na maioria são noturnos.

Irritabilidade

Ganho de peso e perda de massa muscular

Insônia

Secura vaginal ou corrimento vaginal, causando dificuldade na relação sexual, incluindo sangramento em alguns casos. Também pode ocorrer infecções urinárias



Terapia Hormonal. Fazer ou Não?


Essa é uma questão muito pessoal e o melhor a ser feito, é ter uma boa conversa com o seu médico. Pergunte a ele todos os pós e os contras e avalie se uma terapia hormonal vale a pena ou não no seu caso, mas no geral, para o uso de hormônio na pós menopausa, o mais indicado é para a paciente que tiver menos de 60 anos, que esteja dentro do período de 5 anos da pós menopausa, e que não tenha nenhuma doença prévia de infarto ou AVC. Aquelas pacientes que tem ou já tiveram algum câncer, que são dependentes de hormônio; seja câncer de mama, de ovário entre outros, além de algumas doenças do rim e do coração. Seja como for, o mais importante é a avaliação profissional conjunta de um médico endocrinologista e ginecologista – orienta a Dra. Gabriela Iervolino



E Se Eu Fizer A Terapia Hormonal, Terei Câncer De Mama?

Caso a pessoa tenha um histórico familiar de câncer de mama, ele só será realmente importante se 3 ou mais parentes de primeiro grau tiverem esse diagnóstico. Agora, se a paciente tiver até dois parentes que tem ou já tiveram câncer de mama, não haverá problema em fazer a terapia hormonal se os outros fatores também forem avaliados. Mas se a paciente não tem câncer de mama e quer fazer a terapia hormonal, não haverá risco do desenvolvimento do câncer de mama nos primeiros 5 a 7 anos de uso da medicação.

Aqui temos uma imagem bem didática abaixo, onde na primeira imagem encontramos o risco de câncer de mama em mulheres sem uso de terapia hormonal pós menopausa (veja que ele é de 3 a cada 1000 mulheres). Na imagem seguinte encontramos o risco de câncer de mama nas mesmas mulheres caso elas usassem terapia hormonal pós menopausa (veja que ele é de 4 a cada 1000 mulheres, ou seja, vemos que o risco aumenta em apenas 0,8%).





Para concluir, em relação ao câncer de mama e o uso e terapia hormonal, se for bem avaliado e indicado, os riscos são muito pequenos. Mas deve se ter sempre a orientação e o acompanhamento do médico responsável – adverte a Dra. Gabriela Iervolino.


Dra. Gabriela - Iervolino é Médica, Endocrinologista formada pela UNIFESP e FMABC, titulada pela SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
https://dragabrielaiervolino.com.br/
@dra.gabrielaiervolino


Ainda faz sentido exigir diploma de nível superior?

Para 93% das empresas ao redor do mundo, a resposta é 'não'. Especialista orienta sobre como obter o melhor dos candidatos, independentemente de sua formação 

 

O número de vagas de empregos que exigem um diploma vem caindo nos últimos anos. Muitos empregadores estão reduzindo – ou descartando totalmente – os requisitos de diploma universitário para alguns cargos na tentativa de atrair um conjunto mais amplo de talentos.

A proporção de novos anúncios de emprego que listavam um diploma de bacharel como pré-requisito caiu para 7% em 2021, abaixo dos 11% em 2020 e 15% em 2016. Os dados são da consultoria internacional ZipRecruiter, com base em levantamento global de vagas.

Segundo Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP, empresa líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano, nem sempre as graduações tradicionais fornecem aos estudantes as soft skills que a maioria das empresas estão buscando nos candidatos para manter seus negócios atualizados e competitivos no atual mercado de trabalho.

“Assim, no processo de seleção, a revisão de requisitos, como a graduação tradicional, pode resultar em uma população maior de candidatos em potencial, além de fomentar a formação de equipes mais diversas, que trarão habilidades que podem ajudar no crescimento do negócio”, explica a especialista.

Os principais empregadores em quase todos os setores estão trabalhando para dimensionar corretamente seus requisitos educacionais, mesmo em áreas altamente técnicas. Por exemplo, cerca de 50% das vagas atuais da IBM nos Estados Unidos são empregos que exigem diploma, e o Google reduziu os requisitos de diploma universitário de 89% dos empregos em 2017 para 72% em 2021, de acordo com um relatório recente do The Burning Glass Institute.

A rápida mudança para o trabalho remoto acarretada pela pandemia mundial de Covid-19 complicou ainda mais o cenário de talentos, derrubando barreiras geográficas e ampliando os pools de talentos para muitos setores. “Independentemente de área ou localização, os líderes empresariais devem se perguntar se, ou quando, devem exigir um diploma de quatro anos como pré-requisito para o emprego em determinados cargos”, alerta Mariane.


Quando exigir um diploma


Livrar-se dos requisitos de graduação para todos os empregos pode parecer uma maneira simples de corrigir a escassez de talentos, treinar a próxima geração de trabalhadores capazes e resolver vários problemas com o recrutamento de profissionais que muitas empresas enfrentam. Mas isso está longe de ser realista. Existem, e continuarão a existir, muitos empregos que exigem um diploma – e com razão.

"Certamente há um lugar para a educação formal. Eu ficaria muito desconfiada de ir a um médico que nunca foi para a universidade ou ter um advogado me representando que nunca foi para a faculdade de direito. Mas, para alguns papéis, realmente um diploma não é necessário", assegura a executiva.

 

 ADP (Nasdaq-ADP)

https://www.adp.com.br.

 

Prevenção de Acidentes do Trabalho

Orientação para socorrer vítimas em acidentes de trabalho

com queimadura ou lesões nas mãos 

Os primeiros socorros são fundamentais para o sucesso do tratamento. Especialistas informam como ajudar os acidentados até que a assistência médica seja providenciada

 

Nem mesmo a pandemia foi capaz de reduzir os números dos acidentes de trabalho no Brasil. Em 2021, foram comunicados 571 mil incidentes e 2.487 óbitos associados, um aumento de 30% com relação a 2020. Os dados são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho. Ainda no mesmo período, os afastamentos por lesões graves como amputações, fraturas, ferimentos, traumatismos e luxações tiveram um aumento de 234% em comparação com o ano passado.

Dentre as ocorrências mais comuns estão as queimaduras e os acidentes nas mãos dos trabalhadores. “Em ambos os casos, o cirurgião plástico é o médico especializado para atender esse paciente e tomar as providências necessárias para tratar as queimaduras e fazer cirurgias nas mãos, preservando ao máximo a capacidade funcional do paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgião plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo. As primeiras providências tomadas logo após o acidente - muitas vezes ainda no ambiente de trabalho - são fundamentais para determinar o sucesso do tratamento. A seguir, conheça algumas dicas de como socorrer a vítima enquanto a assistência médica não chega.

 

O que fazer em caso de acidentes com mãos e dedos

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica especializado em cirurgia da mão, o cirurgião Marcel de Brito Azevedo, explica o que é preciso fazer em ocorrências envolvendo as mãos

  • Limpe a lesão com água corrente abundante para retirar agente agressor, evitando futuras infecções
  • Para conter a hemorragia, seque a pele e faça um curativo compressivo com gases e atadura.
  • Quando houver dor proeminente, ofereça um analgésico, certificando-se de que a vítima não é alérgica a esse medicamento
  • Em caso de fraturas de dedos, imobilize a região com tala de alumínio
  • Se houve amputação completa de um dedo, envolva-o em gaze úmida e coloque-o em um saco plástico estanque com gelo para garantir temperatura baixa e preservar os tecidos

 

Como agir em caso de queimadura

Há muitas informações incorretas sobre como tratar a queimadura logo após o acidente. O cirurgião plástico Flavio Nadruz Novaes, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Coordenador do Capítulo de Queimaduras da SBCP, orienta sobre como agir.

  • Enxague o local com água corrente em temperatura ambiente
  • Retire anéis, pulseiras, relógios e acessórios caso a queimadura tenha sido nas mãos ou braços
  • Não passe nenhum produto sobre as queimaduras
  • Proteja a pele danificada cobrindo-a com gaze
  • Dirija-se ao hospital ou posto de saúde mais próximo da sua casa
  • Se não for possível se deslocar, acione o SAMU (192) ou o Corpo de Bombeiros (193)

 

Divergência entre pais em relação à vacinação dos filhos: Advogadas apontam as saídas para esse conflito

Em evidência no momento, o tema levantou dúvidas sobre como lidar com as discordâncias acerca da criação das crianças 

 

Seja em um cenário de divórcio e separação ou seja por simples assimetrias de crenças, quase sempre as diferenças entre os genitores vêm à tona, repercutindo diretamente nas decisões quanto aos filhos. Mesmo após a dissolução do casamento ou da união estável, os pais continuam com a responsabilidade conjunta de decidir sobre os aspectos centrais da vida das crianças.

Questões como escolha de religião e educação podem não ser tão simples quanto parecem. Na verdade, muitos conflitos familiares se iniciam justamente nesses momentos, e os pais, detentores em pé de igualdade do poder-dever familiar, acabam discordando bastante.

Especialistas em Direito de Família e sócias do escritório Lemos & Ghelman, Bianca Lemos e Débora Ghelman explicam um pouco sobre como esses conflitos se desenvolvem e como é possível chegar às melhores saídas. “Em alguns casos, em que o embate impede os pais de entrarem em um acordo e decidirem pacificamente sobre a trajetória pessoal dos filhos, os conflitos são judicializados e o magistrado passa, ironicamente, a decidir sobre os mínimos aspectos da vida de uma criança. Esse é o sentido do artigo 1.631, parágrafo único do Código Civil: ‘Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo’.”, explica Bianca.

Um caso de discordância muito atual surgiu em torno da vacinação dos filhos por conta da pandemia da COVID. Diante do surgimento de uma vacina urgente contra o vírus, muitos pais exprimiram receio quanto à efetividade e segurança das doses. Além disso, alguns movimentos sociais anti-vacinação tacharam-na de “vacina experimental”, de modo que fortaleceu diferentes posições entre muitos genitores.

Débora enfatiza que abrir mão de certas crenças a fim de chegar ao melhor para a criança, como o cuidado com a saúde, é o direcionamento certo, além de também ser um caminho mais simples e que pode evitar judicialização: “A necessidade das crianças deve ser, sempre, o foco principal. As rixas pessoais entre os ex-cônjuges (no caso de separação) não devem obstaculizar o trajeto do filho. Exatamente por isso, muitos advogados aconselham, antes de ingressar no Judiciário, buscar os meios extrajudiciais de resolução de conflitos - entre eles, principalmente a mediação e a conciliação”.

Para questões mais pessoais, como religião, crenças e afins, Bianca finaliza destacando também a importância de dar voz ao menor, que pode direcionar os caminhos com que sente mais compatibilidade: “Nesse caso mais pessoal, é necessário que a criança seja consultada e experimente as duas realidades (religiosas, por exemplo) que se enfrentam. Assim, fornecendo mais autonomia ao menor, este poderá facilitar algumas escolhas que, em tese, antes dos 18 anos de idade, caberiam aos pais”. 

 

Lemos & Ghelman Advogado


Agricultor: produtor espera que 5G traga mais produtividade e reduza custos

Chegada da nova tecnologia vai ampliar uso de maquinários de última geração por todo o país e transformar o agronegócio com o sistema Internet das Coisas (IoT), acreditam especialistas 

 

O uso da tecnologia no campo é recente no Brasil. Em 1980, por exemplo, a colheita da cana-de-açúcar era feita por trabalhadores braçais, os chamados “boias-frias”, que perdurou até a década de 1990. Atualmente, 92% da cana é cortada por máquinas, conforme pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento. A realidade se repete em outras culturas que utilizam a tecnologia para facilitar o trabalho e gerar mais produtividade. Neste meio de ano, próximo ao Dia do Agricultor, celebrado em 28 de julho, o homem do campo ganha um novo motor para facilitar o crescimento do agronegócio: o 5G.

Adotada em alguns países, a tecnologia 5G é até 20 vezes mais rápida do que o 4G e seu alcance também é um fator determinante. Regiões remotas do País e grandes extensões de terra tendem a ser muito beneficiadas com a cobertura da nova tecnologia, que já funciona em Brasília e deve ser instalada em todas as capitais ainda neste ano.

“O 5G vai permitir a conexão de vários dispositivos à internet, viabilizando a implementação da Internet das Coisas (IoT) em larga escala. A rapidez da nova tecnologia vai deixar tudo interligado e acessível, fazendo com que o agricultor possa, por exemplo, monitorar máquinas e auxiliar nas tomadas de decisões rápidas e precisas, ampliando o acesso aos sistemas de telemetria que já existentes”, explica o gerente de tecnologia da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistema de Irrigação, José Henrique Gross. A IoT, como diz Gross, é o nome que se dá a rede de objetos físicos incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.

Gross lembra que a Pivot, mesmo antes da 5G, já oferecia o sistema de acompanhamento de desempenho das máquinas agrícolas de forma on-line e, inclusive lançou uma central, que acompanha todo o maquinário comercializado e consegue detectar alguma possível falha em tempo real, passando todo o diagnóstico ao cliente e o que ele precisa fazer para não parar a lavoura. Mas com a novidade, mais agricultores poderão ter acesso ao acompanhamento direto do campo. 


Transformar o agro

Com rapidez no acesso e funcionando em lugares que não existem sinais de telefonia, o sistema 5G vai transformar o agro brasileiro, conectando grandes maquinários, drones, tablets e computadores. É o que acredita o agricultor Eduardo Ville Lieshout, de 50 anos, proprietário da fazenda Gaulanda, no município de Silvânia (GO). Ele planta milho e soja e diz que a nova tecnologia é muito aguardada. “O 5G é uma espera muito grande para nós, do agro, para ver a melhora da qualidade da internet e a interligação entre máquina-central-escritório. Hoje, nem todo lugar pega internet e o sinal não é tão perfeito como precisamos”, detalha.

Eduardo faz parte da maioria dos agricultores brasileiros - 84%, que utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio à produção agrícola, de acordo com pesquisa realizada pela Embrapa, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  “Mesmo com todo o empecilho, o uso da tecnologia no campo é um caminho sem volta. Ajuda a parar menos o serviço, consegue controlar o plantio com menos mão de obra e temos mais eficiência”, resume o agricultor.

O produtor de milho e soja explica que vem há muito tempo investindo em máquinas de última geração. “Investimos em maquinário, com colheitadeiras com mapeamento, câmeras, plantadeiras com zero amassamento (que realiza o plantio com desligamento automático das linhas no lugar que acontecerá o tráfego de pulverizadores e distribuidores), tratores e pulverizadores com telemetria”.  

Gaúcho de Não-me-Toque, Ville Lieshout afirma que toda a sua propriedade em Goiás está conectada. “Atualmente, 100% da fazenda tem agricultura de precisão e vamos iniciar, ainda em julho, a colher os dados de monitoramento das máquinas, a pulverização, o plantio. Vou estar com uma tela acompanhando o rendimento das máquinas e toda a produtividade”, descreve Eduardo, que explica ainda que aplicações mais especializadas, reduzir custos ou ainda agregar valor à produção já estão no radar dos produtores rurais, com potencial de expansão. 


Jovens

O uso da tecnologia no campo e seus benefícios são confirmados pelo gerente comercial da Pivot em Goiânia, Manoel Velasco Padilha, de 42 anos. “Hoje está cada vez mais difícil aumentar a área da propriedade para plantar mais,  por causa dos preços da terra ou do arrendo da terra. Para conseguir, é necessário buscar a tecnologia para produzir mais dentro da área. Na Pivot, a busca é enorme e, em grande parte, pelos filhos dos agricultores, que estão mais ligados às novidades”, detalhou.

A empresa é representante de máquinas agrícolas CASE IH, de sistemas de irrigação por pivô central Lindsay. Segundo Manoel Padilha, o grupo, que possui lojas em Goiás, Bahia e Tocantins, enxergou esse movimento tecnológico e, além de vender maquinários de última geração, lançou uma central de atendimento 24 horas que ajuda o agricultor com dados de telemetria e desempenho. 

“A empresa enxergou todo esse movimento antes das outras concessionárias e se estruturou. Montou o CAP (Central de Atendimento Pivot) para tirar dúvidas dos clientes, desenvolver mapa de consumo, de produtividade, ou mesmo se a máquina apresenta defeito. Temos todas as informações do pivô e dos maquinários em tempo real. Se algo ocorrer, algum problema for apontado, a gente fica sabendo até antes do produtor. Se o problema persistir, avisamos o cliente com todos os dados. Hoje, 92% dos atendimentos são resolvidos rapidamente por lá, o que resume em produtividade e rapidez, já que não precisa deslocar um técnico até a propriedade, que pode perder um ou dois dias”, detalhou.


ARTESP alerta: motociclistas devem ter atenção redobrada no trânsito, onde representam 21% dos veículos totais

 Agência Reguladora e concessionárias de rodovias promovem ações educativas e de segurança no trânsito no Dia do Motociclista

 

As motocicletas representam 21% de toda frota de veículos que circulam em São Paulo. Seus condutores desempenham também um papel importante na economia do Estado, pois com a pandemia de coronavírus o serviço de delivery tornou-se fundamental para aqueles que não podiam sair de casa. Nesta quarta-feira (27), quando se comemora o Dia do Motociclista, a ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias que administram a malha concedida homenageiam os motoqueiros e alertam que a educação no trânsito e o respeito às leis são essenciais para reduzir o índice de acidentes e mortes. 

 

Dados levantados pela Agência mostram que a frota de motocicletas cresceu mais de 10% entre 2019 e 2022: de 5,8 milhões para 6,4 milhões no Estado de São Paulo, universo que inclui tanto aqueles que utilizam este veículo como meio de transporte quanto para quem usa profissionalmente, como é o caso dos motofretistas. Já o tráfego de motos nas rodovias concedidas do Estado de São Paulo teve crescimento de 19% entre 2019 e 2021.

 

“A educação no trânsito, a obediência às leis e à sinalização são fundamentais para diminuir os índices de acidentes com os motociclistas, pois ele é um dos elos mais frágeis no tráfego uma vez que seu ‘para-choque’ é o próprio corpo. As campanhas e ações educativas promovidas pelas concessionárias e Agência reforçam essa conscientização que visa salvar vidas” ressalta Milton Persolli, diretor da ARTESP.

 

Ações e campanhas

Durante todo o ano, as  concessionárias que administram a malha concedida do Estado  realizam campanhas de conscientização e direção segura como Pit Stop Motociclista, Viva Motociclista, Operação Cavalo de Aço, Motociclista na Via, Educação em duas Rodas.

 

Desde segunda-feira (25), as concessionárias do Programa de Concessões de Rodovias do Estado de São Paulo promovem atividades voltadas à segurança no trânsito dos motociclistas. Na própria segunda-feira, por exemplo, a CCR AutoBan, em parceria com a Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas), realizou atividades educativas em Campinas e a distribuição de  antenas corta-pipa.

 

Nesta quarta-feira acontecem atividades educativas com dicas de direção defensiva e responsabilidade no trânsito no Pit Stop organizado pela CCR ViaOeste, em Barueri, na Alameda Madeira. Já as ações da Entrevias, que incluem distribuição de antenas corta-pipa, check-up, brindes, folhetos e instalação de adesivo refletivo acontecem na Rodovia Atílio Balbo, km 328 (SP-322), em Sertãozinho e na Rodovia do Contorno, km 452 (SP 294), em Marília.  

Já a AB Colinas promove a live “Motociclista Esperto faz o que é Certo. Pilotando com Segurança nas Rodovias”, com a participação de colaboradores de duas empresas do trecho de concessão. Desde maio de 2021, a concessionária também realiza a exposição fotográfica “Motociclista Esperto faz o que é certo”,  instalada ao longo das rodovias que administra. A concessionária Tamoios trará alertas nos PMVs e no twitter, além de transmitir spot na rádio Tamoios e blitz educativa da Polícia Militar Rodoviária nas praças de pedágio.

A Intervias realiza ação na praça de pedágio da Rodovia Anhanguera (SP-330), no km 215, com serviços gratuitos de inspeção mecânica e elétrica, aferição de pressão, corte de cabelo e distribuição de antenas aparadoras de linhas de cerol.  No trecho da rodovia administrado pela Via Paulista, no km 312, o “Viva Motociclita” traz orientações de segurança, uso das marginais e distribuição de antenas  aparadoras. A CART reforça as dicas de direção defensiva para os motociclistas que trafegam pela Rodovia Raposo Tavares (SP 270) , em Presidente Prudente. 

Nas rodovias, o alerta deve ser redobrado já que a velocidade regulamentada é maior que a estipulada para as vias urbanas. Confira as principais orientações de segurança para os motociclistas no trânsito:  

  • Respeite os limites de velocidade; eles são definidos levando-se em conta as distâncias necessárias para frenagem, visibilidade e características das vias. Na chuva, diminua a velocidade, pois, com a água, a aderência entre a pista e o pneu é reduzida;  
  • Obedeça a sinalização viária: ela auxilia na fluidez e na segurança do tráfego, com orientações importantes sobre localização, velocidade, ultrapassagem  permitida/proibida, obras, etc.;
  • Mantenha distância lateral e frontal dos demais veículos para que haja tempo suficiente no caso de necessidade de frenagem brusca - e fique atento ao veículo quem vem ao lado e atrás;
  • Faróis, freios, óleo e pneus devem estar sempre em boas condições. Fazer a manutenção da motocicleta antes de pegar a rodovia deve ser parte da rotina;
  • Use o capacete corretamente afivelado e vestimenta e calçado adequados ao deslocamento rodoviário; 
  • Utilize itens refletivos que o ajudem a ser visualizado pelos demais condutores (o importante é ser visto);
  • Frenagem: mantenha o corpo reto e os joelhos encostados ao tanque de combustível. A pessoa na garupa deve se sentar bem próxima ao condutor, pois ajuda a equilibrar o peso e o manejo da moto.

 

Equipamentos e itens de segurança

O uso de capacete é obrigatório para o piloto e passageiro, pois, em caso de acidente, pode reduzir em até 40 % o risco de morte, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No caso de capacete sem viseira, use óculos de proteção, para proteger os olhos contra pedras, insetos ou detritos que estejam nas vias. Devem ser utilizados ainda calçados e roupas adequadas, especialmente para proteger braços e pernas; já chinelos e sapatos de saltos são desaconselháveis. À noite, a indicação é usar roupas claras ou com tecidos refletivos, principalmente no caso dos motofretistas.


Como os jovens devem se qualificar para o mercado de trabalho

Gustavo Farias, instrutor de liderança na Udemy, dá dicas para quem busca o primeiro emprego

 

Nos últimos dez anos, o número de jovens desempregados cresceu no Brasil – especialmente entre 2015 e 2017, de acordo com um relatório do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da OIT (Organização Internacional do Trabalho) publicado em 2020. Então, como os jovens devem se qualificar para terem melhores oportunidades no mercado de trabalho?


Segundo Gustavo Farias, instrutor de liderança na Udemy, fazer uma graduação pode não ser mais suficiente para quem quer começar a vida profissional. “Na maioria dos mercados em que a concorrência é acirrada, os estudantes precisam estar preparados com habilidades adicionais quando se formarem, se quiserem um emprego bem remunerado”, afirma ele.


Algumas dicas de Farias são fazer estágios para adquirir experiência prática, aprender a usar ferramentas e tecnologias que são populares e tendências no setor no qual se deseja atuar e fazer cursos online. “Um dos papéis dos cursos online é ajudar, com rapidez, os profissionais a conseguirem habilidades que possam abrir novas portas no mercado de trabalho”, diz ele.


Inclusive, nem sempre obter um diploma universitário é o melhor caminho para quem busca o primeiro emprego qualificado, de acordo com Farias. “Para quem quer trabalhar na área de TI, por exemplo, pode ser mais interessante aprender uma linguagem de programação amplamente usada pelas empresas, como Python ou JavaScript”, diz ele. Para Farias, as habilidades específicas que os profissionais possuem tendem a contar mais para os empregadores do que as graduações ou MBAs que eles fizeram.

Quem quer se destacar entre os candidatos deve avaliar a concorrência e entender o que pode fazer de diferente, segundo Farias. “É aprender uma habilidade que não é comum no setor? É dominar uma tecnologia que não se aprende na graduação? O profissional precisa se fazer essas perguntas”, sugere ele. Outra dica do instrutor é buscar entender quais são os principais problemas do setor em que se atua ou pretende atuar e, então, buscar soluções criativas para eles.

 

Udemy


O limite do assédio moral e suas consequências


Opinião

De maneira geral, relacionamento interpessoal sempre foi um grande desafio para o mundo corporativo, sobretudo no que tange aos valores éticos e morais, uma vez que cada indivíduo traz consigo bagagens baseadas nas próprias experiências, emoções e no repertório cultural particular.

As preocupações sobre os desgastes desses conflitos, principalmente nos relacionamentos entre líderes e liderados, extrapolam os limites de responsabilidade das companhias, atingindo categorias como pesquisas e protocolos aplicados na medicina, diante das consequências causadas à saúde, como depressão, estresse, ansiedade, distúrbios e abrangendo também amplas discussões no ordenamento jurídico.

A caracterização do assédio moral determina que essas práticas abusivas podem causar danos imensuráveis para a vida e para a carreira das pessoas que sofrem, além de impactar negativamente a reputação e a produtividade da empresa. Atualmente, diante do cenário pandêmico, essa realidade autoritária vem refletindo no aumento significativo de casos registrados no judiciário, e que não é uma exclusividade do Brasil.

Ainda assim, diante de toda essa conjuntura, nossa pretensão aqui não é analisar as várias formas que esse dano causa na vida das pessoas, mas trazer reflexões sobre as consequências negativas que a empresa pode ter, diante da ausência de conceitos estabelecidos sobre o que é o assédio moral e direcionamentos claros sobre o limite das cobranças de metas realizadas pelos gestores.

Sem a pretensão de afastar o peso do tema, até porque essa discussão traz à tona reflexões de que o assédio moral no universo laboral pode constituir violações – inclusive a direitos humanos –, porém, as considerações aqui apresentadas são sobre a importância e responsabilidade que tem a área de compliance, junto com a alta administração, em manter viva a cultura da organização, e o quanto se fazem necessários pilares de um programa de compliance bem estabelecido, para que a aplicação no dia a dia seja praticada de forma efetiva, servindo como um norteador para solucionar esses dilemas corriqueiros.

A ausência de treinamentos corporativos provoca uma série de consequências negativas, causando, inclusive, sentimentos de insegurança e ameaça aos colaboradores, não apenas pela comunicação falha, mas por identificarem os próprios erros e fraquezas.

Nesse sentido, avaliando o outro lado do assédio moral, percebo que essa falta de clareza de informação interfere negativamente até nos resultados das equipes, nas quais, muitas vezes, líderes se sentem oprimidos ou até mesmo acuados em cobrar as metas de seus liderados por receio de estarem cometendo atos de assédio moral. Questões triviais em cargos de gestão, como avaliações de desempenho e feedbacks, começam a se tornar dilemas atribulados na rotina da liderança.

É necessário que a companhia direcione recursos apropriados para que a área de compliance desenvolva um plano de comunicação e treinamentos eficiente, visando à capacitação para toda companhia, clarificando, por exemplo, que situações estressantes, conflitos de opiniões, cobrança por resultados não configuram assédio moral.

Sabemos que muitas empresas ainda se encontram presas ao conceito literal do termo compliance, preocupadas apenas com o cumprimento de normas e com a formalização de regras em documentos corporativos, que vão na contramão dos progressos científico e moral que o mundo vem apresentando.

A área de compliance deixou de ser um diferencial competitivo, passando a ser um caminho de integridade, escolhas e aprendizados. Hoje, a atuação da área precisa estar baseada no entendimento sobre o funcionamento da companhia, ter clareza sobre a personalidade da empresa e dos seus colaboradores, com uma comunicação clara e transparente, trazendo uma dinâmica voltada para as necessidades reais da companhia.

Para que tudo isso aconteça, realizar o “arroz com feijão”, o “cumprimento de regras” não é o suficiente para manter uma organização saudável, com metas atendidas e ainda ter uma reputação de marca sustentável. É necessário que não haja uma desconexão da gestão diária da organização.

Por fim, entendo que essas reflexões trazem à tona questões binárias em relação a julgamento de valores. O futuro já chegou e o papel do compliance se faz necessário para mostrar preceitos muito maiores do que aqueles estabelecidos no papel, sem fórmulas genéricas e retóricas, mas permitindo que questões relevantes sejam repensadas com mais profundidade, trazendo a combinação de valores, atitudes e hábitos, e gerando um ambiente organizacional saudável. 

 

 Thais Takag i- gerente de Compliance na Tecnobank


Realidade Aumentada promete revolucionar setores de Varejo, Saúde e Educação

NAVA mostra as vantagens da tecnologia para diferentes setores de negócios 

 

Muitas pessoas tiveram acesso à Realidade Aumentada (RA) em 2016, com o lançamento do jogo Pokemon Go, ao saírem capturando os monstrinhos pelas ruas. A tecnologia continua sendo muito promissora e, principalmente, acessível, já que os smartphones fornecem uma boa experiência para o usuário. 

O mercado de Realidade Aumentada deve crescer de US$ 2,82 bilhões em 2019 para US$ 65,22 bilhões em 2027, segundo o Fortune Business Insights. “Com esse potencial gigante, muitas startups no Brasil e no exterior têm surgido para acelerar o desenvolvimento de novas aplicações. Recentemente, por exemplo, foi feito um teste com uma lente de contato de realidade aumentada nos Estados Unidos. Novidades neste campo devem surgir rapidamente. Além desse ecossistema de novas empresas, as grandes do setor, como a Alphabet Google, a Apple e a Meta, também estão investindo pesadamente na área”, diz Jeniffer Nolasco, Tech Lead da NAVA Technology for Business.

Na Realidade Aumentada, uma imagem é sobreposta ao mundo real. Já há smartphones que podem fazer isso com qualidade. Na tecnologia semelhante, a Realidade Virtual, o usuário fica imerso em ambiente totalmente digital. Neste caso, os óculos virtuais são mais indicados e esses equipamentos continuam evoluindo.

Pela acessibilidade, empresas de Varejo, Saúde e Educação, entre outras, já podem fazer uso da realidade aumentada para incrementar seus negócios e reduzir custos, além de facilitar tarefas desafiadoras.  Veja abaixo algumas das vantagens da RA:


Varejo- A RA pode auxiliar as marcas a proporcionarem uma jornada mais satisfatória ao cliente. Segundo estimativa feita pela Deloitte, o uso de RA influencia as decisões de compra, uma vez que os consumidores buscam uma experiência mais personalizada e engajada. O estudo observou que o RA aumenta em 41% as chances de as marcas serem consideradas pelos consumidores. Três em cada quatro consumidores dizem que estão dispostos a pagar mais quando conseguem ter a demonstração do produto por meio da RA. Os clientes podem ver virtualmente como ficarão em seus corpos ou funcionarão em um ambiente real antes da aquisição, gerando mais confiança na compra e maior satisfação com o produto. No futuro, a RA pode até reduzir completamente a necessidade de lojas físicas.


Saúde - A Realidade Aumentada e a IA transformarão o modelo tradicional de negócios de saúde. O Microsoft Hololens 2, por exemplo, pode fornecer informações ao cirurgião,  liberando ambas as mãos para a execução do procedimento médico. O uso de soluções de realidade aumentada está se tornando cada vez mais importante para abordar questões como a complexidade do suporte remoto ao paciente, com soluções também de telemedicina e diagnóstico. 

 

Educação- O Business Wire diz que o mercado global para Realidade Aumentada em Educação e Treinamento pode atingir US$ 68,7 bilhões em 2026. Mais escolas e faculdades estão adotando RA para manter os alunos engajados. Já é possível que “vejam” reações químicas, por exemplo. Um outro aplicativo permite que os estudantes analisem o coração humano e as diferentes camadas da atmosfera terrestre de forma mais eficaz. Jogos de Realidade Aumentada também estão sendo lançados especificamente para o mercado de educação e treinamento. 

 

NAVA

https://nava.com.br


Como superar os desafios de gestão no mercado livre de energia?

 

Não há como negar o crescimento exponencial do mercado livre de energia. Segundo o relatório divulgado em junho de 2022, pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia no Brasil (Abraceel), a modalidade já corresponde a 36% de toda energia consumida no país. E, à medida em que as comercializadoras vêm aumentando o seu ritmo de produção, começam a aparecer desafios na hora de gerenciar as operações.

Vale lembrar que o mercado livre de energia atua no Brasil há mais de duas décadas, porém, nos últimos anos vem conquistando o seu protagonismo e, o cenário pós- pandemia contribuiu ainda mais para esses indicadores. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre de energia encerrou 2021 com 5.563 novos pontos de consumo, totalizando em 26,6 mil unidades ativas.

Mediante a esse desempenho, torna-se desafiador para as comercializadoras, acompanharem esse ritmo de crescimento considerando o fato, de que, muitas organizações ainda são adeptas às planilhas manuais para registros e sistemas com pouca usabilidade. Nessa perspectiva, listo os cinco principais desafios enfrentados nessa modalidade:

# 1 Falta de automação de processos: Muitas companhias, por ainda estarem reféns de métodos que não garantem segurança dos dados e informações, sofrem para fazer uma gestão eficiente dos seus departamentos. Isso as leva a ficarem mais suscetíveis a erros e falhas, que poderiam ser evitados.

# 2 Alto índice de processos manuais: Esse desafio impacta diretamente no ganho de agilidade e eficiência das operações. Afinal, acabam envolvendo colaboradores para executarem funções que, muitas vezes, são repetitivas e burocráticas, impedindo um melhor aproveitamento da mão de obra.

# 3 Falta de padronização: Uma empresa é movida por diversos departamentos e áreas, porém, em muitos casos, não possuem uma comunicação dos setores entre si. Assim, são gerados ruídos nas informações, prejudicando a visualização da performance da companhia como um todo.

# 4 Baixo nível de compliance: A ausência dos registros de forma padronizada acaba gerando uma baixa confiabilidade dos dados. Desta forma, o processo de tomada de decisão – que é embasado nos registros – é comprometido, visto que não há fácil acesso às informações.

# 5 Falta de integração de sistemas: As dificuldades em estabelecer uma eficiência operacional de backoffice impacta diretamente no gerenciamento das áreas, como o setor financeiro e fiscal. Entretanto, através de um sistema integrado, é possível organizar as operações de modo que atenda todas as obrigatoriedades e requisitos considerados de suma importância.

A boa notícia é que para todos esses aspectos já existem soluções adequadas. Por meio do uso de softwares de gestão, como um ERP, são colocadas em prática melhores condutas em termos de eficiência de gestão, principalmente nas áreas administrativas e comerciais, que são o foco das comercializadoras de energia. 

É válido ressaltar que, através do uso da tecnologia, o conceito ETRM (Energy Trading & Risk Management) ganha seu protagonismo, uma vez que as ferramentas contribuem para um gerenciamento mais eficiente e dinâmico das operações. Até porque, as melhores consultorias que proveem o ERP já têm desenvolvido a integração com esse tipo de ferramenta especializada.

O mercado livre de energia possui um alto potencial para continuar crescendo e, nessa jornada, alinhar melhores práticas de gestão com a tecnologia, certamente, trará impactos positivos, que ajudarão na conquista e melhor consolidação da empresa em um setor que está se tornando cada vez mais atrativo.

 

 Claudio Wagner - executivo de contas da G2, consultoria especializada em SAP Business One.

 

G2

https://g2tecnologia.com.br/

 

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