Estudos
apontam que 80% dos casos dos distúrbios metabólicos na gestação podem ter
melhorias somente com dieta adequada e atividade física. A medicina integrativa
tem papel essencial na jornada de saúde da mulher, explica obstetra com
pós-graduação em nutrologia do Centro de Saúde da Mulher da Pro Matre.
A mudança de rotina e o acúmulo de funções ao
longo das últimas décadas, como as longas horas de trabalho, somando-se às
tarefas domésticas, refletiu no estilo de vida e, consequentemente, trouxe
prejuízo à saúde das mulheres. O aumento do índice de infartos em mulheres, que
há 20 anos representava uma mulher para cada nove homens, por exemplo,
atualmente é praticamente igual para ambos os sexos. Há conhecimento que o
metabolismo da mulher durante a gestação passa por diversas alterações.
Portanto, estar grávida no século XXI tem uma conotação totalmente diferente do
que se vivia no passado. É necessário atentar ao estilo de vida da mulher
moderna, repercutindo negativamente na sua saúde. Para prevenir doenças e ter
uma gestação tranquila, deve-se atentar aos hábitos de vida da mulher, desde o
período pré-concepção. Sabe-se que hoje, grande parte das doenças do adulto tem
origem no período fetal, durante a gestação da mãe.
Segundo a Dra. Carla Delascio, ginecologista e
obstetra especializada em nutrologia do Centro de Saúde da Mulher da Pro Matre,
para prevenir que as mulheres adoeçam, principalmente durante o período
gravídico, a visão holística da paciente é fundamental. O acompanhamento com o
médico especializado permite ter uma visão integrada da paciente e priorizar as
questões físicas, mas também a saúde mental, emocional e social. Por meio de
anamnese e exame físico detalhados, o médico avalia a necessidade de exames
complementares, além dos exames básicos do pré-natal quando a paciente for
gestante. Assim, é possível avaliar e desenvolver um plano assistencial,
incluindo o acompanhamento individual por equipe multidisciplinar, como
nutricionista, fisioterapeuta e educador físico, além de psicólogos e
psiquiatras, priorizando as necessidades de cada fase da vida da mulher.
Estudos comprovam que é possível corrigir cerca
de 80% dos casos dos distúrbios metabólicos na gestação somente com dieta
adequada e atividade física orientada. "Sabemos que em algumas situações a
paciente tem limitações para fazer tudo o que o médico solicita, mas com
pequenas mudanças de hábito, com orientação adequada e equipe multidisciplinar,
já é possível alcançar inúmeros benefícios. Por isso a importância de
individualizar cada atendimento, atentando para as condutas que sejam
sustentáveis para cada mulher diante de suas condições", salienta a Dra.
Carla.
Outras pesquisas mostram, ainda, que a exposição
materna a uma dieta desequilibrada durante a gestação, e até mesmo antes de
engravidar, pode aumentar o risco de o bebê apresentar problemas de saúde em
sua vida adulta. Ou seja, uma alimentação consciente e o não sedentarismo
tornam-se ferramentas práticas e acessíveis a todas as mulheres, podendo assim
prevenir inúmeras doenças. Além disso, a suplementação adequada durante a
gravidez e a lactação contribuem para garantir o bom desenvolvimento fetal e o
crescimento do feto.
"Uma boa suplementação durante a gravidez
contribui para diminuir os riscos de intercorrências gestacionais e
prematuridade, otimizando o crescimento do bebê e prevenindo doenças da mãe,
como anemia e desnutrição, além de melhorar a qualidade de vida da gestante ao
longo dos nove meses de gestação e período de lactação. Com o acompanhamento
adequado, a paciente responde melhor as alterações gravídicas", completa a
médica.
E foi justamente por se preocupar com a saúde da
mulher de forma global, que a Pro Matre inaugurou o Centro de Saúde da Mulher.
O novo espaço oferece um olhar 360 que prioriza o bem-estar físico, psíquico e
social da mulher, não apenas durante a gestação e no período pós-parto, mas
também em diferentes fases da vida. As pacientes poderão contar com médicos
especializados, como acupunturiatras e psiquiatras, bem como psicólogos,
nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos, profissionais capacitados
para orientação e apoio ao aleitamento materno, entre outros.
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