O osteossarcoma é um câncer ósseo que representa
aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na população
adolescente, abaixo dos 20 anos de idade.
O oncologista pediatra e presidente da TUCCA,
Dr. Sidnei Epelman, especialista no tratamento deste tipo de tumor,
foi o editor da primeira obra lançada no Brasil sobre câncer na
adolescência.
O osteossarcoma (um câncer ósseo) que
representa aproximadamente 55% de todos os tumores ósseos primários na
população abaixo dos 20 anos de idade é mais comum em meninos e tem um pico de
incidência entre 10 e 19 anos de vida.
Várias observações sugerem a associação entre
a velocidade de crescimento do esqueleto e o osteossarcoma, primeiro porque os
pacientes tendem a ser mais altos quando comparados àqueles sem a doença e,
segundo, esse tumor se desenvolve mais precocemente nas meninas do que nos
meninos, uma vez que a puberdade ocorre mais cedo no sexo feminino. O
osteossarcoma se apresenta mais comumente ao redor do joelho e no úmero
proximal.
Em 99% dos casos, o primeiro sintoma é dor
persistente, que não melhora com tratamento convencional. Muitas vezes, o
paciente acorda à noite com dor, que além de persistente, limita os movimentos
e altera seu comportamento.
O diagnóstico precoce é fundamental para a
escolha do tratamento mais adequado, visando conservar o membro afetado, evitar
a amputação e o desenvolvimento de metástases, assim como aumentar as chances
de cura. Sabe-se que o Sistema de Saúde no país não está preparado para atender
adolescentes, o que pode atrasar o diagnóstico da doença.
O Hospital Santa Marcelina, em parceria com a
TUCCA, é um centro de referência para o tratamento deste tipo de tumor e conta
com uma equipe multidisciplinar altamente treinada que assiste o paciente em
todas as suas necessidades, do diagnóstico e tratamento até a
reabilitação.
Segundo Dr. Sidnei Epelman, especialista no
tratamento deste tipo de tumor, a idade do paciente está relacionada com a
sobrevida. O estádio do tumor, a presença de metástases ou recidiva local, o
tratamento quimioterápico, o local primário, o tamanho do tumor e a porcentagem
de células destruídas pela quimioterapia neoadjuvante foram considerados como
importantes fatores para se obter melhores índices de cura.
Dr. Epelman foi o editor da primeira obra
lançada no Brasil sobre câncer da adolescência. A obra "Oncologia no
Adolescente" (lançada em 2015), traz uma atualização dos diversos tipos de
câncer próprios da adolescência, sua incidência e os tratamentos mais indicados
para cada tipo da doença.
De acordo com o especialista, o material é de
suma importância, pois ressalta a diferença substancial entre o tratamento da
criança e do adolescente com câncer. "O progresso no tratamento da criança
com câncer foi um dos mais significativos da história da medicina. Por outro
lado, o mesmo não ocorreu entre os adolescentes e adultos jovens. Entre os
vários motivos para essa realidade, estão os investimentos no tratamento da
doença em crianças, que ainda são superiores", revela.
Para se ter uma ideia, a incidência de casos
de câncer em adolescentes entre 15 e 19 anos é 50% maior que em crianças
menores de 15 anos. E, ainda assim, os investimentos para o tratamento da
doença na maior faixa etária são inferiores.
“Oncologia no Adolescente" tem
contribuição de alguns dos profissionais mais respeitados da área no Brasil e
no mundo. O professor Emérito do Departamento Pediátrico do MD Anderson Cancer
Center (localizado na Universidade do Texas, nos Estados Unidos), Norman Jaffe;
e o diretor de pesquisa clínica do Instituto Nacional do Câncer (INCA), Carlos
Gil, são algumas das referências em oncologia que emprestaram seu conhecimento
à obra. O livro faz parte da série Câncer e é distribuído pela editora Atheneu.
Dr. Sidnei Epelman
- oncologista
pediatra, diretor do Departamento de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa
Marcelina e coordena os grupos cooperativos para tratamento dos tumores
cerebrais da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). É fundador
e presidente da TUCCA - Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer e
também ocupa a presidência, na América Latina, da Rede Internacional para
Tratamento e Pesquisa do Câncer (INCTR, na sigla em inglês) atuando na
coordenação de programas em Oncologia Pediátrica e Cuidados Paliativos no mundo
e na gestão de pesquisas clínicas em oncologia. Além de seus vários trabalhos
premiados no Brasil e no exterior e sua participação em dezenas de congressos,
encontros e simpósios, é editor do livro Oncologia no Adolescente, lançado em
2015.
TUCCA
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