A escrita é, de acordo com o dicionário Aurélio, a representação de palavras e ideias por sinais gráficos, sendo um dos recursos mais utilizados para a comunicação no mundo atual Créditos: VisualHunt |
Iniciada na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C., a
escrita é, de acordo com o dicionário Aurélio, a representação de palavras e
ideias por sinais gráficos, sendo um dos recursos mais utilizados para a
comunicação no mundo atual. Nós a praticamos todos os dias por meio de e-mail,
bilhetes, mensagens e avisos. Mas quem nunca teve aquela dúvida na hora de
registrar algo da rotina?
Para sanar algumas dúvidas comuns e muito presentes
na escrita do dia a dia, o professor de Língua Portuguesa do Colégio Positivo
Master, Claudinei Fernando Lichoveski, lembra como fazer a utilização de alguns
termos.
- Muito
“obrigado” ou muito “obrigada”, menina?
Quando utilizamos essa expressão (diante de uma
gentileza que alguém nos fez, por exemplo), estamos querendo expressar que nos
sentimos obrigados a retribuir aquele gesto. “Foi assim que a expressão nasceu.
Portanto, quando alguém nos faz alguma coisa pela qual ficamos agradecidos,
dizemos um muito obrigado(a), no sentido de expressar que nos sentimos
obrigados a retribuir”, explica Claudinei. Sendo assim, a expressão sempre
concordará com o gênero daquele que está falando, e não do seu interlocutor.
- Quando
o “bastante” vira “bastantes”
De acordo com o professor Claudinei, a resposta é
muito simples: trata-se de um termo que pode ter função adjetiva, acompanhando
um substantivo, caso em que deve concordar com o substantivo a que se refere. O
mesmo acontece com a palavra “muito”. Inclusive, é possível substituir “muito”
por “bastante”. Onde você utilizar “muitos”, poderá utilizar “bastantes”. “Se
alguém tem muitos amigos, podemos também dizer que essa pessoa tem bastantes
amigos. Quando uma pessoa possui muitas riquezas, ela possui bastantes
riquezas. A carga semântica (de sentido) das duas expressões (muito, bastante)
é a mesma”, conta.
- Cuide
com a grafia de determinadas expressões
“Há expressões recorrentes que acabam sendo
grafadas indevidamente pelas pessoas mais desatentas”, conta Claudinei. Alguns
exemplos são: beneficente, privilégio, de repente,
com certeza, por isso, de novo,
nada a ver (e não nada haver), bem-vindo e
mau-humor (com hífen), ao encontro de
(quando estiver de acordo, na mesma direção) e de encontro a
(quando vier no sentido oposto).
- Têm
ou tem?
A explicação do professor Claudinei é de que o
acento diferencial está mantido e de deve ser utilizado nas formas plurais dos
verbos ter e vir quando conjugados na terceira pessoa do plural no tempo
presente. “Na hora de utilizar esse acento, basta lembrar que: ele tem,
ele vem. Mas eles têm e eles vêm”,
explica.
- Vêm,
veem ou vêem?
"Essa confusão é muito frequente", lembra
o professor. A terceira pessoa do plural do verbo ver e a do verbo vir são
muito semelhantes - tanto na grafia, quanto na pronúncia. Enquanto o verbo vir
segue a mesma regra do verbo ter (ele vem, eles vêm / ele tem, eles
têm), o verbo ver traz o "e" duplicado - ele vê,
eles veem. "Antes do acordo ortográfico, o primeiro 'e' de
veem levava acento circunflexo, hoje o acento não existe mais no encontro “ee”
- outro erro bastante cometido também", ressalta o professor Claudinei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário