domingo, 30 de junho de 2019

Férias de meio de ano no exterior: o que se precisa saber para fazer o planejamento financeiro dos gastos na viagem


Quais são as vantagens e desvantagens das três opções de pagamento: dinheiro em espécie, cartão pré-pago e cartão de crédito


Na correria antes da viagem, muitas vezes o viajante deixa em segundo plano a importante tarefa do planejamento financeiro das despesas no decorrer da estada no exterior. Com a passagem paga e hospedagens ou pacotes reservados, resta decidir como vai se pagar as despesas durante a viagem.

Há três opções principais, cada qual com vantagens e desvantagens: levar dinheiro em espécie (cash) na moeda do país de destino ou em dólares norte-americanos e trocar quando chegar; levar um cartão de viagem pré-pago carregado aqui no Brasil com moeda do país de destino; ou pagar todas as despesas com cartão de crédito internacional.

De cara, cabe frisar que é importante ter no bolso algum dinheiro em espécie. Despesas como corridas de táxi, souvenires e quitutes nos mercados de rua, em geral, só podem ser pagas em cash.

Uma das vantagens do dinheiro vivo é exatamente a aceitabilidade. Das pequenas a grandes despesas, tudo pode ser pago com o dinheiro local. Outra vantagem é o câmbio para compra da moeda estrangeira aqui no Brasil, que é sempre melhor (mais baixo) do que o câmbio para carregamento no cartão pré-pagos e pagamento da fatura de cartão de crédito. A terceira vantagem é que a alíquota do IOF que incide na compra de moeda estrangeira em espécie é de 1,10%, menor do que as das operações com cartões.

A grande desvantagem do dinheiro vivo é o risco. Em caso de roubo, furto ou perda, o viajante não terá nenhuma forma de reembolso. Há formas de minimizar o risco, com o uso daquelas pochetes presas na barriga, cofres nos hotéis e a distribuição dos maços de dinheiro entre os adultos da família ou grupo, mas o fato é que a segurança é um problema.

Na hora de comprar moeda estrangeira, certifique-se que a casa de câmbio é credenciada ao Banco Central e emite recibo de venda, como é o caso das casas que fazem parte da plataforma BomCâmbio (www.bomcabio.com.br). A plataforma oferece também ao viajante a vantagem de obter desconto na compra da moeda, já que as casas de câmbio disputam a demanda do cliente oferecendo taxas mais competitivas.

Cabe também lembrar que o viajante deve informar na sua declaração de imposto de renda as compras de moeda estrangeira superiores a US$10 mil. Não é necessário declarar compras abaixo desse valor.

A grande vantagem dos cartões é a segurança. Se o viajante perder ou tiver o cartão roubado ou furtado, ele não tem prejuízo financeiro. É claro que há a dor de cabeça do cancelamento do cartão e pedido de novo cartão, que pode demorar. No caso do cartão pré-pago, uma dica é guardar as vias (em geral, o comprar recebe dois cartões) em locais e com adultos diferentes. Se perder um dos cartões, tem o outro. No caso do cartão de crédito, é bom levar dois, por exemplo, um Visa e um Mastercard. Perde um, cancela e usa o outro. Não se esqueça de desbloquear os cartões para uso nos locais de destino.

Os cartões apresentam algumas desvantagens. No momento do carregamento (no pré-pago) e pagamento da fatura (no crédito), há a incidência do IOF de 6,38%. Além disso, as taxas de câmbio para o carregamento dos cartões pré-pagos – em instituições como Banco Rendimento, Banco Daycoval e Visa Travel Money – e pagamentos das faturas de cartão de crédito são sempre superiores às praticadas pelas casas de câmbio na hora da venda de dinheiro em espécie. Ou seja, o viajante vai ter que pagar um pouco mais para usar cartão na viagem.

A outra desvantagem dos cartões é a não aceitação para vários tipos de transações. Em geral, as pequenas transações e as informais são feitas em cash. Mesmo em alguns estabelecimentos formais em países desenvolvidos, por exemplo, num café de bairro em Roma, o comerciante pode torcer o nariz para os pagamentos com cartão.

E qual é o melhor tipo de cartão? Vai depender do perfil do viajante. Se ele tem disciplina financeira e reservas no banco, o cartão de crédito é uma boa opção: ele deixa o dinheiro aplicado, paga a fatura cheia no vencimento e ainda ganha pontos no programa de fidelidade do cartão. Para a maioria dos viajantes, talvez o melhor seja economizar o valor necessário para a viagem, carregar o cartão pré-pago e não ter que se preocupar mais com as contas.

Resumo da ópera, dinheiro vivo é mais barato e mais prático, mas é arriscado. Os cartões são mais seguros, mas são mais caros e não são aceitos em todos os lugares. Nossa sugestão é fazer um mix de dinheiro vivo com pelo menos um dos tipos de cartão. Por exemplo, estime os gastos na viagem, compre a metade em cash pelo BomCâmbio e pague o restante com um dos dois tipos de cartão, o que mais se adequar ao seu perfil. Planejamento feito, agora é esquecer os problemas e aproveitar a viagem.


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