Homens vivem
cerca de 7,2 anos a menos do que as mulheres e as principais causas são:
violência, acidentes, doenças cardiovasculares e infartos
Os homens precisam estar cada vez atentos com a saúde. De acordo com
estudo do Ministério da Saúde, divulgado em 2016, dos 6.141 homens que
participaram, 31% ainda não têm o hábito de ir ao médico. Desses que não vão,
55% afirmam que não precisam.
Segundo o professor do curso de Medicina, da Universidade Cidade de
S. Paulo (UNICID), Dr. Antônio Augusto Dall'Agnol Modesto, para um homem, comparecer
em consulta é demonstrar fragilidade. “É como uma falta, um limite, e isso pode
ser inaceitável para homens criados para serem inesgotáveis e indestrutíveis,
para resistirem à dor e ao sofrimento emocional”, explica.
De acordo com estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2015, os
homens brasileiros vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as
causas de morte prematura estão à violência e acidentes de trânsito, além de
doenças cardiovasculares, infartos e outras enfermidades raras como prostatite
e arritmias. Segundo o IBGE, entre os problemas de saúde que mais acometem a
população masculina estão a obesidade (57%), o alcoolismo (25%) e o tabagismo
(13%).
Os 800 milhões de fumantes no Brasil são homens, e deste número, 36%
afirmam consumir álcool pelo menos uma vez por semana. Agora, de toda a
população fumante, a diferença é considerável: 11% das mulheres brasileiras
fumam regularmente, enquanto entre os homens o índice é de 19%.
O professor
ainda explica que o câncer de próstata é o segundo câncer que mais mata os
homens no Brasil, ele perde apenas para o câncer nas vias respiratórias
(pulmão, traqueia e brônquios). “O câncer de próstata é apenas uma das causas
de morte dos homens. Os homens morrem quase dez vezes mais de causas externas
(agressões, acidentes de trânsito, suicídio etc.) e sete vezes mais de infarto
ou derrame que de câncer de próstata. Além disso, cuidar da saúde dos homens
também passa por entender o que eles querem e precisam – mesmo que não seja um
exame de próstata”, afirma.
É
importante ressaltar que os cuidados com a saúde do homem precisam ser tomados
não só na fase adulta, mas desde a infância e que prossiga durante a
adolescência e na terceira idade. Muitas crianças morrem principalmente de
infecções em geral e principalmente as respiratórias, é de extrema importância
que os pais ou cuidadores estejam atentos a alimentação e a vacinação dos
pequenos.
Já entre
adolescentes, as doenças mais frequentes são as doenças sexualmente
transmissíveis, ejaculação precoce e causas externas. Na terceira idade,
integram a lista diabetes, disfunção erétil e hipertensão arterial.
Ainda,
segundo o professor, as medidas de prevenção destas doenças, e não apenas o
câncer de próstata, podem ser baseadas, segundo relata o Ministério da Saúde:
- Medida de
pressão arterial anual a partir dos 18 anos;
- Medida de
colesterol anual a partir dos 35 anos (ou mais cedo, se houver algum outro
fator de risco para doença cardiovascular);
-
Sorologias para doenças sexualmente transmissíveis para pessoas que têm ou
tiveram relações sexuais sem preservativo;
- Conversar
sobre abuso de álcool, uso de tabaco ou abuso outras drogas;
- Atentar
para sintomas de depressão, considerando que em 2015, mais de nove mil homens
se suicidaram no Brasil.
UNICID
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