Com
os feriados de fim de ano e as férias escolares, o fluxo de viagens aéreas
aumenta muito. No entanto, quem tem doenças respiratórias graves e está com os
sintomas fora de controle deve ser mais cauteloso antes de embarcar.
Nas
alturas, há menos oxigênio circulante no sangue. Por isso, quem tem Asma,
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Fibrose Cística, Bronquiectasias ou
Fibrose Pulmonar por exemplo, pode ter dificuldades para respirar.
“Em
caso de DPOC ou das Fibroses, é muito importante observar se há Hipoxemia, ou
seja, baixa do oxigênio no sangue. A taxa pode ser facilmente aferida pelos
oxímetros digitais. Se a saturação periférica do oxigênio estiver igual ou
acima de 92%, é seguro viajar. Caso contrário, é recomendado consultar um
médico”, recomenda o pneumologista Dr. Jairo Sponholz Araujo.
Segundo
ele, pacientes com Fibrose Cística, Bronquiectasias ou Discinesia Ciliar correm
mais riscos de contrair ou transmitir doenças, em alguns casos. Portanto, cabe
ao médico definir um plano de segurança junto com o enfermo, incluindo cuidados
como uso de máscaras e recomendação de medicamentos adequados para tratar uma
eventual infecção.
Os
asmáticos também precisam estabelecer um plano terapêutico preventivo para
viagem. É preciso levar medicações de emergência para eventuais crises e
inaladores na bagagem de mão. Alguns pacientes também podem precisar tomar
corticóides orais antes de embarcar.
“Pacientes
que foram submetidos a uma cirurgia torácica só podem voar 15 dias após a alta
e/ou retirada do dreno. Nos casos de Pneumotórax Espontâneo, é recomendado
esperar pelo menos 60 dias para viajar”, explica o Dr. Jairo.
Caso
esteja em alguma das condições descritas acima ou apresente sintomas como falta
de ar, dificuldade para respirar, respiração ofegante, tosse, entre outros, é
necessário consultar um médico e levar a ele o Formulário MEDIF (autorização
médica para viajar), disponível no site das companhias aéreas. O documento deve
ser enviado às empresas com antecedência mínima de 72 horas para que elas decidam
se é seguro autorizar o embarque.
Caso
vá utilizar mais de uma companhia aérea, todas devem ser informadas sobre as
limitações pelo MEDIF próprio de cada uma, visto que as restrições variam e
algumas pedem documentos extras para facilitar o atendimento.
“Recomendo,
ainda, que as pessoas com doenças crônicas façam um bom seguro de viagem, que
inclua doenças preexistentes e cubra repatriamento”, finaliza o Dr. Jairo.
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