Centro de referência sofre com falta de
médicos e alta demanda por conta de doenças como H1N1 e Dengue
O fechamento
recorrente do pronto-socorro infantil do Hospital do Mandaqui, na Zona Norte de
São Paulo, está causando episódios de revolta na população. Foram relatados
casos de agressões a médicos e depredação da estrutura do hospital, colocando
em risco a integridade física das equipes que atuam na assistência à saúde.
A falta de
médicos pediatras nos serviços de pronto-atendimento de baixa complexidade da
prefeitura, somada às recentes epidemias de H1N1 e Dengue, está gerando um
fluxo maior de pacientes ao Hospital do Mandaqui. Entretanto, o hospital não
consegue atender esse aumento significativo na demanda, uma vez que a unidade
não conta com um número suficiente de médicos.
Esse desfalque
na equipe médica é um problema de longa data. Segundo o presidente do Sindicato
dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Eder Gatti, a situação é resultado da
escassez de concursos públicos e à baixa atratividade da carreira oferecida
pelo Estado. “Essa situação precisa ser urgentemente revista.
Os médicos estão
há mais de três anos sem reajustes, com uma perda salarial acumulada em quase
25%. Quem mais sofre com isso é a população, que não consegue um atendimento
mais rápido”, afirma.
As longas
filas de espera no atendimento do Hospital Mandaqui tem causado revolta na
população, causando tumultos e episódios de violência, colocando os
profissionais em risco. “O Hospital deve tomar providências quanto a segurança
da equipe médica e dos demais profissionais”, finaliza Gatti.
Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP)
Fundado em 1929, o
Sindicato defende a atividade médica, a
luta pela dignidade no exercício da medicina e o acesso à saúde como direito do
cidadão. Aborda temas como planos de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS),
organizações sociais (OSs) e salário dos médicos, entre outros.
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