ABFIAE
alerta que projetos que reduzem preço de materiais escolares continuam
esquecidos pelo Governo
O Ministério
da Educação (MEC) acaba de divulgar os dados do Censo Escolar de 2015, que mostram que as
matrículas diminuíram em todas as etapas de ensino, menos na creche, que atende
as crianças até os 3 anos de idade. No total, são três milhões de crianças e
jovens de 4 a 17 anos fora das salas de aula, e que, por lei, deverão ser
incluídos até este ano. Os números refletem a queda da população, em geral, que
tem reduzido entre criança e jovens, além dos desafios para o sistema
educacional.
O censo ainda
mostra que, as idades mais críticas são 4 anos, 690 mil de crianças não são
atendidas, e 17 anos, em que 932 mil adolescentes deixaram os estudos. Outro
dado importante, se refere à pré-escola, voltada para crianças de 4 e 5 anos,
que teve uma redução de 1% de matrículas em relação a 2014, passando de 4,96
milhões para 4,92 milhões, aproximadamente. Foi a primeira queda desde 2011. O
ensino médio, que já reduzia as matrículas pelo menos desde 2010, teve, desde
então, a maior queda, entre 2014 e 2015, de 2,7%. O número de estudantes passou
de 8,3 milhões para 8,1 milhões.
“Em um País,
que se intitula Pátria
Educadora, isso é inadmissível. Outro fato que é inaceitável, é o
esquecimento, por parte do Governo Federal, do Projeto de Lei 6.705/2009,
aprovado no Senado em 2009 e da PEC 24/2014, que dispõem sobre o fim dos
impostos sobre os materiais escolares, e que aguardam votação. A aprovação
destes projetos seria uma solução imediata para a redução da absurda carga
tributária sobre material escolar existente no País”, explica Rubens Passos,
presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos
Escolares (ABFIAE) .
Recentemente,
o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgou que esses
artigos são taxados em até 47%, como no caso das canetas. Itens como apontador
e a borracha escolar têm alíquota de 43%; caderno universitário e lápis,
35%.
“Em um país
onde os governantes cansam de afirmar que educação é prioridade, é uma vergonha
convivermos com uma carga tributária superior a 40% que incide sobre canetas,
borrachas, lápis, apontadores e outros materiais básicos. Ainda nos dias
de hoje 25% dos estudantes não completam o ensino básico! Continua-se a
construir um Brasil desigual, pois famílias de menor renda têm dificuldades em
formar seus filhos. A aprovação destes projetos seria uma forma de demonstrar
que nossos parlamentares e governantes realmente levam a sério o tema da
educação”, finaliza Passos.
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