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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA DOENÇA GENÉTICA OU DO ENVELHECIMENTO?

 Coordenador científico da Oncologia D’Or, Daniel Herchenhorn, explica que a idade avançada e alterações genéticas hereditárias aumentam o risco da enfermidade, que hoje pode ser tratada por um amplo arsenal terapêutico.

 

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum nos homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA)1, 74 mil casos da doença serão diagnosticados este ano, em especial em pessoas com 50 anos ou mais. Quanto mais velho for o indivíduo, maior será o risco de apresentar este tipo de câncer, mesmo de forma assintomática. Mas a doença tem uma importante base genética. Pessoas com histórico familiar de câncer, principalmente parentes de primeiro grau, têm maior propensão à enfermidade. Entre 5% a 10% dos casos desses tumores têm origem hereditária, muito em função de alterações no gene BRCA, o mesmo dos cânceres de mama e de ovário. Homens negros e indivíduos obesos também constituem os grupos de risco. 

A maioria dos tumores na próstata cresce de forma lenta. Apenas uma minoria se desenvolve de maneira acelerada, às vezes, até em homens com menos de 50 anos. “Durante a progressão da doença vão-se acumulando alterações genéticas que lembram as mutações hereditárias”, afirma o médico Daniel Herchenhorn, coordenador científico da Oncologia D’Or, professor de Oncologia na University of California San Diego e doutor em Oncologia pela Universidade de São Paulo (USP). 

Neste contexto, a testagem genética vem assumindo cada vez mais um papel de destaque tanto para a descoberta de fatores hereditários como para o tratamento do tumor. Como o câncer de próstata é uma doença heterogênea, o exame detecta o biomarcador, possibilitando a realização de tratamentos personalizados e eficazes.


Quando identificado em sua fase inicial, o tumor tem 90% chances de cura.


Prevenção e diagnóstico precoce

A próstata1 é uma glândula que produz parte do sêmen. Ela se localiza na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra. Na fase inicial, o tumor cresce sem sintomas. Os sinais que aparecem se confundem com aqueles causados pelo aumento da próstata decorrente da idade, como dificuldade ou urgência para urinar. Em muitos casos, quando surgem os sintomas, o câncer está em estágio avançado, com pouca ou nenhuma possibilidade de cura. No mundo2, cerca de 20% dos casos ainda são diagnosticados na fase avançada. 

Se identificado de forma precoce, o câncer de próstata permite até 90% de cura. Por isso, os especialistas recomendam aos homens, a partir dos 50 anos, fazer uma consulta anual ao urologista, com o exame de toque retal e dosagem sanguínea do PSA, sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico. Os integrantes dos grupos de risco devem começar o acompanhamento antes dos 50 anos.

De acordo com o coordenador científico da Oncologia D’Or, Daniel Herchenhorn, especialistas de todo mundo discutem qual a idade limite para a prevenção. “Acima dos 75 anos podemos acabar diagnosticando câncer de próstata em boa parte dos homens e nem sempre há necessidade de tratamento, dada a lentidão de crescimento de muitos tumores”, observa. 

 

Manejo do paciente 

Uma vez identificadas alterações nos exames, o médico pode prescrever a ressonância multiparamétrica da próstata, um exame extremamente sensível capaz de identificar lesões minúsculas. Quando necessário, realiza-se em seguida uma biópsia de fusão nas lesões suspeitas mostradas na ressonância magnética. 

Idealmente, pacientes devem ser manejados por equipes multi-disciplinares, que tenham uro-oncologistas, urologistas, rádio-oncologistas especializados, para a melhor tomada de decisões. Essa equipe é importante porque o manejo do paciente deve ser definido a partir de uma série de fatores: se a doença está confinada à próstata e órgãos adjacentes ou se espalhou pelo organismo e se o tumor apresenta risco alto, moderado ou baixo. 

O coordenador científico da Oncologia D’Or explica que muitos pacientes, principalmente com tumores de baixo risco, podem ser manejados sem a necessidade de um tratamento imediato. “É o que chamamos de vigilância ativa. O paciente é diagnosticado e acompanhado cuidadosamente por uma equipe multidisciplinar”, esclarece. 

A edição de abril da revista científica norte-americana New England Journal of Medicine trouxe um estudo3 da Universidade de Oxford, na Inglaterra, resultante do acompanhamento por 15 anos de 1.610 homens diagnosticados com câncer de próstata. Eles foram divididos em três grupos: 545 foram monitorados, 553 submetidos à prostatectomia e 545 receberam radioterapia. Ao final do estudo, 4,5% morreram por câncer de próstata e 21,7% por outras causas. No grupo de monitoramento ativo, 24,4% estavam vivos sem qualquer tratamento para câncer de próstata no final do acompanhamento.
 

Tratamento

Nos últimos anos, o arsenal terapêutico para o câncer de próstata cresceu muito, tornando-se menos tóxico e mais individualizado. Os tratamentos localizados são recomendados para o estágio inicial da doença, quando ela ainda se encontra na próstata e, no máximo, nos linfonodos adjacentes. Já os tratamentos sistêmicos são indicados para os estágios avançados, quando há metástase, ou associados a radioterapia. 

No âmbito dos tratamentos localizados estão a radioterapia e a cirurgia. Ambas passaram por grande evolução, graças a tecnologia que permite realizar radioterapia em menor tempo e com mais precisão, além de cirurgias robóticas, em que o paciente permanece menos de 48 horas internado e com pós-operatório muito mais tranquilo. 

Para pacientes com câncer de próstata metastático, o tratamento mais recente é o PSMA-Lutécio 177. O lutécio é uma substância radioativa que, assim como um míssil teleguiado, é levado às células com PSMA, uma molécula que apresenta a expressão aumentada na superfície das células cancerígenas. A substância radioativa danifica o DNA da célula e provoca sua morte. O tratamento demanda quatro a seis aplicações, sendo que a quimioterapia são no mínimo seis aplicações. Por ser direcionado às células cancerígenas, é melhor tolerado que a quimioterapia.

 


Oncologia D'Or



Referências

Estimativa 2023 : incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer. Rio de Janeiro. INCA, 2022.
Armstrong AJ et al. M. Prediction of survival following first-line chemotherapy in men with castration-resistant metastatic prostate cancer. Clin Cancer Res. 2010;16(1):203-11
Fifteen-Year Outcomes after Monitoring, Surgery, or Radiotherapy for Prostate. Freddie C. Hamdy. Cancer N Engl J Med 2023; 388:1547-1558.

 

Diabetes e segurança digital: qual a relação entre elas?


O Brasil é um dos 10 países com maior número de pessoas com diabetes mellitus no mundo, ocupando a 6ª posição em incidência, com 15,7 milhões de pacientes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Paquistão, Estados Unidos e Indonésia. A incidência estimada da doença em 2045 chega a 23,2 milhões. Esses dados estão no Atlas de Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF 2021). 

Todos sabemos que não é fácil viver com diabetes, no entanto, os fabricantes de dispositivos médicos desenvolveram formas inovadoras de gerir melhor os níveis de glicose no sangue e administrar insulina. Os sistemas de monitoramento contínuo de glicose (CGM) fornecem leituras de glicose em tempo real usando um sensor inserido logo abaixo da pele, um transmissor e um pequeno receptor. As bombas de insulina inteligentes atuais integram-se aos sistemas CGM para prever e administrar automaticamente a quantidade certa de insulina. 

Se alguém souber que precisa ajustar a dose por qualquer motivo, o aplicativo associado à bomba poderá ajudá-lo a estimar e depois modificar a dose. E os usuários não precisam mais picar os dedos para medir o nível de açúcar no sangue e depois injetar-se várias vezes ao dia, porque essas bombas podem permanecer em um único local por até dois a três dias. 

Mas os avanços notáveis ​​provocados por estas tecnologias de monitorização e administração de insulina, como é o caso da tecnologia utilizada noutros dispositivos médicos conectados (IoMT), como os pacemakers, também aumentam a superfície de ameaça destes dispositivos. 

“Sou um profissional de segurança que passou boa parte da minha carreira ajudando fabricantes a proteger dispositivos conectados. Quando comecei a usar um CGM e a conectar uma bomba de insulina em meu tratamento, não pude deixar de pensar na segurança. Um hacker poderia assumir o controle de uma bomba de insulina? Os níveis de glicose no sangue poderiam ser alterados para fornecer leituras falsas? Qual seria o resultado desses compromissos?”, diz Mike Nelson, VP de Digital Trust da DigiCert. É por isso que a confiança digital é essencial.

 

Aprendendo como a confiança digital funciona para proteger as tecnologias de diabetes 

Para que os sistemas CGM e as bombas de insulina funcionem em conjunto, necessitam não só da capacidade de confiar nos dados que lhes são transmitidos, mas também da capacidade de confiar nas identidades dos dispositivos que acedem a esses dados. Isto significa que estes dispositivos necessitam de medidas de autenticação adequadas, bem como meios para impedir a clonagem de dispositivos como proteções de segurança adicionais. 

Os fabricantes de IoMT estão bem conscientes dos riscos de segurança que os seus dispositivos podem representar. Vejamos uma inovação recente no CGM: o sistema de insulina de circuito fechado. Este sistema conecta o CGM e a bomba de insulina do usuário, permitindo que a bomba detecte e corrija autonomamente os níveis de açúcar no sangue. Além disso, muitas dessas tecnologias também possuem aplicativos correspondentes para smartphones e smartwatches que os pacientes podem usar para verificar seus níveis de glicose em tempo real, entre outras coisas. Há vários pontos nesses processos em que um agente de ameaça poderia se infiltrar no sistema e alterar essas ações bem ajustadas. 

“Como resultado, a confiança digital tornou-se uma peça fundamental da sua estratégia de segurança. “Eles sabem que precisam de controles de segurança avançados para garantir que as pessoas que usam seus dispositivos não tenham que se preocupar com o comprometimento de qualquer aspecto do ecossistema de entrega – sistema, dispositivo e dados”, afirma Mike Nelson.

 

Sistemas de segurança e bombas de insulina 

Os sistemas de administração de insulina e CGM precisam de confiança digital para que os diabéticos possam confiar neles sem qualquer incerteza. Nenhum dispositivo conectado, independentemente de seus benefícios, vale a pena ser usado se apresentar riscos desnecessários. As picadas nos dedos podem ser dolorosas, mas são preferíveis a não poder confiar que os níveis de glicose são precisos ou questionar se uma bomba pode estar comprometida. 

Os usuários finais dependem dessas empresas para garantir que os controles de autenticidade e identidade atendam às diretrizes regulatórias emergentes e para impedir a falsificação e a adulteração. “Como diabéticos, já temos o suficiente para nos preocupar em garantir que permaneceremos saudáveis. A última coisa com que precisamos nos preocupar é a segurança do dispositivo. Esse não deveria ser o trabalho do paciente”, diz Nelson. 

A tranquilidade que advém do acesso a dados precisos e contínuos, aliada ao alívio de saber que tais soluções são seguras e confiáveis — agora é aí que a confiança digital encontra o mundo real.

 

DigiCert
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Quais as diferenças entre implante dentário e coroa? Adriano Medrado explica o que são e as indicações dos procedimentos

O CEO da Studio Art & Design também falou sobre os cuidados pós-procedimento 

 

A colocação de implantes dentários vai muito além da estética. Ela melhora a qualidade de vida do paciente, como a mastigação e a autoestima. Antes de optar pelo procedimento, é preciso entender que implante dentário e coroa são a mesma coisa. Cada um tem suas particularidades e indicações específicas.  Adriano Medrado, CEO na Studio Art & Design, fala sobre os tratamentos.  

"Implante Dentário: Um implante dentário é um substituto para a raiz do dente. É uma estrutura de metal, normalmente feita de titânio, que é colocada cirurgicamente no osso maxilar sob a gengiva. Uma vez instalado, o dentista pode montar dentes substitutos ou pontes sobre o implante. Os implantes dentários são opções de tratamento para pessoas que perderam um ou mais dentes devido a doença periodontal, uma lesão ou algum outro motivo". 

"Coroa Dentária: Uma coroa é um tipo de restauração dentária que cobre completamente ou "encapa" um dente danificado ou desgastado. Coroas são usadas para melhorar a aparência e a forma do dente, ou para reforçar um dente fraco ou danificado. Elas podem ser feitas de uma variedade de materiais, incluindo cerâmica, resina ou metal". 

Adriano diz que um implante é usado quando o dente inteiro, inclusive a raiz, precisa ser substituído. "Uma coroa é usada quando o dente existente está danificado, mas a raiz ainda está intacta. Em alguns casos, uma coroa pode ser usada em conjunto com um implante para substituir a parte visível do dente após a instalação do implante", completa.  

Um implante dentário é uma estrutura de metal, geralmente de titânio, que é inserida cirurgicamente no osso da mandíbula ou do maxilar para substituir a raiz de um dente perdido, de acordo com Medrado. "Uma vez que o osso tenha se integrado ao implante, o dentista pode fazer uma moldagem de transferência ou um escaneamento do implante e enviar ao laboratório de prótese para que seja feito um dente ou uma ponte para fixar um dente de substituição ou uma ponte no implante. Os implantes dentários são opções de tratamento para pessoas que perderam um ou mais dentes devido à doença periodontal, a um acidente ou a outras razões". 


Adriano lista os implantes dentários mais comuns. 

"Implantes Endosteais: São os tipos mais comumente usados. Eles são inseridos diretamente no osso da mandíbula e cada implante suporta um ou mais dentes próteses. Geralmente é usado como uma alternativa para pacientes com pontes ou dentaduras removíveis". 

"Implantes Subperiostais: Estes são colocados acima do osso da mandíbula, mas sob a gengiva. Eles são usados principalmente em pacientes que não têm osso adequado na mandíbula e não podem ou não querem usar dentaduras convencionais". 

Os implantes dentários podem ser usados em uma variedade de situações. O especialista fala sobre algumas: 

Substituição de um único dente: "Neste caso, um único implante e uma coroa substituem o dente perdido". 

- Substituição de vários dentes: "Quando você tem vários dentes perdidos, pontes implantadas podem ser usadas". 

- Substituição de todos os dentes: "Se você perdeu todos os seus dentes, uma dentadura completa pode ser implantada".

 A decisão de usar implantes dentários e o tipo de implante usado dependem de vários fatores, incluindo a saúde do paciente, a quantidade e a qualidade do osso da mandíbula, a localização dos dentes faltantes e o custo. Adriano destaca que ela deve ser tomada em conjunto com o seu dentista.

 

Coroas dentárias 

O CEO da  Studio Art & Design diz que coroas dentárias são uma forma de restauração dental que são usadas para cobrir um dente danificado ou desgastado. "Elas podem ser feitas de uma variedade de materiais, cada um com suas próprias vantagens e desvantagens". Medrado elencou alguns dos tipos mais comuns de coroas dentárias: 

1. Coroas de Porcelana: "Essas coroas são populares porque têm uma aparência natural, o que as torna uma boa escolha para os dentes da frente. A porcelana pode ser combinada com a cor natural dos seus dentes para que a coroa se misture com os dentes vizinhos". 

2. Coroas de Porcelana Fundida com Metal: "Essas coroas oferecem um bom compromisso entre a aparência e a durabilidade. Elas têm uma camada de metal por baixo da porcelana, o que as torna resistentes. No entanto, em alguns casos, o metal por baixo da coroa pode se tornar visível como uma linha escura na base da coroa". 

3. Coroas de Ouro: "As coroas de ouro são muito duráveis e resistentes ao desgaste. Elas são uma boa escolha para os dentes traseiros que não estão tão visíveis. No entanto, a cor dourada a destaca no meio dos outros dentes. Não é uma opção estética".  

4. Coroas de Zircônia: "As coroas de zircônia são feitas de um tipo de cerâmica que é muito forte e durável. Elas também têm uma aparência muito natural, o que as torna uma opção popular para muitos pacientes. A zircônia é um material biocompatível, o que significa que é seguro para usar na boca". 

5. Coroas de Resina: "As coroas de resina são geralmente a opção mais acessível, mas também são mais propensas a fraturas e desgaste ao longo do tempo em comparação com outros tipos de coroas". 

A escolha do tipo de coroa depende do dente que está sendo tratado, da preferência pessoal do paciente, do custo e da indicação do dentista juntamente com o laboratório de prótese para obter o melhor resultado.  

Após ter um implante dentário ou uma coroa instalada, existem vários cuidados que você deve tomar para garantir a saúde e a longevidade do seu novo dente. Adriano listou alguns deles:

 

Cuidados Após a Instalação de uma Coroa Dentária: 

Higiene oral adequada: "Você deve continuar a escovar e usar o fio dental regularmente para manter a área ao redor da coroa limpa e livre de placa bacteriana". 

Utilizar placa noturna para dormir: "Em casos onde o paciente apresenta “bruxismo”, que o hábito inconsciente de apertar os dentes enquanto dorme, é indicado o uso de uma placa de bruxismo ou mio-relaxante durante o sono".  

Visitas regulares ao dentista: "Visitas regulares ao dentista ajudarão a garantir que a coroa está em bom estado e funcionando como deveria".

 

Cuidados Após a Instalação de um Implante Dentário: 

 Higiene oral adequada: "Assim como com as coroas, a escovação regular e o uso do fio dental são essenciais para manter a área ao redor do implante limpa". 

Não fumar: "Fumar pode retardar o processo de cura após a cirurgia de implante e aumentar o risco de complicações". 

Visitas regulares ao dentista: "O dentista pode monitorar o implante e os dentes adjacentes para garantir que estão saudáveis." 

O especialista frisa que cada pessoa é única e seu dentista pode fornecer orientações mais específicas com base em suas necessidades individuais. "É importante seguir todas as instruções dadas pelo seu dentista para garantir a melhor recuperação e o resultado mais bem-sucedido". 

A escolha de um laboratório de prótese dentária que utiliza tecnologia digital na confecção das próteses é extremamente importante para garantir a precisão, a eficiência e a qualidade dos resultados. "As tecnologias digitais, como a CAD/CAM (Computer-Aided Design/Computer-Aided Manufacturing), permitem a confecção de próteses com um ajuste superior e uma estética mais natural, comparadas às técnicas tradicionais", comenta Adriano Medrado. 

Além disso, segundo o especialista, a tecnologia digital permite a criação de modelos 3D precisos do dente do paciente, o que pode ajudar a reduzir o tempo de tratamento e aumentar o conforto do paciente. "Isso também pode resultar em próteses mais duráveis e de maior qualidade, que se adaptam melhor à boca do paciente e proporcionam uma aparência mais natural". 

Neste contexto, o laboratório Studio Art & Design é uma excelente opção. Este laboratório utiliza as mais recentes tecnologias digitais para criar próteses dentárias de alta qualidade. Eles têm uma reputação de excelência no campo da prótese dentária e são conhecidos por sua atenção aos detalhes, habilidades técnicas e compromisso com a satisfação do paciente. Ao escolher fazer o tratamento com um cirurgião dentista parceiro do Studio Art & Design, os pacientes podem ter certeza de que estão recebendo próteses que são precisamente adaptadas às suas necessidades e que são feitas com os materiais e as tecnologias mais avançados disponíveis.


Bursite tem indicação de tratamento inusitado

A Revolução no Tratamento de Bursite com Palmilhas e Sapatos Sob Medida 


Uma notícia emocionante para quem lida com a dor da bursite: a resposta para o alívio e a recuperação pode estar mais perto do que você imagina. Com a crescente conscientização sobre a importância do tratamento personalizado, as palmilhas e os sapatos sob medida estão transformando a vida dos pacientes.

A bursite é uma condição que limita a mobilidade e causa dor intensa. A boa notícia é que os avanços na área de tratamento estão proporcionando um alívio que antes era impensável.


Tratamento Sob Medida:

Os especialistas estão cada vez mais voltando sua atenção para tratamentos personalizados, reconhecendo que cada paciente é único. Conforme o especialista Mateus Martinez, mestre em fisioterapia esportiva: "A bursite é uma condição altamente dolorosa e debilitante. Tratamentos personalizados, como palmilhas e sapatos sob medida, podem fazer uma enorme diferença no alívio da dor e na recuperação."

Alívio da Bursite:

Para aqueles que sofrem de bursite, o alívio pode ser tão simples quanto calçar os sapatos certos. "A pressão sobre as áreas afetadas é um dos principais fatores que causam dor na bursite. As palmilhas sob medida reduzem essa pressão, proporcionando alívio imediato", diz Martinez.



Como Funciona:

O tratamento com palmilhas sob medida começa com uma avaliação profissional. Especialistas em pés realizam testes com aparelhos de alta tecnologia para verificar a saúde dos membros inferiores de cada cliente, pontos de dor e colher imagens 3D dos pés. De acordo com Martinez, as palmilhas são confeccionadas de acordo à anatomia única de cada pessoa. São projetadas para aliviar a pressão nas áreas afetadas e permitir que o paciente se movimente confortavelmente.

 

Lei prevê campanha de prevenção à exposição indevida ao sol e necessidade do acesso ao protetor solar

Medida visa proteger população de doenças causadas pela incidência de raios solares 

 

A onda de calor que atingiu o Brasil nos últimos dias levanta uma questão cada vez mais importante à medida em que as temperaturas escalam patamares mais altos: a proteção aos raios solares. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Mesmo apresentando menor mortalidade, o tratamento pode, em alguns casos, deixar sequelas físicas e funcionais. 

Já o câncer de pele melanoma é considerado o tipo mais grave da doença, especialmente pela grande possibilidade de se espalhar para outros órgãos. As estimativas apontam que quase 9 mil brasileiros devem receber o diagnóstico de melanoma ainda em 2023, segundo o INCA. Números que apontam para um grave problema de saúde pública. Em 31 de março deste ano, o presidente Lula sancionou a Lei 14.539/23, que institui a Campanha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol, com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos e as consequências da exposição indevida ao sol, e implementar medidas para facilitar o acesso a protetor solar. Entre as doenças a serem evitadas por meio da proteção adequada aos raios solares estão as queimaduras, o câncer de pele, catarata e outros danos oculares e ainda o controle do lupus eritomatoso sistêmico. 

Pelo texto, a campanha será veiculada anualmente pelo poder público nos meios de comunicação durante as férias escolares, e prevê necessidade de facilitar o acesso do protetor solar à população. A medida entrou em vigor em outubro (180 dias após a publicação da lei). A norma tem origem em projeto (PL 3796/04), da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ). De acordo com especialistas, o foco no público escolar se justifica: a exposição indevida ao sol e aos raios ultravioletas tem efeito cumulativo e os abusos da infância e adolescência são sentidos na fase adulta.

Em algumas cidades como Maricá e Saquarema, ambas no estado do Rio de Janeiro, já existem totens com sensores de presença para distribuição gratuita de protetor solar. São pontos estratégicos com grande circulação de pessoas gerando ampla visibilidade e acesso rápido e prático ao produto distribuído. Ao todo mais de um milhão de doses já foram dispensadas para a população dos dois municípios. 

O serviço, que une publicidade e prevenção, é oferecido pela Social&Soluções, fundada pelo publicitário pós-graduado em Gestão de Sustentabilidade, Higor Amaral. A empresa é a única no país especializada em ações e campanhas com distribuição gratuita de preservativos, álcool em gel, protetor solar, repelente e água. Em 2015, ele entrou no mercado com máquinas de distribuição de preservativos. Desde então, mais de 12 milhões de unidades já foram distribuídas gratuitamente em grandes eventos no país. Em 2018 desenvolveu a mídia em totens automáticos com a distribuição de álcool em gel, protetor solar e repelente com o objetivo de aproximar do dia a dia da população uma mídia com serviço de saúde e utilidade pública. O empresário conta que, há três anos, criou o chamado “Escudo da Prevenção”, um formato itinerante do totem, que leva os produtos – álcool em gel, protetor solar ou repelente – eventos como até o público em grandes eventos. A distribuição gratuita de água em Rock in Rio e no desfile das escolas de samba, na Marquês de Sapucaí, foi o passo seguinte. 

“O nosso serviço é fundamental para democratizarmos o uso do protetor solar, ao aproximar, de forma gratuita, o produto da população. Temos o potencial de contribuir com governos e empresas com a nossa capacidade de entrega em todo o país. Sempre defendemos a utilização de campanhas que gerem experiência com benefício social”, explica Higor Amaral, que já desenvolveu ações em parceria com o Ministério da Saúde, Governo de Alagoas, Governo do Rio de Janeiro, Prefeitura de Serra (ES), Banco do Brasil, Sesc Rio, Unimed, entre outras empresas. 

A abordagem do câncer de pele, com a prevenção, o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento correto, é um desafio de saúde. A fundadora e presidente do Instituto Melanoma Brasil, organização não governamental sem fins lucrativos, Rebecca Montanheiro, enfatiza que não podemos subestimar o perigo da doença. O tipo mais comum, o câncer de pele não melanoma, tem baixa letalidade, mas pode gerar comprometimento estético importante e outras sequelas. Já o câncer de pele melanoma é o tipo menos comum, porém mais agressivo, responsável pelo maior percentual de óbitos e desconhecido por quase 80% da população brasileira. 

“Recentemente, um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) alertou que um terço das mortes causadas por câncer de pele não melanoma se devem à exposição solar ocupacional. A lei que institui a Campanha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol é um importante passo dado pelo governo federal, porém, é necessário que o Ministério da Saúde desenvolva ações concretas e efetivas, incluindo a conscientização e o acesso ao protetor solar nas Unidades Básicas de Saúde, assim como já é feito com outros itens essenciais, como camisinha e pílula anticoncepcional. Esperamos que essa lei seja o ponto de partida, aproveitando o mês de dezembro, conhecido como Dezembro Laranja, dedicado à conscientização sobre o câncer de pele, para novos passos concretos, com a inclusão do tema na Pasta de Prevenção e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde”, afirma Rebecca. 

O fundador da Social&Soluções concorda e vai além: “A Lei 14.539, que estipula a Campanha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol é fundamental em função das mudanças climáticas e das altas temperaturas que estamos enfrentando. Com a aplicação da lei, mais cidades adotarão medidas de prevenção como a distribuição de água e de protetor solar em pontos estratégicos”, afirma Higor Amaral.


Dezembro Laranja: época de sol, praia, piscina e prevenção ao câncer de pele!

Dermatologista alerta sobre a importância dos cuidados na estação

 

Não é novidade para ninguém que o verão é a estação mais nociva para a nossa pele. Estação queridinha dos brasileiros, o fim do ano é o período ideal para praia, piscina e muito sol, mas toda essa diversão pode se tornar um verdadeiro pesadelo sem os cuidados adequados.

 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais constante no Brasil, correspondendo a 30% dos tumores malignos que são registrados anualmente. “O sol, através dos raios ultravioletas, leva a uma alteração no DNA celular, desencadeando o câncer, que chamamos de neoplasia”, conta Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.

 

O calor também leva a desidratação da pele deixando-a mais ressecadas e mais propícia a eczemas e infecções. De acordo com o Dr. Fraga, além de questões genéticas, a exposição ao sol de maneira prolongada, repetida e, é claro, sem a proteção adequada ainda é o principal fator de câncer de pele.

 

Os tratamentos variam conforme o estágio e tipo de câncer, que vão desde cauterizações, aplicações de ácido, nitrogênio líquido até cirurgia, bem mais frequente. Além disso, é preciso estar sempre atentos às pintas do nosso corpo: “Existe uma regra para suspeitarmos da pinta, que é a regra do ABCDE:

 

A-           Assimetria

B-           Bordas irregulares

C-           Cores diferentes na mesma pinta

D-           Diâmetro da pinta maior que 0,6 cm

E-            Evolução, se a pinta está crescendo ou não”, ensina o especialista.

 

Para evitar futuros problemas, os cuidados são simples. Além do uso do protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e frios, o melhor método ainda é evitar a exposição em horários cujo raios ultravioletas estejam na sua maior intensidade, ou seja, das 10h da manhã até às 16h.

 

Fonte:
Dr. José Roberto Fraga Filho
Médico dermatologista, membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, fundador e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.
Instagram: @fragadermatologia

 

Conheça mais sobre o processo de reversão da ileostomia

 Para a maioria dos pacientes, após procedimento, o intestino pode retomar suas funções normais gradualmente 

 

A ileostomia consiste na abertura criada cirurgicamente no intestino delgado através do abdômen. É frequentemente utilizada como medida de "proteção" após a cirurgia dos cólons e/ou do reto, possibilitando um período de cicatrização mais confortável, isolando a passagem das fezes pela região operada. 

 

Independentemente das ileostomias serem definitivas ou temporárias, são realizadas para preservar a vida. Quando temporária, a reconstrução do trânsito intestinal será promovida no momento adequado para que esse paciente não tenha mais riscos. Para isso, é realizado o processo de reversão, procedimento que busca restaurar a continuidade do trânsito intestinal e permitir, com segurança, que as fezes sigam novamente o curso normal, gradualmente.

 

A retirada da bolsa de ileostomia, chamada de reconstrução do trânsito intestinal, requer uma avaliação abrangente, considerando não apenas o estado de saúde geral e nutricional, mas também uma análise cuidadosa da possibilidade de recidiva do câncer por meio de uma avaliação oncológica. Essa abordagem minuciosa é essencial para garantir uma decisão correta e segura para o paciente.

“A análise desses indicativos é crucial para a tomada de decisão quanto à reversão da ileostomia. Devemos considerar todo o histórico e a recuperação do paciente”, afirma o Dr. Ricardo Motta, cirurgião oncológico do Hcor. A equipe médica especializada e multiprofissional é fundamental nesse processo, orientando e conduzindo os exames e avaliações necessárias para determinar o momento mais apropriado e seguro para a realização da retirada. 

 

Como funciona o preparo para o procedimento de reversão?

O preparo para a reversão da ileostomia após a cirurgia oncológica envolve algumas etapas importantes para garantir o sucesso do procedimento e a recuperação adequada do paciente. São elas:  

1 – A certeza de que a região previamente operada dos cólons encontra-se cicatrizada;

2 – Um excelente estado nutricional do paciente;

3 – O controle da doença oncológica.

“Cada caso é único, e o preparo específico pode variar dependendo das necessidades individuais do paciente e das instruções médicas. É fundamental seguir rigorosamente as orientações dos profissionais para garantir uma preparação adequada e um processo cirúrgico seguro e confortável”, explica o especialista. 

 

O intestino volta a funcionar normalmente após o procedimento?

 

Para a maioria dos pacientes, após a reversão da ileostomia, o intestino pode retomar suas funções normais gradualmente. No entanto, esse intervalo até o intestino voltar completamente ao funcionamento habitual pode variar, sendo necessário fazer adaptações no estilo de vida. 

Embora muitos pacientes possam, eventualmente, retomar uma função intestinal próxima do normal após a retirada da bolsa, é essencial ter expectativas realistas e compreender que o processo de recuperação pode levar tempo. A comunicação aberta com a equipe médica e as orientações são aspectos fundamentais para uma transição suave e recuperação completa.

 

Acompanhamento médico pós-cirúrgico

O acompanhamento médico específico após a reversão da ileostomia é fundamental para garantir uma recuperação adequada e identificar precocemente quaisquer problemas que possam surgir. Essa assistência visa monitorar a saúde geral do paciente, verificar a cicatrização, além de avaliar a função intestinal e oferecer orientações para uma recuperação tranquila.

“Por isso, consultas regulares e exames específicos são parte vital do processo. Desta forma, é possível garantir que o paciente esteja progredindo adequadamente na recuperação e oferecer suporte integral durante esse período de transição”, finaliza o Dr. Ricardo. 

 

Hcor

 

Tendinite cresce entre crianças e adolescentes

Divulgação   
Dr. Cléber Furlan Ortopedist

Médico ortopedista alerta que, tanto o sedentarismo quanto o excesso de atividades físicas representam as maiores causas de inflamação nos tendões; No entanto, entre os sedentários, excesso de telas leva a inflamações no punhos e nas mãos 

 

A inflamação nos tendões, conhecida como tendinite, tem crescido entre crianças e adolescentes nos últimos anos. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, é possível dividir esses casos em dois grupos: jovens que praticam atividades físicas com mais intensidade, ao nível de sobrecarga, e sedentários.

O primeiro grupo corresponde a crianças e adolescentes que praticam esportes com alta frequência, às vezes por uma necessidade de preencher os horários do seu dia ou por incentivo ao excesso de atividades em razão do acúmulo de energia. Por qualquer que sejam os motivos, essa intensidade pode acarretar tendinites, principalmente de ombro e de cotovelo - para quem joga tênis ou o famoso beach tennis, por exemplo -, de quadril, joelho e também no tornozelo - em especial para esportes com bola, balé, ginástica, dança.

O outro grupo se refere às crianças e adolescentes que se enquadram como sedentários, ou seja, não cumprem atividades físicas suficientes para resultar em um gasto calórico saudável. É comum, nesses casos, que o uso excessivo de telas de computador, tablet ou celular leve a uma postura inadequada que contrai tendinites, como processos inflamatórios no cotovelo, nos punhos e nas mãos.

Estudos da UFMG, a partir de uma amostragem de 6 mil pais de crianças e adolescentes, apontaram que o uso excessivo de celulares aumentou durante e após a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o recomendado para crianças pequenas (2 a 5 anos) é até uma hora por dia, podendo chegar ao máximo de 3 horas diárias para jovens entre 11 e 18 anos. Diante disso, Furlan notificou uma maior incidência de tendinite em pacientes mais jovens, como crianças e adolescentes, em seu consultório nos últimos anos. Em razão da pandemia, o tempo de uso de telas cresceu de forma prejudicial a esses grupos, que ainda estão em sua fase de crescimento e desenvolvimento cognitivo.

De forma geral, a alteração que essas novas tecnologias, como tablets e telas de celulares, trazem é uma justificativa para esse aumento de casos. Isso porque nas décadas de 1970 e 1980, eram comuns as máquinas de escrever com datilografia, em que se usavam todos os dedos e havia melhor postura de uso. Na época, existiam inclusive cursos para aprender a equilibrar as mãos durante a datilografia, usando de forma correta todos os dedos, os tendões e a musculatura. 

Hoje, o dedo mais utilizado para digitar nos tablets e telas é o polegar, que não tem uma estrutura de apoio tão adequada, pensando em anatomia, quanto os outros dedos, o que leva a tendinites e a desgastes nas articulações - conhecidas como artroses. 

Os principais sintomas de toda tendinite são dor e limitação da mobilidade. No começo, a rigidez, dificuldades de mobilização, de apoio e de fazer força podem ser indicativos para uma inflamação dos tendões. É uma condição frequente para grupos de 7 a 15 anos, que estão mais frequentemente associados ao mau uso de tablet (no que se refere à postura) e ao excesso de práticas esportivas.

Uma vez identificado o fator de causa, é necessário conversar com a criança, com os pais, e buscar atividades que possam mitigar a inflamação e não piorar as dores. Nos casos de pacientes sedentários, o mais indicado é o método RPG (Reeducação Postural Global), que orienta uma postura melhor para adequar às atividades do dia a dia.

Além disso, a fisioterapia e exercícios de alongamento antes e depois de atividades físicas intensas são boas alternativas de tratamento para o sedentarismo. No caso de pacientes ativos em excesso, o ideal é justamente regular as atividades da semana a uma frequência que previna lesões e a aceleração do desgaste das articulações. 

 

Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril. Mais informações em https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


Anvisa aprova medicamento oral que pode reduzir o volume da doença em 57% dos pacientes com linfoma

 Anvisa aprova medicamento oral que pode reduzir o volume da doença em 57% dos pacientes com linfoma 

  • Com aprovação para o tratamento de Linfoma de Células do Manto (LCM), câncer raro que atinge os linfócitos, Jaypirce (pirtobrutinitbe) chega como o primeiro e único inibidor reversível da enzima tirosina quinase de Bruton (BTK) 1,2
  • O medicamento recebeu aprovação com base nos dados de eficácia e segurança do estudo clínico multicêntrico de fase 1/2 chamado BRUIN e introduz um novo tratamento para pacientes que, até o momento, tinham poucas alternativas após progressão da doença 2
  • No estudo clínico global, Jaypirce tratou um total de 164 pacientes diagnosticados com a doença. Em 90 indivíduos que já tinham recebido inibidores covalentes da BTK e que não respondiam mais ao tratamento, houve diminuição do volume do tumor em cerca de 57% deles. Por volta de 20% alcançaram uma resposta completa3

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)4 aprovou no dia 27 Jaypirce (pirtobrutinibe), da farmacêutica Eli Lilly, medicamento oral para o tratamento de pacientes com Linfoma de Células do Manto (LCM), um câncer raro que atinge o sistema linfático, responsável por ajudar o corpo a combater infecções, e que surge nos linfócitos1, células do nosso sistema imunológico. Nos estudos clínicos, Jaypirce apresentou uma resposta geral ao tratamento de 57%, ou seja, em mais da metade dos pacientes houve uma diminuição do volume do tumor.3 A resposta completa foi de 19% (quando os exames não detectam sinais do câncer) e a parcial de 38% (quando há redução significativa do volume do linfoma). A duração dessa resposta teve uma mediana de 17,6 meses e a sobrevida global dos pacientes ficou em 23,5 meses.2 

O Linfoma de Células do Manto (LCM) afeta 1 em cada 200 mil indivíduos por ano no mundo, sendo a maioria homens, geralmente diagnosticados a partir dos 60 anos1. A doença é resultado de linfócitos B tumorais que se originam em uma área chamada de zona do manto, na borda externa dos gânglios linfáticos.1 O câncer pode não estar apenas nos gânglios linfáticos, mas afetar também outros órgãos, como medula óssea, baço, fígado e trato digestivo.5 A média geral de sobrevida para pacientes com LCM está entre 3 a 5 anos1 e seu diagnóstico geralmente envolve vários tipos de exames, como a análise de amostras do tumor e a realização de avaliações radiológicas, entre outros. Os médicos que tratam desses pacientes são os hematologistas, especializados em doenças do sangue e cânceres sanguíneos.1 

Jaypirce é um inibidor de tirosina quinase de Bruton (BTK), uma enzima envolvida na proliferação celular. É o primeiro e único inibidor da BTK reversível ou não covalente aprovado que age em mais de um local da enzima. Em outras palavras, diferentemente de outros medicamentos dessa classe que se ligam apenas em um único ponto da BTK, Jaypirce pode se ligar a vários pontos diferentes da enzima para inibir sua ação, o que evita o escape de células que desenvolvem alterações de resistência.6,7 

Sua aprovação para o tratamento do Linfoma de Células do Manto foi baseada em dados de eficácia do estudo clínico internacional multicêntrico, aberto, de braço único de fase 1/2 chamado BRUIN.2 

O estudo clínico incluiu um total de 164 pacientes com diagnóstico de LCM. O conjunto de análise primária para a avaliação da eficácia baseou-se nos primeiros 90 indivíduos inscritos, que não tinham comprometimento do sistema nervoso central, foram tratados com um inibidor prévio de BTK e tinham recebido uma ou mais doses de Jaypirce, com pelo menos uma área de doença radiograficamente avaliável. Os dados de eficácia de Jaypierce foram baseados na resposta global e na duração da resposta, e foram avaliados por um comitê de revisão independente. Os resultados mais recentes foram publicados no Journal of Clinical Oncology, um dos mais respeitados periódicos científicos na área da oncologia.3 

Os pacientes do estudo já tinham sido tratados, em média, com três linhas de terapia anteriores, sendo que 81,1% interromperam sua terapia prévia mais recente com inibidores de BTK devido à progressão da doença e 13,3% por intolerância ao tratamento.3 

“Até o momento, pessoas que vivem com LCM, que não poderiam mais ser tratadas com inibidores de BTK, tinham poucas alternativas. A aprovação de Jaypirce traz uma nova opção de tratamento e uma nova esperança para as pessoas com a doença”, afirma Luiz Magno, Diretor Médico da Eli Lilly do Brasil. “Estamos muito animados com os resultados de Jaypirce e em poder oferecer um tratamento que pode ajudar a melhorar a vida das pessoas com LCM no país.”

 

Sobre o Linfoma de Células do Manto (LCM) 

O linfoma é dividido em duas grandes categorias: Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma Não-Hodgkin (LNH) 1. 

O Linfoma de Células do Manto é um dos vários subtipos de Linfoma Não-Hodgkin e surge do desenvolvimento e crescimento anormal de linfócitos B tumorais que correspondem a células normalmente existentes em uma região do linfonodo conhecida como zona do manto. Trata-se de um tipo de câncer agressivo que pode afetar também outros órgãos, como baço, medula óssea, fígado e trato digestivo.1 

Os sintomas podem variar com base no volume de doença e nos órgãos envolvidos pela doença, como gânglios inchados, febres sem causa aparente, suor excessivo à noite, diminuição do apetite, perda de peso, dores de cabeça, fraqueza, fadiga e outros.1 

O Linfoma de Células do Manto é distinguido pela superexpressão de uma proteína que estimula células na fase de proliferação conhecida como ciclina D1. Isso pode levar a um grande acúmulo das células do LCM e o desenvolvimento de um tumor. 1 

A superexpressão da ciclina D1 é causada por uma translocação que envolve os cromossomos 11 e 14. Essa importante translocação ocorre quando os cromossomos 11 e 14 trocam material genético entre eles, resultando em dois cromossomos anormais.1. Isso está presente em mais de 90% das pessoas que vivem com o linfoma de células do manto.1 

 

Diagnóstico, estágios da doença e tratamentos 

As pessoas que vivem com Linfoma de Células do Manto recebem tratamento planejado com base em uma variedade de fatores, incluindo: estágio da doença, extensão do tumor, subtipo de LCM, sintomas, bem como sua idade e tolerabilidade.1 Os tratamentos iniciais mais comuns para LCM envolvem quimioimunoterapia1, porém não há tratamento padrão para pacientes caso o linfoma retorne após a terapia inicial.1 

Pessoas que vivem com LCM e apresentam recidiva da doença podem receber tratamento com quimioimunoterapia, agentes imunomoduladores e inibidores covalentes da tirosina quinase de Bruton (BTK)6. 

“O Linfoma de Células do Manto (LCM) é uma doença rara com uma taxa de sobrevida mediana de apenas 3 a 5 anos1. A introdução dos inibidores da quinase de Bruton covalentes no tratamento do LCM refratário melhorou o prognóstico dos pacientes, mas a recaída ainda é a regra, seja por conta de falha ou intolerância a essas medicações1”, comenta o Dr. Rony Schaffel, hematologista, PHD em linfoma, leucemia e transplante e professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Neste cenário, a chegada de pirtobrutinibe, o único inibidor de quinase de Bruton não covalente aprovado para uso, preencherá estas duas lacunas, pois foi demonstrada resposta em mais da metade dos pacientes resistentes aos inibidores de BTK, com uma duração mediana de consideráveis 18 meses7, versus uma sobrevida mediana depois da falha aos inibidores de BTK covalentes de menos de 12 meses8.” Além disso, segundo o especialista, os efeitos colaterais comumente relatados em outros tratamentos, como problemas cardiovasculares e sangramentos, foram minimizados.

 

Segurança de Jaypirce no Estudo BRUIN 

As reações adversas associadas a Jaypirce utilizado como monoterapia basearam-se em dados agrupados de 583 pacientes com neoplasias hematológicas, tratados com uma dose inicial de 200 mg uma vez por dia, em monoterapia, sem aumento da dose no ensaio clínico de Fase 1/2 chamado BRUIN.2 

Em pacientes com LCM, a frequência de descontinuação do tratamento devido a reações adversas foi de apenas 3% e a frequência de reduções de dose devido a reações adversas foi de 4,9%.3

 

Sobre Jaypirce 

Jaypirce é um inibidor altamente seletivo (300 vezes mais seletivo para BTK comparado a 98% de outras quinases testadas em estudos pré-clínicos), reversível (não covalente) da enzima BTK.2 A BTK é um alvo molecular validado encontrado em inúmeras leucemias e linfomas de linfócitos B, incluindo Linfoma de Células do Manto.6,7 

Jaypirce em monoterapia é indicado para o tratamento de pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) recidivante ou refratário que tenham sido previamente tratados com pelo menos duas linhas de terapia sistêmica, incluindo um inibidor covalente de BTK. É um medicamento oral disponível em comprimidos de 100 mg ou 50 mg, que devem ser tomados em uma dose diária de 200 mg, com ou sem alimentos.3

  

Lilly

Referências
NORD. Mantle Cell Lymphoma. Acessado em 23 de maio de 2023
Mato AR, Shah NN, Jurczak W, et al. Pirtobrutinibe em neoplasias malignas de células B recidivadas ou refratárias (BRUIN): um estudo de fase ½. 2021;397(10277):892-901. DOI:10.1016/S0140-6736(21)00224-5
Wang L, M et al. Journal of Clinical Oncology 41, no. 24 (August 20, 2023) 3988-3997. DOI: 10.1200/JCO.23.00562
Jaypirce – (Aprovação regulatória) – Disponível em: - Acesso em novembro de 2023 Bond DA, Martin P, Maddocks KJ. Relapsed Mantle Cell Lymphoma: Current Management, Recent Progress, and Future Directions. J Clin Med. 2021;10(6):1207.Publicado em 14 de março de 2021.doi:10.3390/jcm10061207
Hanel W, Epperla N. Terapias emergentes no linfoma de células do manto. J Hematol Oncol. 2020;13(1):79. Publicado em 17 de junho de 2020. DOI:10.1186/s13045-020-00914-1
Gu D, Tang H, Wu J, Li J, Miao Y. Visando Bruton tirosina quinase usando inibidores não-covalentes em malignidades de células B. J Hematol Oncol. 2021;14(1):40. Publicado em 6 de março de 2021. DOI:10.1186/s13045-021-01049-7
Abstract EHA – (Abstract release date: 05/25/23) EHA Library. Jurczak W. 06/08/2023; 385537; P1087
Hess LM, Chen Y, Abada PB, Konig H, Walgren RA. Outcomes among Patients with Mantle Cell Lymphoma Post-Covalent BTK Inhibitor Therapy in the United States: A Real-World Electronic Medical Records Study. Adv Hematol. 2022 Dec 28;2022:8262787. Doi: 10.1155/2022/8262787. PMID: 36620778; PMCID: PMC9812614.


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