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sábado, 19 de agosto de 2023

Especialista em Neurociência, Telma Abrahão, explica os malefícios da educação baseada no medo

A escritora best-seller esclarece como o medo age no sistema nervoso e porque ele atrapalha o aprendizado das crianças

 

Crescer sob ameaças, gritos e castigos foi a realidade de algumas gerações educadas com frases como “Se você não parar de chorar, vai apanhar” ou “Se você se comportar mal, não vai brincar”, fora as pérolas do medonho “Homem do Saco” que recolhia crianças malcriadas. Mas passar por esse período tão importante do desenvolvimento cerebral e emocional humano, com uma educação baseada no medo, deixa sequelas. 

A especialista em Neurociência e Desenvolvimento Infantil, Telma Abrahão, explica por que não se deve agir dessa forma com as crianças: “O medo ‘desliga’ as partes racionais do cérebro ligadas ao aprendizado, além de aumentar a produção de hormônios do estresse como cortisol e adrenalina, o que impacta negativamente no desenvolvimento do cérebro da criança que ainda é imaturo. Na verdade, uma educação baseada em ameaças, gritos e medo prejudica a saúde emocional de qualquer ser humano”, afirma. 

O cérebro precisa de segurança para se desenvolver de forma saudável, por isso é tão importante que os pais aprendam a lidar com as próprias emoções, principalmente com a raiva, pois dessa forma, podem dar educação emocional para os filhos. 

“Precisamos ter em mente que nós somos os adultos da relação, portanto somos os únicos capazes de usar a razão para lidar com a emoção, já que as crianças ainda não possuem essa habilidade. Não devemos focar no medo e na ameaça como forma de motivar a criança a fazer o que queremos, mas sim prestar atenção em suas necessidades emocionais e ensinar a importância do que estamos pedindo a elas”, explica a especialista. 

A Educação Neuroconsciente é baseada na segurança física e emocional e é exatamente isso que devemos disseminar: “Hoje temos um conhecimento sobre neurociência e desenvolvimento infantil que nossos pais e avós não tiveram. Eles nos educaram de uma forma muito similar ao que foram educados - muitas vezes na base do medo e ameaças - por isso levar conhecimento embasado em ciência para as famílias é tão importante, assim podemos quebrar esse ciclo e deixarmos adultos emocionalmente saudáveis nessa e nas próximas gerações”, finaliza Telma. 

Criadora da Academia da Educação Neuroconsciente, com certificações chanceladas pelo MEC, Telma Abrahão recentemente formou a primeira turma de Profissionais Neuroconscientes, composta por pedagogos, pediatras, mães, entre outros. Além das certificações, a especialista leva esse conhecimento também através de seus 13 livros publicados, entre eles os best-seller’s, “Pais que Evoluem” e “Educar é um ato de amor, mas também é ciência”, e de conteúdos diários nas redes sociais.


Bullying se não for percebido pode trazer graves consequências

Caso os pais percebam alterações no comportamento dos filhos devem procurar a escola para auxiliar o estudante


As escolas são frequentadas diariamente por inúmeros estudantes, os quais muitas vezes convivem mais entre si do que com seus próprios pais e, devido ao tempo de permanência dentro dos espaços escolares e situações de bullyng podem acontecer no ambiente educacional. De acordo com o IBGE 40% dos estudantes adolescentes do país já sofreram com este problema crônico que atinge escolas no mundo todo e pode trazer graves consequências.

Segundo Ana Paula de Souza Colling, especialista em Gestão Educacional e professora do Instituto Âncora Educação, quando ocorrem situações de bullying no âmbito escolar, percebemos mudanças de postura que aparecem pela irritabilidade e tristeza dentro das salas de aula ou espaços de convivência entre os pares. “Faltas sem justificativa que podem ser percebidas pela falta de ânimo em frequentar a escola, isolamento visto que crianças e jovens gostam de estar cercados de amigos e repentinamente começam a agir de modo diferente buscando estar sozinhos e, claro, uma das questões que podem ser percebidas pelos professores é a queda de rendimento escolar, principalmente para aqueles alunos com rendimento satisfatório e que caem bruscamente”, disse.

A seguir, a professora explica como a escola e os pais podem trabalhar em conjunto nestes casos.


O que fazer para ajudar a criança que sofre bullying no ambiente escolar?

Perceber casos de bullying não é simples e não apenas professores precisam estar atentos, mas sim todos que fazem parte do meio escolar. É importante que ao perceber situações como esta, busque imediatamente ações que possam auxiliar o estudante a ultrapassar seus medos e angústias, seja com atendimentos individuais para que o mesmo possa expressar-se e sentir que está em um ambiente seguro e livre de julgamentos, atendimentos aos pais/responsáveis para que saibam como ajudar seus filhos no dia a dia e, claro, promover atividades com o grupo de estudantes a fim de buscar transformar o ambiente escolar e fazer com que o mesmo seja um espaço para todos, livre de julgamentos e preconceitos, onde todos tenham vez e possam viver e conviver livremente.


Os pais devem relatar o bullying com crianças a um responsável na escola para tomar providências contra os agressores?

Caso os pais percebam alterações no comportamento de seu filho devem procurar a escola para juntos verificarem como podem auxiliar esse estudante a enfrentarem os desafios que a convivência escolar lhe traz. O contato deve ser feito com a equipe diretiva da escola ou o professor referência da turma na qual o estudante está matriculado. 


Quais ações em conjunto para evitar o bullying na escola?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) - (Brasil, 2018) traz as 10 competências gerais que precisam ser desenvolvidas visando a formação integral do estudante para sua vida em sociedade, a fim de que esse estudante se comunique, expresse opiniões e demonstre sentimentos com clareza. Entre essas competências destacam-se autoconhecimento e autocuidado com objetivo de desenvolver cuidado tanto da saúde física quanto emocional, compreendendo assim a diversidade humana e reconhecendo nossas emoções e daqueles que nos cercam, empatia e cooperação com objetivo de exercitar o diálogo, resolução de conflitos e principalmente a cooperação e respeito com os outros, acolhendo e valorizando a diversidade e pluralidade de ideias e, ainda, responsabilidade e cidadania que nos faz pensar em como devemos agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, com decisões baseadas em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Baseando-se nessas informações, cabe aos ambientes escolares e formativos buscarem apoiar os estudantes no desenvolvimento dessas competências por meio de formações, palestras, cursos, atividades recreativas, debates, teatros, entre outros, que abordem os temas que favoreçam a convivência e respeito as individualidades de cada estudante.

 

Instituto Âncora Educação


Superestímulos: da frustração à ansiedade, entenda os riscos

Uso excessivo de telas compromete desenvolvimento infantil, socialização e aprendizado escolar, afirmam especialistas


Cada vez mais expostos ao uso de todos os tipos de telas, crianças e adolescentes estão sujeitos a uma hiperestimulação que pode trazer consequências imediatas e de longo prazo para o desenvolvimento cognitivo e emocional. Para a psicóloga educacional do Colégio Positivo, Karoline Keller, o uso excessivo de telas desde a primeira infância compromete ou até substitui etapas e práticas fundamentais para o ciclo de desenvolvimento da criança. "O consumo de telas por um tempo acima do recomendado tende a substituir atividades como brincar, conversas presenciais, contato físico e práticas de socialização, que são de grande importância para um desenvolvimento pleno da criança", explica Karoline.

Complementando esse raciocínio, a coordenadora da Educação Infantil do Colégio Positivo, professora Kaline Mazur, explica que a criança que fica diante de uma tela recebe uma quantidade enorme de estímulos que dificilmente podem ser igualados por outras atividades. "É exatamente por isso que as telas criam facilmente uma dependência. Elas oferecem tantos estímulos que nenhuma outra atividade consegue competir. A produção de dopamina no cérebro de uma criança quando ela está em frente à tela atinge o ápice. Quando a criança sai da frente da tela, é difícil alcançar esse mesmo nível de dopamina em alguma outra prática. A partir daí, a criança passa a achar tudo menos interessante, fica desestimulada, com dificuldade de concentração e frequentemente ansiosa ou irritada. A tela proporciona  um prazer que se torna difícil de comparar com outras atividades. Por exemplo, você convida a criança para jogar bola, e ela não quer, acha chato", alerta Kaline. 


Ansiedade e excesso de frustração

Kaline explica ainda que esse excesso de estímulos pode gerar ansiedade e frustração na criança: "Há tanta cor, música e ação na tela que quando a criança se afasta, ela quer que o mundo real se movimente na mesma velocidade e com a mesma intensidade de estímulos quanto o mundo virtual. Por exemplo, se a criança está assistindo a um desenho e, de repente, sai da frente da televisão e encontra um móbile ou algum outro brinquedo no quarto, ela percebe que esse brinquedo não oferece a mesma quantidade de estímulos que o desenho da televisão. Essa mudança gera frustração e ansiedade. A criança ainda não é capaz de diferenciar o mundo real do digital, o que sempre resulta em expectativas irreais na cabecinha dos pequenos".


Socialização comprometida

A partir de experiências e observações no ambiente escolar, Karoline também destaca a diferença na capacidade de socialização entre crianças que fazem pouco ou nenhum contato com telas e aquelas que estão expostas a equipamentos eletrônicos com frequência. "As crianças que passam mais tempo diante das telas acabam tendo mais dificuldades em situações sociais. Elas podem não saber como lidar com seus pares, apresentando dificuldade em iniciar conversas e realizar as interações e trocas sociais tão comuns para a idade. Muitas vezes, essas crianças tornam-se mais inibidas e isoladas, o que certamente compromete sua socialização atual e, provavelmente, no futuro. Isso prejudica até mesmo sua participação em sala de aula", alerta a psicóloga. No caso dos adolescentes, a situação se agrava ainda mais, já que muitos levam seus smartphones para a escola e se isolam dos colegas, sem demonstrar interesse pela interação.


Prejuízos para o sono

O uso prolongado e sem limites de celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos impacta não apenas as questões emocionais como também fatores diretamente ligados ao bem-estar e à saúde. "É muito comum tomarmos conhecimento de casos nos quais crianças ou  adolescentes excedem o tempo de tela, comprometendo momentos importantes de sua rotina, como o período de descanso. Por exemplo, uma criança que estuda de manhã, tem que acordar cedo para ir à escola. Se os pais não controlam o tempo que essa criança - ou adolescente - passa no celular e permitem que ela use o dispositivo até tarde, o sono e o descanso são reduzidos, resultando em prejuízos para a saúde e também para o desempenho pedagógico. A criança pode chegar à escola cansada, com sono e sem condições de render pedagogicamente o esperado para a idade. Isso sem falar na irritabilidade, que é tão comum em crianças que não dormem as horas mínimas recomendadas", completa Karoline.


Imediatismo exacerbado

O consumo de conteúdo sob demanda, a qualquer momento e lugar, com apenas um clique, sem precisar esperar até o dia seguinte para assistir ao próximo episódio do desenho favorito, está tornando as crianças de hoje acostumadas com a realização de seus desejos num ritmo acelerado. Kaline explica que esse imediatismo, que se tornou característico das novas gerações, acaba tornando-as mais impacientes e irritadas. "A criança ainda está em processo de desenvolvimento, ainda está estabelecendo suas conexões neurais, e ela não sabe ao certo como lidar com a frustração de não conseguir imediatamente o que deseja. Isso pode levar a choros e birras quando ela não pode assistir ao desenho ou jogar no celular no exato momento em que quer. E, caso o conteúdo consumido não esteja agradando, ela já se acostumou a trocar rapidamente de conteúdo ou atração com um simples toque, até encontrar algo que a agrade novamente. Essa impaciência tem impactos negativos na formação e desenvolvimento da criança", completa a coordenadora.


Desenvolvimento motor prejudicado

Acostumadas com telas sensíveis ao toque ou com botões que respondem a um simples pressionar, as crianças atualmente estão cada vez menos engajadas em atividades que favoreçam o desenvolvimento motor de forma plena. "Hoje em dia, tudo é touch, as crianças brincam cada vez menos com massinhas, construção de objetos, desenho e pintura, e até mesmo a escrita manual está se tornando menos comum devido ao uso de computadores e teclados digitais. Isso, sem dúvida, impacta a construção da percepção espacial e o desenvolvimento motor das crianças. Se compararmos desenhos de uma criança de 5 anos que não usa telas com os de outra criança que passa muito tempo diante delas, a diferença é evidente", afirma Kaline.

 

Karoline Keller e Kaline Mazur - convidadas do 13.º episódio da temporada “Conexões”, do Posicast, um podcast produzido pelos colégios do Grupo Positivo. O tema deste episódio é Os impactos do superestímulo na infância e na adolescência. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do colégio (https://www.youtube.com/@colegiopositivo).


Sentimento de vergonha leva a aceitar demandas que só atrapalham

Para a psicóloga, Gislene Erbs, dois passos são essenciais para superar a vergonha: reconhecê-la e compreender sua origem


Dizer “sim” aos pedidos dos outros, quando, de fato, se quer dizer um “não” “redondo e bem-colocado” é um problema que aflige muitas pessoas no convívio em sociedade. Pode-se pensar que atender demandas alheias, uma vez ou outra, mesmo sabendo que elas dificultarão arcar com as próprias responsabilidades, não é um grande problema, afinal faz parte do jogo social. Mas, quando esse tipo de comportamento se torna recorrente e vira regra em vez de exceção, as consequências podem ser desastrosas.

Em sua extensa carreira, a psicóloga e autora do livro “Sim ou Não – A difícil arte de colocar-se em primeiro lugar na sua vida”, Gislene Erbs, deparou-se com diversos pacientes com extrema dificuldade em negar as vontades dos outros e que sofriam muito em razão disso. “Somada à crença de que não poderiam e conseguiriam fazer nada para mudar sua situação, eles desenvolveram problemas de autoestima, que por sua vez, afetaram negativamente suas relações interpessoais, provocando, além de desconforto físico e emocional, sentimentos de ressentimento, raiva, culpa, solidão e vergonha”, relata.

O sentimento de vergonha é especial nessa equação relativa à dificuldade em dizer “não”. Isto porque, ressalta Gislene, além de consequência direta deste comportamento, a vergonha aparece como causa dele, funcionando como uma espécie de fator inibidor, que torna quase impossível para o indivíduo agir de maneira a gerar descontentamento no outro. Este sentimento de vergonha, explica a psicóloga, está associado a bloqueios emocionais resultantes de ensinamentos de pais e pessoas do entorno aprendidos na infância e confirmados no decorrer da vida, que acabam por minar a autoconfiança e autoestima dos indivíduos.

Mas a tarefa de superar a vergonha, conforme a especialista, por mais assustadora que possa parecer, é possível. Para isso, segundo ela, dois passos são essenciais: primeiramente, reconhecer a própria vergonha e, posteriormente, compreender o que a origina.

De acordo com Gislene, o reconhecimento da vergonha passa pela reflexão e identificação dos sentimentos despertados por ela. “Dessa forma, tire um momento para pensar sobre as situações em que você sente vergonha e reconheça as emoções associadas a ela”, orienta a psicóloga, ressaltando a importância de a pessoa lembrar que a vergonha é uma parte normal da experiência humana.

A respeito da compreensão da origem do sentimento de vergonha, a psicóloga ressalta que cada um tem experiências e história únicas que podem contribuir para a vergonha que sentem. Ao conseguir identificá-las, as pessoas ganham ferramentas para lidar com este sentimento inibidor. Para tanto, ressalta Gislene, a ajuda de um psicoterapeuta é de grande valia. “Com ele, a pessoa consegue explorar com mais facilidade as raízes de sua vergonha, identificar padrões e crenças limitantes e começar a trabalhar na transformação desses sentimentos”, diz.

Além disso, destaca a especialista, a fim de que não desanime no meio do caminho, a pessoa não pode nunca se esquecer de que se trata de um processo gradual, que leva tempo para se concretizar. Ela deve lembrar-se também, segundo Gislene, que não está sozinha na empreitada, podendo e devendo contar com o apoio de familiares, amigos e profissionais.

 

Gislene Erbs - Graduação em Psicologia pela Associação Catarinense de Ensino, graduação em Educação Artística
Universidade da Região de Joinville e Mestrado em Saúde e Meio Ambiente pela Universidade da 
Região de Joinville. Tem experiência na área da Saúde e Educação, com ênfase em Avaliação 
Psicológica. Atuando principalmente nos temas: Saúde, Hipnose, Liderança, Carreira, Avaliação Psicológica.


Economia no casamento: iCasei revela os meses mais baratos para a cerimônia

Dias mais quentes são mais procurados por
casais que buscam uma cerimônia ao ar livre
(
📷 Thiago Alves)
Início do ano e o inverno são os períodos menos procurados e mais acessíveis para os noivos

 

Planejar um casamento é uma tarefa que demanda muito dos noivos. Esta programação toda revela como a celebração será montada e qual será o investimento necessário para que o tão sonhado dia seja perfeito. Para o casal que busca economizar, apostar em meses menos concorridos pode ser uma boa opção de redução de custos. O iCasei, pioneiro no segmento de site e lista de casamento no Brasil e na América Latina, identificou que janeiro, fevereiro, junho, julho e agosto são as épocas mais baratas para se casar. 

“No início do ano (janeiro e fevereiro) há resquícios do acúmulo de gastos das festas de dezembro e despesas com férias, impostos (IPTU, IPVA), materiais escolares, entre outras, que acabam comprometendo o bolso das pessoas e a procura dos casais pelos casamentos”, explica a editoria de conteúdo do iCasei, Fernanda Cruz, a qual ainda complementa dizendo que o Carnaval também eleva os custos de lua de mel. “Os noivos precisam colocar na balança se compensa economizar na cerimônia para investir mais na viagem nupcial”, reforça. 

Já nos meses de inverno, além das baixas temperaturas, há a superstição de agosto ser o “mês do desgosto”, afastando os casais desse período e resultando em serviços mais baratos por parte dos fornecedores em razão da baixa demanda. “Mas esse comportamento pode variar”, explica Fernanda. “Na pandemia, por exemplo, houve um acúmulo de eventos, e as datas ficaram mais concorridas, ou seja, os casais tiveram que se adaptar”. 

Entre os meses mais caros para casar estão março, abril, maio, setembro e outubro, que apresentam dias mais quentes, ideais para celebrações ao ar livre, como praia, e para os casais que planejam a lua de mel em rotas paradisíacas.  

Para ajudar os noivos na busca pelo casamento perfeito, o iCasei conta com o e-book Guia dos Melhores meses para casar, que funciona como um guia prático para ajudar os casais a escolherem a data ideal do casamento. Além disso, nossa plataforma é completa para personalização do layout do site, lista de casamento e cotas para a lua de mel, de acordo com as preferências do casal. “Não importa qual será o mês escolhido para a cerimônia, o iCasei visa trazer a melhor experiência através de tecnologia e inovação, além de apoiar no planejamento e nas etapas fundamentais para que o grande dia seja inesquecível.”, finaliza Fernanda.

 

iCasei
https://www.icasei.com.br/
@icaseibr


Solidão: O Desafio da Conexão Humana no Século XXI se Torna Uma Grande Preocupação de Saúde

No mundo cada vez mais conectado em que vivemos, a solidão emerge como uma das grandes preocupações de saúde do século XXI. A sensação de desconexão e de não pertencimento a um grupo social traz consequências significativas para a saúde mental e física. A terapeuta e master em PNL, Madalena Feliciano, comenta os impactos da solidão, pesquisas e dados que comprovam sua relevância, além de fornecer estratégias eficazes para combater esse sentimento e promover conexões humanas reais.


O Conceito de Solidão: Mais do que Estar Sozinho

A solidão vai além da mera ausência de companhia. Ela é uma sensação de desconexão, de não pertencimento a um grupo social. Pesquisas do Instituto do Cérebro da PUC-RS, destaca que estar cercado por pessoas não é garantia de se sentir conectado, enquanto algumas pessoas que estão sozinhas não se sentem solitárias. A solidão é um estado emocional que traz implicações tanto para a saúde mental quanto física.


O Impacto da Solidão na Saúde: Sobrevivência e Relações Sociais

Pesquisas revelam que indivíduos com relações sociais fortes têm 50% mais chances de sobreviver por mais tempo em comparação àqueles com interações sociais reduzidas. Isso evidencia o impacto direto da solidão na saúde e na longevidade.

“A solidão está associada a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade, baixa autoestima e estresse crônico. A ausência de conexões significativas pode levar a um declínio no bem-estar emocional e a um maior risco de desenvolvimento de transtornos psicológicos”. Destaca Madalena Feliciano.


Prejuízos Físicos

Estudos apontam que a solidão está relacionada ao abuso de drogas e álcool, bem como a doenças cardiovasculares, hipertensão e declínio cognitivo. A solidão crônica pode afetar negativamente o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças físicas.


Estratégias para Superar a Solidão: Cultivando Relacionamentos Significativos

É fundamental buscar relacionamentos saudáveis, construídos com base em interesses e valores compartilhados. Participar de atividades em grupo, clubes ou organizações comunitárias pode ser uma forma de encontrar pessoas com afinidades, facilitando a criação de conexões autênticas.

Conversar com amigos, familiares ou profissionais de saúde sobre os sentimentos de solidão pode proporcionar conforto e apoio. Compartilhar preocupações e emoções é uma maneira de obter orientação e compreensão, fortalecendo a sensação de pertencimento.

Envolver-se em atividades sociais que despertem interesse é uma excelente forma de conhecer pessoas com os mesmos hobbies e paixões. Participar de grupos de interesse, aulas, eventos comunitários ou atividades recreativas amplia as oportunidades de interação social significativa.

As redes sociais e as comunidades online podem ser usadas como ferramentas para encontrar pessoas com interesses similares. No entanto, é importante equilibrar o tempo online com a interação pessoal offline. Busque conexões genuínas, além das interações virtuais.

 

Cuidando de si mesmo

Madalena Feliciano recomenda que dedique tempo para cuidar de si mesmo e priorizar o seu bem-estar. Pratique atividades que tragam prazer e relaxamento, como tomar um banho quente, ler um livro, ouvir música, meditar ou praticar exercícios de respiração. Cuide da sua saúde física, mental e emocional, tornando-se consciente das suas necessidades e buscando atendê-las.

Dedique tempo para explorar seus interesses e hobbies. Encontre atividades que lhe tragam alegria e satisfação pessoal. Pode ser pintar, escrever, cozinhar, tocar um instrumento musical, jardinar ou praticar esportes. Ao se envolver em atividades que você ama, você estará mais propenso a conhecer pessoas com interesses semelhantes e a criar conexões significativas.


Buscando ajuda profissional

Se a solidão persistir e afetar significativamente a qualidade de vida, é recomendável procurar a ajuda de um terapeuta ou psicólogo. Esses profissionais podem auxiliar na exploração dos sentimentos de solidão e oferecer estratégias personalizadas para superá-la, promovendo o autocuidado e o desenvolvimento de habilidades sociais.

“Superar a solidão requer esforço, dedicação e é um investimento valioso em nossa saúde e felicidade. Cultivar relacionamentos significativos, buscar apoio emocional, participar de atividades sociais, equilibrar o uso das redes sociais e cuidar de si mesmo são passos fundamentais nessa jornada. Lembre-se de que a busca por conexões autênticas é um caminho contínuo e os benefícios para a saúde e o bem-estar valem cada esforço”. Finaliza Madalena Feliciano.

 

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.

Depressão pós-parto e blues puerperal

Saiba as diferenças sobre esses sentimentos que atingem as mães nos primeiros dias de nascimento do bebê 

 

Para a cultura ocidental, a maternidade é o ápice na vida de uma mulher, mas, para muitas delas, o sentimento maternal é colocado à prova com a chegada de um filho. Para o professor do curso de Psiquiatria do Centro Universitário São Camilo, Alfredo Simonetti, é comum confundir o blues puerperal com a depressão pós-parto e ele explica a diferença entre esses dois sentimentos.

O blues puerperal acontece logo após os 15 primeiros dias de maternidade. Trata-se de um período de adaptação e praticamente toda mulher que tem um filho o conhece. Ele causa sintomas que em um primeiro momento podem ser confundidos com depressão, porém é um sentimento passageiro e geralmente vem com a privação de sono e o desgaste físico e também é alternado entre o sentimento de encanto pelo filho e o desespero de ter que ser uma mãe perfeita.

“A depressão pós-parto é aquela que aparece cerca de três meses após o nascimento do bebê. São sintomas fortes, como a tristeza extrema, desesperança e preocupação de não ter condições de cuidar do filho”, afirmou. Segundo ele, as mulheres com depressão pós-parto se sentem muito mal por não estarem felizes nesse momento, o que pode causar problemas psicológicos e físicos.

O professor de Psiquiatria explica que nos dias seguintes após o parto, o corpo da mulher sofre uma redução hormonal de 200 vezes no nível da progesterona, substância responsável pelas funções do aparelho reprodutivo. “O corpo não consegue passar por essa mudança em nenhum outro momento da vida, além disso, do ponto de vista psicológico e social há muitas diferenças. Até no momento da gravidez a gestante era o centro das atenções e, no dia seguinte ao parto, o isso passa para o bebê e ela é cobrada pela sociedade por um alto desempenho no cuidado com esse novo ser, podendo se sentir incapaz de cumprir essa missão, sem poder inclusive falar sobre isso”, explicou.

Essa tempestade de sentimentos e de hormônios causada pela depressão pós-parto pode interferir também no relacionamento entre a mãe com o filho, podendo afetar o desenvolvimento emocional e cognitivo da criança, e também com familiares e parceiro. Além disso, tem a possibilidade de desenvolver depressão crônica a longo prazo, afetando a sua capacidade de cuidar do bebê e de si mesma e negligenciando a sua saúde e a do recém-nascido. “O período de pós-parto de uma mulher é onde ela tem mais risco de desenvolver doença mental ou aparecer a primeira crise de alguma paciente que já desenvolve transtorno bipolar ou esquizofrenia”, disse Simonetti.

O tratamento é feito com um antidepressivo que diminui os sintomas entre três e quatro semanas e com terapia, entretanto, um novo medicamento chamado Zuranalona, que está em fase avançada de estudos nos Estados Unidos, promete diminuir os sintomas da depressão em 14 dias após o início do tratamento. A medicação ainda não tem previsão para chegar no Brasil, país onde a depressão pós/parto afeta 25% das mães de recém-nascidos, segundo dados da Fiocruz.

Apesar da expectativa com o tratamento, o professor Simonetti alerta que é preciso esperar um prazo para confirmar a eficácia do medicamento. “Este remédio seria muito bem vindo por apresentar uma resposta mais rápida, mas é preciso ver a longo prazo se isso se confirma. Esses estudos precisam ser replicados”, afirmou.


A importância da parentalidade na criação de uma criança atípica

Educação parental e comunicação assertiva trazem contribuições no desenvolvimento socioemocional dos filhos

 

A relação entre pais e filhos é sempre uma questão muito delicada, necessita calma, experiência e muita dedicação, principalmente em famílias atípicas, aquelas com crianças com algum transtorno, como TEA - Transtorno do Espectro Autista, TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade e TOD - Transtorno Opositivo Desafiador. Tanto a mãe quanto o pai, além dos cuidadores e da rede de apoio precisam estar envolvidos na criação, nos cuidados e demandas do filho. Todas as relações são beneficiadas com o fortalecimento da parentalidade e evitam possíveis conflitos na relação com a criança ou adolescente.

Para Andreia Rossi, educadora parental e especialista em TOD, entender a melhor forma de se comunicar influencia diretamente no comportamento e atitudes da criança em relação aos pais e ao mundo ao seu redor. “A comunicação assertiva nos permite expressar sentimentos, pensamentos e necessidades de maneira clara, respeitosa e firme”, comentou. “Escutar com empatia, estabelecer conexões, evitar críticas, reforçar comportamentos positivos, fazer combinados, definir limites claros e os envolver nas decisões, fará com que os conflitos se reduzam”, completou.

A educação parental se baseia em diversos fatores, entre eles, a disciplina positiva, que por meio de ações estratégicas, incentiva as famílias a viverem de uma forma mais saudável, fortalecendo a inteligência emocional tanto dos filhos quanto dos pais, além de incentivar a resolução pacífica de conflitos e a evolução socioemocional, contribuindo para uma melhora na autoestima e na regulação emocional da criança. Essas estratégias melhoram o estilo de vida de jovens típicos e atípicos, que entendem a lidar com suas emoções.

“A educação parental traz um sentimento de liberdade para as famílias, que não poderia acontecer de outra forma se não tivessem o conhecimento necessário. Além da sensação de segurança na relação entre pais e filhos, oferece também novas perspectivas para as crianças e adolescentes, sobre o mundo ao seu redor, proporcionando o fortalecimento da parentalidade”, explicou Andreia.

Outro quesito importante da parentalidade é a forma que a família e todos envolvidos irão cuidar da criança ou adolescente em relação ao seu transtorno. Muitos jovens atípicos podem desenvolver comorbidades, quando não recebem o devido cuidado. Problemas, como ansiedade, depressão, agravamento de padrões de comportamento e desregulações emocionais exageradas podem surgir. É sempre muito importante a família estar presente e atenta, além de ter o apoio profissional de um psicólogo, preferencialmente que siga a linha comportamental, e que indicará as melhores condutas junto aos pais em cada caso. 

 

Andreia Rossi - Master em Comunicação Social, Psicopedagoga e atualmente Educadora Parental, auxiliando as relações entre pais e filhos. Aos 8 anos, sua filha recebeu o laudo de TOD – Transtorno Opositivo Desafiador, atraso global do desenvolvimento e rebaixamento cognitivo. Com isso, realizou diversos cursos e se tornou especialista no assunto.


Segundo idioma: Por que crianças aprendem mais rápido?

Divulgação
 Fatores como plasticidade cerebral, exposição à linguagem e motivação desempenham um papel importante no aprendizado de idiomas


Que crianças aprendem tudo, principalmente novos idiomas, mais rápido do que os adultos, já sabemos.  Basta ter uma criança em casa para ver isso acontecer. Há uma série de fatores que influenciam a maior eficiência do aprendizado de uma nova língua na infância, como o ambiente e a forma de exposição à língua, que desempenham um papel essencial na absorção dos novos conhecimentos.

Estudos mostram que o período da infância, até a puberdade, é o ideal para o aprendizado de línguas, o chamado de “período de aprendizado máximo”. Isso acontece porque quando atingimos a puberdade o cérebro começa a perder, pouco a pouco, a eficiência no aprendizado de um idioma. A partir dos 25 anos, começa a declinar em termos de memória, eficiência e velocidade de processamento, ou seja, fica mais lento.

De acordo com a CEO do The Kids Club, Sylvia de Moraes Barros, rede de franquias especializada no ensino de inglês para crianças, “também é importante lembrar que as habilidades linguísticas das crianças variam de acordo com sua individualidade. Algumas crianças podem aprender mais rápido do que outras, e isso não é necessariamente um sinal de atraso. É importante fornecer às crianças oportunidades de aprender e praticar a linguagem, respeitando a sua individualidade e o seu tempo, e envolvendo-as no processo, de forma que se torne prazeroso”.

Segundo Sylvia, outro ponto que vale ressaltar são as diferentes condições de aprendizado entre crianças e adultos. “Usando uma analogia, imagine que o cérebro é um livro. Em uma criança, principalmente na idade de aprendizado máximo, este livro está em branco, e todo o conhecimento apresentado é absorvido. O cérebro de um adulto também é um livro, porém, já com as páginas preenchidas de informação. Ao ser apresentado a um novo conhecimento, o adulto para, reflete, decide se aceita aquela informação, compara com o que já conhece. Isso acontece sem que ele se dê conta, mas interfere diretamente no processo de aprendizado de um idioma. Chamamos isso de 'interferência’”, explica.

Aprender uma língua requer abertura, aceitação, ludicidade, prazer. Se o processo for maçante, estressante, este indivíduo não vai aprender de forma natural. Por isso, é vital proporcionar um ambiente adequado para as crianças aprenderem uma língua, de forma que possamos aproveitar todos os benefícios biológicos dessa fase da vida. E um ambiente adequado é o de imersão, onde o aluno é exposto à nova língua durante toda a aula, por meio de  atividades divertidas, em que se sintam seguras, em que se divirtam, e que tenham oportunidade de interagir, brincando, desde o primeiro momento.

Alguns fatores importantes que vale destacar:

  •     Plasticidade cerebral: O cérebro de toda a criança já nasce pronto para aprender línguas. As pesquisas mostram que, aos 6 meses , um bebê é capaz de diferenciar sons, e aos 11 meses, começa a perder a habilidade de identificar sons que não fazem parte da sua língua materna .
  •     Exposição adequada à linguagem: Crianças são mais abertas à curiosidade. Ao proporcionar um ambiente seguro e divertido onde estarão expostas ao novo idioma, através de brincadeiras e atividades lúdicas, se envolvem, e com isso, o conhecimento é absorvido de forma natural, da mesma forma que aprenderam a sua primeira língua.
  • Motivação: A motivação de uma criança para aprender vem da curiosidade, e da forma como ela se sente na aula, por isso é tão importante que as aulas sejam prazerosas. Tudo que aprendemos com prazer, dura, e nos motiva a querer aprender mais. Aprender um idioma é uma tarefa que não termina nunca. E quanto mais o aluno se relaciona àquele idioma como algo fácil e divertido, mais irá se aprofundar, e terá muito mais facilidade de atingir a proficiência.


The Kids Club


Consumo pela internet diminui conforme a idade avança


Os hábitos de consumo pela internet das pessoas residentes no Estado de São Paulo podem ser associados aos atributos mais frequentes dos usuários das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Dados produzidos pela Fundação Seade indicam que 68% da população do estado faz compras pela internet e o índice atinge 87% na faixa de renda familiar acima de dez salários mínimos. No entanto, apenas 31% das pessoas com renda familiar até um salário mínimo realizaram essa modalidade de consumo. Os dados foram coletados remotamente em pesquisa de fevereiro de 2023. 


O recorte etário também influencia os hábitos de fazer compras on-line, visto que a parcela das pessoas de 30 a 44 anos que compram pela internet (83%) é mais do que duas vezes superior ao observado no grupo com 60 anos e mais (37%). Além disso, a prática cresce de forma acentuada conforme aumenta a instrução do usuário: o consumo entre pessoas com ensino superior (82%) é 56 p.p. maior do que o registrado entre os que cursaram até o ensino fundamental (26%) e 20 p.p. superior do que os que concluíram o ensino médio.  


A compra de eletrônicos e eletrodomésticos está entre as práticas de consumo mais citadas entre os consumidores na internet, alcançando 88% desses entrevistados e sendo significativamente frequente. A expressividade desses índices sugere a importância da inserção digital. Cerca de 40% afirmam sempre comprar esses itens e quase metade (48%) o faz às vezes.  


Quanto ao perfil desses consumidores, predominam: homens, mais jovens, mais escolarizados e com renda mais elevada. Por outro lado, parcelas significativas daqueles que auferem renda familiar até um salário mínimo (36%) e possuem até ensino fundamental completo (27%) afirmam nunca terem adquirido esses bens on-line.  

Na capital, o consumo on-line em geral tende a ser maior - 6 p.p. superior à média do interior do Estado. O cenário de hábitos de consumo dos paulistas via internet sugere, entre outras possibilidades, a influência da oferta de conexão de qualidade à internet e a logística de distribuição e entregas de mercadorias, fatores que podem, eventualmente, contribuir para o impulsionamento ou restrição aos hábitos de comprar via internet.

 

Lilia Belluzzo - Divisão de Estudos e Projetos Sociais da Fundação Seade.  


Anti-stress

O Netflix tem um documentário de 2021, “Federer x Fish “. O lendário tenista Roger Federer aparece no título para captar cliques, porque o filme é, na verdade, sobre a vida, trajetória e queda de Mardy Fish, um tenista americano de bom nível e bons momentos na carreira, mas que acabou sendo uma espécie de Rubens Barrichello do Tênis.

Por que estou dizendo isso? Rubinho Barrichello foi um excelente piloto, com fama merecida de ser um ótimo acertador de carros, que chegou à Fórmula 1 muito cedo e dirigiu o carro de uma escuderia icônica, a Ferrari. Rubinho teve dois grandes azares: carregou a responsabilidade de suceder o maior piloto brasileiro de todos os tempos, Ayrton Senna, e correr junto com outro monstro do esporte, Michael Schumacher. Foi muito criticado, ridicularizado e mesmo injustiçado por não ser nem Ayrton Senna, nem Schumacher. Mardy Fish também teve o mesmo azar. Chegou ao tênis com o peso do legado de dois monstros americanos, André Agassi e Pete Sampras, e viu despontar na sua geração o quase imbatível Roger Federer. Passou para a história como um tenista mediano, que dava para trás na hora H. Cruel para um tenista que esteve entre os Top 10 da sua modalidade.

Mas o que esses dois tenistas, tão diferentes entre si, tem a dizer para a Psiquiatria? O documentário mostra, de maneira dramática, o desmoronamento de Mardy Fish em plena quarta de final de um torneio muito importante do circuito. É como você lutar a vida toda por uma oportunidade, um objetivo, e ter um esgotamento na hora de realizar o seu sonho. E dizer para todos que depositaram a sua esperança e torcida, que não vai dar. Não vai conseguir nem entrar em quadra. A decepção absoluta de todos que torceram por seu trabalho.

Para a Psiquiatria, interessa, nos dois atletas, a estratégia de manejo da pressão. Mardy Fish era amigo e escudeiro de outro tenista que derreteu diante da expectativa, Andy Roddick. Os dois cresceram juntos e treinaram juntos na direção dos grandes torneios. Na hora que se cruzavam, Andy conhecia bem as inseguranças do seu amigo e sempre levava a melhor.

Depois de anos de frustração, Mardy Fish resolveu que aquilo iria mudar: treinou como um louco, emagreceu vários quilos e virou um tenista veloz, aplicado, dominante. Finalmente derrotou o amigo e asa negra em jogos e finais. Parecia que, finalmente, os Estados Unidos iria ter novamente um núnero 1 no tênis. Seria como o Rubinho virar o Ayrton Senna. No seu auge, Mardy Fish derreteu. O filme mostra esse processo em detalhes: Mardy Fish projetou para si o plano de ser um tenista forte, dominante na quadra. Exigia de si, força e domínio absoluto de si e do jogo. Encontrou do outro lado um tenista que parecia ter reinventado o Tênis: Federer jogava horas em alta performance e parecia sair da quadra sem desfazer o penteado nem suar a camisa. Mardy Fish saía esgotado, descabelado, babando na raquete.

Os gurus motivacionais propõem a intensidade. Viva ao máximo, viva no limite, tenha um desempenho incrível. Acomodação é a morte, gritam em seus vídeos e palestras de encerramento de workshops da empresa. Vençam o estresse com o entusiasmo. Não pode fraquejar! Tem que segurar a onda!

Esse modelo de enfrentar o medo e a acomodação com um entusiasmo barulhento é imposto em palestras, em vídeos de Youtube, em gritos nos templos de coachs corporativos ou espirituais. O resultado é o mesmo nas quadras e na vida corporativa: o esgotamento, o burnout, a perda de comprometimento e o teatro de personas que parecem que entregam, mas não entregam o resultado.

Mardy Fish ficou dois anos sem jogar tênis. Não conseguia levantar a raquete. Sucumbiu à pressão gigantesca da expectativa projetada nele. Simone Biles, multi medalhista da Ginástica Artística, abandonou a equipe em plena Olimpíada. Ficou afastada também por dois anos, vi que voltou a competir nessas semanas. O que aconteceu? Não aguentam a pressão, são mais frágeis e mimados? Ou, pelo contrário, o modelo de Alta Pressão e Expectativa que se coloca nessas pessoas leva, com precisão matemática, esses atletas e outros profissionais, ao colapso e ao Burnout?

Usei Roger Federer em uma entrevista em um Podcast que ainda não foi ao ar, como modelo Anti-Stress. Federer parecia uma máquina sem emoções. Seus movimentos eram econômicos e harmônicos. Parecia que jogava ao som de uma valsa. A Psicologia Positiva descreve os estados de Fluxo, onde se consegue o máximo de concentração com o mínimo de esforço. Grandes atletas, grandes artistas e pessoas de alta performance conseguem desenvolver e desempenhar seu trabalho em estado de Fluxo. Alternam o alto desempenho com uma grande capacidade de relaxamento. Não se cobram a resiliência absoluta, mas a precisão fria e relaxada. Não se via Federer quebrar raquetes ou berrar um “Vamos lá!!” para a torcida. Jogou em alto nível até perto dos quarenta anos, mesmo competindo com outras lendas, como Nadal e Dyokovic.

O alto desempenho demanda relaxamento, redução de fricção, economia de energia e atenção relaxada. O Anti-Stress é Fluir, é deslizar sobre as tarefas. Cuidar do repouso tão bem como do desempenho. A delicadeza vence a gritaria. E queima menos neurônios.

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação younguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


Como a terapia familiar pode beneficiar as relações

 

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Psicólogo explica o caminho para o fortalecimento dos laços familiares e a resolução de conflitos


A terapia familiar tem se mostrado uma importante ferramenta na resolução de conflitos familiares, fortalecendo laços e aprimorando a comunicação entre as pessoas. Além disso, contribui significativamente para o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes, possibilitando a identificação e solução de padrões disfuncionais de comportamento e auxiliando no enfrentamento de situações de crise, como separações e lutos familiares. 

De acordo com o psicólogo e professor do curso de Psicologia da UNINASSAU Paulista, Cleyson Monteiro, esse tipo de terapia proporciona um ambiente seguro e acolhedor. “Por meio do diálogo e da mediação, os membros da família aprendem a expressar suas emoções e necessidades, construindo uma convivência mais harmoniosa e saudável. Esse método também previne desentendimento futuros e reflete positivamente em todas as áreas da vida, incluindo a saúde mental de todos os entes". 

Sobre o impacto positivo no desenvolvimento emocional das crianças e adolescentes, ao participarem das sessões terapêuticas, os jovens aprendem a lidar com suas emoções, expressar seus sentimentos e desenvolver habilidades de comunicação compreensiva. Isso contribui para o bem-estar emocional e para uma melhor adaptação às situações do dia a dia. 

“Também pode ajudar na identificação e solução de padrões disfuncionais de comportamento dentro da família. Muitas vezes, certas ações negativas se repetem ao longo das gerações e interferem na harmonia familiar. Por meio da terapia, as pessoas têm a oportunidade de compreender esses padrões e encontrar maneiras de mudá-los, promovendo relacionamentos mais construtivos”, ressalta Cleyson. 

Em momentos de crise, como separações e lutos familiares, a terapia pode ser uma importante ferramenta de apoio. O profissional oferece um espaço seguro para que os entes expressem seus sentimentos e emoções, auxiliando-os no enfrentamento de situações difíceis e na busca de soluções que promovam a resiliência e a superação. 

Nas sessões de terapia familiar, são utilizadas diferentes estratégias para promover a mudança e a resolução de problemas. "Podem ser aplicadas algumas técnicas, como escuta ativa, questionamento reflexivo e mediação de conflitos. Elas estimulam a reflexão sobre os valores e as crenças familiares, favorecendo a construção de um ambiente mais respeitoso", finaliza o psicólogo.


Detox digital: 3 dicas para se desconectar do onn e se conectar com o off

Apesar de facilitar a rotina, quando usadas excessivamente, as telas podem se tornar vilões à saúde e ao bem-estar, causando desde problemas físicos como danos à visão, ao punho e à coluna cervical até insônia e ansiedade.   

A propósito, quando o assunto é o tempo desmedido no mundo on-line, o Brasil já conquistou o segundo lugar entre os países mais “viciados” em internet do mundo. Segundo a pesquisa global da Meltwater e We Are Social, em 2022, os brasileiros passaram, em média, 572 minutos (9 horas e 32 minutos) conectados por dia. Ficaram atrás apenas dos sul-africanos, que lideraram a corrida do vício por conexão por seis minutos de diferença, com a média de 578 minutos (9 horas e 38 minutos) gastos no universo virtual por dia. O terceiro lugar ficou com as Filipinas, que gastaram uma média de 554 minutos (9 horas e 14 minutos). 


Por que fazer o detox digital   

Em uma sociedade cada vez mais dependente dos meios tecnológicos, por mais difícil que pareça, o chamado detox digital, ou seja, uma pausa das telas, das redes sociais e das videoconferências por um período, é um desafio que, segundos especialistas, pode resultar: na redução da ansiedade causada pela hiperconectividade; melhora do foco, concentração e  padrões de sono; aumento da produtividade e da organização das rotinas cotidianas; e redução de sintomas de estresse, como irritabilidade, dispersão e fadiga.  


Como colocar em prática?  

1 – Estabeleça metas realistas: é possível se desconectar por um breve momento todos os dias, como uma hora depois de acordar ou, quem sabe, duas horas antes de dormir. Outra possibilidade é estender a desintoxicação digital, tirando um dia da semana para não acessar redes sociais, por exemplo. Para não abrir brechas, vale comunicar às pessoas mais próximas que estará indisponível naquele período e que devem ligar, caso seja realmente urgente. Escolha o que for mais fácil de incluir na rotina e vá aumentando aos poucos, criando hábitos.  


2 – Deixe o celular de lado em momentos do cotidiano: o uso demasiado da internet e das ferramentas digitais pode atrapalhar as conexões da vida real. Na hora de fazer as refeições, por exemplo, guarde o smartphone para aproveitar melhor o momento e as companhias; durante uma visita também procure dar a devida atenção à pessoa sem mexer no aparelho com frequência; até mesmo quando estiver no banheiro, troque o celular por um livro, ou as redes sociais por um e-book.  


3 – Pratique novas atividades: invista em tarefas que substituam o uso do celular e da internet e sejam prazerosas durante o detox, inserindo novas atividades à rotina. Exercícios físicos, meditação, pintura, jardinagem, caminhada ou corrida ao ar livre e assim por diante. Reunir a família ou amigos para assistir à um filme, conversar ou cozinhar uma refeição também é uma boa pedida. Além de ajudar a estreitar os laços, contribui na construção de memórias e na melhora da saúde física e mental.   



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