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terça-feira, 14 de março de 2023

Muito além de alucinação e delírio: conheça 5 sintomas da esquizofrenia

Crédito: canva
Um dos transtornos mentais que mais leva pacientes a internação e residência terapêutica, a esquizofrenia apresenta diversos sintomas que podem ser confundidos com outras doenças; psiquiatra comenta

 

A esquizofrenia é, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a terceira causa de perda de qualidade de vida em pessoas entre 15 e 44 anos. O transtorno mental caracterizado pela perda de contato com a realidade, alucinações e falsas convicções atinge cerca de 1,6 milhão de pessoas no Brasil e é uma das doenças que mais leva pessoas para residências terapêuticas - casas construídas para responder às necessidades de moradia de pessoas que possuem esse ou qualquer outro tipo de transtorno mental mais grave. 

Segundo o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica, a esquizofrenia é um transtorno mental tão agressivo, que não é classificado como leve, moderado ou grave. “Na grande maioria dos casos, trata-se de uma doença em que a pessoa não consegue dar conta da própria vida, mas é claro que existem algumas exceções”, afirma ele. Ainda de acordo com o especialista, quando nem mesmo a família consegue dar conta desse paciente, a residência terapêutica é uma ótima alternativa. 

Ao falarmos de esquizofrenia, automaticamente as pessoas pensam em sintomas como alucinação e delírio, mas, segundo o Dr. Lipman, os sinais vão muito além. “Esses são os mais comuns e os que todo mundo conhece, mas é uma doença que envolve muito mais do que isso”, comenta ele.
 

Movimentos anormais 

Sim, alucinação e delírio talvez sejam as maiores associações com o esquizofrênico, mas quem tem essa condição também apresentará, na maioria das vezes, movimentos anormais do corpo. “Isso acontece quando o paciente está nervoso e ansioso. Assim, ele torna seus sentimentos perceptíveis para quem vê de fora”, comenta o psiquiatra. 

Em resumo, o paciente pode permanecer com uma postura estranha, realizar movimentos repetidos e até mesmo ficar completamente imóvel por longos períodos.
 

Isolamento social 

O isolamento social é um sintoma que aparece em diversos tipos de transtornos. Quando a pessoa sofre com depressão, por exemplo, ela tende a se afastar dos outros e, não à toa, a esquizofrenia pode ser confundida com essa e outras doenças mentais. Além disso, o esquizofrênico tende a ter crises de ansiedade e está propenso a essa espécie de solidão. 

“Quando esse isolamento acontece excessivamente e combinada com outras situações, ela pode até mesmo ajudar a diagnosticar o transtorno, já para quem tem o diagnóstico e é tratado, isso pode ser controlado”, explica o Dr. Lipman. 

 

Medo e raiva 

De acordo com o Dr. Lipman, o medo faz parte da rotina do esquizofrênico e está diretamente ligado ao fato de essa pessoa ter alucinações e delírios. “Se a doença não estiver sendo tratada, essa pessoa apresentará episódios como estes e, por não ter plena consciência do que está acontecendo, sentirá medo, descontando nas pessoas que estão próximas, ou seja, será tomada pelo sentimento de raiva, mágoa e medo”, explica.

 

Agitação 

Como a esquizofrenia está relacionada - principalmente em casos mais avançados - a alterações sensoriais e comportamentais é comum que os portadores da doença apresentam muita agitação.

“Como citado anteriormente, essas pessoas apresentam delírios, alucinações, medo, raiva, entre outros sintomas, e isso acaba causando muita agitação”, explica o Dr. Lipman.

 

Problemas com a fala

 Problemas relacionados à comunicação são bem típicos do esquizofrênico, segundo o Dr. Lipman. “Problemas com a fala são um exemplo e podem derivar de diversas causas, como o medo, a ansiedade ou realmente uma dificuldade em dialogar”, comenta ele. “Isso não significa que eles não falem, mas as frases podem ser confusas e sem coerência", finaliza.

 

Sig Residência Terapêutica

 

A Páscoa, o chocolate e a pele, dermatologista desmistifica mitos e verdades



No Brasil, Páscoa é sinônimo de chocolate e muita gente já está pensando nos saborosos ovos de chocolate. Porém, há quem pense em resistir às “tentações” por medo de que o alimento ou seus derivados cause ou agrave problemas de pele como a acne, por exemplo.
 

Mas, será que o chocolate é mesmo um inimigo da pele? 

Dra. Viviane Scarpa dermatologista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), explica que não existe nenhum estudo científico que comprove a relação entre chocolate e acne por exemplo. Mas, por se tratar de um alimento com grande concentração de gordura, ele pode ocasionar alguma erupção cutânea. “Sabemos que o açúcar e a gordura consumidos em excesso podem sim influenciar na saúde e beleza e aumentar a oleosidade da pele,” completa a médica que desmistifica alguns mitos e verdades sobre o assunto:


1-Comer chocolate causa acne. MITO.

O que na verdade causa acne é o açúcar e o leite que são adicionados no preparo do chocolate. Sabe-se hoje que alimentos com alto índice glicêmico pode causar aparecimento da acne pois esses alimentos causam hiperinsulinemia, e esta aumenta andrógenos e o IGF1 (fator de crescimento semelhante a insulina), que estão relacionados na fisiopatologia do aparecimento da acne.


2- Chocolate meio amargo causa menos acne. VERDADE.

Chocolates considerados meio amargos são queles que possuem 70% ou mais de cacau na sua composição. A fruta cacau tem poder antioxidante e, portanto, melhora a acne. Este tipo de chocolate tem menos gordura e açúcar se comparado ao chocolate ao leite.


3- O cacau faz bem para saúde. VERDADE

Quanto maior a porcentagem de cacau no chocolate mais efeitos benéficos para a saúde. Entre os benefícios mais conhecidos é o de melhorar o humor, dar uma sensação prazerosa pois aumenta a produção de serotonina pelo nosso corpo.


4-Chocolate branco causa menos espinhas. MITO

O chocolate branco possui em sua composição manteiga de cacau (uma parte gordurosa que é separada durante a preparação da massa de cacau), mais leite e açúcar e, portanto, em paciente com predisposição, causa mais acne se comparado ao chocolate ao leite e ao chocolate meio amargo.

  

Dra. Viviane Scarpa CRM 118.129-SP | RQE 30.536 - Médica Formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 2004. Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia em 2009. Pós-Graduação em Nutrologia pela ABRAN em 2017. Curso de Extensão em Tricologia pela Tricomed em 2019. Tem consultório na cidade de São Paulo desde 2010.


O aumento de diagnóstico de Autismo (TEA) em adultos

Psicanalista alerta que diagnóstico tardio provoca sofrimentos

 

Durante muitos anos, o TEA – Transtorno do Espectro Autista foi considerado um tipo transtorno restrito à infância, mas esse cenário vem mudando a cada dia.

 

 

Pesquisas revelam que, no ano de 2004, 1 em cada 166 pessoas adultas apresentavam sintomas de Autismo. Em 2007 essa proporção era de 1 em cada 54 pessoas e em 2021 (no auge da pandemia), esse número chegou a ser de 1 em cada 44 adultos acometidos pelo transtorno.

 

Dados que mostram a necessidade de uma maior aceitação, divulgação sobre a definição da doença, sintomas e tratamento proposto.

 

O Autismo é um tipo de transtorno que pode trazer prejuízos em qualquer etapa da vida, por isso quando não tratado em idades iniciais, pode acarretar problemas na comunicação, socialização, aprendizagem cognitiva e interações humanas.

 

Mas é importante deixar claro que o Autismo não chegou com a vida adulta, ele sempre esteve lá. Acontece que, quando criança, esse adulto pode não ter sido acompanhado e não ter recebido um diagnóstico na infância por apresentar sintomas mais leves, que podem ser mais difíceis de reconhecer. A criança autista cresce e esse adulto continua sendo autista.

 

Além disso, um adulto quando não diagnosticado, pode desenvolver ansiedade e depressão, pois não entende os motivos de ser diferente das outras pessoas, já que muitos sintomas ficam camuflados e misturados aos desafios da vida adulta, descaracterizando seus sinais e sintomas.

 

Buscar um diagnóstico de TEA quando adulto pode ser desafiador por vários motivos: as crenças e preconceitos em relação à saúde mental e o medo de ser julgado, rotulado e descriminado socialmente.

 

Os sintomas do TEA adulto mais comuns são:

 

Dificuldade de interação ou manutenção de amizades mais íntimas;

 

Desconforto durante o contato visual;

 

Dificuldade no gerenciamento das emoções;

 

Hiperfoco em um assunto específico;

 

Falar repetidamente sobre um determinado tema;

 

Hipersensibilidade a cheiros, sons e texturas que parecem não incomodar aos outros;

 

Piadas, sarcasmo ou expressões de duplo sentido não são compreendidas;

 

Interesse limitado em atividades; preferência por atividades solitárias;

 

Falta de compreensão e reação diante da emoção do outro;

 

Expressões faciais e linguagem corporal não compreendidas;

 

Dificuldade em absorver mudanças de rotina;

 

Ansiedade social e falta de malícia nas relações interpessoais;

 

Desconforto no toque humano; utilização de linguagem direta e objetiva que beira a grosseria; entre outros.

 

O mais comum é que pessoas na fase adulta, diante de alguns destes sintomas, venham a receber muito outros diagnósticos.

 

O diagnóstico tardio pode provocar o sofrimento desse individuo ao longo da vida, com críticas em função de seu comportamento atípico e tentativas em se encaixar no meio social em que vive.

 

Portanto, o diagnóstico correto, no tempo exato é fundamental para proporcionar ao autista adulto, uma melhor qualidade de vida e bem estar.

 

Adultos que suspeitam que podem ser autistas e gostariam de um diagnóstico fechado devem buscar um acompanhamento multidisciplinar com um médico neurologista, psiquiatra e psicanalista, que poderá fornecer, através de ferramentas e técnicas específicas, um resultado confiável, considerando o nível do transtorno.

 

Ou seja, é preciso abortar o autodiagnóstico, compreender e se conscientizar, através do autoconhecimento que, somente um profissional de saúde mental pode fechar o diagnóstico corretamente e indicar as melhores terapias.

 

O quanto antes esse tratamento se iniciar, melhor para que se consiga eficácia no desenvolvimento mental, físico, motor, sensorial e emocional do autista. Autismo não é uma sentença. É uma realidade que necessita acompanhamento profissional frequente e adequado.

 

 

Dra. Andréa Ladislau – Psicanalista, graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro. Instagram: @dra.andrealadislau

 

6 exames que identificam a infertilidade feminina

67% das brasileiras desconhecem sua saúde reprodutiva e doenças relacionadas   

                                                                                    

Segundo um estudo da plataforma Famivita, com mais de 2.100 mulheres, realizado em setembro de 2022, 67% das brasileiras desconhecem sua saúde reprodutiva e doenças relacionadas, independentemente de estarem tentando engravidar ou não. Dos 25 aos 29 anos, por exemplo, 62% não fazem acompanhamento médico regular.

 

Quando questionadas sobre a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que aponta como inférteis os casais que não usam métodos contraceptivos durante 12 meses e não conseguem engravidar; 61% delas respondeu desconhecer essa informação.

 


Como diagnosticar a infertilidade feminina


Segundo a OMS, 1 em cada 6 casais sofre com a infertilidade. Na mulher, as causas têm relação com a baixa qualidade e quantidade dos óvulos, devido ao adiamento da gestação, além de fatores externos, como sedentarismo e dieta inadequada.

 

Doenças também podem provocar dificuldades para ovular, fertilizar e manter a gravidez, como Síndrome do Ovário Policístico (SOP), tumores hormonais, alterações nas tubas uterinas, endometriose, miomas e pólipos no útero.

 

“Consultas regulares possibilitam diagnósticos em estágios iniciais. Muitas vezes, as complicações podem ser tratadas sem maiores agravantes”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.

 

Segundo Carlos Moraes, o diagnóstico da infertilidade feminina exige um acompanhamento médico para avaliar fatores como obesidade, baixo peso, idade avançada, histórico familiar, condições genéticas, entre outros, além dos exames, que serão determinantes para o diagnóstico:


 

Exames de sangue


Exames laboratoriais possibilitam medir os níveis hormonais e avaliar a reserva ovariana, bem como identificar possíveis alterações ligadas à infertilidade. Os exames englobam as dosagens de: FSH (hormônio folículo estimulante); HAM (hormônio anti-mulleriano); LH (hormônio luteinizante); TSH (hormônio estimulante da tireoide); Progesterona; Prolactina; Testosterona; Estradiol e DHEA-S (sulfato de hidroepiandrosterona).

 

“Os exames só são pedidos após avaliação clínica da paciente”, salienta o ginecologista.


 

Ultrassom


O ultrassom transvaginal revela o tamanho dos ovários, assim como a presença de folículos antrais (onde o óvulo se desenvolve durante o ciclo menstrual). Já o ultrassom transvaginal seriado avalia a função ovariana mais a fundo. Para isso, é feita a contagem dos folículos antrais. Quanto mais baixo o número, menor a reserva ovariana.

 

“Os exames de ultrassom também avaliam a presença de cistos ovarianos, além de ajudar a identificar possíveis focos de endometriose. Além disso, são necessários para acompanhar a recuperação da paciente após uma cirurgia uterina. Afinal, a capacidade reprodutiva só é restabelecida quando ocorre a cicatrização completa da área tratada. As demais estruturas pélvicas também são avaliadas por essa via”, pontua Carlos Moraes.


 

Videolaparoscopia


Ele permite examinar o útero, as trompas e os ovários. Para isso, é introduzido um tubo rígido (laparoscópio) na cavidade abdominal, por meio de uma pequena incisão (abaixo do umbigo) e uma sonda (na vagina e no útero). Assim, é possível identificar anomalias muito pequenas, inflamações e tecidos cicatriciais.


 

Cistoscopia


A cistoscopia tem a função de diagnosticar cálculos, malformações e infecções urinárias recorrentes, como cistite e uretrite. “A uretrite é uma inflamação ou infecção da uretra que, se não tratada, pode gerar doenças que afetam útero, trompas e ovários, prejudicando a fertilidade”, alerta o ginecologista.


 

Histerossalpingografia


Trata-se de um raio-x contrastado que possibilita visualizar as condições do interior do útero e das trompas de falópio. Tem como objetivo avaliar se existem desvios funcionais ou problemas na anatomia destes órgãos.


 

Histeroscopia


Este exame capta imagens internas do útero por meio da introdução de uma sonda com uma pequena câmera (histeroscópio). Ele investiga a existência de anomalias, como miomas e pólipos uterinos. Também possibilita averiguar problemas inflamatórios do endométrio e colher material de regiões específicas para análise laboratorial.

 

“Vale lembrar que o acompanhamento com seu ginecologista deve ser regular, como forma de prevenção ou diagnóstico precoce de doenças, facilitando tratamentos e evitando complicações futuras, como a dificuldade de engravidar”, finaliza Carlos Moraes.

 

Erros comuns que causam problemas ortopédicos em bebês

Dr. Paulo Kanaji, ortopedista pediátrico do Hospital Ortopédico AACD, comenta situações que podem levar a alterações nas articulações das crianças


Alguns acontecimentos do dia a dia podem gerar problemas ortopédicos em bebês e por isso é fundamental que mães, pais e responsáveis estejam atentos para evitar que a criança tenha seu desenvolvimento prejudicado. É o que alerta o dr. Paulo Kanaji, ortopedista pediátrico do Hospital Ortopédico AACD. Determinados hábitos podem contribuir para a displasia do desenvolvimento do quadril, que é uma alteração na articulação que impede os pequenos de terem o quadril totalmente formado e estruturado com os ossos da bacia e fêmur.
 

Uma situação que gera preocupação é ao enrolar o bebê com uma manta de forma muito apertada. Se as pernas ficarem esticadas e presas, com o tempo o quadril pode atrapalhar a formação ou desenvolvimento da articulação. Nesse caso, o ideal é sempre enrolar a criança de forma que ela fique com as pernas soltas. 

Outro ponto importante é ter atenção com o uso do andador. Em excesso e sem a devida atenção o equipamento faz com que o bebê tenda a andar de forma errada, o que atrapalha o desenvolvimento e aumenta o risco de gerar a displasia. O uso do andador inclusive não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, por conta do alto número de quedas e outros acidentes -- em algumas ocasiões o equipamento gira e o bebê cai e bate a cabeça. 

“É importante que a família perceba os sinais do dia a dia e procure um profissional em caso de dúvida. Quanto antes começar um acompanhamento, maiores são as chances de evitar problemas mais complexos. Algo que gera dúvida, mas é completamente normal, é o fato de a criança andar nas pontas dos pés. Quando pequenos nosso sistema nervoso em desenvolvimento não nos dá muita coordenação e precisamos andar nos apoiando”, diz o dr. Paulo Kanaji.


Sobre a AACD
Fundada em 1950, a AACD possui uma infraestrutura completa dedicada à reabilitação e habilitação de pessoas com deficiências físicas e pacientes ortopédicos -- composta por um hospital ortopédico, sete unidades de reabilitação e cinco oficinas para fabricação de produtos ortopédicos. Realiza em média 800 mil atendimentos anuais para pacientes de todas as idades, via SUS, particular e convênios.
A AACD ainda conta com a unidade escolar AACD Lesf, a área de ensino e pesquisa para disseminar conhecimentos, a AACD Esporte, que contribui por meio da prática esportiva para a inclusão da pessoa com deficiência, e com a cooperação técnica, que leva o padrão de excelência e a expertise da instituição para diversas partes do Brasil, por meio de entidades parceiras. Para mais informações, acesse o site da AACD.


No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, um reforço no alerta para a vacina contra o HPV

Instituto Lado a Lado pela Vida promove a conscientização para a vacina que protege contra o câncer de colo de útero e vários outros tumores

 

O HPV (Papilomavírus Humano) é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo e que pode desencadear graves problemas de saúde, entre eles o câncer de colo do útero, o terceiro tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe, segundo a Organização Panamericana da Saúde. Esse câncer mata mais de 35 mil mulheres a cada ano nas Américas sendo que 80% dos óbitos ocorrem na América Latina e no Caribe. Mas esses números podem ser reduzidos em cerca de 90% com a aplicação da vacina contra o HPV.

 

O Ministério da Saúde em conjunto com muitos países do mundo se comprometeu junto à Organização Mundial de Saúde a alcançar até 2030 a meta de 90% de cobertura da população vacinável, para conseguir eliminar o câncer de colo de útero. Porém, em 2021, a cobertura vacinal no Brasil – para as duas doses - contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos, foi de 57,5% e, para os meninos de 11 a 14 anos, o índice foi ainda menor: 36,6% (a inclusão de meninos com 9 e 10 anos ocorreu em setembro de 2022).

 

Para Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, é importante que as pessoas, principalmente às meninas com idade entre 9 e 14 anos, recebam a aplicação da vacina contra o HPV. “Nesse 8 de março queremos alertar as famílias e cada cidadão sobre a importância da prevenção contra o câncer por HPV. Essa doença impacta fortemente a vidas das brasileiras e no nosso país a vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde, o que deveria ser um fator preponderante para tornar o acesso à vacina ainda mais fácil e amplo, considerando que o nosso país tem um dos maiores programas nacionais de imunização do mundo”, reforça a empreendedora social.

 

Além do câncer de colo de útero, o vírus do HPV também está relacionado a outros tipos de câncer, como de vagina, de vulva, de pênis, de ânus, de boca e de garganta, além de verrugas genitais, anais e lesões pré-cancerígenas. Atualmente, a vacina é indicada para meninas e meninos de faixa etária entre 9 e 14 anos (duas doses) sendo que quanto mais cedo for aplicada, maior proteção contra o vírus. Essas faixas etárias são recomendadas, pois, a eficácia aumentada quando administrada antes do contato com o vírus, que é transmitido principalmente por contato sexual.

 

“Há anos que estamos patinando sem conseguir atingir as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para a cobertura vacinal, que pode contribuir par ao Brasil ficar sem o câncer por HPV. Por isso, é importante disseminar informações qualificadas, que combatam as fakes News e valorizem a mensagem de que a vacina é segura e eficaz”, ressalta Marlene.

 

O Instituto Lado a Lado tem realizado campanhas de conscientização, por meio da veiculação de filmes para TV e internet, peças para mobiliário urbano e redes sociais, além de eventos de grande visibilidade, como foi a iluminação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2021 e 2022. “Nossa organização não pode ser uma voz isolada. É fundamental que uma ampla rede de apoio dê eco para que a cobertura vacinal de adolescentes no Brasil avance, sensibilizando pais, familiares, e, principalmente, os próprios adolescentes”, complementa Marlene.

 

Como está a cobertura vacinal no Brasil?

Os números oscilam entre os estados brasileiros e o Paraná foi o que alcançou o melhor índice de cobertura com duas doses, com 78,6% para meninas e 62,42% para os meninos. Na sequência, aparecem Santa Catarina, com 71,4% de meninas vacinadas e 53,5% dos meninos e Minas Gerais com 69,2% de meninas vacinadas com a segunda dose e 48% dos meninos.

 

Entre as cidades brasileiras, há uma boa surpresa. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações, em 2021, a cidade de Nova Mutum (MT) vacinou com duas doses 85,6% das meninas e 63,2% dos meninos. O Instituto Lado a Lado pela Vida identificou que esse resultado foi alcançado devido às ações adotadas pela Secretaria de Saúde local que incluem intensa ação de mobilização e conscientização da população por meio de campanhas de informação nas escolas, nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e locais de grande circulação.

 


Sobre Instituto Lado a Lado Pela Vida
Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. Sua missão é mobilizar e engajar a sociedade e gestores da saúde, contribuindo para ampliar o acesso aos serviços, da prevenção ao tratamento, e mudar para valer o cenário da saúde no Brasil. Trabalha para que todos os brasileiros tenham informação e acesso à saúde digna e de qualidade, em todas as fases da vida. Além de ter criado a campanha Novembro Azul, o Instituto Lado a Lado pela Vida é o idealizador das campanhas Respire Agosto; Siga seu Coração; Mulher Por Inteiro e Câncer por HPV: O Brasil pode ficar sem.

Março: mês da mulher e das campanhas Lilás e Azul Marinho para conscientização dos cânceres de colo de útero e intestino, respectivamente Câncer de colo de útero e intestino: entenda quais os sintomas e como prevenir

 Se diagnosticados precocemente, os dois cânceres têm tratamento e são curáveis

 

 

O câncer colorretal é o segundo câncer mais comumente diagnosticado no Brasil. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que em 2023 serão 45.630 novos casos da doença no país, sendo que 23.660 em mulheres, só perdendo para o câncer de mama, e 21.970 em homens, perdendo para o de próstata. No caso do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, para o ano de 2023 foram estimados 17.010 casos novos, excluídos os de tumores de pele não melanoma.

 

Para a oncologista e oncogeneticista Isabella Tavares, a falta de informação correta, a desigualdade e a dificuldade de acesso à saúde tornam um enorme desafio a ser vencido a possibilidade real de eliminação do câncer de colo de útero. “Campanhas de conscientização são importantes para que as pessoas entendam melhor sobre as doenças e percebam que a prevenção é fundamental. O câncer cervical, por exemplo, é uma das formas de câncer tratáveis com maior sucesso, desde que seja detectado precocemente e tratado de forma eficaz”, diz.

 

O câncer de colo de útero, também chamado câncer cervical, é um tumor que ocorre a partir de alterações causadas pela infecção persistente do HPV (vírus do papiloma humano), considerada a infecção sexualmente transmissível de maior incidência e prevalência no mundo. A boa notícia é que ela pode ser prevenida com medidas simples, como exame de Papanicolau e vacinação.

Com relação ao câncer de intestino, os casos estão aumentando e com uma incidência cada vez maior em pacientes mais jovens, com menos de 50 anos, principalmente sedentários e acima do peso. “A alimentação e estilo de vida saudável influenciam no diagnóstico deste tipo de câncer. Dietas pobres em fibras, excesso no consumo de alimentos ultraprocessados, excesso de peso corporal e falta de exercícios físicos contribuem para o surgimento da doença”, afirma Isabella.

 

Segundo a oncologista, conhecer as doenças é fundamental para saber quando procurar um médico, no caso de algum sintoma. “Quanto mais cedo for diagnosticado o câncer, maiores são as chances de tratamento e cura, para qualquer tipo da doença”, alerta.

 

 

Principais sintomas, como detectar e tratamentos de cada um dos dois tipos de câncer

 

Câncer Colorretal

 

É uma doença que se inicia na parte do intestino grosso, reto e ânus. Ela também é conhecida como câncer de cólon e reto ou câncer de intestino. Pode ser detectado por meio de colonoscopia e pesquisa de sangue oculto nas fezes.

 

Principais sintomas:

 

Sangue nas fezes; aumento anormal de algum tecido no corpo (tumoração) e dor abdominal; perda de peso sem motivo aparente e anemia; mudança de hábito intestinal.

 

Prevenção:

 

Manter o peso ideal do corpo e uma alimentação saudável, rica em frutas, vegetais e alimentos que contêm fibras. Também evitar carnes processadas e limitar o consumo de carne vermelha em até 500g/semana. Importante não fumar e nem se expor ao tabagismo.

 

Câncer de Colo de Útero

 

É um tipo de câncer causado, na maioria dos casos, pelo vírus HPV (Papiloma Vírus Humano), transmitido na relação sexual. Grande parte das pessoas têm contato com esse vírus, porém, na maioria das vezes, ele é eliminado naturalmente. Em algumas situações, podem aparecer lesões na vagina que, se não tratadas, podem causar o câncer, um tumor que se desenvolve na parte inferior do útero, chamada “colo”, que fica no fundo da vagina.

 

Sintomas:

 

A maioria das mulheres não sente nada no início. Posteriormente, podem aparecer sangramentos fora do período menstrual, dor e corrimentos. Como esses sintomas são comuns a outras doenças, é muito importante procurar um médico.

 

Prevenção:

 

As principais formas de prevenção da doença são o Papanicolau e a vacinação. O Papanicolau é um exame que detecta possíveis lesões causadas pelo HPV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Nele, é colhido material do colo do útero e enviado para análise no laboratório. O exame é simples e rápido. Mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual devem fazer o exame de acordo com a conduta médica, podendo ser solicitado a cada 6 meses ou até a cada três anos. Quanto à vacinação, está disponível nos postos de saúde a vacina contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos, pois a proteção nesses grupos é maior do que em adultos.

 

  



Isabella Tavares - Médica Oncologista Clínica, Observership in Gastrointestinal Cancer pela Georgetown University, Washington, DC, EUA, Intensive Course in Cancer Genetic Risk Assessment pelo City of Hope, CA, especialização em Predisposição Hereditária ao Câncer pelo Hospital Israelita Albert Einstein. É doutoranda e mestre profissional pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade Paranaense (UNIPAR). Atualmente, trabalha como oncologista clínica no Centro de Excelência em Oncologia em Maringá-PR. É membro do Comitê de Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC). Já publicou vários capítulos de livros, incluindo o Tratado de Predisposição Hereditária ao Câncer. É membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e Sociedade Européia de Oncologia Clínica (ESMO), assim como dos Grupos de Tumores Gastrointestinais (GTG), de Tumores Ginecológicos (EVA) e de Tumores Hereditários (GETH).
Acesse o site.
Projeto Vencendo o Câncer


Síndrome de Tourette: o que é, quais são os sintomas e o tratamento?


O distúrbio costuma ser a causa de problemas de autoestima, assim como depressão e ansiedade


A Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico que faz as pessoas repetirem movimentos, terem espasmos ou emitirem sons indesejados. Márcia Karine Monteiro, neuropsicopedagoga, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, fala sobre os sintomas e como é realizado o tratamento do paciente. 

“Os impulsos costumam surgir, principalmente, em momentos de estresse, empolgação, cansaço ou ansiedade. Eles são vistos como tiques nervosos. Isso inclui piscar repetidamente os olhos, falar palavras aleatórias ou ofensas de forma inesperada, tossir ou fungar diversas vezes e realizar gestos com as mãos. Esses são apenas alguns exemplos, pois a lista de sintomas é bem mais extensa. E, por mais que as pessoas tentem conter esses impulsos, elas não conseguem”. 

Geralmente, os sintomas costumam aparecer na infância e adolescência, antes dos 18 anos. Também é comum que o paciente apresente outros transtornos, como o Obsessivo Compulsivo (TOC) e o do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). 

Esse distúrbio mexe bastante com a autoestima das crianças e dos adolescentes porque eles estão na presença de outras pessoas da sua idade e sentem vergonha de realizar algum gesto ou falar algo de maneira involuntária. Além disso, há a questão do bullying, que pode causar o isolamento social e o baixo desempenho escolar. 

Caso a pessoa, amigos ou familiares notem que os sintomas são frequentes, é indicado levar o paciente ao médico para que o diagnóstico seja feito. “A Síndrome de Tourette não tem cura, mas o tratamento pode ajudar no controle dos tiques e melhorar a qualidade de vida da pessoa. Geralmente, é realizado por meio de medicamentos prescritos e atividades físicas para cuidar da saúde mental. Também é importante procurar se acalmar na tentativa de aliviar os sintomas”, comenta a psicóloga Márcia.


Os perigos das dietas restritivas: como elas afetam sua saúde a longo prazo

As dietas restritivas são aquelas que excluem determinados alimentos ou grupos alimentares da dieta com o objetivo de emagrecer rapidamente. Essas dietas podem parecer uma solução fácil para quem quer perder peso, mas a longo prazo, trazem sérios riscos para a saúde.

 

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, maior referência em emagrecimento no Brasil, explica que o primeiro risco é a carência de nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo. Quando se restringe a ingestão de alimentos, é possível que o organismo não esteja recebendo todos os nutrientes necessários para manter a saúde em dia. Esse desequilíbrio nutricional pode levar a problemas de saúde, como anemia, fraqueza muscular, queda de cabelo, entre outros.

 

Outro risco das dietas restritivas é a perda de massa muscular. Ao reduzir drasticamente a ingestão de calorias e nutrientes, o corpo entra em um estado de privação e começa a utilizar as reservas de energia, incluindo a massa muscular. Isso pode levar a perda de força e resistência, além de dificultar a manutenção do peso após a dieta.

 

“A perda de massa muscular também pode afetar o metabolismo, tornando mais difícil a queima de calorias e o controle de peso. Isso porque o tecido muscular é responsável por um gasto energético maior do que o tecido adiposo, ou seja, quanto menor a massa muscular, menor será o gasto calórico em repouso.” esclarece o médico Dr. Ronan Araujo.

 

Além dos riscos para a saúde, as dietas restritivas também podem causar transtornos alimentares, como a anorexia nervosa e a bulimia. Esses transtornos podem trazer sérios riscos para a saúde física e mental e precisam de tratamento adequado.

O médico nutrólogo comenta também que essas dietas são difíceis de sustentar a longo prazo e, muitas vezes, após o fim da dieta, o peso volta novamente. Isso ocorre porque as dietas restritivas geralmente envolvem a restrição calórica ou de nutrientes, o que pode levar a uma perda de peso rápida e significativa no curto prazo.

 

No entanto, essa perda de peso pode ser insustentável, pois muitas vezes as pessoas voltam aos seus hábitos alimentares anteriores, que geralmente são pouco saudáveis e levam a um aumento de peso até maior que no início da dieta, gerando o efeito sanfona, que pode ser muito perigoso.

 

Uma alternativa mais saudável para quem quer emagrecer é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. A alimentação deve ser rica em nutrientes, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, e deve ser adaptada às necessidades individuais de cada pessoa.

 

Outra alternativa é a reeducação alimentar, que consiste em aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e equilibradas, sem restrições ou proibições. A reeducação alimentar leva tempo e dedicação, mas é uma forma mais sustentável e saudável de emagrecer e manter um estilo de vida saudável a longo prazo.

 

“Você deve ter em mente que não é a quantidade que você come, mas sim a qualidade do alimento. As dietas restritivas não são uma solução saudável ou sustentável para emagrecer. A reeducação alimentar e de estilo de vida podem ser uma forma de aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis sem restrições ou proibições e o acompanhamento de um profissional qualificado é essencial para te ajudar nesse processo.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


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