Pesquisar no Blog

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Primeira consulta com o Ginecologista?


Especialista esclarece as principais dúvidas das adolescentes sobre o assunto


Nem sempre a transição da infância para a adolescência é fácil.  A ação hormonal é a grande responsável por mudanças do corpo feminino, além de alterações do humor e temperamento. Estas alterações geram muitas dúvidas nesta fase, tais como: Qual a idade ideal para ir a um ginecologista pela primeira vez? Quais são os procedimentos realizados na consulta? O que sinto é normal? Será que todas meninas sentem os mesmos sintomas? Estes são apenas alguns exemplos dos questionamentos mais comuns. Para esclarecê-los, o Ginecologista e Obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Fábio Muniz fala sobre o tema.

O médico explica que geralmente as adolescentes vão acompanhadas das mães às consultas e devem ser respeitadas se quiserem conversar em particular, pois a consulta está sob sigilo. Apenas em situações de risco para a paciente, como suspeita de abuso ou doença grave os pais ou responsáveis deverão ser comunicados.  A idade ideal para a primeira consulta é em torno dos 11 a 13 anos, período que coincide com a idade da primeira menstruação. “A primeira consulta é mais uma conversa sobre os assuntos relacionados ao desenvolvimento do corpo feminino como menstruação, desenvolvimento das características sexuais femininas, menstruação, cólicas, início da vida sexual, prevenção de doenças entre outros assuntos de interesse da paciente”, diz Dr. Fábio.

Existe um medo ou timidez quando o assunto é o exame ginecológico da paciente; para esclarecer o médico explica como geralmente ele é realizado. “O exame físico poderá ou não ser realizado no primeiro contato de acordo com a necessidade”. Deverão ser examinadas as mamas ou o broto mamário com o objetivo de avaliar o desenvolvimento habitual, também palpamos o abdome para avaliar a presença de alguma massa ou ponto doloroso. O exame ginecológico realizado constitui-se da inspeção da região genital, avaliação da pilificação (crescimentos dos pelos), desenvolvimento da vulva e dos lábios.

Pode ser necessária a inspeção himenal, pois em alguns casos a paciente pode apresentar um hímen imperfurado, situação que leva a muita dor abdominal e ausência de menstruação.

“Para as pacientes que não tiveram sua primeira relação sexual, não é utilizado o espéculo”, explica o médico. “É muito importante que fique claro que o médico vai conversar com a paciente e a orientar, podendo deixar o exame para um segundo momento. O que deve ser evitado é a mãe ou qualquer outra pessoa passar seus traumas em relação à consulta para a adolescente aumentando o receio da paciente em se consultar. A consulta deve ser encarada com naturalidade, como um cuidado necessário a saúde”, esclarece Dr. Fábio Muniz. 

Quem tem filhas na faixa etária indicada, o médico orienta a levá-las durante suas consultas ginecológicas. “Muitas vezes é interessante a adolescente acompanhar a mãe na consulta para ela perceber como é realizada, contribuindo para desmistificar esse momento”, orienta o ginecologista.

O Ginecologista e Obstetra explica o que é o exame de Papanicolaou. “Trata-se de um exame na qual se usa uma haste parecida com palito de picolé ou um cotonete para colher células da região do colo uterino e avaliar se existe alguma manifestação atípica, e que poderia ser uma lesão pré-maligna. Nos casos em que a paciente é virgem em geral não necessita do exame, mas se necessário, a coleta pode ser feita com cotonete”. Outra dúvida de muitas pacientes é como saber ao certo o número de dias do seu ciclo menstrual. “Os hormônios que controlam o ciclo de cada mulher são produzidos pelos ovários sob regulação de uma região do cérebro chamada hipotálamo. Normalmente o ciclo tem a duração de 26 a 34 dias, variando de organismo para organismo. Consideramos o primeiro dia da menstruação como o início do ciclo, que é finalizado no primeiro dia da menstruação seguinte”, diz o ginecologista.

O uso de anticoncepcional é outro tema muito lembrado no consultório.. “Toda paciente deve passar por uma consulta médica com o Ginecologista de sua confiança antes de iniciar uma pílula contraceptiva. Nesta consulta o médico avaliará muitos fatores, entre eles o histórico médico da paciente, a história familiar, identificar condições que contraindicam o uso de pílulas, seu perfil e qual pílula pode trazer mais benefícios. É importante orientar o uso correto na intenção de diminuir os riscos para a saúde da paciente e explorar o máximo de benefícios, já que hoje em dia as pílulas podem, além de prevenir a gravidez, amenizar a oleosidade da pele, melhorar cabelo e unhas, não levar a ganho de peso, aliviar intensidade de cólicas e a TPM”, finaliza o médico do Hospital e Maternidade São Cristóvão.


Transtorno bipolar não é fraqueza!
Segundo dados da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), no Brasil, cerca de 6 milhões de pessoas sofrem de transtorno bipolar, o que representa aproximadamente 3% da população nacional.
O transtorno bipolar é uma doença crônica, sem cura definitiva, mas que pode ser controlado possibilitando o paciente conviver com a patologia, e com alguns cuidados, ter uma vida normal.
Estima-se que um paciente leve, em média, dez anos e seja atendido por quatro diferentes profissionais até que receba o diagnóstico correto deste transtorno. Isto se deve ao fato de que as pessoas normalmente procuram ajuda quando estão deprimidas, e é muito comum que após melhorarem da depressão abandonem o tratamento, impossibilitando o médico de analisá-las em outros momentos da doença.
O termo “bipolar” foi banalizado e algumas vezes, pessoas que sofrem desvio de conduta ou de personalidade recebem este diagnóstico leigamente por serem explosivas ou mudarem de humor frequentemente conforme a situação. O Transtorno Afetivo Bipolar é uma patologia caracterizada por oscilações de humor em que o paciente passa alguns dias em fase depressiva, outros em fase de mania ou mista e não oscilam de um momento para outro conforme os acontecimentos. As principais fases do transtorno são:
  • Fase depressiva: a pessoa começa a sentir tristeza a maior parte do tempo, vontade de chorar ou choro por motivos que normalmente não a afetaria, menor energia para realização de atividades corriqueiras e prazerosas, alteração do sono e do apetite. A duração desta fase é, em média, duas semanas. 
  • Fase mania: nesta fase ocorre um aumento de energia, o pensamento da pessoa fica acelerado, variando de um assunto para outro, cresce o número de atividades e a vontade de realizar diversas coisas ao mesmo tempo, menor necessidade de sono  e maior disposição. Outra característica da fase é a sensação de bem-estar e grandiosidade exagerada. Gastos excessivos podem estar presentes. 
  • Fase mista: este momento é o mais complicado para o paciente, pois há uma mescla das duas fases anteriores com sintomas depressivos associados à aceleração do pensamento, acarretando ansiedade e inquietação.
O tratamento do transtorno bipolar é realizado por meio de medicamentos e acompanhamento psicoterápico. É essencial que o paciente entenda as fases que está passando para ter um bom diálogo com o médico e ótimo tratamento. Agora você já sabe que a constante oscilação de humor pode ser uma doença e quanto antes for corretamente diagnosticada e tiver o tratamento adequado melhor o prognóstico.

Doutor Douglas Motta Calderoni - médico psiquiatra, especialista em ansiedade e comportamento humano e sócio-fundador da clínica Sintropia.



Mau Hálito, será que você tem?


Em 22 de setembro é celebrado o Dia Internacional do Combate ao Mau Hálito, problema que atinge mais de 40% dos brasileiros e causa incômodo tanto para a pessoa que o tem quanto para as outras que estão por perto. 

O mau hálito (ou halitose) existe na população desde o princípio da humanidade e o maior problema para quem sofre é descobrir. Como o nariz se acostuma com o cheiro, a chamada fadiga olfatória, quem tem mau hálito não o sente, e quem sente- o namorado, o marido, o amigo-, nem sempre se sente confortável em abordar o assunto. 

A data tem como objetivo conscientizar a população que o mau hálito pode ser a causa de mais de 50 doenças, entre elas distúrbios do fígado, estômago, inflamações na garganta e até mesmo estresse,  e que pode ser tratado. 

Para quem quer descobrir se tem halitose, o médico Dr. Salomão Carui, especialista em Halitose e Medicina do sono, apresenta algumas  questões que ao serem respondidas afirmativamente podem indicar a presença do mau hálito :
- Bebo pouco líquido
- Sou fumante
- Tenho intestino preso
- Fico muitas horas sem me alimentar
- Respiro pela boca
- Costumo roncar
- Tenho diabetes
- Sinto minha boca seca com frequência
- Tenho tártaro
- Uso aparelho ortodôntico ou prótese dentária
- Minha gengiva sangra quando passo fio dental ou escovo os dentes
- Placa esbranquiçada no fundo da língua
- Às vezes percebo pequenos flocos de cor amarelada ou branca de odor desagradável expelidos da minha garganta
- Bebo bebidas alcoólicas com frequência (mais de duas vezes por semana)
- Costumo mascar chicletes ou chupar balas
Outro teste sugerido pelo especialista é passar a língua no punho, aguardar 30 segundos. Cheirar o local. Se notar um aroma desagradável e tiver assinalado  dois ou mais itens é melhor perguntar a uma pessoa de confiança e procurar tratamento.

A halitose crônica que está geralmente associada a algum tipo de disfunção ou patologia,   requer o tratamento com um profissional qualificado e especializado. “Uma boa notícia é que tem solução”, garante  o Dr. Salomão Carui.





Dr. Salomão Carui - Especialista em Halitose e Medicina do sono. Médico do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein Sírio-libanês e São Luiz.Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.


Posts mais acessados