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terça-feira, 6 de março de 2018

Pesquisa revela que 90% das mulheres já se sentiram menos respeitadas que os homens no trabalho



 Levantamento realizado pela Workana aponta também que 95,7% das entrevistadas entendem que 2017 foi decisivo para que o assunto seja mais discutido neste ano


Mesmo com os avanços em relação à igualdade de gênero no mercado de trabalho, a sociedade ainda tem muito o que evoluir. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Workana, plataforma de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina. O estudo foi realizado com 1.500 brasileiras e, de acordo com o levantamento, cerca de 90% das mulheres sentem que os homens são mais respeitados no mercado de trabalho.

Em 2017, muito se falou sobre as adversidades sofridas pelas mulheres no âmbito profissional e a pesquisa confirmou que o ano foi decisivo para uma virada de comportamento. Diante de diversas manifestações, muitas delas vistas por todo o mundo em protestos e denúncias que tiveram grande repercussão nos segmentos artístico e esportivo, 69,7% das entrevistadas acreditam que as mulheres tiveram maior poder de decisão no último ano e 95,7% entendem que esse foi um passo importante para que o assunto fosse ainda mais discutido em 2018.

Em relação a questões salariais, enquanto na Islândia o início deste ano foi marcado pela implementação de uma lei que garante igualdade salarial entre os gêneros, no Brasil, 60,3% das entrevistadas afirmaram que ganham ou já ganharam menos do que um homem para executar um trabalho igual ou superior e 62,7% disseram ainda que em sua área de atuação não há igualdade de oportunidades.

Já sobre abuso psicológico, 67,6% afirmaram que já foram contrariadas no trabalho para se sentirem erradas mesmo estando certas, 68,3% já foram interrompidas por homens em reuniões e 58,7% afirmam que algum homem já levou crédito por algo que elas fizeram. Quando se fala da aparência, 52,6% já foram julgadas no ambiente de trabalho.

Quando o assunto é assédio, o Brasil apresenta números alarmantes: 48,4% das mulheres já se sentiram perseguidas por algum homem do trabalho, enquanto 28,8% deixaram de denunciar algum abuso sofrido por medo de serem demitidas. Questionadas sobre algumas situações desagradáveis no ambiente profissional, 40,3% das entrevistas afirmaram ter sofrido assédio ou abuso de uma autoridade, 38,3% notaram discriminação ou preconceito e 19% sofreram com assédio sexual. Além disso, 17% sentiram desconforto antes mesmo de começar no emprego: os casos foram logo na entrevista.

Grande parte das mulheres entrevistadas têm entre 21 e 40 anos (75%), são solteiras (54,7%), não têm filhos (76%) e possuem Ensino Superior completo (36,7%).






Maytê Carvalho - CEO e fundadora da B.Pass - formada em Marketing pela ESPM, e já trabalhou para marcas de higiene pessoal e cosméticos como Unilever e O Boticário. Além disso, ela participou como finalista do programa O Aprendiz com Roberto Justus e conseguiu investimento no Sharktank Brasil com a investidora anjo Camila Farani. Maytê foi eleita pela GQ uma das 6 grandes líderes mulheres de startup do país. Atualmente, ela é fundadora e CEO da B.pass, um assistente pessoal de beleza criado para mulheres contemporâneas e se tornou o Gympass da beleza.


Camila Costa, CEO da agência ID\TBWA do grupo Omnicom - possui experiência e engajamento em liderança e empoderamento feminino, além de super jovem e ocupar um cargo que é dominado por homens. Ela é graduada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, tem MBA em Marketing pela FIA/USP, Pós-MBA pela Saint Paul escola de negócios para preparação de Board Members e foi uma das primeiras brasileiras a participar do "Executive Program" da Singularity University - Califórnia, em 2012.
Camila é investidora-anjo apenas de startups lideradas por mulheres, participou do Fast Forward Women/Facebook em Miami e faz parte de diversos grupos de atuação sobre o assunto, além de ser conselheira do projeto social "Plano de Menina", que tem como objetivo levar empoderamento a adolescentes da periferia brasileira para que se tornem protagonistas de suas histórias.



Quais são os desafios da mulher hipermoderna nos dias de hoje?



Em um momento onde o feminismo e a busca pelo protagonismo de suas próprias vidas estão cada vez mais em destaque, quais são os atuais desafios das mulheres hipermodernas? Pós-graduada em Psicologia Positiva, a coaching Renata Abreu, em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de Março, lista alguns aspectos ligados ao conceito de felicidade e faz reflexões sobre a problemática enfrentada pelas mulheres nos dias de hoje. 

Mas como é ser mulher no mundo de hoje? O que é ser feliz pra elas? Autora do livro "Felicidade feminina: uma escolha possível com práticas da psicologia positiva", Renata destaca algumas dessas questões na obra, baseada na Psicologia Positiva. A especialisa busca responder essas dúvidas utilizando estudos científicos para sugerir a possibilidade de escolha por uma vida com propósito, pautada em atitudes conscientes, resultados significativos e, consequentemente, maior bem-estar.

A autora diz que felicidade é um tema complexo e o anseio por uma vida repleta de realizações em seus diferentes aspectos deixa homens e mulheres inquietos. Segundo pesquisas, nos últimos 40 anos, as mulheres se tornaram mais infelizes, ansiosas e estressadas se comparadas aos anos 70. Se, por um lado, a luta pela igualdade de direitos trouxe mais oportunidades, influência e renda, por outro, observa-se que há um grande acúmulo de tarefas, que não necessariamente trouxe bem-estar para o sexo feminino. Pelo contrário. O grande dilema da mulher contemporânea é a multiplicidade de papéis e como exercê-los.

Renata Abreu sugere uma reflexão e autoavaliação com base em 10 hipóteses, respaldadas por estudos científicos, que podem ter impacto na forma como as mulheres gerenciam a própria vida e o bem-estar.
– Hoje, as mulheres agem como juízas implacáveis de suas próprias vidas e isso causa um sentimento de culpa tão grande que elas não se dão conta de como isso prejudica as suas relações profissionais e afetivas, tendo grande impacto na busca pelas realizações -, analisa a escritora.


Ausência de inteligência hormonal

De que forma os hormônios podem estar influenciando a estrutura dos pensamentos? É importante conhecer como nos comportamos perante as ações hormonais e aprender a administrá-las.


Dupla jornada e preconceito velado

Ainda na infância, as meninas já sofrem com a distribuição desigual das tarefas domésticas, limitando suas perspectivas. No trabalho, as mulheres têm menor probabilidade de ocupar cargos de liderança e sofrem com salários menores, ainda que estejam no mesmo cargo que os homens.


Vontade de ser e fazer "tudo ao mesmo tempo"

A perfeição é vista como inimiga para a mulher moderna. Elas estão se tornando infelizes ao tentarem desempenhar tantos diferentes papéis simultaneamente e de modo perfeito. Por não conseguirem dar conta de tudo, as mulheres têm a sensação de sempre estarem falhando.


A cultura do overwork e o sucesso na atualidade

"Se você se emprenhar, terá sucesso e quando tiver sucesso, será feliz". O efeito dessa forma incorreta de pensar pode levar ao excesso de esforço. A felicidade precede o sucesso. O cultivo da positividade estimula nossa eficiência, resiliência e produtividade, levando a níveis mais elevados de desempenho.


O aumento do estresse e do uso de medicamentos

49% das mulheres relatam ter o nível de estresse aumentado nos últimos anos, enquanto apenas 30% dos homens têm essa percepção. A prevalência da depressão nas mulheres tem caráter genético e hormonal, mas também está ligada ao maior envolvimento emocional que acontece com elas e com pessoas a sua volta.


As crenças e mitos quanto ao prazer e à felicidade

Se comportar de acordo com as crenças dos mitos da felicidade aumenta as chances de escolhas erradas, decisões equivocadas e da ampliação da eterna sensação de vazio. É um mito acreditar que "vou ser feliz quando" ou "eu não poderia ser feliz se".


A utopia maléfica de uma beleza impossível

Estudos apontam que a vergonha com o próprio corpo pode estar tão enraizada na psique que gera vergonha e complicações em outras áreas da vida, como sexualidade, maternidade e até mesmo na habilidade da mulher de falar e se posicionar com autoconfiança. Há pesquisas de psicologia positiva que mostram que a beleza não tem correlação com a felicidade. Pessoas felizes são mais prováveis de perceberem tudo a sua volta de forma mais positiva e otimista, incluindo aí a própria aparência.




As 3 doenças que mais afetam as mulheres



 No mês da mulher, especialista alerta sobre os principais problemas, cuidados e prevenção

 
Nesta quinta-feira, dia 8 de março, será celebrado o Dia Internacional da Mulher, data reconhecida mundialmente, transformou-se um ótimo momento para a reflexão, ainda mais quando envolve cuidados com a saúde. Afinal de contas, na correria do mundo moderno, fica cada vez mais difícil tirar alguns minutos do dia para cuidar da saúde, ainda mais quando tratamos das mulheres, que geralmente cumprem a famosa “dupla jornada”.

Segundo a Dra. Márcia Araújo, ginecologista do Docway, as múltiplas funções da mulher e a falta de tempo para cuidar com atenção da saúde acabam por aumentar o número de casos de doenças como Câncer de Mama, Depressão e Câncer de Colo de Útero. Por isso, a especialista alerta sobre a importância dos cuidados mesmo com essa rotina agitada.

“Após muita luta, nosso papel na sociedade está evoluindo muito. Hoje, nós mulheres desempenhamos várias funções e acabamos descuidando da saúde. O que não pode acontecer é a negligência com os cuidados pessoais. Com os avanços tecnológicos e as facilidades que eles nos trouxeram, podemos manter nossa rotina e o acompanhamento médicos em dia, evitando vários problemas”, explica a especialista.

Confira uma análise da especialista sobre as três doenças que mais afetam as mulheres atualmente:

Câncer de Mama

Esse tipo de câncer é o que mais comum entre mulheres no Brasil e no Mundo, correspondendo a 25% de novos casos de câncer todos os anos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no ano passado, os casos de câncer de Mama ultrapassaram a casa de 57mil no Brasil. O câncer de mama tem diversos tipos. Na maioria deles, quando diagnosticados em fases iniciais, é passível de tratamento, com boas perspectivas de cura.

“Nós mulheres devemos estar atentas, pois fazer os exames preventivos é fundamental. A maioria dos casos não têm sintomas em estágios iniciais. Por esse motivo, a mamografia tem grande importância. Dentre os sinais de alerta, um dos mais comuns é o nódulo no seio, que pode vir acompanhado ou não de dor. Porém, existem outros sintomas que devem chamar a atenção como secreção no mamilo, alterações na pele que recobre a mama e nódulo na axila. Vale lembrar que o autoexame não substitui a mamografia e o exame clínico cuidadoso feito por um profissional qualificado”, detalha a Dra. Márcia Araújo.

Depressão

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) alertam que até o ano de 2020 a depressão será a doença com maior impacto no mundo. Aqui no Brasil, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) estima que uma faixa de 20% da população teve, têm ou terá um episódio em algum momento de sua vida. Falta de interesse, concentração, perda da autoestima e mudanças bruscas de humor são alguns dos sintomas da depressão. A doença atinge significativamente mais as mulheres do que os homens. Cientistas e especialistas não têm um real motivo para essa diferença, mas acreditam que ela tem relação com a influência dos hormônios femininos.

“Quadros depressivos devem ser diagnósticos e tratados com muita cautela e por profissionais capacitados. Mas podemos ajudar a melhorar esse quadro com, por exemplo, a prática regular de atividade física e a vinculação da pessoa a atividades coletivas, entre eles cursos e voluntariados. Essas ações ajudam a reduzir a ansiedade, melhora o humor e a interação com o meio social”, comenta a especialista.

Câncer de colo de útero

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que esse tipo de câncer é considerado um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo. Só no ano de 2016 foram estimados mais de 16 mil casos novos de câncer do colo do útero no Brasil, o que significa 15 novos casos a cada 100 mil brasileiras. As principais causas da doença são o início precoce da atividade sexual da paciente, a variedade de parceiros sexuais, a higiene íntima inadequada e o Papilomavírus Humano (HPV).

“O câncer do colo do útero tem um grande potencial de prevenção e cura se diagnostico a tempo. Sintomas podem servir de alerta, entre eles sangramento vaginal após a relação sexual, corrimento vaginal de cor escura e com mau cheiro, e em estágios mais avançados, hemorragias, dores lombares e abdominais, perda de apetite e de peso. Uma ótima opção para a prevenção da doença é a vacina, que se destina a jovens, principalmente antes inicias as atividades sexuais. Para todas, o Papanicolau e o exame clínico anual são fundamentais”.

Para finalizar e médica lembra que as melhores formas de cuidado e prevenção são as mais conhecidas, ter uma alimentação saudável, praticar exercícios e ir ao médico regulamente são algumas atitudes básicas para quem busca qualidade de vida e longevidade. Esses cuidados básicos são a melhor forma de prevenir as principais doenças que afetam a saúde da mulher.


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