Levantamento realizado pela Workana aponta também que
95,7% das entrevistadas entendem que 2017 foi decisivo para que o assunto seja
mais discutido neste ano
Mesmo com os avanços em relação à igualdade de
gênero no mercado de trabalho, a sociedade ainda tem muito o que evoluir. É o
que mostra uma pesquisa realizada pela Workana, plataforma
de trabalho freelance com atuação em toda a América Latina. O estudo foi realizado
com 1.500 brasileiras e, de acordo com o levantamento, cerca de 90% das
mulheres sentem que os homens são mais respeitados no mercado de trabalho.
Em 2017, muito se falou sobre as adversidades sofridas
pelas mulheres no âmbito profissional e a pesquisa confirmou que o ano foi
decisivo para uma virada de comportamento. Diante de diversas manifestações,
muitas delas vistas por todo o mundo em protestos e denúncias que tiveram
grande repercussão nos segmentos artístico e esportivo, 69,7% das entrevistadas
acreditam que as mulheres tiveram maior poder de decisão no último ano e 95,7%
entendem que esse foi um passo importante para que o assunto fosse ainda mais
discutido em 2018.
Em relação a questões salariais, enquanto na Islândia
o início deste ano foi marcado pela implementação de uma lei que garante
igualdade salarial entre os gêneros, no Brasil, 60,3% das entrevistadas
afirmaram que ganham ou já ganharam menos do que um homem para executar um
trabalho igual ou superior e 62,7% disseram ainda que em sua área de atuação
não há igualdade de oportunidades.
Já sobre abuso psicológico, 67,6% afirmaram que já
foram contrariadas no trabalho para se sentirem erradas mesmo estando certas, 68,3%
já foram interrompidas por homens em reuniões e 58,7% afirmam que algum homem
já levou crédito por algo que elas fizeram. Quando se fala da aparência, 52,6%
já foram julgadas no ambiente de trabalho.
Quando o assunto é assédio, o Brasil apresenta números
alarmantes: 48,4% das mulheres já se sentiram perseguidas por algum homem do
trabalho, enquanto 28,8% deixaram de denunciar algum abuso sofrido por medo de
serem demitidas. Questionadas sobre algumas situações desagradáveis no ambiente
profissional, 40,3% das entrevistas afirmaram ter sofrido assédio ou abuso de
uma autoridade, 38,3% notaram discriminação ou preconceito e 19% sofreram com
assédio sexual. Além disso, 17% sentiram desconforto antes mesmo de começar no
emprego: os casos foram logo na entrevista.
Grande parte das mulheres entrevistadas têm entre 21 e
40 anos (75%), são solteiras (54,7%), não têm filhos (76%) e possuem Ensino
Superior completo (36,7%).
Maytê
Carvalho - CEO e fundadora da B.Pass - formada
em Marketing pela ESPM, e já trabalhou para marcas de higiene pessoal e
cosméticos como Unilever e O Boticário. Além disso, ela participou como
finalista do programa O Aprendiz com Roberto Justus e conseguiu investimento no
Sharktank Brasil com a investidora anjo Camila Farani. Maytê foi eleita pela GQ
uma das 6 grandes líderes mulheres de startup do país. Atualmente, ela é
fundadora e CEO da B.pass, um assistente pessoal de beleza criado para mulheres
contemporâneas e se tornou o Gympass da beleza.
Camila
Costa, CEO da agência ID\TBWA do grupo
Omnicom - possui experiência e engajamento em liderança e
empoderamento feminino, além de super jovem e ocupar um cargo que é dominado
por homens. Ela é graduada em Publicidade e Propaganda pela FAAP, tem MBA em
Marketing pela FIA/USP, Pós-MBA pela Saint Paul escola de negócios para
preparação de Board Members e foi uma das primeiras brasileiras a participar do
"Executive Program" da Singularity University - Califórnia, em 2012.
Camila é investidora-anjo apenas de startups lideradas
por mulheres, participou do Fast Forward Women/Facebook em Miami e faz parte de
diversos grupos de atuação sobre o assunto, além de ser conselheira do projeto
social "Plano de Menina", que tem como objetivo levar empoderamento a
adolescentes da periferia brasileira para que se tornem protagonistas de suas
histórias.
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