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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Porque o sexo do brasileiro não anda bom?



Psicólogos explicam

Uma pesquisa recente da Durex Global Sex Survey (fabricante de preservativos) depois de entrevistar mais de 1.000 brasileiros de forma anônima, mostrou que 51% dos homens e 56% das mulheres estão insatisfeitos com a vida sexual.

Os psicólogos Oswaldo M. Rodrigues Jr. e Carla Zeglio especialistas em casais e sexualidade, ambos do InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade, de SP) comentam porquê.
Oswaldo fala que a falta de diálogo faz com que consequentemente não haja sintonia entre o casal. Isso quer dizer que  ambos não entram em acordo nem quantas vezes querem transar por semana e nem qual é o melhor horário para ter a relação. “Isso gera uma das principais causas da insatisfação e da frustração conjugal”, diz o especialista.
Além disso, o psicólogo afirma que há altos índices de dificuldade sexual no Brasil, mas poucos procuram ajuda. “O estudo mostrou que mais de 60% dos entrevistados têm dificuldade em admitir um problema sexual. E isso se confirma na prática já que  os pacientes com essas queixas costumam demorar de dois a cinco anos para buscar ajuda e tratamento - é um grande erro”, diz.
Na mesma pesquisa, 40% dos entrevistados afirmaram dedicar-se de 6 a 15 minutos nas preliminares. Carla comenta que a grande questão não é o tempo de dedicação, mas sim em conseguir ajustar o momento que antecede de maneira que seja satisfatória para os dois. “Sexo é para ser falado, e não só feito. Muitos casais insatisfeitos provavelmente não falam sobre a relação um com o outro”, finaliza a psicóloga.


 Carla Zeglio - Experiência em psicoterapia sexual e supervisão clínica com enfoque na sexualidade e faz atendimentos de casais em psicoterapia. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995), diretora e psicoterapeuta sexual do INPASEX- co-editora da Revista terapia sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES - Federación Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003 / 2005) e Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e Idealizadora do CEPES - Curso de Especialização em Psicoterapia com enfoque na Sexualidade. Organizou e presidiu os encontros Brasileiros de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012 e 2013).


Oswaldo M. Rodrigues Jr - Psicólogo formado pela UNIMARCO (1984); foi Secretário Geral e Tesoureiro da WAS – World Association for Sexology (2001-2005); Presidente da ABEIS – Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (2003-2005); dedica-se a tratar de problemas sexuais junto ao InPaSex – Instituto Paulista de Sexualidade – do qual é fundador e diretor. Autor de mais de 100 artigos científicos e mais de 35 livros, dentre eles: Parafilias (Ed. Zagodoni) Terapia da Sexualidade (2 vol., Ed. Zagodoni); editor chefe da Revista Terapia Sexual : clínica, pesquisa e aspectos psicossociais e co-cordenador do CEPES – Curso de Qualificação em Psicoterapia Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade..





O poder da mente



Terapeuta desenvolve método que busca mudar a maneira que o homem pensa

Vivemos em uma sociedade caótica. O imediatismo e a ansiedade fazem parte do século XXI. Tudo é para ontem, tudo é perder tempo, a informação chega a todos de maneira quase instantânea e nós precisamos responder rapidamente a essa demanda, somos cada vez mais exigidos. No entanto, a reação a esse bombardeio nem sempre é imediata e as frustrações acabam por assolar as pessoas.

A resposta para o fim desses problemas é mais simples que possamos imaginar: a mente. Por mais que represente apenas 2% da massa do corpo, o cérebro é capaz de fazer a mudança e construir uma nova realidade. Isto é o que explica o terapeuta transpessoal e pesquisador, João Gonsalves: “quem estuda um pouco de neurociência sabe que o nosso cérebro é formado por conexões neurais e essa estrutura é que possibilita a ação. Fisicamente o corpo é coordenado pelos comandos mentais”.

Compreende-se então que o cérebro ultrapassa suas funções básicas e biológicas. Ao longo da vida, são construídas malhas mentais, formadas por paradigmas individuais próprios. Até então essas malhas se mantiveram estáticas e seguíamos os mesmos padrões mentais. Entretanto, João Gonsalves afirma que essa estrutura pode mudar: “depois de ter acesso às descobertas da Autosofia, nós descobrimos um novo modelo mental que invalida muito da malha que havíamos construído anteriormente”. Esse fato acaba por alterar o modo que o ser se constrói e desenvolve novas maneiras de autoconhecimento.

Cabe ressaltar que essa nova técnica não promete resultados imediatos e instantâneos. A mente é um sistema complexo e reverter toda a malha é um processo lento. O trabalho é feito artesanalmente na construção de uma nova estrutura, enquanto a outra continua ativa e habitando em conjunto. Depois disto, haverá uma consolidação da nova malha mental e a mudança da maneira de pensarmos. Para isto será preciso sempre nos mantermos conscientes e resilientes ao processo, uma vez que, a antiga forma de pensar continuará ativa e influenciando a mente.

João Gonsalves explica que, “mesmo desejando um determinado objetivo, nossas antigas crenças nos levam a agir seguindo os velhos padrões mentais e, por consequência, a obtermos os mesmos antigos resultados. Temos que agir de maneira diferente, questionando os velhos padrões e reafirmando a nova malha mental; essa nova tomada de consciência nos encaminhará aos resultados que desejamos”. O autoconhecimento é capaz sim de alterar a nossa realidade física. Um sujeito que controla a sua mente, a potencializa.




João Gonsalves - Terapeuta de autoconhecimento
Fanpage: João Gonsalves
Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão 1335 - Cotia - São Paulo.





Cidades Inteligentes: quais os principais desafios da inovação?



Desde 1950, o mundo vem apresentando um crescimento constante da população que reside em áreas urbanas, o que, segundo a ONU, tem levado à urbanização das sociedades em uma velocidade tão grande que teremos cerca de 70% da população em centros urbanos em 2050, frente a 70% da população em áreas rurais em 1950.

Esse crescimento resulta em novas necessidades da população, que não têm sido acompanhadas pela gestão pública de forma eficaz, pois são agravadas com o avanço tecnológico da nova era que apresenta cada vez melhores alternativas para evitar o desperdício ou o esforço desnecessário para a execução de atividades rotineiras.

Embora a tecnologia evolua em uma velocidade que excede as expectativas, não é na mesma velocidade que as cidades as absorvem em benefício dos cidadãos, proporcionando maior qualidade de vida.

A ineficiência da gestão de recursos nas áreas urbanas ocasiona evidentes desigualdades, baixa qualidade de vida e preocupação com o futuro dos ecossistemas urbanos que não param de crescer. Atualmente, é evidente que a geração de soluções é menor que o surgimento de novos problemas e o aumento de situações críticas em nossos principais centros urbanos, principalmente relacionadas à mobilidade, governança, economia, meio ambiente, pessoas e qualidade de vida.

Ao analisar os principais problemas dos centros urbanos, e fazendo um contraponto, podemos chegar aos seis pilares de uma Cidade Inteligente, que representa um ecossistema inovador, caracterizado pelo uso generalizado de tecnologia na gestão de seus recursos e infraestrutura.

Então, quais são as principais dificuldades que a administração pública possui em alinhar as necessidades da população com as diversas novas tecnologias que surgem a cada novo dia? Analisando o cenário brasileiro, boa parte dos impedimentos se deve à alta burocracia envolvida em um processo licitatório, que além do tempo excessivo, não está preparado para acompanhar as novas formas de negócio do século XXI, as quais estão baseadas em crowdsourcing – compartilhamento e colaboração, e impedem que a tecnologia e a inovação possam transformar a realidade da população propiciando melhor qualidade de vida.

Outra parte se deve à falta de expertise da gestão pública em integrar as diversas tecnologias, de forma a criar um ambiente focado em resolver os problemas e necessidades da população, pois uma cidade inovadora é feita principalmente de colaboração e de parcerias que tenham paixão em resolver problemas. Trabalhar esse cenário caótico e desafiador, de forma solitária, é uma tarefa muito árdua e penosa.

Além de uma revisão criteriosa na Lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos para a Administração Pública, é preciso ceder mais espaço para a iniciativa privada colaborar com soluções focadas em resolver problemas da população de forma colaborativa, ou seja, por meio de parcerias público-privadas que propiciem a evolução de todos os pilares de nossas cidades, resultando em maior qualidade de vida para a população.





Dyonata Laitener Ramos - coordenador de projetos no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).





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