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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Detran.SP alerta sobre os perigos de dirigir sob efeito de álcool




Ação marca o Maio Amarelo e é baseada em levantamento que aponta que 94% dos acidentes com vítimas fatais são causados por falhas humanas, como desatenção e imprudência



O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) promove neste mês, em parceria com o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, a campanha educativa #FocaNoTrânsito. Em sua terceira semana, a ação aborda um tema recorrente que, dia após dia, faz mais vítimas no trânsito: a mistura de álcool e direção.

A iniciativa faz parte do Maio Amarelo, cor que remete à atenção e, por isso, foi adotada internacionalmente para representar o mês voltado à segurança no trânsito. De acordo com relatório de 2015 da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,25 milhão de pessoas morrem anualmente por causa de acidentes viários.

A Organização aponta também que o consumo de substâncias alcoólicas antes de dirigir é um fator que pode ser associado diretamente ao envolvimento em acidentes de trânsito e à gravidade das lesões, fato confirmado pela médica Julia Greve, especialista em ortopedia e traumatologia do Hospital das Clínicas. “Em acidentes em que é constatada embriaguez do motorista, o tipo de lesão é geralmente mais grave. Ele perde a noção dos espaços e, principalmente, do perigo das suas atitudes.”

Dados do Ministério da Saúde mostram outro dado preocupante: 10% dos homens e 2% das mulheres do Estado de São Paulo admitiram dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas. A gravidade dos danos ocasionados também está relacionada à velocidade em que se trafega.

A mais recente versão da Lei Seca, de 2012, prevê tolerância zero para ingestão de álcool antes de dirigir. No entanto, como os bafômetros têm uma margem de erro determinada pela legislação federal, os condutores são autuados quando apresentam a partir 0,05 miligramas de álcool por litro de ar expelido.

O limite equivale a menos de um copo de cerveja. Ou seja, qualquer quantidade de álcool é suficiente para gerar a infração. “É importante que a tolerância seja zero, porque essa é a única garantia de que o álcool não vai interferir na capacidade do motorista. Cada pessoa é afetada de forma diferente, não há como padronizar uma quantia segura”, pontua Julia.

O motorista flagrado dirigindo após consumir bebidas alcoólicas é multado em R$ 2.934,70 e notificado a responder processo de suspensão do direito de dirigir por um ano. Quem se recusa a fazer o teste do bafômetro recebe as mesmas penalidades. E, mesmo sem soprar o etilômetro, se o perito identificar alguma anormalidade durante o exame clínico, o cidadão pode responder também por crime de trânsito. A pena é de seis meses a três anos de prisão. Para quem faz o teste, o índice que corresponde a crime é superior a 0,33 miligrama de álcool por litro de ar expelido.

O biólogo Sávio Mourão Henrique, que perdeu a esposa em um atropelamento causado por um motorista bêbado, ressalta que a consciência é a maior aliada do condutor. “Grande parte das pessoas pensa que não vai acontecer com elas. Isso pode acontecer com qualquer um, tanto do lado da vítima quanto do agressor”, conta. “O motorista precisa saber que porta uma arma e que os erros dele podem se transformar em uma tragédia. Eu me tornei o porta-voz sobre algo que eu nunca gostaria de ter passado”, completa. O acidente ocorreu há um ano, em maio do ano passado, na zona oeste da capital.

Apesar do alto risco de dirigir após beber, há quem tente driblar o bafômetro seguindo dicas de páginas da internet, como a ingestão de vinagre, antisséptico bucal, chocolate ou medicamentos que aceleram o metabolismo. No entanto, nenhum produto interfere na precisão do etilômetro. Uma vez que o aparelho mede o álcool ingerido, que passou para a circulação sanguínea e, posteriormente, foi exalado dos pulmões, o único modo de sair ileso do teste é não beber antes dirigir.

“Além de colocar em risco a vida do próprio motorista, dirigir alcoolizado ameaça também as pessoas ao redor. A bebida reduz os reflexos e a capacidade de reação do condutor. Dirigir exige máxima atenção, e somente com senso de responsabilidade e engajamento de todos podemos ter um trânsito mais seguro e humano”, ressalta Maxwell Vieira, diretor-presidente do Detran.SP.

Em 2016, somente o Detran.SP aplicou em todo o Estado 41.972 multas por embriaguez ao volante ou recusa ao teste do bafômetro, 26% a mais do que a quantidade aplicada em 2015, de 33.237. Além do Departamento, as polícias rodoviárias estadual e federal também autuam por embriaguez ao volante. 

Campanha #FocaNoTrânsito – Como o trânsito exige 100% de atenção, não por acaso o mascote da campanha do Detran.SP em parceria com o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito é uma foca, porque quem #FocaNoTrânsito vai em segurança. A ação, desenvolvida em diversas cidades do Estado, conta com imagens do animal em várias situações no tráfego. Além disso, ”homens-foca” circulam por vários espaços públicos e privados.

“O objetivo da campanha é, de forma bem-humorada, convidar os cidadãos a adotar uma postura mais segura para reduzirmos o número de acidentes e mortes. O trânsito não é feito de veículos, e sim de vidas, que viram estatísticas na maioria das vezes por conta de falhas humanas”, alerta Maxwell.

“O ser humano não deve ser o problema, mas a solução. Juntos, podemos tornar nossas ruas e estradas mais humanas e seguras”, diz Silvia Lisboa, coordenadora do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito.

Na maior parte das vezes, essas falhas podem ser corrigidas com atitudes muito simples: usar sempre o cinto de segurança, inclusive no banco de trás; nunca dirigir depois de beber; respeitar os limites de velocidade e não usar o celular enquanto você estiver ao volante ou atravessando a rua. Por semana, cada um desses temas será trabalhado —na primeira semana foi a vez do cinto. As ações estarão reunidas no site www.focanotransito.com.br.


Acompanhem a campanha pelas redes sociais do Detran.SP:



DETRAN.SP:
O Detran.SP é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão. Para obter mais informações sobre o papel do Detran.SP, clique neste link: http://bit.ly/2ptdw0r

INFORMAÇÕES AO CIDADÃO:
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Dia ''D'' de vacinação contra a gripe será neste sábado em todo o país



O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa da mobilização, em visita a um posto em Feira de Santana (BA). Serão 36 mil salas de vacinação e 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais 


Os postos de vacinação de todo o país estarão abertos neste sábado (13) para o Dia “D” de mobilização contra a gripe. Até o dia 26 de maio deverão ser vacinadas, em todo o Brasil, 54,2 milhões de pessoas que integram o público-alvo. O dia de mobilização é uma parceria do Ministério da Saúde com as secretarias estaduais e municipais de saúde e tem como objetivo reforçar a importância da vacinação, deste grupo prioritário, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Neste sábado (13), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, visitará um posto de vacinação montado na Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana (BA). 

O município conta com 120 salas de imunização e mais de 460 profissionais envolvidos na mobilização. Até o momento, 54,2 mil (48%) pessoas se vacinaram em Feira de Santana, de um público-alvo formado por 112,4 mil.

Em todo o país, a campanha conta com uma estrutura formada por cerca de 36 mil salas de vacinação e com a participação de aproximadamente 240 mil pessoas. Além disso, serão utilizados mais de 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais, que possibilitarão a vacinação em populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos indígenas.

“Hoje, o Brasil é o país que mais oferta vacina de influenza. Estamos adquirindo 60 milhões de doses para vacinar 54,2 milhões de brasileiros. A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita”, ressaltou o ministro Ricardo Barros. Ele lembrou que ela é totalmente segura e pode evitar as complicações geradas pelos principais subtipos de influenza que circulam atualmente. “É fundamental que a população-alvo aproveite a oportunidade do Dia “D” para procurar as salas de vacinação e se proteger antes da chegada do período de maior circulação dos vírus”, afirmou o ministro.

A meta, neste ano, é vacinar 90% desse público até o dia 26 de maio, quando termina a campanha. A vacina protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, ressaltou que a vacina demora, pelo menos, 15 dias para fazer efeito, por isso a importância de se vacinar o quanto antes para não ter contato com o vírus.


BALANÇO - Até o momento, 18,4 milhões de brasileiros procuraram os postos de saúde em todo o país. O número representa 36% do público-alvo, formado por 54,2 milhões de pessoas. Os estados com a maior cobertura vacinado do país, até o momento, são: Paraná (57,6%), Rio Grande do Sul (56,1%), Santa Catarina (53,2%) e Amapá (48,7%) Já os estados com menor cobertura são: Pará (16,4%), Roraima (17,6%), Piauí (20%), Mato Grosso (23,2%), Rio de Janeiro (24%) e Amazonas (24%).

Entre a população prioritária, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 9,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 43,8% deste público, seguindo pelas puérperas (42,3%) e trabalhadores de saúde (41,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os indígenas (18,7%), crianças (26,6%), professores (25,7%) e gestantes (32%). Entre as regiões do país, o Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 48,5%, seguida pelas regiões Sudeste (28,3%); Centro-Oeste (23,2%); Nordeste (19,5%) e Norte (16%).

Desde o dia 17 de abril, a vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. 


PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.

É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. 


CASOS - O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 6 de maio, foram registrados 605 casos de influenza em todo o país. Do total, 30 foram por gripe A H1N1, sendo que oito evoluíram para óbito por H1N1. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram registrados 398 casos e 52 mortes. Houve ainda 111 casos e 30 óbitos por influenza B. Os outros 66 casos e 9 óbitos foram por influenza A não subtipada.

Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos.  Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram notificados 49 casos e 10 mortes em 2016.

O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).




Amanda Mendes
Agência Saúde



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