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sexta-feira, 6 de março de 2015

Instituto Assaf: pratos tradicionais da nossa alimentação estão cada vez mais caros




 O IBGE divulgou o IPCA-15 nesta terça-feira (dia 24/02/2015) apontando uma alta de 1,33% e um acumulado no ano de 2,23% (janeiro até fevereiro de 2015) para um total em um ano de 7,36% nos últimos 12 meses.
Mas o que mais assusta são os aumentos que estão mais pertos de nós como itens de alimentação, educação, combustíveis e transportes.
Entre os itens com maiores aumentos:
HORTALIÇAS E VERDURAS
7,71%
 TUBÉRCULOS, RAÍZES E LEGUMES
6,86%
 EDUCAÇÃO
5,98%
 COMBUSTÍVEIS E ENERGIA
5,78%
 FUMO
4,44%
 PESCADOS
3,62%

Se observarmos mais de perto alguns itens específicos da alimentação do brasileiro está mais caro alguns dos principais pratos da nossa comida:
AUMENTO % - média e mediana referente ao mês de fevereiro de 2015 em relação a janeiro de 2015
TRADICIONAL FEIJOADA

Média
Mediana
 ARROZ
0,32


 FEIJÃO-PRETO
1,61


 CARNE SECA E DE SOL
1,70


 CARNE DE PORCO SALGADA E DEFUMADA
2,86


 TEMPERO MISTO
0,78
1,45
1,61




SALADA DE FRUTAS



 BANANA-PRATA
4,76


 LARANJA-BAIA
2,48


 MORANGO
-2,78


 ABACAXI
1,43
1,47
1,96





PRATO ARROZ, FEIJÃO E BIFE

Média
Mediana
 FEIJÃO-CARIOCA (RAJADO)
10,07


 ARROZ
0,32


 TEMPERO MISTO
0,78


 ALCATRA
1,72
3,22
1,25





MAIONESE
 BATATA INGLESA
6,77


 TOMATE
9,61


 CEBOLA
4,62


 CENOURA
7,75


 MAIONESE
0,30
5,81
6,77









SALADA DE ALFACE E TOMATE
 ALFACE
10,95


 TOMATE
9,61
10,28
10,28








Usou-se apenas o cálculo dos aumentos médios desses pratos tradicionais da alimentação brasileira.
A média é a média aritmética simples, mas colocou-se a mediana uma vez que existem aumentos muito discrepantes em cada prato e a mediana ajuda a suavizar esse impacto.
 Observando os dados históricos tem-se:

IPCA15 % no mês
Acumulado 12 meses (%)
fev/00
0,34
8,56
fev/01
0,50
6,18
fev/02
0,44
7,44
fev/03
2,19
15,48
fev/04
0,90
7,09
fev/05
0,74
7,36
fev/06
0,52
5,47
fev/07
0,46
2,91
fev/08
0,64
4,74
fev/09
0,63
5,77
fev/10
0,94
4,63
fev/11
0,97
6,08
fev/12
0,53
5,98
fev/13
0,68
6,18
fev/14
0,70
5,65
fev/15
1,33
7,36
Fonte: IBGE
O IPCA/15 deste mês de fevereiro de 2015 é o maior desde 2003.
O IPCA-15 tem como população objetivo as famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Senado rejeita análise da medida provisória que aumenta as alíquotas das contribuições previdenciárias




Apesar da decisão de Renan Calheiros, não diminuem os riscos do aumento das alíquotas, pois já está em andamento um projeto de lei.
Na noite da terça-feira, 03, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou a devolução ao governo federal da medida provisória 669/2015 que trata da desoneração da folha de pagamento das empresas. O aumento das alíquotas da contribuição previdenciária aplicadas sobre o faturamento das empresas havia sido autorizado na última semana por meio da medida provisória (MP) 669 e publicada no Diário Oficial da União.
Contudo, Renan Calheiros considerou a MP inconstitucional. Ele se baseou no artigo 48 do regimento interno do Senado, que estabelece que cabe ao presidente da Casa "impugnar as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituição, às leis, ou ao próprio regimento". Sendo assim, ele devolveu a MP à Presidência da República.
O advogado especialista em Direito Tributário, Marco Aurélio Poffo, sócio do BPHG Advogados, de Blumenau (SC), explica que, embora o presidente do Senado tenha rejeitado a análise da MP, o aumento já voltou à pauta mediante projeto de lei. “Os empresários ganharam tempo, mas o risco continua elevado”, afirma Poffo.
Ainda ontem (3), no final do dia, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou nota informando que a presidente Dilma Rousseff assinou um projeto de lei com urgência constitucional nos mesmos termos da MP. De acordo com a nota, não haverá prejuízo para as medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo.
Entenda o caso
Inicialmente as empresas eram obrigadas a pagar a contribuição ao INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) sobre a folha de pagamento. Em 2011, uma medida provisória mudou a regra da contribuição, passando a cobrança a ser feita sobre o faturamento. O objetivo era reduzir o valor pago ao INSS, diminuindo os custos com a folha de pagamento e, assim, incentivando as empresas a contratarem mais.
Porém, na última sexta-feira, 27, o governo aumentou o valor das alíquotas por meio da MP 669. Em setores como o comércio varejista, vestuário, mobiliário, transporte rodoviário e ferroviário de cargas, transporte metroviário de passageiros e indústria de transformação, por exemplo, o percentual passou de 1% para 2,5%. Já em setores que possuíam a alíquota de 2%, como tecnologia da informação, call center, hotéis, transporte coletivo de passageiros e construção civil, a alíquota passou para 4,5%, a partir de junho. “Antes, a justificativa era de que a desoneração serviria para criar mais empregos. Agora o governo aumentou essas alíquotas, quase triplicando os percentuais. Em médio prazo, essa decisão pode gerar ainda mais demissões”, aponta Poffo.
Outra consequência, de acordo com o advogado, é a mudança no planejamento dos negócios. “Como a nova medida possibilita ao empresário optar por pagar sobre o faturamento ou sobre a folha de pagamento - talvez, essa seja a única vantagem do novo modelo - a cada ano os gestores deverão fazer as contas para analisar qual opção vai onerar menos o empreendimento” explica. 

Marco Aurélio Poffo - advogado especialista em Direito Tributário e sócio do BPHG Advogados

Estudo revela que 43% dos negócios no Brasil são liderados por mulheres




As mulheres enfrentam vários papéis de uma vez só: são donas de casa, profissionais competentes, mães, esposas, amigas, entre inúmeras outras funções. Essa é a realidade da maioria das brasileiras que conseguem dar conta de todas as responsabilidades e ainda exercer o papel de executivas e empreendedoras.
De acordo com estudo realizado pela Serasa Experian, 43% dos negócios existentes no Brasil pertencem a mulheres. O país possui 5.693.694 empreendedoras, que representam 8% da população feminina.
Prova disso é Leiza Oliveira, 41 anos, mãe de dois filhos. Entre a educação dos filhos e a coordenação do lar, Leiza comanda três empreendimentos. Ela é fundadora da rede Minds English School, marca com nove anos de atuação e que possui 70 unidades espalhadas por todo o Brasil. “É uma grande responsabilidade estar à frente da rede, administrar outros negócios e ainda ter as funções do lar e ser mãe. Mas com a organização que nós mulheres temos, conseguimos dar conta de tudo e nos sentimos realizadas”, conta Leiza.
 Outras empreendedoras que fazem parte desse cenário são as sócias Carina Rosin e Flávia Picolo, da Noiva em Forma, empresa que desenvolve programa de acompanhamento físico personalizado para noivas. “É gratificante liderar seu próprio negócio. Mas também um desafio diário — acho que já nascemos multitarefa”, completa Carina.
Outro exemplo de mulher de sucesso é Cibele de Freitas, diretora da Sigbol. Ela assumiu a diretoria de ensino da empresa há aproximadamente 16 anos e, apesar de ser uma sucessão natural de família, a executiva viveu um grande desafio para realizar e coordenar o desenvolvimento da área de ensino da rede. “Temos profissionais com mais de 20 anos de casa. Eu não faria nada sem a colaboração desta equipe integrada e dedicada”, ressalta. Ela lidera uma equipe de 50 pessoas e considera extremamente importante  conseguir que os colaboradores trabalhem alinhados com o mesmo objetivo da empresa.
A franqueada Lucila Mara da Silva é outro exemplo de coragem, garra e determinação. Após ser diagnosticada com câncer de mama, lutou contra a doença até obter a cura e ainda abriu um negócio próprio de sucesso. “Escolhi a franquia da Sigbol por ser reconhecida no mercado, evitando grandes riscos. Hoje, aos 64 anos, estou satisfeita com minha decisão”, comemora a empreendedora.
Outro case de sucesso é o da sócia-fundadora do Mapa da Mina, Elisângela Barros Machado que viu no mercado de produtos folheados um segmento próspero. Começou a vender os itens para os amigos, até que notou a crescente demanda pelas semijoias. Do porta a porta conseguiu capital e em 1995 fundou a primeira loja conceito Mapa da Mina, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Alguns anos mais tarde, decidiu iniciar o processo de expansão da empresa. Atualmente a rede conta com quatro unidades próprias e duas franqueadas. A marca tem fábrica própria e disponibiliza um mix composto por 2.900 peças folheadas a ouro 18 quilates, desenvolvidas com componentes antialérgicos e camada de ouro, para maior durabilidade.
De acordo com o relatório da Serasa, a idade média das mulheres empresárias é de 44 anos, e a maior concentração de empreendedoras fica na região Sudeste, com 55% do total.

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