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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Brasileiro gasta em média até 36,12% do salário anualmente com livro escolar


A comparação é feita com base no mês em que a compra é realizada e na média salarial de R$2500 

 

 

             As compras escolares do começo de cada ano letivo são sempre um desafio, principalmente para quem deseja iniciar o ano fazendo economia. Tendo em mente o início das aulas de 2019, o Cuponation, plataforma de descontos online integrante da alemã Global Savings Group, realizou uma pesquisa fazendo uma comparação sobre o preço em livros didáticos levando em consideração a média salarial nacional. 

           Apesar da possibilidade de reaproveitar a maioria dos materiais dos anos anteriores (como mochila e estojo), os livros didáticos estão na lista dos itens que precisam ser trocados a cada ano, já que o conteúdo muda com a série escolar. Coincidência ou não, dentre todos, também é considerado o item mais caro a ser comprado. Confira mais dados no infográfico interativo do Cuponation.

           Um estudo sobre o assunto feito pela Associação Nacional de Livrarias apresentou que o preço dos livros didático aumentou entre 8% e 10% em relação aos anos anteriores, passando a custar em média R$150 cada.  

           Uma análise feita com uma tabela de preços de uma escola particular paulista, com base em uma criança que estuda desde o Infantil I até o 3º ano do Ensino Médio, mostra que o gasto com livros didáticos durante todo o período escolar é de no mínimo R$7.750 - sendo R$1.410,48 para os 3 anos do período infantil, R$4.432,90 para os 9 anos de Ensino Fundamental I e II e R$4.065,80 para os 3 anos do Ensino Médio.  

           O Cuponation fez análises com informações de 2019 de 3 livrarias que vendem materiais didáticos do período Infantil até o 3º ano do Ensino Médio. Com os dados da loja com preços mais baixos e levando em conta a renda média de R$2.500 de uma família -  segundo dados do IBGE mais recentes -, apresenta o quanto dessa renda foi gasta de acordo com o levantamento feito. 

           Considerando que essa família tenha gastos com uma criança para o 1º ano do Fundamental I e realizando as compras três meses antes do início das aulas, o gasto dessa compra seria de 4,43% dessa renda. Caso as compras sejam feitas dois meses antes, a renda gasta seria de 6,64%. Para quem deixou para realizar as compras apenas um mês antes, o valor investido seria equivalente a 13,28% do salário. 

            14,90% foi retirado da renda para as compras feitas três meses antes das aulas do 6º do Fundamental II começar. Para as compras de didáticos feitas dois meses antes, 22,35% desse salário foi utilizado, e 44,70% para as compras realizadas um mês antes. 

            Ponderando que essa família tenha gastos com um adolescente para o 1º ano do Ensino Médio e fez as compras um mês antes das aulas começarem, foi necessário gastar 72,24% dessa renda. Para quem deixou para dois e três meses antes, o custo foi de 36,12% e 24,08%, respectivamente. 

     Para as famílias, uma ótima forma de economizar é procurando jeitos alternativos na hora das compras. Um exemplo é ver com a instituição na qual a criança ou adolescente estuda se a mesma tem parceria com fornecedores de materiais, como uma livraria, por exemplo. Também é possível pesquisar por sebos, bazares ou fazer compras em grupo. Buscas online em sites como Skoob, Estante Virtual, Mercado Livre e até em grupos do Facebook podem ajudar bastante, e você também pode utilizar cupons de descontos da plataforma online do Cuponation

 

 

 

 

www.cuponation.com.br/insights/livros-didaticos

Da lousa para a tela


As tecnologias digitais de informação e comunicação estão mudando a forma como nos comunicamos, como aprendemos, produzimos, e até mesmo como nos relacionamos. Essas ferramentas estão presentes nas mais diversas atividades do nosso dia a dia. Mas como inserir esses recursos tecnológicos na sala de aula aproximando a escola deste universo cada vez mais comum dos estudantes?

O consumo facilitado de vídeos do YouTube, por exemplo, criou uma cultura de aprendizado passivo e de curto prazo. Uma pesquisa realizada em setembro de 2018 pela Pearson Education aponta que 59% dos jovens da geração Z (nascidos a partir de 2001) preferem aprender assistindo a vídeos curtos no YouTube. Logo, quando fazemos uso de recursos digitais nos processos de ensino e aprendizagem, naturalmente já estamos atraindo a atenção dos mais jovens, falando e interagindo com a linguagem do seu tempo.

Quando pensamos nessa relação entre os jovens e as tecnologias, também é importante lembrar que estamos falando de uma geração que já nasceu hiperconectada, com a ascensão da internet e a euforia da mobilidade no acesso à web. Para essa geração, ter acesso à internet e usufruir de recursos tecnológicos é natural, algo muitas vezes visto como essencial. A forma com que esses jovens aprendem e produzem está diretamente ligada à essa relação com as tecnologias digitais.

Os games por exemplo, fazem parte desse universo e estão cada vez mais inseridos nas atividades educacionais. A gamificação, conceito criado pelo britânico Nick Pelling em 2002, mostra que os conceitos dos games podem ser aplicados na resolução de problemas e em conceitos do mundo real. A Rede Marista de Solidariedade, que atende gratuitamente mais de 7.300 crianças em áreas de vulnerabilidade nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, já utiliza esse recurso em suas escolas sociais. O 10/10 – O Jogo, por exemplo, foi criado para desenvolver habilidades colaborativas, sociais e técnicas para preparar adolescentes de 14 a 16 anos para o mercado de trabalho.

O que torna os games não populares ainda em sala de aula é a necessidade de uma metodologia bem elaborada para que a atividade não seja confundida com um momento de entretenimento. Para combater essa possível fragilidade envolvendo o uso dos games em sala de aula, empresas estão criando jogos educacionais similares aos jogos comuns aos jovens, como o Minecraft Education Edition, uma versão do famoso game Minecraft, mas com foco educacional, no qual o educador acompanha as ações dos estudantes e promove desafios dentro do ambiente virtual dos games.

Por meio de etapas de desafios pessoais e coletivos, o uso da tecnologia em sala de aula contribui no desenvolvimento de habilidades criativas, além de oferecer estímulo ao protagonismo das crianças e adolescentes.





Lucas Grubba - analista de tecnologias da Rede Marista de Solidariedade, especialista em eletrônica e mestrando em Educação pela Universidade de Ciências e Tecnologias de Miami.


Como funciona Ensino Médio a distância para Jovens e Adultos




Conhecida como EJA a distância ou EAD, modalidade de estudos on-line permite concluir a etapa básica da educação no conforto de casa


A educação básica é um direito de todos, afirma a Constituição Federal de 1988. Porém, até 2017, 53,4% dos brasileiros com mais de 25 anos não tinham concluído o Ensino Médio (Pnad Contínua, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE). Na tentativa de mudar essa estatística, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) está disponível também na modalidade a distância.

“A grande vantagem da EAD é a adequação à rotina de trabalho e compromissos de cada aluno. Por outro lado, é preciso mais disciplina e autonomia para cumprir os deveres do curso”, defende Maria Tereza Xavier, coordenadora da EJA do Centro Integrado de Educação Básica para Jovens e Adultos Uninter.

A professora explica que a EJA é equivalente ao antigo supletivo em seu formato. Contudo, além de suplementar o nível de instrução, tem por objetivo oferecer uma educação mais adequada às necessidades dos jovens e adultos.

Em 2017, quase 1,5 milhão de jovens e adultos estavam matriculados na EJA Ensino Médio (Sinopse Estatística da Educação Básica, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep). Não há dados de quantos alunos estão fazendo seu curso à distância, mas a modalidade está se popularizando cada dia mais.


Como funciona a EJA a distância

O curso conta com conteúdo idêntico ao Ensino Médio regular e à sua contraparte presencial. Porém, na modalidade a distância, o Ministério da Educação estabelece alguns critérios diferenciados para a existência dos cursos. As principais exigências são:
  • Montar um Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), onde são disponibilizadas as aulas on-line
  • Providenciar material didático aos estudantes
  • Ter duração mínima de 1.200 horas
  •  Dispor de biblioteca e laboratórios de informática nos polos de apoio presencial para uso dos estudantes.
Amparados por essa estrutura, os estudantes avançam no conteúdo de acordo com seu próprio ritmo de aprendizado. Algumas instituições também estabelecem aulas presenciais – na Uninter, elas acontecem uma vez por semana.

Além dos encontros presenciais, os estudantes dispõem do AVA para contatar os professores e tirar dúvidas on-line.

As avaliações são feitas de forma contínua, ao longo de todo o processo. Depois de aprovado em todas as disciplinas, o estudante conclui o curso e obtém o Certificado de Conclusão do Ensino Médio, sem a necessidade de fazer qualquer outro exame.

No caso de instituições que contam com encontros presenciais, o aluno também precisa apresentar 75% de frequência nas aulas para ser aprovado.


Quem pode fazer EJA

Existem dois critérios importantes para se matricular no EJA a distância, que são estabelecidos pelo Ministério da Educação. São eles:
  • Ter 18 anos completos no momento da matrícula
  • Ter Ensino Fundamental completo.
Adolescentes com idade inferior a 18 anos devem frequentar escolas regulares e não podem fazer EJA. O mesmo vale para menores emancipados.

Quem iniciou o Ensino Médio anteriormente ou concluiu disciplinas pelo Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e deseja ingressar na EJA, pode eliminar algumas disciplinas. Para isso, basta apresentar o histórico escolar ou o certificado parcial de proficiência no ato da matrícula.


Direitos de quem faz EJA

Jovens e adultos que fazem EJA, seja presencial ou a distância, são considerados estudantes como todos os outros e têm os mesmos direitos de quem cursa Ensino Médio em idade regular. Por exemplo:

Carteira de estudante

Meia-entrada estudantil para cinemas, museus e apresentações culturais

Passe-livre ou desconto na passagem nas cidades que oferecem tais benefícios
Participação em programas de jovem-aprendiz

Fazer estágio supervisionado

Depois de concluir e ser aprovado no curso, também podem usufruir dos direitos de todo cidadão com Ensino Médio completo, como:
  • Ingressar no Ensino Superior – por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do vestibular ou outras formas
  • Prestar concursos públicos destinados a quem completou o Ensino Básico
  • Concorrer a vagas de emprego que exigem Ensino Médio.
Alguns acreditam que a idade em que o cidadão cursa ou conclui os estudos interfere em seus direitos, mas não é verdade. A lei considera todos os que concluíram a etapa básica da educação da mesma forma, independentemente da idade ou instituição de ensino em que se graduaram.


Onde fazer EJA?

Casos de pessoas que concluíram o EJA – de forma presencial ou EAD –, mas não obtiveram sua certificação ao final não são raros. Existem muitas ofertas de instituições que não estão habilitadas a oferecer o programa.

Para não cair nessa cilada, a professora dá uma dica fácil de colocar em prática. Basta contatar a Secretaria de Educação do Estado em questão, ou instituição que a represente localmente, e perguntar se o estabelecimento de ensino está autorizado a oferecer EJA.

Caso positivo, o estudante pode se matricular com tranquilidade. Todas as instituições de ensino habilitadas pelas secretarias de educação emitem Certificado de Conclusão do Ensino Médio ao final do curso.





EJA Ensino Médio Uninter
uninter.com/eja


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