Pesquisar no Blog

terça-feira, 24 de julho de 2018

Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica alerta sobre a baixa adesão dos brasileiros às vacinas que previnem o câncer


Importância de vacinas cruciais para o cenário oncológico são ignoradas por mais de 10% dos brasileiros – e os números de adesão são ainda piores


Desde 2004, o Ministério da Saúde organiza os calendários de vacinação por ciclos de vida – crianças, adolescentes, adultos e idosos. Segundo relatório recente feito pela Unicef e a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de cobertura entre as crianças caiu no Brasil nos últimos três anos. A tríplice viral, por exemplo, teve queda de 15%, enquanto a vacina contra a poliomielite caiu 17%. Mas essa tendência também pode ser vista nas demais faixas etárias. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os níveis cobertura de todas as vacinas estão abaixo da meta ideal. Diante deste quadro preocupante, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) alerta sobre a importância de a população aderir às campanhas de vacinação.

Segundo a Dra. Andréia Melo, diretora da SBOC, as vacinas são algumas das formas mais simples e eficazes de prevenir doenças, inclusive algumas formas de câncer. Para o especialista, a situação é grave e acende um alerta vermelho para alguns tipos de câncer cuja principal forma de prevenção advém de vacinas.

“O câncer já é uma doença epidêmica e se tornará a maior responsável por mortes no Brasil até 2020. É crucial que façamos tudo sob nosso alcance para diminuir ao máximo sua incidência e salvar vidas. Entretanto, parece passar despercebido por boa parte das pessoas que as vacinas têm um papel central na prevenção de algumas formas bastante incidentes da doença. O caso da vacina do vírus do papiloma humano (HPV) – principal forma de prevenção do câncer do colo de útero, o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil – é emblemático. O grupo-alvo estabelecido pela OMS para essa vacina é de meninas entre 9 e 14 anos – e esse público pode tomá-la gratuitamente no SUS durante todo o ano. Entretanto, apenas 48,7% dessas meninas receberam a vacina desde o início da imunização, há cinco anos, sendo que a cobertura necessária é de 80%. No ano passado, 900 mil vacinas ficaram encalhadas e precisaram ser disponibilizadas para pessoas de outras faixas etárias. Esse tipo de situação é inaceitável” diz a Dra. Melo.

Outra vacina importante para o cenário oncológico é a que atua contra o VHB – o vírus causador da hepatite B, que é um dos principais fatores relacionados ao câncer de fígado. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, essa vacina é uma das que menos teve adesão nos últimos 24 anos: de 1994 para cá, apenas 39,4% dos adultos foram imunizados contra a hepatite B. “Apesar de a baixa adesão da população estar sendo exacerbada nos últimos tempos com a proliferação de fake news – que duvidam da segurança das vacinas e as ligam a mortes e até casos de autismo –, esse é um problema mais amplo, que vem de longe. O fato de seis em cada dez pessoas não terem se imunizado contra a hepatite B em um período de mais de 20 anos mostra que a questão não é nova”, diz a especialista.

Segundo a diretora da SBOC, para endereçar a questão de forma séria, é preciso não apenas educar e conscientizar a população, mas também implantar políticas de atenção primária que capacitem os profissionais de saúde em todo o País. “No Brasil, é sempre difícil apontar apenas um fator por trás dos problemas. Neste caso, há uma mistura de várias questões difíceis de resolver, como a desinformação e o medo – que não atingem apenas os pacientes, mas também os profissionais de saúde. No caso específico do câncer, a questão é ainda mais delicada, pois ainda não há uma formação adequada (em qualidade e quantidade) de médicos oncologistas no país, o que faz passos importantes do tratamento e diagnóstico do câncer sejam tomados por profissionais não-especialistas. Em 2015, por exemplo, quase 60% dos profissionais de saúde não sabiam que a vacina contra o HPV protege contra o câncer de colo de útero. Se eles não sabem, como é que vão recomendar a linha de ação adequada para os pacientes?”.

Para contribuir com a mudança desse cenário, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) tem feito esforços para qualificar o debate público sobre o tema – com notas técnicas sobre as vacinas contra a febre amarela e a influenza –, conscientizar a população sobre a importância das campanhas da vacinação – em especial contra o HPV e a hepatite B, cuja importância oncológica não é reconhecida por 14% dos brasileiros, segundo pesquisa da SBOC – e aumentar a quantidade e qualidade de profissionais especialistas formados com conhecimento sólido em oncologia. Passos importantes nesse sentido foram o recente reconhecimento da Oncologia Clínica como especialidade médica e os esforços despendidos para estabelecer um Título de Especialista em Oncologia Clínica. “Apenas levando esse problema a sério, desde suas causas mais profundas – como a insuficiência de profissionais devidamente capacitados – até suas consequências mais visíveis – como a falta de conhecimento e a baixa adesão às vacinas por parte dos brasileiros – conseguiremos melhorar essa situação”, finaliza.





SOBRE A SBOC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ONCOLOGIA CLÍNICA
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) é a entidade nacional que representa mais de 1,5 mil especialistas em oncologia clínica distribuídos pelos 26 Estados brasileiros e o Distrito Federal. Fundada em 1981, a SBOC tem como objetivo fortalecer a prática médica da Oncologia Clínica no Brasil, de modo a contribuir afirmativamente para a saúde da população brasileira. Desde novembro de 2017, é presidida pelo médico oncologista Sergio D. Simon, eleito para o biênio 2017/2019


Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com a enxaqueca


Nutricionista explica como o consumo de alimentos integrais pode ajudar a prevenir este mal-estar


Estresse, barulho, cansaço, rotina corrida, ansiedade e tantos outros fatores podem ajudar na formação das terríveis e comuns dores de cabeça. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada sete pessoas no mundo, em números absolutos, por volta de 300 milhões, sofre de enxaqueca, classificadas como doenças debilitantes tão graves como a psicose e a demência. Deste número, 25 milhões são de brasileiros que passam pelas temidas crises de dor de cabeça. Mas você sabia que consumir alimentos que usam em sua composição a farinha de trigo integral pode ajudar a prevenir este mal-estar? 

De acordo com Vanderli Marchiori, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias do Trigo (Abitrigo) e Presidente da Associação Paulista de Fitoterapia (APFIT), o trigo possui boas concentrações de magnésio e triptofano – aminoácido essencial para a nutrição humana. "O magnésio ajuda na manutenção do potencial elétrico dos nervos, podendo amenizar desconfortos. Já o triptofano, uma vez no cérebro, aumenta a produção de serotonina que é o neurotransmissor capaz de reduzir a sensação de dor, relaxar e até induzir e melhorar a qualidade do sono", diz. 

A especialista explica que dos vários neurotransmissores, a serotonina, também conhecida como a substância "mágica" e "sedativa", exerce grande influência no estado de humor e está diretamente ligada ao controle do estresse, um dos principais fatores que causam as dores de cabeça.

Pães, cereais, biscoitos, bolos e massas, entre outros derivados da farinha de trigo integral, são alguns dos exemplos de alimentos presentes no cotidiano que, além de nutrir, fazem bem para o corpo e a mente. 

Por último, mas não menos importante, Vanderli ressalta que é essencial comer com equilíbrio. "O caminho é ter uma alimentação saudável. Nem de menos, nem de mais, tudo na medida certa. O nosso corpo e cabeça agradecem", finaliza.


Sedentarismo se torna o quarto maior fator de risco de mortalidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)


A falta de atividade física destrói a boa condição de qualquer ser humano, enquanto o movimento e o exercício físico o salva e o preserva. Platão (428 a.C – 348 a. C)

 
A tendência ao sedentarismo aumenta no mundo e já é responsável pelo quarto maior fator de risco de mortalidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A ausência de uma disciplina de atividades físicas como causa de morte só perde para as doenças relacionadas ao aumento da pressão arterial, ao fumo e à glicemia elevada. Estudos mostram que várias doenças são atribuídas à falta de exercícios físicos regulares. No Brasil, metade da população não pratica nada, segundo a pesquisa. 

De acordo com os estudos, o sedentarismo é responsável por pelo menos 21% dos casos de tumores malignos na mama e no cólon, assim como por 27% dos registros de diabetes e 30% das queixas de doenças cardíacas e desenvolvimento da hérnia de disco e dores nas costas. Para a OMS, é fundamental alertar as populações sobre os benefícios dos exercícios físicos regulares. 


Maior inimigo da saúde da coluna
 
Segundo Dr. João Paulo Bergamaschi, ortopedista, cirurgião da coluna e Diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa CK,"se você é sedentário e deixa de praticar alguma atividade física, as estruturas da coluna podem ser atingidas por várias doenças, inclusive a hérnia de disco, gerando um quadro de dor permanente nas costas. Por isso, é muito importante para a saúde da coluna que os discos intervertebrais sejam fortalecidos e lubrificados, e esse é um dos grandes benefícios da prática de exercícios. Os discos estão entre os ossos da coluna (vértebras) e funcionam como uma espécie de amortecedor", completa o médico. 

Marcio Atalla, que é Professor de Educação Física, com especialização em Treinamento de Alto Rendimento, com pós-graduação em Nutrição, pela USP, diz que 20 minutos diários de exercícios já seriam suficientes para sair das estatísticas e ganhar mais saúde. Somos apenas 8% de adultos considerados ativos aqui no Brasil, e nossa população de obesos e pessoas com sobrepeso importante já é de 50% da população total. 


Alguns fatores impedem a prática de atividade física
 
As pesquisas foram feitas com três grupos distintos: crianças e adolescentes com idade de 5 a 17 anos, jovens e adultos com idade de 18 a 64 anos e homens e mulheres com mais de 65 anos. 


Entre os adolescentes (11-17 anos), quatro em cada cinco são sedentários. Nos adultos, o sedentarismo está presente em 23% dos indivíduos; já nos mais jovens, esse índice é de 81%. 


No caso da criança, o mundo atual tem oferecido uma série de opções que facilitam e, consequentemente, agravam a "não procura" por atividade física. São elas: alimentos industrializados, fast-foods, videogames, computadores etc. Tudo isso predispõe também à prevalência da obesidade infantil. 


Para os jovens, alguns fatores também contribuem, como: falta de tempo e motivação, apoio insuficiente e falta de orientação dos adultos, sentimentos de vergonha ou incapacidade, falta de locais seguros e atrativos e a simples ausência de conhecimento das vantagens e benefícios de ser ativo. 


Nas mulheres, entre as primeiras cinco barreiras para a prática da atividade física, foram citadas a falta de companhia; a falta de interesse (mais comum nas mulheres de 65 a 74 anos); a fadiga; problemas de saúde; e a artrite. Em mulheres maiores de 75 anos de idade, problemas de saúde e funcionais, como medo às quedas, por exemplo, foram as principais barreiras mencionadas.

Dr. João Paulo Bergamaschi, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa CK e da Clínica CK, acredita que as políticas públicas devem promover na população o estímulo à adoção da recomendação atual da atividade física, encorajando os indivíduos de todas as idades. "Recomendo que as atividades esportivas e os exercícios físicos sejam realizados em todas as fases da vida, pois correr, nadar, andar de bike, jogar futebol, vôlei, basquete, caminhar, entre outras atividades, são ações muito importantes para a saúde e fortalecimento dos músculos e dos discos intervertebrais da coluna". 


Dicas e recomendações de atividades físicas do Dr. João Paulo Bergamaschi 

Crianças e esporte
 
As crianças precisam brincar, experimentar atividades diferentes e, possivelmente, se apaixonar por alguma coisa esportiva, despertando para uma vida mais saudável através das atividades, do esporte e do lazer. Deve ser hábito cotidiano! Quem foi sedentário na infância e/ou na adolescência costuma trazer para a maturidade heranças da inatividade. 

Correr, nadar, jogar futebol, vôlei, basquete, entre outros, estão entre as atividades mais recomendadas.


Adolescentes e jovens
 
Para os adolescentes, a recomendação de atividades físicas é maior que para os adultos. Para se ter uma boa saúde, é necessário e importante que se realize aproximadamente 60 minutos diários de atividade física moderada a vigorosa.
A prática de atividades físicas na adolescência diminui o risco de câncer de mama, fraturas ósseas, hipertensão arterial e altos índices de gordura corporal na fase adulta, além de contribuir também para aptidão cardiorrespiratória. A autoestima diminui os níveis de stress do adolescente. 

Correr, surfar, jogar futebol e nadar devem ser atividades muito estimuladas nessa faixa etária. 


Adultos
Realizar pelo menos 30 minutos de atividade física moderada por dia, na maior parte dos dias, de forma contínua ou acumulada é fundamental. Os adultos devem ainda realizar atividades que mantenham ou aumentem a força muscular e a resistência em pelo menos dois dias da semana. 

Uma corrida diária, ou caminhadas mais rápidas podem render anos de vida saudável. 


Idosos

 
A força muscular sofre uma diminuição de aproximadamente 18 a 20% após os 65 anos. A flexibilidade diminui em torno de 20% entre os 25 e 65 anos. Com o decorrer da idade, a elasticidade e estabilidade dos músculos, tendões e ligamentos se deterioram, e a massa muscular diminui em proporção ao corpo, o que leva a redução da força muscular. 

Nessa etapa da vida, manter-se ativo é fundamental e deve-se realizar protocolos leves, porém que aumentem o fortalecimento dos músculos e da coluna.






Fontes:
OMS. Joint WHO/FAO Expert Consultationon Diet, Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases. Geneva,Switzerland,2017.
Link da pesquisa OMS -
http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272722/9789241514187-eng.pdf

Dr. João Paulo Bergamaschi -  ortopedista e cirurgião de coluna, é diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa CK e da Clínica Kenendy São Paulo. Diretor do Comitê no Brasil da International Society of Endoscopic Spine Surgery ISESS, Membro da Federação Européia de Ortopedia - EFORT (European Federation of National Assocations of Orthopaedics and Traumatology), Membro da AOSpine International Switzerland (Suíça), Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coluna – SBC
http://cksp.com.br/

Marcio Atalla - Especialista em qualidade de vida e saúde, Marcio Atalla ministra palestras em todo o país, levando informação séria de uma forma aprazível e clara. A cada dia novas pesquisas e estudos são feitos e lançados no mercado, comprovando a real necessidade de se levar uma vida com mais qualidade. É possível evitar uma série de complicações que ocorrem devido ao estilo de vida que a maior parte das pessoas leva, no Brasil e no mundo.
www.marcioatalla.com.br

Posts mais acessados