Gesto voluntário é
imprescindível para salvar vidas nos hospitaisDivulgação
Uma hora para salvar até quatro vidas. Esse é o
poder de uma única coleta de sangue para doação. Mesmo assim, o número de
doadores é pequeno, em comparação à necessidade dos bancos de sangue espalhados
por todo o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o país tem, hoje,
apenas 3,2 milhões de doadores regulares, o que corresponde a 1,6% da
população. Daí a importância de campanhas de conscientização.
Segundo a assessora de Biologia do Sistema Positivo
de Ensino, Samantha Fechio, doar sangue é uma maneira eficaz de contribuir com
o funcionamento de hospitais, clínicas e outros centros de saúde. Isso porque o
sangue é uma substância indispensável para o bom funcionamento do corpo humano.
“Há uma série de funções vitais que só são possíveis por causa do sangue. É ele
que leva oxigênio e nutrientes para as diversas partes do corpo e garante a
manutenção da vida”, explica. Ela faz uma lista de cinco curiosidades sobre a
doação de sangue.
- Os
tipos mais necessários
Cada ser humano tem um tipo sanguíneo e garantir que
cada um receba o tipo correto é vital. Transfusões só são seguras quando os
tipos sanguíneos são devidamente respeitados. Do contrário, o organismo pode
trabalhar “contra” o sangue recebido, o que seria um problema grave do ponto de
vista médico. “O sangue tipo AB é chamado de receptor universal, porque quem
possui esse tipo sanguíneo pode receber qualquer outro tipo. Já o tipo O é o
doador universal, visto que não possui antígenos e, portanto, pode doar para
qualquer outro tipo. Quem tem sangue O só pode receber transfusões de sangue
tipo O”, diz a especialista.
Nos bancos de sangue, os tipos mais necessários são
o A negativo e o O positivo, visto que atendem uma parcela maior da população
e, por isso, são utilizados com muito mais frequência.
- Quanto
você pode doar
Para doar sangue, no Brasil, é preciso ter um peso
mínimo de 50 kg. Essa exigência é feita porque, em uma mesma doação, ninguém
pode doar mais que 8 ml por kg, no caso das mulheres, e 9 ml por kg, no caso
dos homens. Uma doação retira, portanto, uma média de 450 ml de sangue do
corpo, mais cerca de 30 ml para realizar exames laboratoriais que são exigidos
por lei no país.
- O
que garante a segurança de uma transfusão?
Não é porque a doação de sangue é voluntária que
ela pode ser feita por qualquer pessoa. São muitos os critérios de avaliação
para que o sangue de alguém seja considerado seguro para ser recebido pelos
pacientes. No Brasil, o sangue é testado para ao menos seis doenças que podem
ser transmitidas por meio dele. Elas são: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV,
Sífilis e doença de Chagas. “Além disso, o doador responde a um questionário
sobre hábitos comportamentais que podem ser determinantes para que o sangue
doado por ele seja aproveitado ou descartado”, destaca Samantha.
- O
sangue doado pode ser fragmentado
Durante a coleta o sangue é retirado do doador com
a ajuda de uma agulha e uma bolsa, apenas. Depois da coleta, no entanto, o
líquido armazenado pode ser separado em quatro partes, para ser destinado da
melhor maneira aos pacientes que precisam dele. Uma bolsa de sangue gera
plasma, que é a parte líquida, propriamente dita, concentrado de plaquetas,
concentrado de hemácias e crioprecipitado.
“Cada uma dessas ‘partes’ do sangue tem um prazo de
validade específico. Enquanto o concentrado de plaquetas dura apenas cinco
dias, o concentrado de hemácias pode durar entre 35 e 42 dias nos estoques e o
plasma, por sua vez, tem validade que pode ir de um a cinco anos”, detalha.
- Não
há substituto para o sangue humano
Além de ser um ato rápido e cheio de empatia, a
doação de sangue ainda é a única forma de ajudar quem precisa de uma
transfusão, qualquer que seja o motivo. Isso porque não há, até hoje, nenhuma
alternativa viável para substituir o sangue humano.
Sistema Positivo de Ensino
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