Entenda como o diagnóstico precoce aumenta a
sobrevida e chances de cura da pacienteAdobe Stock
Dados
da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que desde 2021 o câncer de mama é
o tipo mais comum em todo o mundo. No Brasil, 66.280 novos casos foram
registrados só em 2022. Esse crescimento no número de diagnósticos fez com que
ele ultrapassasse outros cânceres incidentes, como o de próstata e pulmão.
De
acordo com Dr. Renato de Oliveira, ginecologista especialista em reprodução humana
da Criogênesis, a presença de nódulo é o sinal mais conhecido
de um possível câncer de mama, mas há outros sinais, além de sintomas, a serem
observados. “Dor, alteração da cor, retração da pele, saída de secreções
sanguinolentas ou com características de água de rocha, ou seja, com cor
acinzentada, e mudanças no formato e tamanho do seio podem servir como um
alerta”, afirma.
Os
principais fatores de risco para o desenvolvimento do mal estão relacionados à
idade avançada, nunca ter engravidado ou ter a primeira gestação após os trinta
anos de idade, ter a primeira menstruação antes dos onze anos de idade e a
exposição a hormônios como o estrogênio, cuja ação está relacionada ao controle
do ciclo menstrual a ao desenvolvimento de características corporais femininas.
De
modo geral, independentemente da presença de próteses mamárias, a mamografia
consegue detectar a imensa maioria dos nódulos. “Quando existe alguma dúvida no
diagnóstico, podemos complementar a identificação de possíveis nódulos ou áreas
suspeitas com ressonância magnética ou ultrassonografia. As próteses mamária
não são fatores limitantes para a realização do exame. O que pode acontecer, em
alguns casos, é uma complementação, visando a detecção da lesão”.
Para
alguns casos, a mastectomia preventiva ou redutora de risco é indicada. “Esse
procedimento se tornou muito conhecido após a atriz Angelina Jolie o
realizá-lo, em 2013, devido à possibilidade de desenvolver a neoplasia mamaria.
A intervenção é feita em pacientes com altas chances de desenvolver a doença,
removendo os tecidos nos quais pode ocorrer a formação de um tumor, como a
glândula. Mantém-se, apenas, o tecido do mamilo de um modo geral”, explica.
O
especialista enfatiza que o diagnóstico precoce muda de maneira veemente a
sobrevida dos pacientes. “Quando o nódulo mamário é descoberto antes de dois
centímetros de tamanho e não há nenhum gânglio palpável, a chance de cura
aumenta muito, podendo ultrapassar 90%. A identificação precoce faz toda a
diferença e pode salvar a vida da paciente. Por isso, é importante procurar,
imediatamente, o serviço de saúde para dar continuidade na investigação ao
perceber qualquer alteração”, finaliza.
Criogênesis
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