A pandemia acelerou a transformação digital. As instituições financeiras aumentaram o uso da tecnologia da informação. Elas dependem agora mais fortemente de soluções digitais e remotas para realizar suas operações diárias e fornecer seus serviços aos clientes. Embora isso tenha trazido benefícios, a crescente dependência de soluções digitais também expandiu o risco de ataques cibernéticos.
Os riscos cibernéticos são considerados um dos principais riscos globais para o setor financeiro e a economia como um todo. O tipo de riscos de TIC a que os empreendimentos estão expostos não se alterou nos últimos anos, no entanto a frequência dos incidentes e a magnitude do seu impacto nas entidades financeiras aumentou.
À medida
que as ameaças de segurança cibernética ao setor se intensificam, os bancos e
as instituições financeiras não têm escolha a não ser se tornarem proativos e
investir na construção de resiliência cibernética.
Ameaças de segurança cibernética
As organizações de serviços financeiros sempre foram o principal alvo dos cibercriminosos, mas hoje estão mais vulneráveis. Os esforços de transformação digital no setor de serviços financeiros foram acelerados drasticamente devido à mudança de comportamento e preferências dos clientes, às interrupções causadas pela pandemia e ao aumento do trabalho remoto. As organizações mudaram para infraestruturas baseadas em nuvem, o número de endpoints se multiplicou e a superfície de ataque se ampliou. Assim, os invasores tinham mais pontos de entrada para explorar e obter acesso aos ativos.
Bancos e instituições financeiras sempre foram alvos lucrativos com seus vastos ativos financeiros e ricos recursos de dados. No entanto, os esforços de transformação digital levaram as organizações a gerar muito mais dados hoje, informações que os cibercriminosos podem usar sozinhos, vender no mercado ilegal ou ameaçar destruir a empresa a menos que um resgate seja pago.
Apesar
das iniciativas de transformação digital, o setor de serviços financeiros ainda
possui muita tecnologia legada e sistemas de TI fragmentados que não podem ser
substituídos, pelo menos no curto prazo, devido às suas principais
funcionalidades ou dados.
Hoje, as 5 principais ameaças à segurança cibernética para o setor financeiro são:
- Phishing
- Ransomware
- Ataques DDoS
- Falsificação
- Serviços de
terceiros inseguros
Confira 7 maneiras de se proteger contra ataques
cibernéticos
1- Estabeleça e implemente uma estrutura de segurança
formal
As
organizações de serviços financeiros devem alinhar seus imperativos de negócios
com os padrões regulatórios e de conformidade relevantes. Várias estruturas
formais de segurança estão disponíveis para que as instituições do setor
gerenciem seus riscos cibernéticos de forma mais eficaz, cumprindo as
obrigações de conformidade.
2 - Tenha uma estratégia proativa e abrangente de
gerenciamento de riscos
As
organizações de serviços financeiros precisam adotar uma perspectiva proativa e
abrangente para o gerenciamento de riscos. Essa tática, deve ter uma visão
holística dos riscos cibernéticos entre pessoas, processos, tecnologia e
terceiros, em vez de se concentrar apenas na tecnologia ou nos processos.
3 - Realize continuamente o monitoramento inteligente de
ameaças
Os
invasores podem entrar nas redes financeiras e permanecer lá sem serem
detectados por meses e até anos, causando danos irreparáveis. Para evitar
ameaças cibernéticas ao setor financeiro, você precisa estar em vantagem. E
para isso, o monitoramento inteligente e em tempo real de ameaças é essencial.
Todas as solicitações, atividades de rede, comportamento do usuário, padrões de
tráfego e assim por diante precisam ser monitorados de perto e continuamente.
4 - Implemente processos eficazes de gerenciamento de
vulnerabilidades
Vulnerabilidades não seguras criam brechas em sua postura de segurança, fornecendo aos invasores pontos de entrada fáceis em seus sistemas e infraestrutura. Diante da intensificação das ameaças de segurança cibernética ao setor financeiro, você precisa de processos robustos e eficazes de gerenciamento.
Eles
ajudam você a identificar proativamente pontos fracos de segurança,
vulnerabilidades e configurações incorretas e priorizá-los e protegê-los antes
que os invasores os encontrem. Eles oferecem visibilidade 24 horas por dia, 7
dias por semana, sobre sua postura de segurança e ajudam você a continuar
fortalecendo-a.
5 - Não se esqueça dos riscos de terceiros
Serviços inseguros de terceiros estão entre as cinco principais ameaças ao setor de financeiro. Portanto, sua estratégia e processos de segurança devem incluir o gerenciamento de riscos de terceiros.
- Verifique
cuidadosamente os parceiros/fornecedores/prestadores de serviços antes de
integrar os serviços;
- Continue
monitorando sua rede em busca de ameaças que permeiam suas redes e
dispositivos;
- Aperte os controles
de acesso;
- Continue auditando
sua postura de segurança e conformidade regulatória periodicamente.
6 - Crie uma cultura de segurança cibernética dentro da
organização
Isso
ajudará a garantir que todos entendam a segurança e não a considerem uma
prerrogativa de TI. Quando a alta administração vê a segurança como uma
prioridade, eles estarão mais dispostos a investir os recursos certos. Em
segundo lugar, ajuda a garantir a adesão de todas as partes interessadas.
Portanto, há um maior alinhamento com a cultura de segurança.
7 - Elabore planos robustos de resposta a incidentes
Apesar de
todos os esforços, as defesas de segurança de sua organização de serviços financeiros
serão testadas em algum momento. Nesse caso, ter planos robustos de resposta a
incidentes ajudará você a minimizar o impacto do ataque e a se recuperar
rapidamente.
As ameaças de segurança cibernética ao setor
financeiro são prejudiciais, mas evitáveis com uma abordagem proativa baseada em risco e medidas de segurança robustas.
Carlos Rodrigues - vice-presidente da Varonis Latam
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