Transtornos
como depressão, ansiedade e bipolaridade assombram 12% da população
Dados
recentes divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que
23 milhões de brasileiros, ou seja, 12% da população, apresentam os sintomas de
transtornos mentais. Ainda de acordo com a pesquisa, ao menos 5 milhões, 3% dos
cidadãos, sofrem com transtornos mentais graves e persistentes. A
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 estimou que 7,6% (11,2 milhões) das
pessoas de 18 anos ou mais de idade receberam diagnóstico de depressão por
profissional de saúde mental. Mas, não é só a depressão que atinge os
brasileiros, transtornos como ansiedade, bipolaridade e esquizofrenia também
estão no topo da lista das doenças mais recorrentes.
O número de casos
tende a aumentar em áreas urbanas, e também em mulheres, que representam dois
terços dos diagnósticos para depressão, por exemplo. Por isso, é importante
conscientizar todos, tanto os pacientes quanto quem convive com essas pessoas.
Pensando nisso, foi lançada a recentemente campanha “Janeiro Branco”,
aproveitando a simbologia do início de ano, para incentivar a cuidar da saúde
mental e emocional. Segundo o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador médico da Docway,
as doenças psicológicas não são levadas a sério porque não são facilmente
visíveis, como um osso quebrado por exemplo, apesar de serem doenças comuns e
estrarem presentes na vida das pessoas. “Mudar depende da mobilização das
pessoas para tentar combater o estigma social, evitar rotular e desqualificar
pessoas que tem essas enfermidades e orientar já é um bom começo e não tem
nenhum custo”, explica.
Existem, de acordo com
o médico, vários sinais e sintomas que podem identificar uma pessoa
que não está com uma boa saúde mental, por exemplo: tristeza ou irritabilidade
exacerbada, confusão, desorientação, apatia e perda de interesse, preocupações
excessivas, raiva, hostilidade, violência, medo ou paranoia, problemas em lidar
com emoções, dificuldade de concentração, dificuldade de lidar com
responsabilidades, reclusão ou isolamento social, problemas para dormir,
delírios ou alucinações, ideias grandiosas ou fora da realidade, abuso de
drogas ou álcool, pensamentos ou planos suicidas.
Para ajudar, inicialmente, é bom
estimular o paciente a buscar atendimento especializado com um médico,
psicólogo ou um psiquiatra. De acordo com o Dr. Aier, é sempre importante criar
um ambiente adequado para que a pessoa que está em tratamento se sinta segura
para poder compartilhar seus problemas e aceitar ajudar especializada. Outra
dica importante é criar uma rede de apoio, com amigos e familiares, para entender
e participar ativamente do processo de terapia. Existem, além disso, diversos
outros grupos de apoio que podem auxiliar auxiliam no tratamento. A grande
maioria das doenças psiquiátricas tem tratamento eficiente quando diagnosticada
de maneira correta, além dos tratamentos estarem em constante melhora e
evolução. “Cabe a todos nós como sociedade ajudar para o fim da discriminação e
preconceito que estão presentes nas pessoas que tem pouco conhecimento sobre o
assunto”, conclui o médico.
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