Micose,
insolação, bicho geográfico, fitofotodermatose e brotoeja são doenças comuns
com o excesso de calor e suor.
De
acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, o
aumento excessivo da temperatura no Brasil vem acarretando inúmeros problemas,
entre eles: desidratação, infecções e queimaduras na pele.
“No
verão, os cuidados com a pele devem e precisam ser redobrados pelo risco maior
de queimaduras, envelhecimento precoce, câncer de pele e outros diversos
distúrbios. A estação é a mais propícia para o surgimento de problemas na pele,
causando irritações e exigindo precauções”, explica a dermatologista cooperada
à Unimed
Blumenau, Renata Gomes Bastos. A especialista esclarece sobre as
principais doenças dermatológicas no verão e como evitá-las:
Micose:
São infecções
causadas por fungos e podem ocorrer na pele, unhas e cabelos. “Os fungos estão
presentes em diversos ambientes e quando encontram condições favoráveis para o
crescimento, como calor, umidade e baixa imunidade, reproduzem-se e causam a
doença”, explica Renata.
Para
evitá-la, aconselha-se secar bem a virilha, tomar ducha de água doce após
mergulhos, trocar sungas/biquínis molhados e verificar os espaços entre os
dedos dos pés. Estes procedimentos são essenciais e indispensáveis nesta época
do ano.
Insolação:
É desencadeada
pelo excesso de exposição ao sol. Os principais sintomas são: vermelhidão na
pede, sede intensa, suor excessivo, aumento da temperatura corporal, dor de
cabeça, dificuldade para respirar, tontura e vômito.
“Adotar
hábitos saudáveis pode evitar o mal estar. Aconselha-se: evitar a exposição
direta ao sol entre 10h e 16h; hidratar-se adequadamente (2 a 3 litros de
água/suco natural por dia); utilizar filtro solar; usar roupas de tecidos leves
e evitar permanecer em locais pouco arejados”, explica.
Bicho
geográfico: A
doença é uma “Dermatite
tropical”, causada por parasitas encontrados em fezes de cães e
gatos adoecidos. Durante contato direto da pele com a superfície contaminada,
por exemplo - sentar na areia exposta e contaminada, a larva das fezes dos
animais penetra na pele humana, causando, assim, coceira e lesões semelhantes a
mapas, por isso o nome “Bicho geográfico”.
Fitofotodermatose:
São queimaduras
químicas causadas pela exposição ao sol da pele que sofreu contato com frutas
cítricas, por exemplo, o limão. “A queimadura causa manchas escuras na região
afetada e não arde, mas pode demorar mais de quatro semanas para começar a
desaparecer. Além das manchas escuras, podem gerar queimaduras muito dolorosas
com bolhas que exigem tratamento específico sob o risco de deixar sequelas”,
explica.
“Além
do limão, também podem causar fitofotodermatose: tangerina, laranja, morango
figo, arruda, cenoura, aipo, salsinha, coentro e erva-doce, perfumes,
cosméticos e algumas medicações ingeridas”, informa.
“Para
evitar as queimaduras é necessário lavar as mãos com sabão sempre que possível.
O tratamento pode ser feito através de medicamentos específicos prescritos pelo
médico, além de cremes hidratantes e filtros solares nas áreas afetadas”,
ressalta Drª Renata.
Brotoejas:
Também
conhecidas por “Miliárias”,
as brotoejas são inflamações da pele que provocam obstrução mecânica e
dificultam a eliminação do suor pelas glândulas sudoríparas. Geralmente são
desencadeadas por exposição a ambientes quentes e úmidos, excesso de roupas e
agasalhos, e febre alta.
Na maioria dos casos, as brotoejas
desaparecem sozinhas quando o calor e a umidade do ambiente são reduzidos.
Aconselha-se evitar o uso excessivo de sabonetes (ao ressecar a pele, podem
causar obstrução dos poros); atividades que aumentam a transpiração; manter o
ambiente fresco e ventilado e usar roupas leves e claras especialmente nos dias
quentes.
“A
exposição ao sol requer cuidados, já que o mesmo emite raios ultravioletas UVA
e UVB, responsáveis pelos danos causados na pele, como o câncer de pele e o
envelhecimento. Usar filtro solar fator 30 e não se expor ao sol entre 10h e
16h, são medidas obrigatórias para uma boa qualidade de vida”, conclui a
dermatologista cooperada à Unimed Blumenau, Renata Gomes Bastos.
Foto:
Divulgação
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