O conceito de Startup veio para ficar. Hoje o mundo
gira em torno da inovação e de novas soluções, tanto para problemas já
conhecidos, quanto para os que estão surgindo.
Há mais de 30 anos as grandes economias mundiais
estão se concentrando na geração de novas tecnologias e novas soluções. Veja,
por exemplo, o estado da Califórnia nos Estados Unidos, onde fica o chamado
Vale do Silício, polo gerador de novas tecnologias e onde estão concentradas
inúmeras das mais importantes empresas do setor.
A Califórnia, muito em razão da inovação e
tecnologia, se fosse um país, teria o 5º maior PIB do mundo, ultrapassando
inclusive o Brasil. Somente para ilustrar, esse estado possui 40 milhões de
habitantes, enquanto o Brasil se aproxima de 220 milhões.
Este é apenas um exemplo, mas poderíamos citar
Israel, Estônia, Chile e Coréia do Sul. Todos estão crescendo e se
desenvolvendo a partir da geração de novas tecnologias.
2018 para as Startups Brasileiras
O ano de 2018 foi um dos mais relevantes, se não o
mais importante, para as Startups brasileiras. O ecossistema se fortaleceu em
todos os sentidos, pois os players se tornaram muito mais ativos.
Aceleradoras e incubadoras se espalharam pelo
território brasileiro de uma maneira nunca antes vista. Cidades interioranas
receberam projetos importantes de inovação, como, por exemplo, Campo Grande no
Mato Grosso do Sul, que possui um projeto muito importante, chamado Living Lab,
vinculado ao SEBRAE/MS.
Importante destacar que dois grandes bancos
(Bradesco e Itaú) se consolidaram neste ambiente. O Bradesco inaugurou seu
espaço chamado InovaBra e o Itaú ampliou o já conhecido Cubo.
Também tivemos algumas startups brasileiras
classificadas como unicórnios, aquelas que em valor de mercado, batem 1 bilhão
de dólares: 99, Nubank, PagSeguro, Stone, Movile, iFood e Arco.
No setor de investimento, pudemos assistir o ganho
de musculatura dos fundos especializados em startups e um aquecimento nas
operações de injeção de dinheiro em startups. O capital público também passou a
fazer parte dos investimentos, algo ainda pequeno, mas já muito maior do que
nos anos anteriores, principalmente via FINEP.
Isso tudo levou a uma acentuada contratação de mão
de obra e de serviços especializados, o que demonstra a pujança do ecossistema.
Expectativa para 2019
Já 2019 tem tudo para fazer o ecossistema se
consolidar e ganhar um papel de destaque na retomada econômica.
Não se pode esquecer que o país passou por uma
profunda crise nos últimos anos. Verificamos um acentuado recrudescimento
econômico.
Para a retomada econômica e a geração de emprego e
renda, as teorias econômicas contemporâneas demonstram que uma saída ótima e
eficiente ocorre por intermédio da inovação e tecnologia.
É neste instante que o papel das startups ganha
musculatura, pois inovação e tecnologia são características indissociáveis
destes novos negócios.
Portanto, acredito que esse ano será de
consolidação do ecossistema e de maior atratividade de investimentos. Com isso,
as operações de Fusões & Aquisições (M & A) se tornarão recorrentes,
fazendo com que o setor de serviços cresça juntamente com as startups.
Dessa forma, o empresário, mais do que nunca, deve
estar atento aos movimentos econômicos sinalizados pelo governo. Com a criação
do chamado Superministério da Economia, parece saudável acompanhar de perto os
cadernos econômicos dos principais jornais do país.
Daniel Passinato - advogado
especialista em Direito Empresarial (LLM FIEP/PR), fundador da Passinato &
Graebin - Sociedade de Advogados. É professor de Direito Empresarial no Centro
Universitário UniDomBosco. Conciliador e Mediador certificado pelo Conselho
Nacional da Justiça (CNJ). Possui atuação plenamente voltada para o Direito
Empresarial, especialmente Direito societário, Direito Contratual, Direito das
Startups e Direito Internacional Privado.
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