Empresas que
investem em planos de prevenção, garantem aumento de produtividade e reduzem
taxa de afastamento por longos períodos
Nos últimos anos, os números de pessoas com doenças
psicológicas vêm crescendo de forma alarmante. Em todo o mundo, já são mais de
700 milhões de pessoas que sofrem algum tipo de problema. Pela primeira
vez, o Fórum Econômico Mundial incluiu em seu relatório anual a ansiedade
como um fator de risco à economia.
Estes problemas ligados à saúde mental custaram
mais de dois trilhões e quinhentos milhões de dólares, quase nove trilhões de
reais se convertido para moeda nacional, em 2010. Dois terços deste valor,
correspondem as despesas indiretas como queda na produtividade e aposentadoria
precoce. O restante deste valor, refere-se a custos com diagnósticos e
tratamentos de doenças.
No Brasil, apenas 18% das empresas apresentam
programas de tratamentos para cuidar da saúde mental do time. Nove em
cada dez brasileiros no mercado de trabalho, apresentam sintomas de ansiedade,
do grau leve ao mais impactante. Aproximadamente, 47%
sofrem de depressão. Os dados são da última pesquisa da Isma-BR, representante
local da International Stress Management Association, organização sem fins
lucrativos dedicada ao tema.
Os transtornos mentais e emocionais são a segunda
causa de afastamento do serviço. Nos últimos dez anos, a concessão de
auxílio-doença acidentário devido a tais males aumentou em quase em 20 vezes,
segundo o Ministério da Previdência Social. Com frequência, os doentes ficam
mais de 100 dias longe de suas funções. No Brasil, os transtornos mentais
são a terceira causa de longos afastamentos do trabalho por doença. Em 2011,
eles foram responsáveis pelo pagamento de mais de 211 milhões de reais a novos
beneficiários.
Programas de Prevenção
Em 2017, a Sono Quality , empresa localizada na
região do Grande ABC, criou o programa "Sono Quality Saúde", como
forma de prevenção de doenças mentais e auxiliar os colaboradores ao tratamento
das cinco saúdes: mental, física, espiritual, financeira e social. Para
identificar os problemas e auxiliar a criação primeiro, a equipe de recursos
humanos estudou e identificou os indicadores internos. Feito isso, é hora de
buscar apoio e profissionais capacitados.
Para Waldir Flores, Diretor de Comunicação da Sono
Quality, a empresa vai jogar dinheiro fora se não se atentar a estes dados e
tratá-los com devida atenção e respeito. “É preciso desenvolver uma cultura corporativa que englobe
a saúde emocional — e isso significa comprometimento da alta liderança”, diz.
Depois, é hora de usar as ferramentas de comunicação disponíveis para alertar
sobre o problema".
Neste período de um ano, a empresa identificou 4
casos de ansiedade dentre os 500 colaboradores diretos, um deles da operadora
de atendimento, Patricia Fernanda (41), que integra o time de colaboradores há
2 anos e 6 meses. "Quando entrei na empresa, como telemarketing, era
extremamente nervosa, agitada e estava 20kg acima do meu peso, não tinha
estímulo para nada. Quase acabei não só com a minha vida profissional, mas
também com a minha vida pessoal", relatou a funcionária.
Após a inclusão do programa Sono Quality
Saúde há um ano, Patricia começou a frequentar as palestras com profissionais
de saúde, nutrição e personal trainer. Além destas atividades, recebeu
orientação sobre educação financeira e controle emocional.
Atualmente Patricia é destaque em seu departamento, conquistando duas premiações consecutivas e ganhou uma viagem com acompanhante pela empresa pelos resultados obtidos no último trimestre. Quanto ao peso, já eliminou 10kg. "Hoje sou uma nova mulher, tenho muito o que crescer e evoluir, mas é cada dia um degrau a ser alcançado, estou feliz".
Atualmente Patricia é destaque em seu departamento, conquistando duas premiações consecutivas e ganhou uma viagem com acompanhante pela empresa pelos resultados obtidos no último trimestre. Quanto ao peso, já eliminou 10kg. "Hoje sou uma nova mulher, tenho muito o que crescer e evoluir, mas é cada dia um degrau a ser alcançado, estou feliz".
Para Waldir Flores, o investimento realizado no
plano de saúde para os colaboradores é recompensado quando os resultados da
empresa falam por si. "Desde setembro de 2018 estamos vindo com um
crescente em vendas, metas alcançadas e superação nos números. Contratar
profissionais de alta performance para acompanhar os departamentos, é sem
dúvida uma das estratégias mais assertivas dentro da empresa.
A palestra motiva, mas se não houver o acompanhamento frequente tudo pode se perder e acabar no esquecimento. Por isso, temos semanalmente visitas de profissionais contratados, personal trainer, palestrantes, fisioterapeutas e executivos de vendas alimentando o conteúdo a ser trabalhado".
Cesar Frazão, formado em administração de Recursos
Humanos e especializado em treinamento de vendedores para mercados competitivos
e alta performance, é um dos consultores do programa. "O objetivo
é capacitar e elevar o alto nível da equipe de vendas da empresa. As pessoas na
maioria das equipes são boas, só precisam de orientações e ajustes em suas
rotas para evoluírem. Ajudamos a encontrar o foco e resolver os próprios erros
e fraquezas. Grande parte só não vende mais, porque perde para ele mesmo",
afirma o especialista.
Dentre os projetos da empresa, o programa
antitabagismo, implantado há alguns meses, é o de maior sucesso dentro da
empresa. Redução de 32% dos fumantes ativos participantes do programa, que
incluiu palestras com médicos, psicólogos e nutricionista. O resultado foi maior
permanência do funcionário dentro do ambiente de trabalho, maior rentabilidade
e produção, sem contar a melhora na saúde física do próprio funcionário e dos
colegas (fumantes passivos).
O investimento custa para empresa em média R$ 30
mil reais por mês, para contratação dos profissionais e manutenção das
campanhas existentes.
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