Úlcera de
córnea, cujas
causas mais comuns são o uso
incorreto de lente de contato e a falta de higiene.
Abaixo há explicações
sobre a doença, causas, prevenção e tratamento elaboradas pela Dra. Telma Barreiro, oftalmologista do Cejam
(Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim).
1)
O que é úlcera de córnea?
É uma afecção da
superfície externa do olho - chamada córnea - caracterizada pela perda de
continuidade do epitélio.
2)
Quais são os tipos mais comuns?
A úlcera de córnea pode
ser infecciosa ou não infecciosa. A infecciosa pode ser causada por bactérias,
fungos, protozoários ou vírus. Já a não infecciosa, por causas traumáticas
(abrasão, queimaduras químicas).
3)
Como e por que ela se manifesta?
É um quadro agudo com
manifestação um pouco variável, pois depende da etiologia, mas geralmente
ocorre dor ocular de forte intensidade, sensação de corpo estranho e olho
vermelho. Se a úlcera acometer o eixo visual, há também baixa de
visão. Nos casos infecciosos geralmente o acometimento é monocular.
4)
Quais são as pessoas mais suscetíveis a ela?
Pacientes usuários de
lente de contato, sendo que aqueles com cuidados precários da lente e uso
incorreto de produtos de desinfecção estão mais propensos a infecções por
pseudomonas (bactéria) e acanthamoebas (protozoário parasita);
Pacientes com história
de trauma ocular e, se for com vegetal, há maior possibilidade de o agente
etiológico ser um fungo;
Pacientes com exposição
da superfície ocular por falha da oclusão das pálpebras, o que pode ocorrer em
casos de paralisia facial ou ainda pacientes acamados com baixo nível de
consciência.
5)
Como se prevenir?
Aos usuários de lente de
contato, recomenda-se adaptação de forma correta, lavagem das mãos antes de
manusear, respeito ao tempo máximo diário de uso e não dormir de lente de
contato. Já o uso de óculos de proteção em profissões de risco (trabalhadores
da construção civil, jardineiros etc) é um cuidado contra trauma na face.
6)
Qual é o tratamento?
O tratamento depende da
etiologia: curativos oclusivos (casos traumáticos); uso de colírio de
antibiótico em altas doses (bacterianas); uso de colírio antifúngico
(fúngicos); uso de antivirais (vírus).
Nenhum comentário:
Postar um comentário