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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Você saberia identificar um caso de trauma?



Acidentes acontecem, mas grande parte da população não sabe o que fazer em caso de traumas mais graves; entenda algumas diferenças e saiba como agir 


Corte superficial na mão, queimadura leve nos dedos, entre outros acidentes do tipo podem ser classificados da mesma forma como os traumas causados por uma queda de três andares de um prédio, acidentes de carro ou atropelamento? Certamente não, segundo Dr. Renato Poggetti, cirurgião especialista em trauma e coordenador do Centro de Trauma do Hospital 9 de Julho. 

As causas de traumas, porém, são as mais variadas e podem ir de acidentes de trabalho até quedas em casa, algo muito comum em idosos. “No Centro de Trauma, nem sempre podemos contar com o relato do paciente, já que muitas vezes ele chega inconsciente no hospital”, explica o Dr. Poggetti.

Por conta da necessidade de atender à um grande volume de casos direcionados ao pronto-socorro, alguns hospitais contam com uma equipe especializada em traumas. O H9J, por exemplo, foi o primeiro hospital particular a ter um Centro de Trauma que atende à até 60 pacientes por mês com casos que variam de traumas penetrantes (arma de fogo, arma branca, estiletes e lesões abertas) até trauma contuso (acidentes de trânsito, trabalho, quedas, queimaduras, agressões sem arma). 

A situação em que o trauma ocorreu sempre é um fator importante para apoiar o diagnóstico e definir o tratamento. “A equipe de atendimento pré-hospitalar costuma nos dar informações valiosas sobre como estava a situação quando chegaram ao local da ocorrência” explica o Dr Poggetti.


O atendimento inicial pode salvar vidas

Enquanto que no atendimento da maioria das emergências os profissionais da saúde utilizam a história, o exame físico e os exames complementares para definir o tratamento do doente, o atendimento do traumatizado deve ser feito de maneira a identificar e tratar imediatamente as lesões que colocam em risco a vida do doente. Assim as prioridades são a abordagem das vias aéreas seguida do controle da respiração, da circulação e por fim da disfunção neurológica. “No trauma é assim, nós não podemos nos guiar só pelos sintomas, mas identificar e tratar imediatamente as lesões de maior gravidade segundo as prioridades”, ratifica Dr Poggetti.

A maioria dos traumatizados são jovens com idade entre 12 e 55 anos. Pacientes com idade inferior a 12 anos e superior a 55 anos merecem atenção com atendimento que leve em conta as peculiaridades específicas dos extremos de idade que são as crianças e os idosos. As crianças possuem parâmetros fisiológicos específicas e os idosos possuem doenças crônicas e frequentemente utilizam medicações que interferem muito na evolução do tratamento. 

Caso o trauma não seja tratado de forma adequada e no momento correto, as sequelas podem ser maiores e irreversíveis como danos neurológicos, amputações etc. Por isso, é de extrema importância procurar um atendimento especializado sempre que for possível. “O mais importante do tratamento é o tempo. Buscar um hospital com equipe de trauma rapidamente pode aumentar consideravelmente as chances de sobrevivência com menos sequelas”, finaliza o Dr Renato Poggetti.







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