Especialista alerta sobre os
perigos do consumo de um item cada vez mais presente na vida dos brasileiros
Vivemos um período em que a
busca pela perda de peso é constante, e uma das estratégias mais usadas é a
troca do açúcar refinado pelo adoçante. Mas será que ele realmente faz bem a
nossa saúde? Segundo a nutricionista Aline Quissak, especializada nas
áreas de Oncologia, Síndrome Metabólica, Psicologia da Nutrição e Nutrição
Esportiva, precisamos analisar alguns pontos importantes antes de tomarmos
decisões.
O primeiro deles é o porquê
açúcar refinado faz mal à saúde. Segundo a especialista, por três motivos: 1) É
uma caloria vazia, ou seja, o corpo não utiliza ele como energia para as atividades
diárias, por isso, ele é facilmente transformado em gordura pelo corpo,
principalmente abdominal. 2) Ele contém compostos químicos artificiais, que
foram utilizados no processo de refinamento para deixa-lo branquinho, retirando
assim todos os nutrientes, vitaminas e minerais originários da cana. 3) Por ser
açúcar puro, o corpo tem muito trabalho para "limpá-lo" como toxina
do corpo, então a produção de hormônios aumenta na tentativa de expulsar esse
açúcar ou utilizá-lo de alguma forma para não acumular, o problema é isso causa
um desequilíbrio no corpo, já que exigi muito trabalho para algo que ele não
irá utilizar.
Até aí tudo bem, mas qual é
problema do adoçante? Afinal, ele não tem açúcar, não é refinado, e não tem
calorias? Alguns especialistas afirmam que o grande problema está no adoçante
artificial, que podem causar problemas como gases, irritação estomacal e até
câncer. Mas que os chamados adoçantes naturais, como stevia e xylitol, não
apresentam tais características. E é aí que está o problema, segundo a
nutricionista. Quando consumimos um brigadeiro, por exemplo, e sentimos o sabor
doce, há um sinal químico enviado para o cérebro reconhecendo esse sabor.
Automaticamente o cérebro relaciona doce com alta caloria, enviando outro sinal
químico para o estomago dizendo: "Prepare-se para a produção de enzimas
digestivas porque existem altas calorias para você digerir". Quando o
brigadeiro chega ao estômago começa todo o processo de digestão e depois de
absorção no instestino.
Agora, e se eu consumir um
produto com adoçante? O mesmo sinal químico acontece, já que minha língua
também vai reconhecer o sabor doce, certo? “O problema está aí, o adoçante não
tem calorias, ou seja, quando o doce chega ao estômago, ele não tem o que
digerir, só que ele estava esperando essas calorias chegarem, e isso acaba por
gerar alguns problemas de saúde”, explica a especialista.
O consumo de adoçantes pode
causar doenças como Gastrites e Ulceras, já que são liberadas muitas enzima e
ácidos, que não são utilizados pelo corpo. Além de desencadear uma compulsão
alimentar, e, principalmente o aumento da vontade de ingestão de doces. “Quando
o estomago percebe que não recebeu as calorias que estava esperando, ele
retorna o sinal químico para o cérebro dizendo que aquela caloria não veio e
pedindo por ela, e isso é traduzido pelo cérebro como ‘fome’. Na tentativa de
suprir essa necessidade, o corpo age por impulso, requisitando energia rápida.
E qual a forma de energia rápida? Açúcar. Por isso, sentimos essa vontade exagerada
de comer doces e massas”, completa.
Além de tudo isso, o Ph do
adoçante não é compatível com o intestino, matando as bactérias boas,
responsáveis pela absorção de cálcio, ferro, produção de imunidade, hormônios
do emagrecimento e geração de gases. Devido a isso, é comum pessoas que
consomem uma grande quantidade de produtos diet, adoçante sendo ele natural ou
não, com uma barriga característica: um inchaço característico de gordura
acumulada centralmente. E para completar a lista, o consumo diário de adoçante
diminui a imunidade, causando problemas como com rinite, sinusite, gripes e
resfriados com maior frequência.
Por isso, para Aline, é
importante estar atento ao que estamos consumindo, quais os benefícios reais,
que determinados alimentos e bebidas trazem para o nosso corpo e como eles são
absorvidos pelo nosso organismo. Reduzir calorias, pode até emagrecer, mas com
consequências. O melhor caminho para conseguirmos atingir nossos objetivos, é o
equilíbrio. “A alimentação é fundamental para nossa vida, e a melhor maneira de
cuidarmos do peso e da saúde, é mantendo uma alimentação equilibrada.
Precisamos conhecer os alimentos e entender o que estamos ingerindo, para a
partir daí, escolhermos quais alimentos devem entrar em nossa dieta. É melhor
comer de forma equilibrada e dar preferência ao açúcar de melhor qualidade, que
trará os nutrientes adequados ao corpo, do que simplesmente substitui-lo por
algo que a princípio pode parecer saudável, mas a longo prazo terá
consequências graves”.
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