Pesquisas têm mostrado a importância de tratar
crianças que tenham sofrido ferimentos graves na cabeça e percepção visual em
atraso o mais rapidamente possível para evitar déficits cognitivos para a vida.
Segundo pesquisadores, a descoberta pode levar a
tratamentos específicos para algumas dessas crianças, prevenir a deficiência ao
longo da vida e as mudanças estruturais que poderiam acontecer em seus
cérebros.
Cientistas da Escola de Medicina Keck da
Universidade da Califórnia (EUA), estudaram exames cerebrais de ressonância
magnética com imagem ponderada em difusão (MRI) de 21 crianças, entre 8 a 18
anos de idade, que haviam sofrido acidentes com skates e automóveis. Os
pesquisadores também tnham um grupo de controle de 21 crianças saudáveis sem lesões cerebrais.
Os resultados preliminares do estudo foram
publicados na revista “Neurology” (março/2017) e indicaram que, se a
transferência de informações entre os hemisférios cerebrais de crianças demora
mais de 18 milissegundos, as chances de recuperação de lesões cerebrais
traumáticas em comparação com crianças com lesões semelhantes, é bem menor.
Emily Dennis, autor do estudo, disse: “descobrimos
que as crianças com tempos de transferência de informação demorados, entre os
dois hemisférios cerebrais, tinham extensas regiões de desorganização da
substância branca e progressiva perda de volume de substância branca. Nas
crianças, a afetação na formação de mielina – o isolamento que facilita a
transferência de informações – se agrava porque o cérebro continua a amadurecer”.
A mielinização geralmente continua além dos 30 anos.
Fonte: www.radiologiaempauta.com.br/
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