Pesquisar no Blog

terça-feira, 11 de abril de 2017

Chocolate: vilão ou mocinho para saúde bucal?



Com a proximidade da Páscoa, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) aponta cinco maneiras de aproveitar os ovos e bombons de chocolate, sem prejudicar a saúde da sua boca. 


1 – Chocolate meio amargo ou amargo: menos açúcar

Chocolate ao leite, amargo, meio amargo, branco, crocante, com recheios. Há diversos tipos desta iguaria tão apreciada por crianças e adultos. A diferença entre eles está na quantidade de cacau utilizada (a matéria prima do doce) e na adição de outros ingredientes como o açúcar, gordura e o leite.

O cacau, por si só, é um alimento bastante positivo para a saúde. Rico em flavonoides tem ação antioxidante e anti-inflamatória. Por isso, quanto maior for a sua concentração, melhor. Para se ter uma ideia o chocolate ao leite tem de 36% a 46% de cacau, enquanto o meio amargo possui de 52% a 62% e o amargo de 63% a 72%.

No geral, a concentração de cacau interfere na adição do açúcar, ingrediente que afeta a proliferação das bactérias produtoras do ácido responsável pela aparição da cárie. Por isso a recomendação é para o consumo do chocolate amargo. Se você ainda não tem o hábito, experiente!


2 – Sem recheio é melhor!

Os bombons recheados fazem muito sucesso, mas inspiram cuidados quando o assunto é saúde bucal. No geral, contêm muito açúcar e outros ingredientes que exigirão uma higienização impecável! A consistência também conta, pois eles costumam grudar nos dentes, dificultando a remoção.
Portanto na hora de escolher o seu ovo de páscoa, procure evitar os que trazem bombons recheados. Até porque é difícil comer um só.

3 – Frequência é mais preocupante do que a quantidade consumida

Os chocólatras de plantão vão dizer que é impossível resistir à tentação e, de fato, há uma reação química que desencadeia o desejo pelo doce. Isso acontece, principalmente, quando há uma queda de serotonina (neurotransmissor que regula o humor), por conta das alterações hormonais. 
Como o chocolate tem propriedades que aumentam a sensação de bem-estar, é natural querer comer o tempo todo. Mas, para manter a saúde bucal em dia, o ideal é resistir à tentação, escolhendo apenas um momento do dia para o consumo.
Para evitar cáries e outros males, o correto é fazer a higiene bucal sempre que se consome algum alimento.  Então, comendo a guloseima apenas uma vez por dia você não precisa fazer a higienização diversas vezes, o que facilita a manutenção do hábito. 

4 – Tem hora certa?

O mais indicado é consumir o chocolate ou qualquer outro doce durante o dia. Isso porque no período noturno a produção da saliva é reduzida e é nela que está a maior quantidade de compostos antibacterianos.

Esses compostos são fundamentais para eliminar as bactérias que causam o ácido responsável pela aparição da cárie. O ideal ainda é que as porções sejam consumidas logo após as refeições, pois é mais uma forma de evitar a necessidade de repetição do processo de higiene bucal


5 – Higiene bucal em dia sempre evita problemas

Chocolate é uma delícia e faz bem, quando consumido com moderação. Portanto pode sim fazer parte do cardápio da Páscoa. Nas dicas anteriores mostramos quais são as melhores opções para preservar a saúde da sua boca, mas de todas elas a higienização é sempre a mais importante.

Fazer o uso diário da escova de dente, creme dental com flúor, fio dental e do enxaguante bucal é essencial para se afastar de problemas comuns como cárie e até de outras doenças mais sérias como gengivite, periodontite e até endocardite bacteriana.

Não dá para esquecer também das visitas regulares ao cirurgião-dentista, pois este é o profissional preparado para identificar e tratar os problemas da saúde bucal.






CROSP – O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo



Qual tipo de gordura é a mais prejudicial à saúde?



Sabemos que obesidade é o mal do século. É difícil encontram quem não esteja precisando eliminar, pelo menos 2 quilinhos. Para entender as gorduras mais comuns é preciso saber ainda que o tratamento da obesidade é complexo e multifatorial. E para identificar a obesidade, é essencial avaliar o excesso de gordura corporal.
Dra. Ana Luisa Vilela, médica especialista em emagrecimento da Clínica Slim Form de SP, conta que a gordura não é única e pode ser acumular em um reservatório vital de calorias ou como acúmulo anormal, é isso que dificulta os processos metabólicos e atrapalha a saúde.
Para entender melhor, a médica nutróloga separou as gorduras em 4 importantes tipos.

Tipo de gordura
O que é?
Gordura branca
Produtora de hormônios que me excesso pode piorar quadros de diabetes, essa gordura guarda mais energia mas em exagero incha as células e provoca a obesidade.

Gordura marrom
é a gordura metabólica que ajuda a manter a temperatura corporal.
Quanto mais jovem, mais gordura marrom possuímos, e quanto mais magra for a pessoa, mais também terá gordura marrom.

Gordura subcutânea
gordura sob a pele, que pode também ser chamada de gordura localizada e quanto mais se possui, maiores serão as medidas, o que pode prejudicar as articulações.

Gordura visceral ou profunda
é a gordura que envolve os órgãos e aumenta a resistência a insulina e o risco de diabetes. Estudos ainda mostram que essa gordura aumenta a predisposição à demências.

Para tratar todos os casos, a médica conta que existem tratamentos específicos que ajudam no controle metabólico que podem ser observados e tratados caso a caso, sem claro, abandonar os três importantes pilares da boa saúde: dieta equilibrada, atividade física regular e controle médico.



Slim Form


200 ANOS DE AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON



Especialistas destacam benefícios da Terapia de Estimulação Cerebral Profunda, uma das mais avançadas para minimizar transtornos de movimento próprios da enfermidade 


A Doença de Parkinson é a segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente no mundo, afetando aproximadamente 4,6 milhões de pessoas acima de 50 anos de idade. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram da doença[i] e a Organização Mundial de Saúde (OMS) projeta que o total de pacientes duplicará até 2030[ii].

O Parkinson inclui sintomas motores, ou seja, relacionados ao movimento, como tremor, lentidão e dificuldade para caminhar; assim como sintomas não motores como transtornos do sono, dor nas articulações ou nas costas, constipação, perda do olfato, depressão, ansiedade, sintomas urinários, entre outros[iii]. Os sintomas não motores podem se apresentar vários anos antes dos primeiros sintomas motores[iv], e nem todos os pacientes apresentam os mesmos sinais da doença.

A diversidade de sintomas, aliada à falta de conscientização entre a população em geral, faz com que a doença seja detectada tardiamente em muitos casos, permanecendo não diagnosticada por anos[v]. Notar os sinais logo em seu início e a realizar um diagnóstico precoce favorece o início do tratamento em tempo útil e, como consequência, a conservação da qualidade de vida[vi].

Os primeiros sintomas que devem incentivar um paciente a buscar ajuda médica incluem mudanças sutis na forma de caminhar, perda de expressão facial ou diminuição da piscada de olhos, alterações na escrita, diminuição do volume da voz e dificuldade para abotoar a roupa[vii]. “Se ligados a esses sinais estiverem presentes alguns dos sintomas não motores, a possibilidade de que o quadro corresponda à Doença de Parkinson aumenta”, diz o Dr. Rubens Gisbert Cury, médico neurologista do Hospital Samaritano e Hospital Sírio Libanês.

Atualmente, não existe cura para o Parkinson, porém, existem terapias medicamentosas e cirúrgicas que ajudam a controlar eficazmente os sintomas da doença durante muitos anos, permitindo aos pacientes levar uma vida de forma independente, na maioria dos casos.


Terapia de Estimulação Cerebral Profunda
Para os pacientes cujos sintomas motores não podem ser controlados por medicamentos, existe uma terapia chamada Estimulação Cerebral Profunda (ou DBS, da sua sigla em inglês, Deep Brain Stimulation), que consiste em um dispositivo implantado no cérebro por um procedimento cirúrgico para tratar o tremor, a rigidez, o movimento lento e outros problemas associados.

De acordo com o Dr. Murilo Martinez Marinho, coordenador da Neurocirurgia Funcional do Hospital São Paulo- Escola Paulista de Medicina, “a expectativa média de vida de uma pessoa com Doença de Parkinson, geralmente, é a mesma das pessoas que não padecem do mal, já que é possível contar com alternativas de tratamento adequadas para as diferentes etapas da enfermidade, bem como para quando os pacientes já não respondem corretamente aos medicamentos”.

“A terapia de Estimulação Cerebral Profunda é uma das mais avançadas para tratar a condição, proporcionando que os pacientes fiquem longos períodos sem sintomas motores, reduzam a quantidade de medicação e possam realizar tarefas cotidianas, o que se traduz em maior autoestima, independência e qualidade de vida”, pontua.

Os pacientes devem consultar um neurologista para se informarem sobre todas as opções de tratamento disponíveis, com o objetivo de selecionarem com mais segurança e assertividade a opção adequada para cada caso. Estima-se que cerca de 140 mil pessoas com Parkinson em todo o mundo usufruem dos benefícios da DBS.


Dia Mundial do Parkinson
Em 11 de abril de 2017, são lembrados os 200 anos da descrição original da Doença de Parkinson[viii]. Apesar de o autor homônimo ter incluído nesta descrição outras características além do tremor, esse é o sintoma mais conhecido na cultura popular. Entretanto, é importante lembrar que nem todo paciente de Parkinson treme, e nem todo mundo que treme tem Parkinson. Na verdade, em aproximadamente 35% dos pacientes o tremor não é o principal sintoma[ix].



Medtronic



[i] BARBOSA, Maira Tonidandel. Prevalência da doença de Parkinson e outros tipos de parkinsonismo em idosos - estudo de Bambuí. 2005. 86 f. Tese (Doutorado em Neurologia) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo.
[ii] WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. Neurological disorders: Public health challenges. Disponível em < http://www.who.int/mental_health/neurology/neurodiso/en/>. Acesso em 30 de março de 2017.
[iii] KALIA, LV; LANG, AE. Parkinson’s disease. Lancet. 2015; 386(9996): 896-912.
[iv] PONT-SUNYER, C. et al. The Onset of Nonmotor Symptoms in Parkinson’s Disease (The ONSET PD Study). Mov Disord. 2015; 30(2): 229-37.
[v] BREEN, David P. et al. Determinants of delayed diagnosis in Parkinson’s disease. Journal of Neurology. 2013; 260(8), pp 1978–1981.
[vi] GROSSET, D. et al. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2007; 78(5): 465-9.
[vii] SIDEROWF, A. et al. Mov Disord. 2012; 27(3]): 406-12.
[viii] PARKINSON, J. An essay on the shaking palsy. Whittingham and Rowland. London, 1817.
[ix] CERVANTES-ARRIAGA, A. et al. Caracterización de la enfermedad de Parkinson en México: estudio ReMePARK. Gac Med Mex. 2013; 149: 497-501.





Posts mais acessados