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terça-feira, 4 de abril de 2017

8 de abril - Dia Mundial de Combate ao Câncer



Médico alerta para rotina de saúde e monitoramento das mortes de câncer

A data do dia 8 de abril, Dia Mundial de Combate ao Câncer, foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para chamar atenção de todos para esta doença que vem atingindo altos índices.

Aqui no Brasil, é a segunda causa de morte. “Temos que usar a data para conscientizar a população da importância de se fazer o diagnóstico prematuramente ou com ações preventivas para garantir hábitos mais saudáveis”, relata Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, os tipos de câncer mais incidentes no mundo foram pulmão (1,8 milhão), mama (1,7 milhão), intestino (1,4 milhão) e próstata (1,1 milhão). Nos homens, os mais frequentes foram pulmão, próstata, intestino, estômago e fígado. Em mulheres, a doença foi encontrada com maiores frequências na mama, intestino, pulmão, colo do útero e estômago.

Além dos tipos citados, no Brasil, o Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin e leucemias também fazem parte da estatística. “O linfoma de Hodgkin, por exemplo corresponde a 30% de todos os linfomas, com maior pico de incidência na faixa etária de 20-30 anos e um menor pico após os 50 anos”, relata Massumoto. Já o linfoma de não-Hodgkin acomete pessoas com mais de 60 anos. Os linfomas atingem homens e mulheres e ainda não se conhece a causa exata.

O médico alerta que maus hábitos como beber, fumar e obesidade podem enquadrar a pessoa num grupo de risco de ter câncer futuramente, além das causas como a pré-disposição genética. Embora mudanças de hábito possam ajudar ao combate de neoplasias malignas, ainda não é possível prevenir (com raras exceções) o surgimento do câncer.

“Diante desses altos índices, é fundamental que se incorpore na rotina de saúde um monitoramento das mortes por câncer, pois só assim teremos um instrumento essencial para estabelecer ações de prevenção, controle da enfermidade e os fatores de risco para a população”, finaliza Massumoto.




Celso Massumoto (CRM 48392) - Diretor clínico da Oncocenter, coordenador de transplante de medula óssea
do Hopistal Nove de Julho e membro da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale).






Especialista brasileiro em reprodução humana analisa teste pelo celular, criado nos EUA, para fertilidade masculina



De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os homens são responsáveis por 40% dos casos de infertilidade, problema que atinge mais de 45 milhões de casais no mundo.
A menos de uma semana, a revista "Science Translational Medicine" publicou um artigo sobre um teste para a fertilidade masculina, que pode ser feito em casa com a ajuda de um smartphone.

O novo produto foi desenvolvido pelos especialistas do Brigham and Women´s Hospital (BWH) e do Massachusetts General Hospital em Boston. O acessório conectado ao celular quantifica a concentração de espermatozoides, sua mobilidade e mostra o resultado em segundos.
De acordo com Dr. Edson Borges Jr., especialista em reprodução humana, essa avaliação seminal caseira tem dois aspectos muito importantes que devem ser observados. 

“A grande vantagem é dar mais acesso às pessoas sem a necessidade de uma visão médica mais direta para analisar a quantidade de espermatozoide e se, potencialmente, existe um problema ou não. A universalização dessa ferramenta pode interferir o quanto antes em um tratamento de infertilidade”, ressalta Borges.

O ponto negativo, segundo o diretor do Fertily Medical Group – uma das principais clínicas do segmento no Brasil - é que a produção espermática é uma análise biológica, muito variável, isto é, se realizarmos dez espermograma, teremos dez resultados diferentes. Dessa forma, essa visão imediatista também pode trazer em casos de sêmen normais, durante o teste caseiro, resultados não necessariamente reais e que precisam de uma investigação mais detalhada.

“Mesmo em homens considerados férteis, até 50% da população de espermatozoides do ejaculado pode apresentar alterações de motilidade e até 96% na morfologia, entre outras variáveis analisadas. O espermograma também é bastante útil para fornecer informações sobre o estado das glândulas acessórias, como próstata e vesículas seminais. O grande risco é do paciente se autodiagnosticar e não ter uma avaliação mais criteriosa”, explica o especialista.

Para finalizar, Borges diz que, além da minuciosa análise seminal, outros testes podem contribuir para o tratamento da infertilidade – que às vezes é cirúrgico – e até mesmo para definir a técnica mais apropriada de reprodução assistida. É o caso da avaliação hormonal e da avaliação genética. Os três fatores genéticos mais frequentemente relacionados à infertilidade masculina são: aberrações cromossômicas, mutações gênicas e microdeleções do cromossomo Y – sendo que, na população de homens inférteis, a incidência de alterações cromossômicas é de 7%, em média.





7 mitos e verdades sobre o mieloma múltiplo



A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular orienta sobre a doença que causa dores ósseas semelhantes a osteoporose


O mieloma múltiplo, tipo de câncer que atinge a medula óssea, tem sintomas que podem ser confundidos com a osteoporose, devido a semelhança nas dores nos ossos. Atualmente, a doença atinge 30 mil pessoas no Brasil e 700 mil no mundo e, mesmo com esses números, ainda é desconhecida da população. A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) orienta que em consultas de rotina e emergenciais seja solicitado o exame de eletroforese de proteína, que separa a proteína do sangue em frações para uma análise mais detalhada.

O especialista Angelo Maiolino, diretor da ABHH e referência no tratamento da doença, esclarece os sete mitos e verdades sobre o mieloma múltiplo:


1 - Todas as dores ósseas em pessoas com mais de 60 anos caracterizam osteoporose? 

Mito. Nem todas as dores ósseas são características dessa doença, por isso há necessidade de uma investigação mais detalhada, pois caso a pessoa tenha mieloma múltiplo, o diagnóstico não será tardio, o que acontece na maioria dos casos.


2 - Com tratamento adequado o paciente com mieloma pode ter uma boa qualidade de vida?

Verdade. O paciente com mieloma múltiplo deve ter acesso ao tratamento, que inclui desde associação de medicamentos até o auto-tranplante de células, caso necessário.


3 - É possível tornar a doença crônica?

Verdade. Mesmo sem ter cura, a doença pode se tornar crônica e com os cuidados necessários, o paciente terá uma vida sem intercorrências graves.


4 - Existe prevenção para o mieloma?

Mito. Como é uma doença que afeta a medula óssea, responsável pela produção do sangue no corpo humano, não há como preveni-la. A mesma também não é genética.


5 - A anemia é um sintoma frequente que pode ser controlado?

Verdade.
60% dos casos de anemia associados ao mieloma múltiplo podem ser inibidos com tratamento. 


6 - O Brasil tem acesso a todos os medicamentos para a doença?

Mito. O paciente brasileiro não tem possibilidade de ter um tratamento ideal, pois um dos principais medicamentos que inibe a progressão e aumenta a perspectiva de vida de três para 10 anos, a lenalidomida, não é aprovada no país. A substância já é aprovada em mais de 80 países


7 - O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento?

Verdade. Quanto antes descoberto, os sintomas podem ser controlados e o paciente viver com melhor qualidade de vida.



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