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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Praticar esportes na infância e adolescência proporciona benefícios permanentes ao coração

O exercício promove uma série de adaptações para que
 o organismo responda mais adequadamente a situações de estresse
 
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Estudo conduzido por cientistas da Unesp envolveu 242 voluntários em torno de 40 anos. Resultados indicam que a melhora observada no controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso autônomo independe do nível de atividade física na fase adulta

 

A prática de esportes durante a infância e a adolescência confere benefícios cardiovasculares para a vida toda, independentemente de o indivíduo ser fisicamente ativo quando adulto. Foi o que mostrou um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) com 242 moradores da cidade de Santo Anastácio, no interior paulista.

De acordo com resultados divulgados na revista Sports Medicine Open, as vantagens observadas estão relacionadas à modulação autonômica cardíaca (controle da frequência cardíaca pelo sistema nervoso autônomo), um importante marcador de risco cardiovascular e de mortalidade.

“Analisamos a prática esportiva neste estudo porque ela é mais fácil de ser lembrada pelas pessoas. E conseguimos ajustar os dados, separando o que era benefício cardiovascular resultante da prática esportiva na infância ou adolescência e o que provinha de atividade física atual”, explica à Agência FAPESP Diego Christofaro, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp, campus de Presidente Prudente, e autor principal do artigo.

Desse modo, acrescenta o pesquisador, foi possível concluir que o exercício físico funciona como uma “poupança” para ser usada ao longo da vida. “Os benefícios para o sistema autonômico cardíaco parecem ser permanentes”, afirma.

Como lembra Christofaro, o sistema nervoso autônomo é dividido em dois ramos principais: o parassimpático (que entre outras coisas faz o coração desacelerar) e o simpático (responsável por aumentar a frequência cardíaca). O bom funcionamento cardiovascular exige um equilíbrio entre esses dois mecanismos.

“Sabemos que o exercício físico é um estressor, tanto que o esperado é que a frequência cardíaca e a pressão arterial aumentem durante a prática de exercício. Isso se deve, em parte, a ajustes do sistema nervoso autônomo. Mas o que acontece com o organismo quando ocorre a prática regular de esportes na infância e adolescência? Vão surgindo adaptações para chegar ao equilíbrio ideal, com predominância do parassimpático”, relata o pesquisador.

Ou seja, o exercício promove uma série de adaptações para que o organismo responda mais adequadamente a situações de estresse. E isso se mantém mesmo que a atividade física seja menor na vida adulta.


Metodologia

Conduzido com apoio da FAPESP, o estudo populacional envolveu entrevistas com os 242 voluntários (na qual recordaram o histórico de prática esportiva), que tinham em média 40 anos de idade. Também foram feitos testes para identificar parâmetros da modulação autonômica cardíaca.

foto: Diego Christofaro/Unesp
Os participantes usaram sensores vestíveis, que captam os batimentos cardíacos e transferem os dados para um relógio, bem como um acelerômetro, dispositivo preso à cintura durante uma semana para quantificar o tempo e a intensidade da atividade física no dia a dia (ver foto abaixo).

Segundo as análises, os indivíduos que praticaram esportes na infância ou adolescência apresentaram melhores parâmetros tanto na variabilidade global da modulação autonômica cardíaca quanto da modulação parassimpática, independentemente do nível de atividade física registrado durante o experimento.

"Esses resultados são mais um argumento a favor de que a prática esportiva seja incentivada desde cedo", ressalta Christofaro.

O artigo Association of Sports Practice in Childhood and Adolescence with Cardiac Autonomic Modulation in Adulthood: A Retrospective Epidemiological Study pode ser lido em: https://sportsmedicine-open.springeropen.com/articles/10.1186/s40798-024-00707-7.

 

Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/praticar-esportes-na-infancia-e-adolescencia-proporciona-beneficios-permanentes-ao-coracao/52691


Menopausa: Entenda tudo sobre fogachos

Especialista no assunto explica gravidade e o que está por trás dos temidos fogachos da menopausa

 

É natural que mulheres enfrentem desconfortos com a chegada do climatério e menopausa, mas, com conhecimento e acompanhamento médico especializado, vários sintomas podem ser minimizados ou até zerados.

Os Fogachos são umas das primeiras e principais queixas de pacientes que chegam à menopausa. A médica ginecologista referência mundial no assunto, Dra. Beatriz Tupinambá ,  fala tudo que você precisa saber sobre os temidos calores súbitos que angustiam grande parte das mulheres que enfrentam essa fase.

“O desconforto causado pelo fogacho não deve ser diminuído. Não é um simples calor, é mal-estar e angustia. O fogacho é resultado de mudanças hormonais, especialmente a queda expressiva de estrogênio que acontece naturalmente com a chegada no climatério e menopausa.” inicia a especialista

O corpo humano tem um centro regulador de temperatura no cérebro muito sensível ao estrogênio, e quando os níveis do hormônio caem, o cérebro  perde a noção real da temperatura.  Quando o centro de temperatura 'se confunde', o corpo sente uma onda de calor repentina, que na maioria das vezes observada apenas da cintura para cima. É comum que mal- estar, suor e sensação de sufocamento acompanhe esses calores repentinos.

Durante o fogacho, os vasos sanguíneos se dilatam para liberar calor. Isso faz com que a pressão arterial caia, o que provoca aquele mal-estar e sensação de fraqueza. Quando os vasos se dilatam, o cérebro recebe menos sangue. Isso pode causar microisquemias cerebrais, que a longo prazo aumentam o risco de perda de memória, 'nuvem menopáusica' e até Alzheimer.

“O número de fogachos que você tem pode afetar diretamente a saúde do seu cérebro e aumentar o risco de problemas como perda de memória e doenças cerebrais. Dar a atenção necessária para esse sintoma em especifico é indispensável para uma atividade cerebral saudável a longo prazo. Não negligencie sua saúde, não é apenas um “calorzinho”.” Finaliza Beatriz Tupinambá.



Rock In Rio: Confira 5 itens que você não pode esquecer para o festival

Falta menos de uma semana para o Rock In Rio 2024 e a contagem regressiva já começou! Com a aproximação do maior festival de música do Brasil, é hora de garantir que todos os preparativos estão em dia para evitar imprevistos e aproveitar ao máximo a experiência. Para garantir que você entre no evento sem problemas e não passe por nenhum perrengue, preparamos uma lista com os 5 itens essenciais que você precisa levar para o Rock In Rio. Confira:

 

1 - Ingresso e Documento de Identificação 

Pode parecer óbvio, mas muita gente já passou apuros ao esquecer o ingresso em casa ou não levar um documento oficial com foto. Esses são os itens básicos para garantir sua entrada no festival. Verifique se o ingresso está em mãos e se o documento que você vai levar está dentro do prazo de validade.
 

2 - Carteirinha de Estudante 

Se você comprou o ingresso com o benefício da meia-entrada, a carteirinha de estudante é obrigatória. Não se esqueça de levar o documento atualizado e emitido por instituições autorizadas. Caso você tenha dúvidas sobre como emitir a carteirinha, é possível fazê-lo pelo portal DNE (Documento Nacional do Estudante), onde estão disponíveis todas as informações necessárias para garantir que você aproveite o festival com o desconto garantido.
 

3- Protetor Solar e Chapéu 

Mesmo com as apresentações acontecendo ao longo do dia e da noite, o sol não dá trégua no Rio de Janeiro. Para evitar queimaduras e desconforto durante o festival, tenha sempre um protetor solar à mão e leve um chapéu ou boné para se proteger.

 

4 - Capa de Chuva 

O tempo é imprevisível, e nada pior do que ser pego de surpresa por uma chuva no meio do show. Uma capa de chuva é leve, fácil de carregar e pode salvar a sua experiência no festival.

 

5 - Dinheiro e Cartão de Pagamento 

Embora o evento seja cada vez mais digital, é sempre bom ter uma quantia em dinheiro e um cartão disponível. Alguns stands podem ter problemas temporários com conexão ou aceitar apenas determinados métodos de pagamento. Estar preparado pode evitar longas filas ou contratempos.

 

DNE

 O Documento Nacional do Estudante é o documento oficial das entidades estudantis nacionais UNE, UBES e ANPG, que, de acordo com a Lei 12.933/2013, garante a meia-entrada a estudantes do ensino infantil, fundamental, médio/técnico, graduação e pós-graduação.

 

ATESTA CF

Conselho Federal de Medicina lança plataforma online para combater a emissão de atestados médicos falso no Brasil

 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) lança nesta quinta-feira (5) o Atesta CFM, uma plataforma online que vai oferecer à sociedade serviços gratuitos de validação e chancela de atestados médicos emitidos no País. Com isso, a Autarquia cria mecanismos efetivos para combater fraudes e outras irregularidades na emissão desses documentos. 

A decisão beneficia médicos, que contarão com a proteção do seu ato profissional; os trabalhadores, que terão a certeza de os atestados que portam foram assinados por médicos de fato; e as empresas, que poderão detectar irregularidades em documentos que foram entregues, mas são fraudulentos. 

O Atesta CFM integrará diferentes bancos de dados, de forma segura e com total respeito às regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), possibilitando a emissão, validação e verificação de atestados médicos. Entre as ações decorrentes, o médico será notificado de todos os documentos emitidos em seu nome e CRM, os trabalhadores poderão verificar o seu histórico de atestados e as empresas e empregadores terão a chance de verificar a veracidade dos atestados entregues.
 

ACESSE AQUI O ATESTA CFM 


Resolução - A plataforma está regulamentada por meio da Resolução CFM nº 2.382/24, encaminhada em 5 de setembro para o Diário Oficial da União. A partir de agora, a ferramenta já está disponível para que médicos, empregadores e trabalhadores conheçam o seu fluxo de funcionamento. Em novembro, os médicos já poderão emitir documentos pelo Atesta CFM. Após 180 dias da publicação, todos os atestados médicos deverão ser emitidos ou validados pela ferramenta criada pelo Conselho Federal de Medicina. 

Poderão ser emitidos quaisquer tipos de atestado, como os de saúde ocupacional, afastamento, acompanhamento e, inclusive, a homologação de atestados pela medicina do trabalho. A criação da ferramenta responde a uma necessidade da sociedade em geral, que sofre as consequências de inúmeras fraudes nesse processo de emissão de atestados médicos. Não são raros os casos de documentos adulterados ou falsificados, com o uso de informações de profissionais sem autorização. 

"Essa situação gera consideráveis prejuízos tanto para as empresas quanto para a previdência social e, em última análise, para toda a população. Com a implantação do Atesta CFM, buscamos enfrentar esse problema na raiz, uma vez que apenas os atestados chancelados pelo Atesta CFM serão considerados válidos” explica o conselheiro Hideraldo Cabeça, relator da Resolução CFM nº 2.382/24 e responsável pelo projeto. Como diretor de Tecnologia e Informação da Autarquia, ele acompanhou de perto o desenvolvimento desse projeto. 


Funcionamento – Como órgão regulador da prática médica no Brasil, o CFM tem o registro de todos os médicos brasileiros e a prerrogativa de determinar e fazê-los cumprir suas normas. Foi com base nessa premissa que o CFM aprovou a Resolução CFM nº 2.382/2024, que dispõe sobre a emissão e o gerenciamento de atestados médicos físicos e digitais em todo o território nacional, e criou o Atesta CFM. 

A plataforma trará agilidade e praticidade para o ecossistema do trabalho. O trabalhador não precisará entregar o atestado pessoalmente na empresa, eliminando o risco de perda do documento. Basta que ele autorize o médico a enviá-lo pelo sistema, conforme prevê a Lei Geral de Proteção de Dados. Com isso, o empregador receberá automaticamente o documento digital. Sem esse aval, o empregado terá de levar o atestado na forma física, em mãos, mas impresso em formulário que atende os requisitos do sistema. 

O Atesta CFM também funcionará como uma espécie de prontuário digital do trabalhador, no que diz respeito aos atestados médicos. Por meio da ferramenta, será possível acessar todos os documentos desse tipo emitidos no nome de uma pessoa, os quais poderão ser localizados por especialidade, diagnóstico, hospital ou clínica onde foi realizado o atendimento, período ou nome do médico.
 

Agilidade na emissão - Para usar o Atesta CFM, o médico precisará acessar o site e preencher seus dados. Depois da autenticação, poderá emitir documentos na plataforma, inclusive os Atestados de Saúde Ocupacional (ASO), medicina do trabalho e saúde, comparecimento e acompanhamento.
 

Entre as vantagens do Atesta CFM para o médico estão a mobilidade, já que a plataforma e o APP permitem a emissão de atestados de qualquer local, como hospitais, clínicas, consultas por telemedicina ou atendimentos domiciliares. O médico assina digitalmente e o documento é enviado para o celular do paciente, além de ficar disponível imediatamente para a empresa, desde que com autorização prévia do trabalhador.
 

Outro benefício é que os atestados médicos emitidos pela plataforma prescricao.cfm.org.br serão reconhecidos automaticamente pela plataforma Atesta CFM. A plataforma também permitirá a personalização dos documentos, com a inclusão de marca, logotipo e design próprios dos profissionais ou estabelecimentos de saúde; o registro dos diferentes locais de trabalho do médico; a gestão e o histórico das consultas e atestados e o cancelamento de documentos injustificados.
 

Organização - Além disso, o Atesta CFM será uma ferramenta útil ao médico na organização de documentos, dispensando o uso de carimbos e papel timbrado. Também coibirá roubos de receituários e de carimbos físicos, aumentando a segurança do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). “Usando as ferramentas do Atesta CFM, o médico poderá quantificar quantos atestados emitiu em determinado período, entre outros indicativos”, explica Hideraldo Cabeça.
 

Caso o médico trabalhe em local com restrições de acesso à internet, poderá imprimir um talonário para preenchimento manual e, posteriormente, efetuar a inclusão dos dados na plataforma. Cada talonário possui data de validade e suas folhas são identificadas por código de segurança, permitindo sua autenticação e rastreabilidade. Ainda no caso de falta temporária de conexão à internet, o médico terá a opção de preencher os dados na plataforma e, assim que tiver acesso à rede, o atestado será enviado automaticamente para o paciente e a empresa. 

Finalmente, a Plataforma Atesta CFM promoverá ainda mais agilidade, organização e segurança na gestão dos atestados médicos pelas empresas. A automação promoverá a redução de custos com armazenamento de documentos e pagamento de benefícios concedidos a colaboradores indevidamente ausentes, bem como permitirá às equipes de Recursos Humanos direcionar foco para outras tarefas.

 

Reforma Tributária: O que esperar da segunda fase?


A reforma tributária no Brasil, um dos temas mais complexos e impactantes no cenário econômico e político, está prestes a entrar em uma nova fase. Após a aprovação das mudanças que reorganizaram os tributos sobre o consumo, o governo se prepara para encaminhar ao Congresso Nacional, até o final de outubro, propostas focadas na tributação da renda. Essa etapa é crucial não apenas para corrigir distorções históricas, mas também para promover uma maior justiça fiscal no país. As expectativas são altas, e o desafio de equilibrar as necessidades de arrecadação com a competitividade econômica será grande.

Para entender melhor o que essa nova fase significa, o contador tributarista e mestre em negócios internacionais, André Charone, ajuda a desvendar os principais pontos dessa proposta e os possíveis impactos para a economia brasileira. Charone, que acompanha de perto as discussões sobre a reforma, destaca que, embora a intenção de tornar o sistema mais progressivo seja positiva, a implementação dessa reforma exigirá um planejamento minucioso para evitar que setores importantes da economia sejam excessivamente onerados.

 

Principais Mudanças

A segunda fase da reforma tributária traz uma série de mudanças significativas que prometem reestruturar a forma como a renda é tributada no Brasil. Aqui estão os principais pontos esperados nessa nova etapa:


1. Atualização da Tabela do IRPF: A proposta inclui uma correção na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), que deve aumentar a faixa de isenção, beneficiando milhões de brasileiros, especialmente aqueles com rendas mais baixas. Segundo Charone, "essa medida é essencial para aliviar a carga tributária sobre as classes mais vulneráveis, mas deve ser acompanhada de políticas que garantam a sustentabilidade fiscal do país".

 

2. Tributação de Lucros e Dividendos: A introdução de uma alíquota sobre lucros e dividendos, que atualmente são isentos, é uma das medidas mais controversas. André Charone destaca que "a taxação desses rendimentos deve ser implementada com cuidado para não desestimular investimentos, especialmente em um momento em que o Brasil busca retomar o crescimento econômico”.

 

3. Redução da Alíquota do IRPJ: A redução da alíquota do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) visa incentivar o ambiente de negócios no país. Charone observa que "a redução de impostos sobre as empresas é um passo fundamental para tentar compensar o aumento na carga tributária decorrente da taxação dos dividendos”

 

4. Simplificação do Sistema Tributário: A reforma também busca simplificar o sistema, eliminando regimes especiais e unificando alíquotas. Para Charone, "a simplificação é um dos pilares mais importantes dessa reforma, pois reduz a burocracia e torna o sistema mais acessível, especialmente para pequenas e médias empresas".

 

5. Mudanças na Tributação de Investimentos: As alterações previstas nas alíquotas sobre investimentos financeiros, incluindo a simplificação da tributação sobre renda variável, são vistas por Charone como "passos importantes para tornar o mercado de capitais brasileiro mais eficiente e atrativo para investidores, tanto nacionais quanto estrangeiros”. 

Essas mudanças, se implementadas conforme proposto, podem transformar o sistema tributário brasileiro, promovendo maior equidade e eficiência. No entanto, como destaca André Charone, o sucesso dessa reforma dependerá de uma execução cuidadosa e de uma articulação eficaz entre governo e setores produtivos, para garantir que os objetivos de justiça fiscal e crescimento econômico sejam plenamente alcançados.

 

Desafios na Implementação

A transição para o novo sistema tributário promete ser um desafio, tanto para empresas quanto para o governo. A coexistência temporária de dois sistemas durante o período de transição pode gerar custos adicionais e confusão. "A adaptação será particularmente difícil para pequenas e médias empresas, que terão de arcar com os custos de atualização de sistemas e processos. Esse é um ponto que precisa de atenção especial, pois são essas empresas que sustentam grande parte da economia nacional," explica André.

Adicionalmente, setores específicos, como o de serviços, podem enfrentar um aumento na carga tributária devido às novas alíquotas propostas. Esse aumento pode se refletir nos preços ao consumidor final, o que preocupa tanto os empresários quanto os especialistas em economia. "Precisamos de um plano de mitigação para evitar que o impacto seja repassado integralmente aos consumidores, o que poderia prejudicar a recuperação econômica e aumentar a inflação," comenta Charone.

 

Reflexões e Perspectivas Futuras

A segunda fase da reforma tributária no Brasil é um passo crucial para modernizar o sistema fiscal e torná-lo mais justo. No entanto, o sucesso dessa reforma dependerá de uma implementação cuidadosa e de uma negociação eficiente entre o governo e os diversos setores da sociedade. "O objetivo de criar um sistema mais equitativo é louvável, mas a execução precisa ser precisa para que não crie novos problemas enquanto resolve os antigos," conclui Charone.


SUS registra quase 4.500 internações de pedestres 60+ por atropelamentos, em um ano e meio

Traumas resultantes de atropelamentos em pessoas 60+
 podem deixar sequelas irreversíveis
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Mês de setembro marca o Dia Nacional do Idoso (27/09) e acidentes nessa faixa etária, que tem crescimento acelerado no Brasil, estão cada vez mais comuns; Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico explica as consequências das lesões para essa população

 

Com o crescimento do número de pessoas idosas no Brasil, a ocorrência de atropelamentos nessa faixa etária tornou-se algo mais comum também. Segundo o Ministério da Saúde, de 2023 até junho deste ano, foram registrados 4.439 atendimentos hospitalares e 557 ambulatoriais relacionados a pedestres traumatizados em acidente de trânsito não especificado, no Brasil, na faixa etária acima de 60 anos. No mesmo período, foram registrados 2.352 óbitos de pedestres com 60 anos ou mais por lesões de trânsito.

Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que de 2000 para 2023, a proporção de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. O envelhecimento populacional pode ser explicado por dois fatores-chave: o aumento da expectativa de vida e a queda da taxa de fecundidade.

Atropelamentos são ocorrências que, em geral, resultam em politraumatismo, caracterizado por múltiplas lesões causadas ao corpo por forças de natureza externa. Especialistas alertam que o risco de um idoso não sobreviver a um atropelamento é três vezes maior do que entre os mais jovens pela fragilidade do organismo, sem falar nas sequelas desse tipo de acidente com consequências ainda mais graves para pessoas 60+. 

Traumas resultantes de atropelamentos em pessoas 60+ podem deixar sequelas dolorosas e a recuperação não é simples, em comparação com pacientes mais jovens. As fraturas geralmente necessitam de intervenção cirúrgica ou de períodos prolongados de imobilizações, isso porque, os ossos não são tão fortes e saudáveis quanto os de pessoas mais jovens, além da falta de força muscular nessa idade. 

“As fraturas mais comuns afetam fêmur, coluna vertebral e bacia, ocorrências que podem diminuir a mobilidade do idoso, além de necessitar de fisioterapia intensa para a recuperação. Por isso, é importante que pessoas da terceira idade se exercitem com frequência, caminhando ou fazendo musculação, para o fortalecimento das estruturas musculares”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero. 

No período de 2023 até junho deste ano, o estado do Amazonas lidera o número de mortes de idosos por atropelamentos com 55 mortes, na região Norte; na região Nordeste, Pernambuco registrou 115 óbitos; no Sudeste, São Paulo é o estado com mais óbitos e alcançou 508 mortes; na região Sul, o Paraná teve 196 mortes e na região Centro-Oeste, o número de mortes chegou a 97, em Goiás.  

No caso das internações, Minas Gerais lidera o ranking com 1.703 pacientes, seguido por São Paulo com 652 casos de internação e Rio de Janeiro com 364.

 

Sobre a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico -TRAUMA


Devo trocar de carro? Pesquisa mostra os modelos mais econômicos em 2024 para quem planeja comprar ou vender um veículo

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Elétricos e carros menores ficaram entre as opções com melhor custo benefício 

 

Para quem está pensando em trocar de veículo ainda este ano e busca um modelo econômico, há várias opções no mercado que oferecem baixo consumo de combustível e bons custos de manutenção. Um levantamento feito pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem de Veículos (PBEV), com 36 marcas, lista 947 modelos dos mais econômicos para aqueles com consumo maior. 

“O consumidor pode tomar sua decisão de compra de forma mais assertiva, através de pesquisas como essa. Já para quem está com um carro de alto consumo, talvez esse seja o momento de fazer a troca por um mais econômico, mas que atenda às suas necessidades”, disse Ycaro Martins, CEO e sócio-fundador da Vaapty, que é pioneira do franchising no segmento de intermediação de venda de veículos.

Entre os modelos mais eficientes de 2024, a pesquisa listou modelos elétricos: 

-BYD Dolphinn, GS 180EV

-Renault Kwid, Intense

Já na categoria compacto com propulsão a combustão, os mais econômicos são:

-Hyundai HB20 1.0 

-Chevrolet Onix Plus 1.0.

Para quem está em busca de um SUV, o carro à combustão mais econômico em destaque foram:

-Utilitário Esportivo Compacto Renault Kwid 1.0; 

-Volvo XC40 P6 Recharge (modelo elétrico que se destacou na categoria)

Ycaro Martins alerta que a escolha de um carro econômico precisa ir além do valor de compra e venda, pois é preciso pensar na manutenção do veículo como um todo a longo prazo: “escolher um carro mais econômico envolve uma série de fatores que vão além do preço de compra. É importante levar em conta o consumo de combustível, os custos de manutenção, a depreciação, e as necessidades particulares de cada motorista”, alerta o CEO da Vaapty.

Quando o assunto é meio ambiente, os veículos a combustão com menores índices de emissões de CO2, são: 

- Renault Kwid 1.0

-Chevolet Onix Plus 1.0

-VW Polo TSI Manual

-Chevrolet Onix 1.0

“Para quem deseja um veículo menos poluente, os modelos mais leves consomem menos combustível. Os compactos e subcompactos geralmente são mais econômicos do que SUVs e sedãs grandes. Já os carros com design aerodinâmico também tendem a ser mais econômicos, pois enfrentam menos resistência do ar, especialmente em velocidades mais altas”, disse Ycaro Martins.

  

Vaapty

 

Dia Mundial da Alfabetização: estimular a leitura pode transformar o futuro das crianças

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Aprender a ler e escrever são habilidades essenciais para o desenvolvimento cognitivo e social dos pequenos 


O Dia Mundial da Alfabetização, celebrado no próximo domingo (8), destaca a importância da leitura e da escrita no desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1967, a data foi instituída com o objetivo de que assuntos e questões ligados à alfabetização fossem discutidos no mundo todo.

Durante essa fase inicial da educação, é essencial que o processo de aprendizado seja bem estruturado, oferecendo aos pequenos uma base sólida para seu futuro acadêmico. No entanto, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios nesse campo. A pesquisa mais recente do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) revela que apenas 34% das crianças brasileiras alcançaram o nível esperado de leitura no 4º ano, em comparação à média global de 50%. Esses números reforçam a urgência de implementar políticas públicas e práticas educacionais que priorizem a alfabetização desde os primeiros anos de vida.

Para melhorar o aprendizado, é importante adotar atividades que estimulem o desenvolvimento cognitivo do público infantil. Brincadeiras como caça-palavras, jogos de memória e o incentivo à leitura ampliam o vocabulário e contribuem para um processo mais eficaz na escrita. Ao incorporar essas atividades, estamos ajudando os pequenos a desenvolverem as habilidades necessárias para o crescimento estudantil. Além disso, estimulamos o interesse por ler e escrever, competências essenciais que os apoiarão ao longo de toda a vida, expandindo seus conhecimentos e oportunidades.

A alfabetização também precisa ocorrer no momento certo para assegurar um bom desempenho escolar. Uma pesquisa do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social (Lepes), vinculado à Universidade de São Paulo e à Universidade Federal do Ceará, indica que estudantes alfabetizados até o 2º ano do Ensino Fundamental têm quase três vezes mais chances de atingir níveis avançados de aprendizagem no 5º ano.

“A escola deve permitir que as atividades oferecidas, sejam manuais ou artísticas, promovam o desenvolvimento integral das crianças, indo além do currículo tradicional. A alfabetização, em particular, deve ser prioridade, pois é a base para habilidades cognitivas essenciais como a resolução de problemas, a criatividade e o pensamento crítico. Esses fundamentos preparam os pequenos não apenas para os desafios acadêmicos, mas também para as demandas do cotidiano”, afirma Ana Flávia Bergamo, Gerente de Marketing da Pritt, adesivo escolar da Henkel.

Embora o aprendizado de disciplinas escolares seja importante, o desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais são fundamentais. A educação na primeira infância vai além de ensinar letras e números, trata-se de ajudar a criança a crescer de forma completa. Quando a escola trabalha esses fundamentos desde cedo, ela contribui para a formação de cidadãos mais conscientes, empáticos e preparados para viver em sociedade.

“Quando pais e professores trabalham juntos, criam um ambiente que valoriza a aprendizagem e o desenvolvimento. Estimular a curiosidade natural dos pequenos com atividades manuais que promovam a descoberta e o conhecimento é crucial para uma aprendizagem significativa”, reforça Ana Flávia.

 

Judicialização contra empresas aéreas: principal causa é o cancelamento e clientes têm direitos importantes

A cada 100 voos no Brasil, 8 geram processos, mostram números da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) 


Os viajantes brasileiros que passam pelos aeroportos nacionais constantemente têm reclamações em relação às companhias aéreas e os serviços oferecidos. Tal fato não é uma novidade, tendo em vista que o Brasil é líder em processos judiciais contra as empresas do setor. De todas as ações movidas no planeta, 98,5% delas envolvem passageiros brasileiros, mostram números recentes da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês).

Além disso, de acordo com dados da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a cada 100 voos no Brasil, 8 são responsáveis por gerar processos. Para efeito de comparação, os Estados Unidos — donos de um dos maiores fluxos de passageiros do mundo — têm um índice de 0,01 processo a cada 100 voos. A grande quantidade de processos no país também impacta diretamente no caixa das companhias aéreas. Em 2017, por exemplo, os custos em condenações na justiça com relação aos serviços prestados pelas companhias do setor foi de R$ 280 milhões, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A judicialização contra as empresas aéreas ocorre principalmente em razão dos cancelamentos, além de outros fatores como atrasos, extravio de bagagens e overbooking. No caso dos voos cancelados sem justo motivo, os consumidores podem solicitar à companhia aérea a Declaração de Contingência e, se possível, tirar uma foto do painel do aeroporto que demonstre a situação do voo em tempo real. Além disso, caso o passageiro tenha sua viagem cancelada e tal imprevisto cause um atraso de quatro horas ou mais na chegada ao destino final, há direito na solicitação de uma indenização.

O reembolso integral, o reagendamento da passagem em dia e horário de preferência do cliente, e uma remarcação em um próximo voo (mesmo que de outra empresa) estão entre as opções que a companhia aérea deve oferecer aos consumidores. Mas para requerer seus direitos, é importante que o passageiro tenha em mãos o cartão de embarque e outros documentos relacionados à viagem, bem como deve pedir uma declaração da companhia que confirme o cancelamento do voo.

Em caso de atraso, caso o passageiro chegue em seu destino final com quatro horas ou mais de retardo, também é possível fazer o requerimento de uma indenização da companhia aérea. A empresa deve oferecer meios de comunicação quando o atraso for superior a uma hora, bem como alimentação caso a espera ultrapasse duas horas. Em caso de retardo maior do que quatro horas, a companhia deve disponibilizar uma acomodação em um hotel, além de transporte.

De modo geral, tendo em vista a grande quantidade de problemas que os viajantes podem enfrentar nos aeroportos do país, é fundamental que eles estejam conscientes dos seus direitos e saibam recorrer da forma correta. Quando necessário, também é possível buscar auxílio por meio de escritórios de advocacia especializados no tema, que vão orientar os consumidores corretamente e, sempre que necessário, iniciar algum processo judicial para ressarcimento dos clientes. Afinal, viajar deve ser sinônimo de tranquilidade e direitos garantidos, para que todos cheguem aos seus destinos seguros e satisfeitos.

  



Igor Coelho - CEO do ICA Advocacia, escritório especializado na defesa do consumidor.

Estudantes podem transformar a ansiedade em motivação para provas de matemática

Especialista em Alto Desempenho em Matemática, explica como controlar a ansiedade em provas e convertê-la em motivação para o estudo

 

A ansiedade relacionada às provas de matemática é um fenômeno comum entre estudantes de diversas idades. Esse sentimento, muitas vezes, surge da pressão para obter boas notas, do medo do fracasso e da percepção de que a matemática é uma matéria particularmente desafiadora. Quando não gerenciada, a ansiedade pode prejudicar significativamente o desempenho escolar, resultando em bloqueios mentais e até na evasão de conteúdos importantes. 

Entretanto, especialistas em educação afirmam que essa ansiedade não precisa ser um obstáculo intransponível. Com estratégias adequadas, é possível transformar a tensão em uma força propulsora para o aprendizado e a superação de desafios. Letícia Sakaguti, professora de Alto Desempenho em Matemática, compartilha insights sobre como os estudantes podem converter a ansiedade em motivação para se preparar melhor para as provas e alcançar melhores resultados. 

"Primeiramente, é essencial que o estudante compreenda que a ansiedade não é necessariamente negativa", afirma Letícia. "Ela pode ser vista como uma energia que, se bem direcionada, pode impulsionar o aluno a se preparar melhor e a alcançar seus objetivos acadêmicos." De acordo com Letícia, o primeiro passo é reconhecer que a ansiedade é uma reação natural ao enfrentar situações desafiadoras, como uma prova importante.

Uma das principais causas da ansiedade em matemática, segundo Letícia, é o medo do fracasso. "A preocupação com o julgamento dos outros e as consequências de um resultado negativo podem gerar um nível elevado de estresse", explica. Além disso, dificuldades com a matéria e a pressão externa, como as expectativas de pais e professores, também contribuem para o aumento da ansiedade. 

As consequências desse estado emocional podem ser prejudiciais ao desempenho dos estudantes. "A mente ansiosa tende a divagar, dificultando a concentração e a absorção de informações", destaca Letícia. "Essa falta de foco pode levar a um bloqueio mental durante a prova, o que torna difícil recuperar informações que foram estudadas previamente." Além disso, a ansiedade pode levar à procrastinação, com os estudantes evitando os estudos como uma forma de lidar com o estresse. 

Para ajudar os estudantes a controlar a ansiedade, Letícia sugere algumas estratégias práticas. "Reconhecer e aceitar a ansiedade é o primeiro passo", afirma. "É importante que os alunos entendam que esse sentimento é normal e que ele pode ser gerenciado." Técnicas de relaxamento, como a respiração profunda, meditação mindfulness e atividades físicas, também são recomendadas. "O exercício físico, por exemplo, libera endorfinas, que ajudam a reduzir a ansiedade", explica. 

Outra estratégia eficaz é quebrar a matéria em partes menores. "Estudar grandes blocos de conteúdo pode gerar sobrecarga e aumentar a ansiedade", diz Letícia. "Dividir a matéria em partes menores e estabelecer metas realistas torna o processo mais gerenciável e menos estressante." Além disso, criar um ambiente de estudo favorável, com um local tranquilo e organizado, contribui para reduzir o estresse e melhorar a concentração. 

Letícia também destaca a importância de buscar apoio. "Conversar com amigos, familiares ou um profissional da saúde mental pode oferecer novas perspectivas e ajudar a lidar com a ansiedade", sugere. Ela ressalta ainda que mudar a perspectiva em relação ao estudo é fundamental. "Em vez de focar no medo do fracasso, os estudantes devem se concentrar no processo de aprendizado e no desenvolvimento das próprias habilidades." 

Para transformar a ansiedade em motivação, Letícia recomenda algumas práticas. "Visualizar o sucesso é uma técnica poderosa", diz. "Imaginar-se resolvendo as questões da prova com sucesso pode aumentar a confiança e reduzir a ansiedade." Estabelecer metas claras e alcançáveis, utilizando a metodologia SMART (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazo definido), também ajuda a manter o foco e a motivação. 

Criar um plano de estudo detalhado é outra dica importante. "Organizar o tempo de estudo e seguir um cronograma proporciona um senso de controle, o que pode reduzir significativamente a ansiedade", afirma Letícia. Além disso, buscar ajuda de um professor ou tutor pode ser crucial. "Um professor ou tutor pode esclarecer dúvidas, oferecer estratégias de estudo personalizadas e fornecer o apoio emocional necessário." 

Letícia conclui que, embora a ansiedade em relação às provas de matemática seja um desafio, ela pode ser superada com as estratégias certas. "Ao entender as causas da ansiedade e adotar medidas para controlá-la, os estudantes podem transformar esse sentimento negativo em uma força motivadora para o estudo", afirma. "Com uma mentalidade positiva e uma abordagem estruturada, é possível alcançar melhores resultados e desenvolver uma confiança maior em relação à matemática."

 

Letícia Mayumi Justus Sakaguti - conhecida como Professora Letícia, tem 33 anos e é uma profissional com ampla formação acadêmica e experiência no ensino. Ela é pós-graduanda em Neuropsicopedagogia pelo Grupo Educacional Censupeg e Coach Criacional pelo Instituto Gerônimo Theml. Além disso, possui formação como Practitioner em Programação Neurolinguística pela Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística e graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto. Atualmente, Letícia leciona Matemática para os Ensinos Fundamental I e Médio, aplicando seus conhecimentos em Neuropsicopedagogia e Programação Neurolinguística para desenvolver métodos de ensino inovadores e eficazes.



Gestão financeira rigorosa pode ser a chave para superar crises econômicas

 Karol Dapousa, Contadora Especialista no assunto, explica como a contabilidade consultiva ajuda empresas a crescerem mesmo em tempos de instabilidade 

 

A atual conjuntura econômica, marcada por incertezas e desafios, tem afetado profundamente empresas de todos os portes e setores. A instabilidade no mercado, a oscilação cambial, o aumento das taxas de juros e a inflação elevada compõem um cenário de crise que exige dos empresários uma gestão financeira cuidadosa e estratégica.

Em tempos assim, contar com ferramentas que proporcionem controle rigoroso das finanças e uma visão clara da saúde financeira do negócio é essencial para atravessar turbulências e, em alguns casos, até mesmo crescer.

Neste contexto, a contabilidade ganha protagonismo, saindo de uma função meramente burocrática para se tornar um verdadeiro guia na tomada de decisões empresariais. Não se trata apenas de cumprir obrigações fiscais, mas de explorar a contabilidade como um instrumento de estratégica, já que a gestão financeira eficiente pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso de uma empresa durante uma crise econômica.

Karol Dapousa, Contadora Especialista em Estratégia Financeira, explica como uma abordagem consultiva pode fazer a diferença para empresas em tempos de crise. "A contabilidade é a ciência da riqueza, e seu papel vai muito além de cumprir exigências fiscais; ela é fundamental para a tomada de decisões estratégicas", afirma.

Dapousa destaca que a contabilidade consultiva, modelo que alia gestão financeira à contabilidade, tem se tornado uma ferramenta essencial para preparar empresas para momentos de instabilidade. "Com a modernização, a prestação de serviços contábeis evoluiu para um modelo consultivo, que organiza o fluxo de caixa e oferece um direcionamento estratégico para os negócios", explica.

Durante os períodos de crise, os erros financeiros mais comuns cometidos pelas empresas estão ligados à falta de informação e comunicação com o contador. "Pensar que a contabilidade é apenas mais uma despesa e não informar corretamente as movimentações financeiras são equívocos que podem custar caro, resultando em sanções por parte dos órgãos reguladores", alerta Dapousa. Para evitar esses erros, a especialista recomenda que as empresas mantenham um controle rigoroso do fluxo de caixa operacional, das negociações com fornecedores e dos custos dos funcionários.

Karol Dapousa enfatiza que a contabilidade não se limita ao controle de entradas e saídas financeiras, mas também se torna um aliado estratégico. "Se o empresário enxergar o contador como um parceiro, a gestão contábil pode contribuir significativamente para a sobrevivência da empresa durante a crise", diz ela. A especialista acrescenta que relatórios precisos de faturamento, por exemplo, são fundamentais para negociações com bancos e obtenção de crédito.

A sobrevivência e o crescimento de uma empresa em tempos de crise dependem de uma gestão contábil eficiente que monitore de perto os indicadores financeiros. "Despesas variáveis, precificação e controle de caixa são fundamentais para a tomada de decisões estratégicas", ressalta Dapousa. O acompanhamento constante desses indicadores permite que as empresas reajam rapidamente a mudanças no mercado e se adaptem às novas realidades econômicas.

Dapousa cita exemplos de estratégias contábeis que ajudam empresas a superar crises no passado, como a consultoria express e a análise detalhada da precificação de produtos e serviços. "Identificamos ralos de perda de dinheiro e implementamos um departamento financeiro baseado em organização e controle estratégico", comenta. Essas práticas, segundo ela, podem ser facilmente adaptadas para o cenário atual, garantindo uma base financeira sólida para enfrentar desafios futuros.

Por fim, a especialista em estratégia financeira ressalta que, em tempos de crise, a contabilidade deve ser vista como uma aliada indispensável. "É fundamental que as empresas aproveitem o conhecimento técnico de seus contadores para fortalecer suas operações e garantir a sustentabilidade de seus negócios a longo prazo", conclui. 





Anna Karolina Dapousa Pinto - formada em Ciências Contábeis pela Universidade Metropolitana de Santos em 2009, especializada em Perícia Judicial e Extrajudicial em 2011 e Mestre em Administração Empresarial com foco em Controladoria em 2019. Possui vasto conhecimento na área financeira, administrativa e RH.


4,9 milhões de brasileiros no exterior: número de expatriados vivendo mundo afora é o maior já registrado

 

De acordo com a assessoria imigratória D4U Immigration, fatores como oportunidade de carreira, segurança e qualidade de vida estão entre os principais fatores que contribuem para esse cenário

 

Os dados mais recentes divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores apontam um crescimento de 400 mil novos brasileiros morando no exterior, se comparado com o ano anterior, totalizando 4,9 milhões em 2023. É o maior número desde 2009, ano que o Itamaraty iniciou o registro da estimativa, quando a comunidade do Brasil era representada por 3,18 milhões de cidadãos residentes em países estrangeiros. 

“O crescimento da procura por brasileiros em viver fora do País acontece, principalmente, por fatores como busca por oportunidades mais interessantes de carreira, segurança e melhor qualidade de vida”, explica Wagner Pontes, fundador da assessoria imigratória D4U Immigration. 

Atualmente, a maior parte dos brasileiros está na América do Norte com 45%, seguida por Europa (33%), América do Sul (13%), Ásia (4,5%) e Oriente Médio (1,3%). Confira a relação completa a seguir:


Os locais que mais recebem a imigração de brasileiros são, respectivamente, Estados Unidos com 2,085 milhões, Portugal (513 mil), Paraguai (263 mil), Reino Unido (230 mil), Japão (210 mil), Alemanha (170 mil), Espanha (161 mil) e Itália (159 mil). 

“Os imigrantes nos lembram que as fronteiras não são barreiras, mas oportunidades de colaboração, crescimento e busca compartilhada por um futuro melhor”, diz Warren Janssen, ex-diretor do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS).

 

 

O país que registrou o maior número de novos brasileiros residindo mundo afora foram os EUA, com 185 mil expatriados no último ano, totalizando 2,085 milhões. Em 2022 eram 1,9 milhão de cidadãos vivendo em território americano. As regiões de Nova York, com 500 mil, seguida por Boston (420 mil), Miami (400 mil), Orlando (190 mil), Atlanta (120 mil), Los Angeles (120 mil) e Houston (110 mil) são os distritos com os maiores números de brasileiros no país. 

“Somente Miami registrou um aumento de 105 mil novos brasileiros vivendo nos Estados Unidos. Entre alguns fatores, como o clima e qualidade de vida, a região é conhecida por ser o principal destino para compradores estrangeiros, especialmente brasileiros, representando 24% de todas as compras internacionais de imóveis no país norte-americano”, afirma Pontes.

Segundo ele, o que explica o crescimento de novos brasileiros na região é o fato de que uma das formas de se conseguir a permissão permanente para morar nos EUA é por meio do visto EB-2 NIW, oferecido aos profissionais qualificados. ”Esse é um processo baseado no interesse nacional dos Estados Unidos de ter profissionais estrangeiros contribuindo e atuando no mercado de trabalho americano em determinados cargos estratégicos como engenheiros, desenvolvedores, profissionais da saúde e advogados”, completa o especialista em assessoria imigratória.

Segundo dados da D4U Immigration, os profissionais que mais têm sido buscados por companhias americanas são do setor de saúde, registrando 23%, seguido por tecnologia (18%), engenharia (17%) e profissionais da área de administração de empresas (16%).

Para Wagner Pontes, o Brasil já é há alguns anos referência no segmento de saúde e estética, isso faz com que gerentes e executivos de hospitais e clínicas norte-americanas busquem esses profissionais em solo brasileiro. “Além disso, com o crescimento do setor de tecnologia nos últimos 10 anos aqui no país por conta das startups, expandiu exponencialmente a quantidade de profissionais de TI. Com a competitividade, os profissionais com mais de cinco anos de experiência começaram olhar para o mercado americano, que como diferencial competitivo têm o desenvolvimento profissional, remuneração em dólar, além de aspectos como qualidade de vida e segurança”, finaliza.

 

D4U Immigration


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