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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Banco de Sangue de São Paulo funcionará normalmente no Carnaval

 O Banco de Sangue de São Paulo informa a população que estará aberto durante todo o período do Carnaval, atendendo aos doadores em seu horário normal, das 7h às 18h, inclusive no domingo, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso. 

Mesmo com as festas de Carnaval suspensas, o Banco de Sangue entra no clima e convida os doadores a colocarem o bloco da solidariedade nas suas redes sociais com a campanha “Bora Doá #FoliaSolidaria”, e faz um apelo para que as pessoas aproveitem esse período, em que muitos estarão em recesso de trabalho, para reservarem um tempinho para doarem sangue. 

“Lembrando ainda que o procedimento é rápido, não dói, e a sensação de bem-estar para quem doa é algo muito gratificante, pois uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Convidamos a população a entrar nessa corrente de bem pela vida”, ressalta Mayara Santos, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo. 

De acordo com o Banco de Sangue de São Paulo, em comparação com o mesmo período do ano passado, a demanda por transfusões de sangue aumentou 30%, em razão do período de férias, feriados e o alto índice de acidentes de trânsito, ao passo que os estoques sanguíneos estão 54% abaixo do ideal. 

Com o aumento dos casos de Covid-19 pela variante ômicron e da gripe Influenza, há muitos doadores que se contaminaram e tiveram que se afastar. E há ainda as pessoas que não contraíram as doenças, mas que ficam receosas em doar sangue neste momento. 

O Banco de Sangue de São Paulo informa que o ato de doar sangue é totalmente seguro e que a instituição tem o selo “Covid Free de Excelência”, por manter as melhores práticas de prevenção e enfrentamento à pandemia de coronavírus.
 

Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Não é permitido realizar doação acompanhado de menores de 12 anos (exceto se o menor estiver acompanhado de dois adultos, sendo necessário o revezamento dos mesmos enquanto acontece a doação);

• Estar em boas condições de saúde, se sentindo bem, sem qualquer sintoma;

• Pesar no mínimo 50 kg e ter dormido ao menos 6h na última noite;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum desde que evite alimentos gordurosos;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina;

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido Doença de Chagas;

• Não ter tido Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 10 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;

• Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país).

Consulte nossa equipe em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
 

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnostico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.

 

Serviço:

Banco de Sangue de São Paulo -- Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Diariamente, das 7h às 18h; incluindo sábados, domingos e feriados. Estacionamento gratuito no local.


Palácio Piratini é iluminado em comemoração ao Dia Mundial das Doenças Raras


Visual da sede do Governo do Estado permanecerá até o dia 28 de fevereiro

 

Em comemoração ao Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado no dia 28 deste mês, o Palácio Piratini, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está com a fachada iluminada com as cores azul, verde, laranja e rosa. 

O Dia Mundial das Doenças Raras foi criado em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis) e tem como objetivo ajudar a conscientizar a população e os órgãos de saúde pública sobre as Doenças Raras. De acordo com a OMS, elas afetam até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. 

No Brasil, a estimativa é de que existam 13 milhões de pessoas com doenças raras, e o incentivo à educação das famílias, dos médicos, e de outros profissionais de saúde, além de garantir o reconhecimento da importância da genética médica para o cuidado e prevenção de defeitos congênitos, é essencial.

 

 

Caroline Brogni


Cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com alguma disfunção renal no Brasil

Segundo Dr.Carlos Machado, nefrologista e médico de família, especialista em medicina preventista, infelizmente muitas pessoas só descobrem a doença quando os rins estão em estágio terminal e pouco há para fazer em termos de tratamento.


Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.

“Os rins funcionam como filtros do organismo e são fundamentais para o equilíbrio interno do corpo. A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. E quando os rins começam a parar, vão deixando de realizar todas as suas importantes funções, isto é, a água e resíduos em excesso acumulam-se no sangue, o que chamamos de uremia”, explica Machado.

Dr. Carlos ressalta que o corpo de uma pessoa com problemas nos rins passa por uma série de sintomas e mudanças, entre elas, fadiga, ressecamento na pele, mudança na urina, náuseas, vômitos, perda de apetite, alterações repentinas na pressão arterial, inchaço nas pernas, olhos, pernas e pés, deficiência de vitamina D (causando osteoporose), além de ter poder ter arritmias por aumento do potássio no sangue.

Mas calma! Nem tudo está perdido, segundo o especialista. Existem casos reversíveis, se a doença não virou crônica. A prevenção é de suma importância, com controle da glicemia no sangue, manter o peso adequado, realizar exercícios físicos regularmente alimentação balanceada e hidratação e evitar o tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e não abusar de antiflamatórios.

“A maioria dos problemas renais são, no início, silenciosos, e não se trata apenas de uma doença de idoso não. Podemos tratar a insuficiência renal com medicamentos e controle da dieta, mas nos casos graves, apenas a realização de diálise ou transplante renal. Dessa forma, antes de qualquer tratamento, pedimos a realização de dois exames fundamentais: um de urina (para analisar
a proteína albumina) e de sangue ( para checar a presença de  creatinina)”, finaliza Dr. Carlos Machado.


Manter uma rotina e alguns cuidados diários podem contribuir com o bem-estar dos pacientes com a doença de Alzheimer

Risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos após os 65 anos de idade. Outros fatores que podem aumentar a probabilidade são histórico de traumas cranianos e hipertensão arterial


Considerada uma das doenças mais comuns na terceira idade, o Alzheimer é a forma mais frequente de demência (condição caracterizada pela morte de células cerebrais) e alteração neurodegenernativa. Ele atinge o sistema nervoso e leva à perda evolutiva de memória e de outras capacidades intelectuais, como dificuldades de atenção, pensamento, fala e mudanças do comportamento. Após os 65 anos de idade, os riscos de desenvolver a doença dobram a cada cinco anos, antes desse período ela é considerada rara. No entanto, fatores como histórico de traumas cranianos e hipertensão arterial podem aumentar a probabilidade.

A doença de Alzheimer é responsável por 60% a 80% dos casos de demência. Acomete aproximadamente 11% dos indivíduos com 65 anos ou mais, e um terço daqueles com idade acima de 85 anos. Entretanto, existem diversos tipos de demência, entre eles a demência vascular, que ocorre por redução do fluxo de sangue para algumas regiões do cérebro; e a demência associada à doença de Parkinson.  

Os pacientes com a doença de Alzheimer podem demorar anos para saberem que têm a doença, pois alguns de seus sintomas, como a perda de memória e o raciocínio lento, geralmente começam de forma discreta e podem ser interpretados pelos parentes ou cuidadores como consequências normais do envelhecimento.

A doença é lentamente progressiva e apresenta três estágios: leve (inicial), moderado e avançado. Essas fases não são claras e, na prática, os eventos de cada estágio podem se sobrepor.

Cuidados importantes para o bem-estar dos pacientes com a doença de Alzheimer

O impedimento na comunicação é um dos principais desafios apresentados por quem cuida de idosos portadores da doença, pois, além de amor, carinho e paciência, é preciso criar estratégias para lidar com situações do dia a dia, manter uma rotina diária e tomar alguns cuidados para o bem-estar dos pacientes.

  • Manter a chave, celular e carteira sempre no mesmo local;
  • Deixar a casa em ordem, sem itens soltos no chão, sem tapetes e sem excesso de móveis;
  • Colocar fotos e outros objetos com significados espalhados pela casa;
  • Ter corrimão no banheiro e nas escadas;
  • Diminuir o número de espelhos (eles podem confundir ou assustar os pacientes);
  • O calçado deve ser confortável e não escorregadios;
  • Manter pulseiras de identificação;
  • O celular deve estar sempre em modo capaz de compartilhar a localização;
  • Agendar consultas ou outras atividades sempre no mesmo dia e horário.

Por não ter cura, fechar um diagnóstico em seus primeiros estágios é importante para uma melhor qualidade de vida do paciente. Para fazer essa análise, os médicos se baseiam na história clínica, no exame físico e na exclusão de outras possíveis causas de demência. Até o momento não existe nenhum exame específico que indique a presença da doença de Alzheimer. Os cuidados e tratamento têm como objetivo diminuir a progressão dos sintomas, perda cognitiva e do declínio físico que são associados à doença.

De acordo com o médico neurologista Dr. Willians Lorenzatto, nem todo paciente com alteração da memória tem ou vai evoluir com doença de Alzheimer. Mas a avaliação inicial com o médico e acompanhamento são importantes para identificar os casos, orientar pacientes e familiares e iniciar o tratamento precocemente.

Com o intuito de esclarecer todas as informações sobre a doença de Alzheimer, desde tratamento, prevenção, sintomas e causas, o Portal Fale Abertamente, no ar desde 2018, atua como um grande aliado no enfrentamento da doença. A página traz também importantes conteúdos que auxiliam os familiares e cuidadores a manter o bem-estar dos pacientes. A plataforma pode ser acessada por meio do link ou pelo Instagram.

 


FQM - empresa da indústria farmacêutica.


Como evitar e cuidar da micose no verão

Médica especialista em dermatologia explica sobre a doença e ressalta que tratamento deve ser levado a sério 

 

Com o carnaval chegando, o verão dos brasileiros promete se tornar ainda mais prazeroso. Caracterizado pelas suas altas temperaturas, dias mais longos e noites mais curtas, esse é período ideal para os brasileiros aproveitarem as praias, cachoeiras e lagos do país, mas cuidado, como tudo tem seu lado bom e ruim, com essa estação não é diferente.

 Apesar de ser prazeroso, o verão pode auxiliar no surgimento de alguns tipos de micoses fazendo com que se proliferem pela pele, cabelos e unhas das pessoas. Para Flávia Villela, médica especialista em dermatologia, esse é um período em que o calor do tempo, misturado com a umidade do corpo, acaba se tornando favorável ao surgimento desse fungo. 

“Por causa das altas temperaturas é necessário ficarmos atentos à alguns hábitos para evitar a contaminação e proliferação de fungos, como por exemplo, exposição prolongada em ambientes úmidos e quentes, como saunas, permanecer com roupas de banho molhadas por um longo período”, afirma a médica. 

Uma das micoses mais favoráveis a esse período, é a Pitiríase Versicolor, popularmente conhecida como micose de praia ou pano branco. “Essa é uma infecção fúngica, que normalmente habita o folículo piloso. Quando cresce de forma anormal, forma-se a micose de praia. Por ser comumente adquirida nesse local, leva esse nome”, ressalta Flávia Villela.

  

TIPOS DE MICOSE 

Antes de tudo, é necessário deixar claro que existem dois tipos de micose. As micoses superficiais e as profundas. Segundo Flávia Villela, as superficiais são localizadas na camada externa da pele e não trazem problemas a saúde, já as profundas, podem ser perigosas e difíceis de tratar. 

“As micoses superficiais podem ser identificadas pelas manchas que aparecem no corpo. São fáceis de serem tratadas e não costumam apresentar maiores problemas de saúde, diferente das micoses profundas”, comenta a médica. 

Ela ainda ressalta que, “na situação profunda, os fungos estão disseminados na corrente sanguínea, ou seja, pode afetar órgãos internos, pulmão e até os ossos.” 

Vale ressaltar que as micoses profundas geralmente atingem pacientes com alguma deficiência imunológica, como por exemplo, AIDS e câncer e são identificadas a partir de exames de sangue ou secreção. Essas são mais difíceis de tratar e podem apresentar agravamento nos problemas a saúde.

  

PRINCIPAIS SINTOMAS 

Em geral, por serem fungos, as micoses costumam ter os mesmos sintomas. Manchas arredondadas, ovais, descamação da pele, vermelhidão e, em alguns casos, coceira leve ou moderada. 

“A micose de praia, em específico, é uma doença versicolor, ou seja, ela pode se manifestar em diferentes cores, como por exemplo, manchas brancas, rosadas ou até mesmo, acastanhadas. Ela também pode afetar as costas, barriga, peito, e partes superiores dos braços”, explica Flávia Villela. 

As unhas e cabelos também costumam apresentar alguns sintomas característicos da micose. As unhas podem ficar amareladas, com desníveis e rachaduras. Já o cabelo, é comum aparecer no couro cabeludo, casquinhas brancas, parecidas com a caspa, mas conhecidas como dermatite seborreica. 

“Não podemos deixar de mencionar, também, sobre o risco de contaminação de outras pessoas com a micose. Ao ser diagnosticado com a doença, o ideal é não compartilhar objetos pessoais, roupas e nem frequentar praias ou piscinas, isso porque o fungo pode se proliferar na água e contaminar outras pessoas”, afirma a médica especialista em dermatologia. 

 

TRATAMENTO 

O tratamento da micose, em geral, não é complexo, mas o ideal é consultar um dermatologista para ser feito a análise, identificação do tipo de micose e só assim ser decidido o que seria mais indicado. Pode ser utilizado remédios, sabonetes e loções para auxílio da coceira e sumiço das manchas.

 “A micose é uma doença, e como todos sabem, quem deve prescrever tratamentos para doenças são os médicos. Se contaminada de forma superficial, remédios antifúngicos podem resolver o problema em questão de dias”, conclui Flávia Villela.


No Dia Mundial do Rim, Baxter lança plataforma educativa e gratuita para população em geral, pacientes e cuidadores

 A Minha Jornada Renal pretende proporcionar o acesso à informação sobre a Doença Renal Crônica através de um guia com conteúdo de bem-estar, prevenção e tratamento 

 

A Baxter, empresa com amplo portfólio de equipamentos médicos e produtos farmacêuticos, em homenagem ao Dia Mundial do Rim, 10, acaba de disponibilizar gratuitamente a plataforma digital “Minha Jornada Renal”. A webpage foi criada com o objetivo de proporcionar conhecimento e recursos para uma vida saudável e plena aos pacientes que vivem com a doença renal crônica e seus cuidadores, bem como levar informação sobre o tema para a população em geral. 

O site oferece uma imersão no tema através de textos e vídeos educativos que trazem assuntos sobre como obter uma alimentação saudável, guia com atividades físicas, opções de tratamento e centro de recursos. “Queremos colaborar cada vez mais com o acesso à informação para a população como um todo sobre a doença renal, que, na maioria das vezes, é silenciosa. Criamos a plataforma com conteúdo de qualidade, elaborado por profissionais da área, na busca da ampliação do conhecimento sobre a importância da prevenção, do tratamento, do bem-estar e da saúde física e mental, tanto dos pacientes como de seus cuidadores”, explica Victor Valério, Gerente de Marketing para Renal Crônico da Baxter. 

A data, idealizada pela International Society of Nephrology (ISN), é comemorada anualmente na segunda quinta-feira do mês de março. Os principais objetivos do evento são aumentar a conscientização sobre a crescente presença de doenças renais em todo o mundo e a necessidade de estratégias para a prevenção e o gerenciamento dessas doenças. Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. Ela pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica, quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível. 

Estima-se que haja atualmente no mundo 850 milhões de pessoas com doença renal, decorrente de várias causas, mas principalmente a hipertensão e o diabetes. A Doença Renal Crônica causa pelo menos 2,4 milhões de mortes por ano, com uma taxa crescente de mortalidade. No Brasil, a estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham a doença em algum de seus estágios. Se descoberta precocemente, o tratamento conservador pode retardar a necessidade de entrada em terapia dialítica por vários anos, sendo essencial dosar a sua creatinina anualmente para ver a saúde de seus rins.

 

 

Baxter - oferece um amplo portfólio de produtos renais e hospitalares essenciais, incluindo diálise domiciliar, aguda e em centros de diálise; soluções IV esterilizadas; sistemas e dispositivos de infusão; nutrição parenteral; produtos biocirúrgicos e anestésicos; e automação, software e serviços farmacêuticos. O impacto mundial da empresa e o caráter fundamental de seus produtos e serviços desempenham um papel importante na expansão do acesso aos cuidados de saúde em países emergentes e desenvolvidos.


Doenças raras atingem cerca de 13 milhões de brasileiros e apenas 4% possuem tratamento


 

·  Dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras. Existem entre 6 e 8 mil doenças raras no mundo, entre elas as Mucopolissacaridoses (MPS).

·  As MPS representam um grupo de doenças ultrarraras, que poderão ser diagnosticadas com a expansão do Teste do Pezinho Ampliado, conforme lei aprovada em 2021.

·  No Brasil, o tipo II, conhecido como Síndrome de Hunter, é o mais prevalente — 1 caso para cada 200 mil nascidos vivos.

·  A MPS II ocorre quase exclusivamente em pessoas do sexo masculino e, sem o tratamento adequado, pode causar a morte do paciente na primeira década de vida.

 

Em 28 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras. Elas são, em geral, condições crônicas, progressivas e incapacitantes, podendo ser degenerativas, que, usualmente, causam grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, podendo também reduzir a expectativa de vida. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem de 6 a 8 mil doenças raras no mundo; destas, apenas 4% contam com algum tipo de tratamento e 30% dos pacientes acabam morrendo antes dos cinco anos de idade. No Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara. 

Imagine que você tem um filho pequeno e que, à medida em que ele cresce, começam a ser observadas algumas diferenças no desenvolvimento em comparação com outras crianças. Você passa em médicos especialistas, faz uma série de exames, mas o diagnóstico final demora de 4 a 5 anos e, ainda assim, os desafios são inúmeros. E em muitos casos, levando a morte precoce. Essa é, em geral, a jornada dos pacientes com doenças raras. 

Um exemplo são as Mucopolissacaridoses (MPS), doenças genéticas que fazem parte dos erros inatos do metabolismo. Nas MPS, a produção de enzimas responsáveis pela degradação de alguns compostos é afetada e o progressivo acúmulo destes no organismo do paciente, provoca diversas manifestações.

 Entre as consequências das MPS, podem estar: limitações articulares, perda auditiva, problemas respiratórios e cardíacos, aumento do fígado e do baço, e déficit neurológico. 

A incidência das Mucopolissacaridoses é de cerca de 1 para cada 25 mil nascidos vivos. De acordo com a enzima que se encontra deficiente, as Mucopolissacaridoses podem ser classificadas em 11 tipos diferentes. 

No Brasil, o tipo II, conhecido como Síndrome de Hunter, é o mais prevalente — 1 caso para cada 200 mil nascidos vivos, com uma média de 13 novos casos ao ano. Ocorrendo quase exclusivamente em pessoas do sexo masculino, a MPS II, sem o tratamento adequado, pode causar a morte do paciente na primeira década de vida.

A MPS II poderá ser detectada, junto com outras enfermidades, por meio da expansão do Teste do Pezinho, que será implementada no SUS de acordo com a nova Lei 14.154 publicada em 27/05/2021. 

O diagnóstico precoce combinado ao tratamento adequado (que está em fase de registro no Brasil pela JCR), o qual contempla as manifestações neurológicas e somáticas do paciente, deve mudar a história dos pacientes com esta doença.

 

Estudo clínico da JCR Farmacêutica para o tratamento da MPS II 

Desde 2018, a JCR Farmacêutica — empresa de origem japonesa fundada em 1975 e focada no tratamento de doenças raras — desenvolve um estudo clínico do medicamento para a MPS II no Brasil. O tratamento é aplicado de forma intravenosa nos pacientes, e o medicamento da JCR atravessa a barreira hematoencefálica, penetrando no sistema nervoso central e também atuando em todo o corpo. Em pouco tempo, eles começaram a apresentar melhoras nos sintomas e, em alguns casos, até mesmo reversão de alguns aspectos do quadro clínico. 

“A MPS não tem cura, mas com tratamento adequado e precoce é possível controlar a doença e aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente e dos familiares”, explica Vanessa Tubel, CEO da JCR no Brasil. 

O estudo é liderado pelo geneticista e professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dr. Roberto Giugliani; e também foi realizado na Universidade Federal de São Paulo, com coordenação da Dra. Ana Maria Martins, geneticista e professora da Unifesp.  

“Novas tecnologias associadas a enzimas capazes de cruzar a barreira hematoencefálica (sangue-cérebro) permitem tratar as manifestações neurológicas a partir de tratamento administrado na veia. A combinação dessas novas tecnologias de tratamento com o diagnóstico precoce, idealmente através do teste do pezinho, trará um ganho significativo na qualidade de vida dos pacientes com MPS”, explica Dr. Roberto Giugliani.

  

JCR Farmacêutica


Atenção e cuidados com a saúde de mamães e bebês

“Tanto a segurança materna quanto a neonatal tem atenção prioritária da medicina diagnóstica”, destaca médico 

 

Todos os dias mais de 800 mulheres e outros 6,7 mil bebês perdem a vida na hora do nascimento. Os dados são da Organização Mundial da Saúde e mostram ainda que diariamente quase 5,4 mil bebês nascem mortos, com 40% desses óbitos relacionados ao trabalho de parto. Preocupantes, os indicadores motivaram a entidade a uma convocação global para adoção de um conjunto de metas que garantam a segurança do paciente a fim de atingir as metas estabelecidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. 

Além de engajar práticas que reforçam a segurança materna e neonatal, especialmente em torno do parto e nascimento, a iniciativa pretende aumentar a conscientização popular para atenção à saúde de mamães e bebês e assim, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos e diminuir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, com hábitos de prevenção e tratamento. “Para atingir estes objetivos, a medicina diagnóstica tem papel fundamental. Ela impacta diretamente em toda a gestação e ajuda a garantir a segurança durante a gravidez e também no momento do parto. Somada a um acompanhamento médico integral, ela permite que mamães e bebês estejam no centro dos cuidados e contem com a melhor assistência evitando eventos adversos”, observa o médico gestor do Grupo Sabin e diretor do Comitê de Análises Clínicas da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, Dr. Alex Galoro. 

O especialista reitera também que acesso aos cuidados pré-natais durante a gestação, assistência médica de alta qualidade na hora do parto e apoio nas semanas seguintes, fazem parte da medicina diagnóstica. “Com exames laboratoriais e de imagens, podemos ter uma visão global da saúde e qualidade de vida de mamães e bebês. Exames simples, como ultrassonografia, hemogramas e exames de urina, até os mais complexos como cardiotocografia, testes genéticos, como o CGH/SNP Array, para identificação de síndromes genéticas, testes pré-natais para checar doenças hereditárias, e marcadores sorológicos para Síndrome de Down e pré-eclâmpsia, fazem parte da rotina das futuras mamães nesta fase da vida”. 

Galoro destaca ainda que atenção obstétrica e neonatal de qualidade minimiza a exposição a riscos relacionados ao processo assistencial e são essenciais para enfrentar algumas das principais causas de mortalidade materna, como eclampsia, infecções, hemorragia pós-parto e abortos. A rotina de cuidados diagnósticos com o bebê também é aliada na busca pela redução da mortalidade neonatal, que tem como principais fatores infecções, prematuridade e asfixia perinatal. “São fatores que nos levam a sermos enfáticos acerca da importância de uma assistência focada nas gestantes, puérperas e neonatos. Os exames, tanto laboratoriais quanto de imagem, integram os cuidados obstétricos ao longo de todas as fases da gestação e permanecem presentes nas primeiras horas de vida dos bebês”. 

“A chegada do bebê é um momento especial e a medicina diagnóstica continua presente com a série de exames que assegura os cuidados com a saúde dos pequeninos, como o Teste do Pezinho ou da Bochechinha, que são capazes de identificar uma série de doenças que põem em risco a vida dos recém-nascidos. Portanto, não há como falar em segurança do paciente, sem falar da medicina diagnóstica. E não há como planejar um parto seguro sem envolver exames e testes capazes de salvar a vida de muitas mulheres e seus bebês”, finaliza.

 

 

Grupo Sabin

https://www.sabin.com.br/

 

Grupo de pesquisa da Unifesp busca cuidadores de idosos para colaborar em estudo sobre síndromes demenciais

Pesquisa ajudará a compreender melhor o contexto dos cuidadores familiares, profissionais ou não, no Brasil

 

380. Esse é o número de cuidadores de idosos necessários e fundamental para a colaboração em um estudo inovador no Brasil que está sendo desenvolvido pelo grupo de pesquisa Sistemas Cognitivos Artificiais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

O grupo está desenvolvendo a pesquisa “Estudo observacional para avaliação do conhecimento de familiares e cuidadores de idosos sobre comprometimento cognitivo e síndromes demenciais como suporte ao desenvolvimento de sistemas digitais”. Entre estas síndromes estão Alzheimer, Parkinson e Lewy. 

Um dos envolvidos no trabalho, Walter Teixeira Lima Júnior, docente do Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica da Unifesp e líder do grupo de Pesquisa Sistemas Cognitivos Artificiais, explica que a pesquisa visa conhecer melhor o perfil atualizado e mais recente de características sociodemográficas e culturais dos cuidadores (familiares e/ou não profissionais) no nosso país e identificar quais são as demandas de informação sobre o tema que mais interessam aos familiares e cuidadores deste grupo de pacientes. “Pesquisas com estas características são consideradas importantes para o desenvolvimento de soluções centradas no paciente e no cuidador, e com essas informações podemos modelar sistema digital que possa ajudá-los na melhora da qualidade de vida, tanto do cuidador quanto da pessoa idosa”, completa Lima Júnior. 

Para essa finalidade foi elaborado um estudo exploratório (questionário), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Unifesp, a ser aplicado diretamente aos cuidadores em módulo digital. São necessários 380 cuidadores (profissionais ou não) para, voluntariamente, responderem ao questionário. 

Entidades que reúnem ou representam cuidadores também podem colaborar compartilhando esse pedido. “Gostaríamos do apoio das entidades para que possamos atingir o maior número possível de cuidadores”, convida o pesquisador. 

O questionário é totalmente on-line, podendo ser acessado por meio desse link. Dúvidas e esclarecimentos podem ser encaminhados para esse e-mail.


Doenças raras: público afetado deve atentar para os seus direitos, alerta Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética

 Segundo pesquisa, a maior parte dos pacientes desconhece que no Brasil há tratamentos disponíveis, inclusive via SUS, bem como isenções e auxílios

 

Em 28 de fevereiro, é celebrado o Dia Mundial de Doenças Raras, data criada para dar visibilidade ao tema e reforçar a necessidade de investimento público neste segmento que concentra doenças ainda sem cura e que podem levar o paciente à morte. Para a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), além de assegurar melhores condições para diagnóstico precoce e tratamento, cabe ao Poder Público garantir meios de conscientizar a população afetada sobre seus direitos. 

Duas medidas importantes com este foco foram adotadas nos últimos anos. Em 2014, o Ministério da Saúde (MS) implementou a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras e incluiu as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já em 2019, foi publicada a Lei no 13.930/19, que garante a reserva de pelo menos 30% dos recursos do Programa de Fomento à Pesquisa da Saúde para o estudo de medicamentos, vacinas e terapias direcionadas às doenças raras.
  

Segundo a pesquisa “Doenças Raras no Brasil - diagnóstico, causas e tratamento sob a ótica da população”, realizada pelo Ibope Inteligência, quase um terço dos participantes (28%) não tem informação sobre o assunto, enquanto um a cada cinco acredita, de forma equivocada, que nenhum dos tratamentos disponíveis no Brasil seja oferecido no âmbito do SUS. Para alguns, ainda existe a crença de que é possível tratar doenças raras apenas fora do Brasil, em países da Europa ou nos Estados Unidos. 

Parte dessas enfermidades já conta com tratamento específico, mas a maioria dos medicamentos não está disponível no SUS. “É fundamental que o Poder Público amplie o olhar para as doenças raras e proporcione condições para que essas pessoas tenham diagnóstico e tratamento no prazo adequado. Para além disso, é preciso que essa população conheça e faça valer seus direitos, mobilizando-se para que novas ações sejam adotadas”, afirma o presidente da Anadem, Raul Canal.
 

Veja alguns direitos que os pacientes portadores de doenças raras possuem:

- Auxílio-doença;
- Aposentadoria por invalidez;
- Saque do FGTS, PIS/PASEP;
tratamento médico integral gratuito;
- Isenção do Imposto de Renda (para determinadas doenças);
- Isenção do IPVA, ICMS, IPI e IOF na compra de um veículo automotor adaptado, caso a doença impeça o paciente de dirigir um veículo comum.

Doenças raras

Segundo a Organização Mundial da Saúde e a Política Brasileira de Doenças Raras, são consideradas doenças raras as que afetam menos de 65 pessoas entre 100 mil indivíduos. Quando observados na visão global, os números ganham proporções expressivas, afetando a vida de mais de 300 milhões de pessoas -- 13 milhões delas, brasileiras. Diagnóstico e tratamento precoce podem aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente, evitando ou retardando o comprometimento das funções do organismo.
 

Veja alguns exemplos de doenças raras:

-- Angioedema;
-- Doença de Crohn;
-- Esclerose múltipla;
-- Hepatite autoimune;
-- Leucemia mielóide crônica.
 

Confira a lista completa no site do Ministério da Saúde (MS).


Corpo e mente precisam trabalhar juntos na reabilitação motora

Entenda como o Método Perfetti ajuda o paciente de AVC, Parkinson, ELA, entre outros, a ativar sensações e músculos  

 

Pode parecer inusitado, mas o nosso corpo tem memória. Isso mesmo! E as lembranças de nossas experiências motoras estão intimamente ligadas às sensações, o que representa uma grande riqueza quando surge a necessidade de reabilitação dos movimentos. É preciso ativar essas recordações.

“Pacientes que sofreram um AVC, por exemplo, podem ter perdas sensoriais significativas em determinadas partes do corpo e, com isso, não responder a estímulos táteis feitos pelo terapeuta. O mesmo pode ocorrer com quem sofreu outro tipo de lesão ou sofre de Parkinson ou Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), entre outros”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Szmidziuk, que tem mais de 30 anos de experiência em reabilitação motora.

É possível que eles não respondam por não reconhecerem aquelas sensações. Nesse caso, o terapeuta pode, por meio da linguagem, associar os estímulos a lembranças pessoais, como os pelos de seu cachorro ou o tapete de sua casa, por exemplo. Assim, há maiores chances de que a pessoa em tratamento reconheça as sensações e volte a apresentar sensibilidade na região do corpo que está sendo trabalhada.

O Método Perfetti, desenvolvido nos anos 1970 na Itália e crescente hoje no Brasil, auxilia tanto crianças quanto adultos que sofrem de maneira crônica ou aguda os efeitos de lesões neurológicas.

“Nosso corpo é um sistema que muda a cada dia a partir de nossas experiências, e os métodos de recuperação devem mudar também”, salienta a terapeuta. Pelo Método Perfetti, o paciente irá reaprender movimentos pela integração entre a mente e o corpo, pois o aspecto cognitivo está intimamente ligado ao funcionamento motor.

“A reabilitação neurocognitiva considera o corpo e a mente como entes inseparáveis e reconstrói essa relação por meio de exercícios. Por meio da linguagem, o paciente exprime sua realidade e o terapeuta o guia para redescobrir o próprio corpo – ele irá sentir como se mover melhor.”

É claro que cada caso deve ser analisado em suas particularidades, de forma a selecionar os estímulos mais adequados para cada lesão e capacidade de percepção.

 

 Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 31 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti (introdutório), Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.


Molécula encontrada em saliva do carrapato pode ajudar a tratar distúrbios da coagulação, presentes em doenças cardiovasculares e câncer, aponta estudo do Butantan

 Em parceria com o Instituto Pasteur da Tunísia, pesquisa auxilia na busca por novos anticoagulantes com menos reações adversas

 

Uma molécula identificada por pesquisadores do Instituto Butantan nas glândulas salivares do Hyalomma dromedarii, carrapato de camelos do Deserto do Saara, demonstrou uma atividade anticoagulante significativa em testes iniciais realizados em laboratório. A descoberta pode abrir caminho para a busca de novos fármacos para distúrbios da coagulação sanguínea, que podem estar presentes em doenças cardiovasculares e no câncer. O estudo é fruto de uma parceria com o Instituto Pasteur da Tunísia e foi publicado na revista Toxins em dezembro de 2021.

 

Denominada Dromaserpina, a molécula é capaz de inibir o principal fator da coagulação, a trombina, proteína essencial para a formação dos coágulos sanguíneos, além de interferir na agregação das plaquetas, células da corrente sanguínea. “Após selecionar a molécula para a pesquisa, nós fizemos a clonagem e a expressamos em bactérias. Depois, purificamos a molécula para caracterizar a sua estrutura e verificar a sua atividade em testes globais de coagulação sanguínea e seus fatores”, explica a diretora do Laboratório de Desenvolvimento e Inovação, Fernanda Faria, coordenadora do estudo. 

 

Em uma análise paralela, os cientistas testaram a atividade da molécula na presença da heparina, um anticoagulante comumente utilizado em hospitais. “Existem evidências de que alguns inibidores de coagulação podem ser potencializados pela heparina. Foi o caso da Dromaserpina: com a presença desse fármaco, a molécula apresentou uma atividade anticoagulante muito mais importante”, diz a pesquisadora. 

 

O próximo passo do trabalho, que deve ter início em março, é investigar a atividade da Dromaserpina em células (testes in vitro), usando modelos como inflamação e câncer, onde a trombina, seu principal alvo, pode atuar. Caso os resultados sejam positivos, os testes em animais devem começar no próximo ano.


 

Nova molécula pode diminuir efeitos adversos 

 

A linha de pesquisa da diretora do Laboratório de Desenvolvimento e Inovação foca principalmente no estudo de animais hematófagos, ou seja, que se alimentam de sangue, como carrapatos e sanguessugas. “Para que possam se alimentar, eles precisam que o sangue do hospedeiro esteja fluido, por isso possuem moléculas com ação anticoagulante em sua saliva. Nós buscamos identificar essas moléculas para encontrar candidatos para o tratamento de doenças cardiovasculares, por exemplo”, afirma Fernanda.

 

Existe um grande interesse na identificação de novas moléculas com potencial anticoagulante, já que os anticoagulantes disponíveis atualmente têm uma série de efeitos adversos. “Em alguns casos, o medicamento pode impedir o processo de coagulação de voltar ao normal, deixando o sangue totalmente incoagulável e causando hemorragias”, explica.

 

E não são apenas os pacientes com doenças cardiovasculares que podem se beneficiar com essas descobertas: os anticoagulantes costumam ser aplicados no tratamento do câncer, doença que também pode causar um excesso de coagulação através da formação de trombos, e, ultimamente, têm sido também utilizados para tratar efeitos causados pela Covid-19.

 

Um exemplo de anticoagulante já usado em pacientes e proveniente de um animal hematófago é a hirudina, encontrada nas glândulas salivares das sanguessugas. Aprovada no final dos anos 1990, a substância é um inibidor direto da trombina.


 

Parceria internacional

 

A composição da saliva do carrapato Hyalomma dromedarii vem sendo estudada desde 2014 pelo grupo, quando se iniciou a parceria com o Instituto Pasteur da Tunísia. Em 2017, o transcriptoma e proteoma das glândulas salivares do animal foram desvendados, contribuindo para a construção de um banco de dados com informações sobre todas as moléculas ali presentes. A partir disso, algumas moléculas foram selecionadas para estudo, dentre elas a Dromaserpina.  

O trabalho faz parte do doutorado da estudante Hajer Aounallah, da Tunísia, que vem sendo desenvolvido em cotutela, algo inédito na Pós-Graduação em Toxinologia do Instituto Butantan (PGTOX). O acordo acadêmico entre a PGTOX e a Universidade de Tunis El Manar – Instituto Pasteur na Tunísia lhe permitirá receber o título de doutora em ambas as instituições.


Fevereiro Laranja: Mês da conscientização sobre leucemia

 A doença pode ocorrer em todas as fases da vida e o diagnóstico precoce pode ser feito através de exames clínicos

 

Dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer estimam que até o final deste ano, mais de 10 mil casos de leucemia devem surgir em todo o país. Ainda de acordo com números apresentados pela instituição, entre 2020 e 2021 a incidência de novos casos acometeu principalmente os homens, que somaram 55% de registros em todo o Brasil. 

O oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Caio Neves, alerta para o diagnóstico precoce, uma vez que a descoberta em estado avançado pode comprometer a resposta ao tratamento. "Por isso, campanhas como 'Fevereiro Laranja', são fundamentais para promoção da consciência popular sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea e células-tronco", observa. 

Atualmente, há quatro tipos principais de leucemia: a Leucemia Mieloide Aguda, a Leucemia Mieloide Crônica, a Leucemia Linfoblástica Aguda e a Leucemia Linfocítica Crônica, e segundo o especialista, mesmo com origem ainda desconhecida, a doença é provocada a partir de uma mutação genética que acomete a célula sanguínea localizada na medula óssea do paciente, se transformando em uma célula cancerígena que, ao se multiplicar, ocupa o lugar de células saudáveis. Esse crescimento do número de células defeituosas na medula óssea provoca a redução de glóbulos vermelhos e resulta em quadros de anemia e sintomas comuns como cansaço, falta de ar, dor de cabeça e batimentos cardíacos acelerados. Como também provoca redução dos glóbulos brancos e plaquetas levando a infecções, imunidade baixa, manchas roxas e sangramentos. 

Uma estratégia aplicada para identificação precoce do câncer é diagnosticar o tumor ainda em fase inicial, por meio de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. "Por isso a importância em realizar exames periódicos, mesmo sem apresentar nenhum sintoma. E principalmente procurar atendimento na vigência de sintomas como febre, perda de peso inexplicada, sudorese , fraqueza , manchas roxas entre outros. Esta preocupação com a saúde e o diagnóstico precoce que nos permite conquistar os melhores resultados junto aos nossos pacientes", finaliza Caio.


Refluxo pode causar câncer gástrico? Entenda quando sinal é considerado um alerta

 Atingindo cerca de 12% a 20% da população mundial, a condição pode evoluir para doenças mais graves quando deixada de lado. Especialista explica por que inflamação pode se tornar perigosa 

 

Apesar do refluxo gastroesofágico ser uma das doenças mais prevalentes do mundo, afetando cerca de 12% a 20% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (SBMDN), a condição merece acompanhamento e cuidados específicos. 

Geralmente, sensações como azia e queimação podem aparecer depois de exagerarmos nas refeições ou na falta delas, por exemplo, mas, quando a situação é deixada de lado e acontece com frequência, pode resultar na doença de fato. 

"O que muitas pessoas não sabem é que quando o refluxo não é tratado, ele pode evoluir para doenças mais graves, como o câncer, esofagites, entre outros", comenta a Dra. Renata D'Alpino, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

 

Como o refluxo pode causar câncer? 

O ácido gástrico, quando entra em contato com o esôfago, colabora para o possível aparecimento de doenças, pois causa inflamação e favorece mutações. Geralmente, condições como esofagite podem atuar no desenvolvimento de tumores, mas isso não é uma regra. "O refluxo crônico pode ter como consequência o esôfago de Barret. Essa condição tende a causar modificações nas células, podendo aumentar em mais de 20 vezes o desenvolvimento de neoplasia". 

De acordo com a oncologista, é fundamental que caso o paciente apresente refluxo, a situação seja investigada. "Ele poderá realizar exames como endoscopia, que analisam a condição e possíveis complicações provenientes", explica. 

Apesar de ser mais comum acima dos 55 anos, o câncer gástrico não é raro e também pode acontecer em pessoas mais jovens. O tumor, que tende aparecer no esôfago e estômago, tem como uma das principais hipóteses o desenvolvimento devido a piora na alimentação e outros hábitos de vida.
 

Como identificar o refluxo 

Podendo ser mais ou menos intenso, alguns sinais podem indicar a possibilidade de refluxo, indo além da azia, queimação e retorno dos líquidos. São eles:

  • Pigarro
  • Tosse crônica
  • Dor no peito
  • Rouquidão
  • Dor na garganta


Como aliviar o refluxo 

Por ser crônico, é possível tratar apenas os indicativos que causam a irritação. Segundo a Renata D'Alpino, a condição não possui uma causa específica que gera a doença, mas é necessário ficar de olho nos fatores de risco. 

"Dietas gordurosas, café, obesidade, tabagismo, medicamentos e estresse e cansaço podem colaborar para o surgimento do refluxo. No entanto, cada caso deve ser analisado individualmente para o melhor tratamento", explica. 

Em casa, o paciente pode adotar alguns cuidados para aliviar o desconforto: "Hábitos como manter a cabeça um pouco mais elevada na hora de dormir, fazer refeições menores, evitar alimentos ácidos e esperar três horas entre as refeições e ir para a cama são medidas importantes", finaliza a oncologista.


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