Médica
especialista em dermatologia explica sobre a doença e ressalta que tratamento
deve ser levado a sério
Com o carnaval chegando, o verão dos brasileiros
promete se tornar ainda mais prazeroso. Caracterizado pelas suas altas
temperaturas, dias mais longos e noites mais curtas, esse é período ideal para
os brasileiros aproveitarem as praias, cachoeiras e lagos do país, mas cuidado,
como tudo tem seu lado bom e ruim, com essa estação não é diferente.
“Por causa das altas temperaturas é necessário ficarmos atentos à alguns hábitos para evitar a contaminação e proliferação de fungos, como por exemplo, exposição prolongada em ambientes úmidos e quentes, como saunas, permanecer com roupas de banho molhadas por um longo período”, afirma a médica.
Uma das micoses mais favoráveis a esse período, é a
Pitiríase Versicolor, popularmente conhecida como micose de praia ou pano
branco. “Essa é uma infecção fúngica, que normalmente habita o folículo piloso.
Quando cresce de forma anormal, forma-se a micose de praia. Por ser comumente
adquirida nesse local, leva esse nome”, ressalta Flávia Villela.
TIPOS DE MICOSE
Antes de tudo, é necessário deixar claro que existem dois tipos de micose. As micoses superficiais e as profundas. Segundo Flávia Villela, as superficiais são localizadas na camada externa da pele e não trazem problemas a saúde, já as profundas, podem ser perigosas e difíceis de tratar.
“As micoses superficiais podem ser identificadas pelas manchas que aparecem no corpo. São fáceis de serem tratadas e não costumam apresentar maiores problemas de saúde, diferente das micoses profundas”, comenta a médica.
Ela ainda ressalta que, “na situação profunda, os fungos estão disseminados na corrente sanguínea, ou seja, pode afetar órgãos internos, pulmão e até os ossos.”
Vale ressaltar que as micoses profundas geralmente
atingem pacientes com alguma deficiência imunológica, como por exemplo, AIDS e
câncer e são identificadas a partir de exames de sangue ou secreção. Essas são
mais difíceis de tratar e podem apresentar agravamento nos problemas a saúde.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Em geral, por serem fungos, as micoses costumam ter os mesmos sintomas. Manchas arredondadas, ovais, descamação da pele, vermelhidão e, em alguns casos, coceira leve ou moderada.
“A micose de praia, em específico, é uma doença versicolor, ou seja, ela pode se manifestar em diferentes cores, como por exemplo, manchas brancas, rosadas ou até mesmo, acastanhadas. Ela também pode afetar as costas, barriga, peito, e partes superiores dos braços”, explica Flávia Villela.
As unhas e cabelos também costumam apresentar alguns sintomas característicos da micose. As unhas podem ficar amareladas, com desníveis e rachaduras. Já o cabelo, é comum aparecer no couro cabeludo, casquinhas brancas, parecidas com a caspa, mas conhecidas como dermatite seborreica.
“Não podemos deixar de mencionar, também, sobre o risco de contaminação de outras pessoas com a micose. Ao ser diagnosticado com a doença, o ideal é não compartilhar objetos pessoais, roupas e nem frequentar praias ou piscinas, isso porque o fungo pode se proliferar na água e contaminar outras pessoas”, afirma a médica especialista em dermatologia.
TRATAMENTO
O tratamento da micose, em geral, não é complexo,
mas o ideal é consultar um dermatologista para ser feito a análise,
identificação do tipo de micose e só assim ser decidido o que seria mais
indicado. Pode ser utilizado remédios, sabonetes e loções para auxílio da
coceira e sumiço das manchas.
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